31 de julho de 2010

Atos 7.54 a 60

Comprometidos Até à Morte


"O sangue dos mártires é a sementeira da Igreja" (Tertuliano)



Creio que tenha sido o grande teólogo Tertuliano quem disse: “O sangue dos mártires é a sementeira da Igreja”. No início do cristianismo, a igreja ficou conhecida como os que seguiam o Caminho. Pois bem, os inimigos da fé perseguiram esse Caminho e tornaram a jornada da Igreja em uma estrada de sangue.
Nos dias dos apóstolos já conseguimos ver os sinais dessas lutas, mas, foram os séculos seguintes, após a morte dos apóstolos, que se tornaram famosos pelo martírio de muitos cristãos, em particular nas arenas romanas.
As autoridades romanas achavam que se matassem um certo número de líderes cristãos, haveriam de acabar com a motivação que as pessoas tinham para seguir esse “movimento”. No entanto, como disse Tertuliano, parecia que as areias das arenas romanas, salpicadas pelo sangue cristãos mortos, se tornavam em lavouras, donde nasciam tantos outros discípulos de Jesus.
Ocorria que, todos os que presenciavam a disposição dos mártires cristãos dando testemunho de sua lealdade a amor a Cristo,  se tornavam cristão também pois julgavam, que Cristo era importante e valioso, mais que a própria vida.
Destas histórias maravilhosas registradas por historiadores cristãos e não cristãos, a que eu mais aprecio é a de Policarpo, bispo de Esmirna. Ele, aos 87 anos, foi preso e condenado à morte por sua lealdade e amor a Cristo.
Quando queimado vivo, diante de muitas testemunhas, não precisou de cordas que o prendessem à fogueira e quem assistiu ao horrendo espetáculo, descreveu da seguinte maneira: embora seu corpo estivesse rodeado pelas chamas, parecia não queimar, pelo contrário, como pão em meio à fornalha, ele também se tornava mais belo.   
Policarpo sentiu cumprir em sua própria vida como pastor da Igreja de Esmirna, aquilo que o próprio Senhor Jesus dissera através de João àquela Igreja: “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2.10). O verdadeiro evangelismo tem um preço que somente os verdadeiros filhos de Deus estão dispostos a pagar: negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 

Foco da Nossa Condição Decaída
Nosso texto é o relato da morte de Estevão. Nele, Lucas nos exorta a confiar naquilo que nos foi ensinado, a partir do exemplo do martírio do Diácono da Igreja de Jerusalém. Lucas nos transporta aos motivos que fazem alguém ser fiel até à morte e, baseados nesses motivos, também nós continuarmos nossa jornada, enfrentando as dificuldades que forem necessárias para que nosso testemunho seja profundo e verdadeiro. 

Contexto
Todos os expectadores ouviram atentamente o grande discurso de EStevão. O diácono de Jerusalém não se intimidou, ante a pressão da turba que o cercava e criticava, pelo contrário, sua sabedoria a todos enfurecia e não podiam resistir aos seus argumentos. 
Lucas parece nos levar a crer que a reação irracional dos opositores os levava a uma ira tamanha que desejaram fazer silenciar aquela voz que os agredia com a verdade sobre os seus próprios pecados. 
A morte de Estevam não foi um episódio de aplicação da "pena de morte" (como era o costume dos judeus ainda naquele tempo), mas uma ação de um grupo de extermínio que acho que fazendo calar sua voz, ele não iria mais ferir-lhes a alma com a verdade. 
Pois bem, o que lemos relatado no livro de Atos é que a morte de Estevão fez a sua voz se elevar ainda mais e alcançar os corações de todos os verdadeiros cristãos, que, agora, perseguidos, se tornaram os propagadores da verdade inquietante de Jesus Cristo, Senhor e Rei. 
A pergunta que faço ao texto nessa meditação é: o que dá forças para que um homem esteja disposto a dar a sua própria vida pela causa de Jesus Cristo?

COMPROMETIMENTO ATÉ À MORTE ACONTECE QUANDO TEMOS CONVICÇÃO DA VERDADE
Um homem convicto se torna alguém disposto a viver pela sua convicção.
Particularmente, acho que o evangelho empobrecido dos dias atuais, tem criado um crente pobre de convicções. Basta olharmos para a igreja e avaliar o seu comportamento e perceberemos a fragilidade com que a fé é desenvolvida. Poucos, muito poucos, estão de fato prontos para pagar o preço e dar a vida por Cristo. Aliás, alguns não conseguem dar sequer alguns tostões, algum tempo a mais ou até mesmo um espaço na sua agenda semanal para o precioso encontro com o Mestre, na oração e na meditação da Palavra. 
A falta de convicção da verdade é a grande vilã deste momento empobrecido da igreja no mundo inteiro. Na Europa, já desistiram de defender a fé há muito tempo, na América do Norte, mormente encontremos focos de resistência em alguns ministérios, a maioria absoluta se encontra preocupada com o materialismo e o hedonismo. Aqui no Brasil e na América Latina como um todo, o evangelho é regado pela moda e o comércio de produtos. Até as igrejas segmentaram o mercado e tem evangelho para todos os gostos, até evangelho sem Bíblia e sem Cruz encontra consumidores por aqui. 
Lucas descreve a trajetória de Estevão como pregador e nem tanto como diácono na igreja. Para ele, é necessário mostrar a convicção que tomou conta deste homem que foi sumariamente julgado em um juízo exercido pelo ódio dos opositores. 
No capitulo 6, versos 9 e 10, eles não podiam resistir à sua sabedoria, falava como quem tinha autoridade, conhecia a verdade que promulgava. Fora necessário subornar mentirosos para lançar contra ele uma ofensa (verso 11). 
A verdade bíblica fluia de sua mente com uma facilidade incrível e ele era capaz de não apenas contar a história dos patriarcas, mas analisar e aplicar ao contexto de seus contemporâneos e dizer-lhes de como eram culpados diante de Deus, por manterem o seu coração endurecido. 
A fundamental história, a que mais lhes causou terror ao coração é aquela com a qual Estevão termina o seu discurso. Ao mostrar os erros históricos dos judeus e lançar-lhes no rosto a verdade sobre o fato de que todos os profetas foram por eles perseguidos, Estevão parte para culminar sua defesa com a seguinte acusação: Vocês são os assassinos do Justo!
Estevão tinha clara em sua mente a verdade de que Cristo Jesus, o Messias. Ele confiava na revelação de Deus e essa era a sua mensagem. Ele não precisava temer essa verdade, nem diminuí-la, transformá-la, enfeitá-la ou escondê-la. Na verdade, ele não poderia viver sem essa verdade, sem anunciá-la, pois sabia que a própria verdade exige essa pregação aberta. 


Ouvindo eles isto - Foi assim que Lucas introduziu o texto da morte de Estevão. Ao ouvirem sua mensagem, a convicção de Estevão sobre a verdade da revelação de Deus, eles se enfureceram em seu coração e rilhavam os dentes por causo do ódio contra Estevão e sua convicção da verdade. 
Sua convicção da verdade poderá significar que você não terá todos os amigos que deseja, algumas vezes você poderá perder por causa da sua convicção da verdade, a respeito de qualquer coisa.  A convicção de Estevão o fortalecia, mas para ele ela significou a sua morte por apedrejamento. 
Neste momento é que descobrimos que realmente estamos convictos, quando estamos dispostos a perder tudo por aquilo que cremos. 

COMPROMETIMENTO ATÉ À MORTE ACONTECE QUANDO TEMOS A VISÃO DA GLÓRIA
Ao perder a expectativa da vida futura, o cristão também perde o amor para viver aqui na terra. 
Os alvos nos ajudam a discernir o caminho, evitando os atalhos e os desvios ao longo de um percurso. Isso serve neste sentido geral e também no sentido maior, em relação à própria vida. 
Quando os cristãos de Jerusalém ouviram a mensagem do Reino, passaram a ter um alvo bem definido e claro em suas mentes, descortinou-se para eles o tipo de vida que realmente importava, aquela em que o Reino de Deus, o Reino de Cristo é real. 
Na verdade, quando temos um alvo definido e valorizamos este objetivo, nenhum outro objetivo menor nos fará desviar, nos fará desejar coisa diferente. O nosso comprometimento com a fé cristã será maior à medida que temos uma VISÃO CLARA DA GLÓRIA DE CRISTO. 
Essa visão é construída em uma percepção clara do que as Escrituras falam sobre a GLÓRIA, mas torna-se viva para nós em nossa experiência diária com Cristo Jesus. 
Estevão era um homem privilegiado, ele tinha noção clara do que desejava e Deus lhe deu uma condição especial para suportar a morte, Deus abriu-lhe a GLÓRIA DE CRISTO. 


Viu o céu aberto e Jesus em pé à direita de Deus. 


 . 


 



COMPROMETIMENTO ATÉ À MORTE ACONTECE QUANDO SABEMOS QUE SERVIMOS AO REI
Senhor Jesus

COMPROMETIMENTO ATÉ À MORTE ACONTECE QUANDO NOSSO CORAÇÃO É CHEIO DE AMOR
As últimas palavras de um homem podem revelar o seu coração. 

24 de julho de 2010

Atos 6. 1 a 7

Sinais e Resultados da Presença da Sabedoria do Alto na Igreja
Tenho tratado em alguns textos sobre este tema, "Sabedoria do Alto", denominando-a de "Inteligência Redencional". Para mim, essa capacidade é conferida ao homem pela ação redentiva de Deus, que coloca no cristão, verdadeiramente convertido, uma capacidade de crer e pensar em conformidade com as realidades superiores do Reino Celestial. 
Não se trata de um tipo de gnosticismo, com uma verdade encoberta que pode ser apreendida apenas por alguns "iluminatis". Trata-se do tema que foi tratado no Evangelho, conforme apresentado por Cristo e os Apóstolos, que foi revelado somente àqueles a quem Deus deseja colocar o novo princípio de vida, isto é, a ressurreição em Cristo. 
Existem verdades gerais sobre Deus, as quais podem ser discernidas pela "sabedoria humana", outras entretanto, só podem ser comunicadas ao homem que nasceu de novo.
Um outro aspecto interessante sobre essa "Inteligência Redencional", é que ela manifesta uma capacidade singular para resolver problemas comuns, visando benefícios redencionais em primazia aos benefícios materiais. 
O texto que separamos para meditarmos, é uma amostra da presença da Inteligência Redencional na igreja primitiva. Buscaremos analisar o acontecimento da Escolha dos Diáconos como uma prova de que o Espírito Santo estava atuando na mente dos apóstolos e dos irmãos, de modo a lhes conduzir a encontrar soluções que tivessem prioridade redencional em sua concepção. 

FCD - Foco da Nossa Condição Decaída
O homem, criado por Deus como um ser pensante, deveria escolher sempre servir e amar a Deus, no entanto, por causa do pecado que lhe afetou primordialmente a capacidade cognitiva, o homem se desvia comumente de Deus e não escolhe seu caminho, a não ser que Deus lhe conceda a "capacidade de agir na direção de Deus", a esta capacidade chamamos de "Inteligência Redencional", cuja finalidade é aproximar o homem de Deus". Esperamos que o crente, meditando no modo como os primeiros cristãos identificavam e resolviam as questões mais simples da vida, comece a buscar esse mesmo discernimento para sua vida. 


INTRODUÇÃO
Como temos apresentado em alguns dos nossos textos, Lucas escreveu este seu segundo livro com a finalidade de confirmar a fé Cristã como algo que procede realmente de Deus. 
Neste texto, Lucas descreve uma situação comum em um grande grupo, ou seja, a necessidade de uma melhor organização para que as coisas acontecessem de uma maneira ordeira e boa para toda a comunidade. 
Lucas introduz o texto destacando justamente o problema: 


Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.


A descrição de Lucas mostra o problema como resultado de um convívio prático e que surgiu involuntariamente, não como fruto de algum menosprezo, nem discriminação desejada pelos líderes, mas acontecia decorrente das exigências naturais do crescimento da comunidade cristã.
Entretanto, o problema afetava algo fundamental na raiz de uma dos principais alicerces redencionais do REino de Cristo, que é a unidade e comunhão da Igreja de Cristo. A palavra murmuração, uma certa desconfiança se levantava no coração dos que eram prejudicados.  
Apresentado o problema, veremos como Lucas descreve a busca de uma solução para essa situação.


Um Sinal da Presença da Sabedoria de Deus na Igreja a Leva a Encarar as Situações de Forma Realista Sem Negar as Dificuldades.
Uma das coisas que me chama a atenção na Escritura é que ela não procura esconder as mazelas que aconteceram no meio do povo de Deus, tampouco cria heróis através de biografias vencedoras sempre.
Naqueles dias, houve murmuração entre os irmãos, porque as viúvas dos gregos estavam sendo prejudicadas e os mandamentos não estavam sendo cumpridos de uma maneira imparcial e isenta de privilégios. 
Nós não precisamos nos amedrontar diante das dificuldades da vida. Muitas vezes, preferimos nos omitir e negar os problemas que acometem nossa vida e relacionamentos com Deus e com os outros, em particular na família. 
Quando somos dirigidos pela "sabedoria do alto" sabemos que "um pouco de fermento leveda toda a massa". A Inteligência Redencional promove uma mudança como encaramos as dificuldades. 
Podemos tomar como exemplo o modo como Davi enfrentou Golias. Para muitos um ato de bravura, às vezes é conduzido por pouca inteligência. No caso de Davi fora ao contrário. Ele não estava negando que diante dele estava um gigante, especialista em guerra. Não obstante a dificuldade, Davi tinha capacidade de avaliar a situações do ponto de vista de Deus e enfrentar a mais complexa situações com a visão de que Deus não o abandonaria, pois só havia uma solução, o enfrentamento. 
Havia em Davi, um discernimento sobre a realidade que lhe mostrava a possibilidade de vitória em Deus. 
Você pode não ser tão corajoso assim, mas deveria começar a pensar de uma forma um pouco mais simples sobre os mais complexos problemas da vida, ou seja, Deus me guiará pelos caminhos da vida e não preciso temer enfrentar as situações. 


Um Sinal da Presença da Sabedoria de Deus é Valorização da Própria Sabedoria Por Parte dos Crentes
Todos os crentes concordavam que era necessário fazer algo, todos concordavam que a proposta dos apóstolos era uma ação sábia e todos sabiam que não poderiam escolher qualquer homem para esta tarefa, pois percebiam que a vida da igreja era algo muito importante, que somente homens cheios do Espírito e Sabedoria seriam capazes de responder adequadamente à essa necessidade.
No texto, observamos que o parecer agradou a todos. Todos sentiram tranquilidade em encontrarem uma solução. Veja que eles não se puseram a discutir posições pró e contra, havia uma necessidade fundamental a ser resolvida que traria problemas para todos. 
O outro modo como a sabedoria era valorizada entre eles é que ao escolherem as pessoas, na prática, escolheram entre tantos, a Estevam, homem cheio do Espírito e de Sabedoria. Não somente ele, mas temos o exemplo também de Filipe e, acreditamos, que os outros também estavam nessa mesma condição.  

Um Sinal da Presença da Sabedoria de Deus na Igreja é Confirmada Pelo Fato de Que Busquemos Soluções Dentro de Uma Perspectiva Redencional
Uma escolha dentro de uma perspectivia redencional é aquela que privilegia principalmente o Reino e a Vontade de Deus para a transformação da vida dos seus filhos. 
A Lei de Deus é a principal fonte de orientação sobre o que é redencional. Também existem aquelas situações que não são propriamente uma contrariedade da Lei de Deus, mas que facilitam ou promovem melhor o cumprimento da mesma na nossa vida. 
No caso de Atos dos Apóstolos vejam que eles precisavam resolver o problema da distribuição das mesas. Os apóstolos faziam isto até então, ou deixavam que as pessoas fizessem isso de forma pouco organizada. Mas o crescimento do grupo exigiu uma mudança no modo como se deveria fazer o trabalho. 
Perceba que eles poderiam dizer assim: nós iremos fazer isso pessoalmente acumulando algumas funções. Mas, perceberam que para promover a vontade de Deus, o crescimento da Igreja e a glória de Cristo, eles deveriam continuar se dedicando à oração e ao estudo da palavra de Deus. 
A igreja compreendia que aquilo era o melhor realmente. Então, o caminho adotado foi o de delegar a outras pessoas aquele trabalho. O fato de procurarem pessoas cheias do Espírito e de Sabedoria decorria do fato de que a comunhão é algo central na vida da igreja e não poderia ser executada por pessoa sem discernimento do Reino de Deus, pois injustiças e outras males muito frequentemente ocorrem nessa área da distruibuição prática do amor. 


Um Sinal da Presença da Sabedoria de Deus na Igreja é Comprovada nos Resultados Positivos Decorrentes de Ações Sábias
Nós não podemos controlar os resultados das nossas ações, mas com certeza, ações que foram determinadas pelo temor a Deus, que é o princípio da Sabedoria, só podem trazer resultados positivos. 
Não significa que serão resultados afastarão dificuldades, mas nos levarão para perto de Deus e os resultados de estarmos perto de Deus sempre serão positivos. 
No caso do texto, o que ocorreu é que o resultado da escolha trouxe paz e o crescimento do rebanho continuou ser verificado, a ponto de Lucas encerrar a pequena perícope com o seu costumeiro ponto de observações sobre o crescimento da fé, o que pontuava ser resultado da presença de Deus na Igreja. 


Um Sinal da Presença da Sabedoria de Deus na Igreja é Que Deus Jamais é Domesticado Pela Igreja
Muitas pessoas pensam que Deus deve dar sempre uma resposta positiva às suas ações e que Ele não pode agir diferentemente do que desejamos. Isso não é sabedoria do alto, pelo contrário, a Inteligência Redencional reconhece a Soberania de Deus em todas as coisas. 
Na verdade, Deus não pode ser realmente domesticado, mas muitos crentes pensam que ele se submete à nossa vontade. Outros acham que ele age sempre dentro de uma lógica cartesiana e humana. Desculpem-me aqueles que pensam assim, Deus é imprevisivel muitas vezes, pois, por mais que procuremos usar a sabedoria do alto, a tendência é que busquemos uma situação de comodismo. ÀS vezes, Deus precisa chacoalhar nossas vidas para que cresçamos mais e partamos para outros pontos da montanha que subimos na direção de Deus. 
Não exatamente na perícope, mas na continuação do texto, quando o destaque é dado a Estevam e se introduz outra parte do livro de Atos, quando a igreja se espalha pelas regiões de Samaria, na Judéia e em outras regiões. 
Deus, não obstante ter a sua igreja em Jerusalém conhecido o evangelho e o seu poder e nele crido de forma absoluta, não obstante estar os discípulos desfrutando da comunhão e do crescimento, precisava fazer essa igreja dar outros passos na sua carreira como anunciadora da verdade do Reino, por isso, mesmo enquanto agiam com Inteligência REdencional, ele a fez objeto de uma grande perseguição por parte dos judeus. 
O povo de Deus, não se revoltou o que é próprio dos que querem domesticar a Deus, mas não conseguem, pois é impossível. Ao contrário, eles com grande ousadia se espalhavam e pregavam a Cristo, que é a Sabedoria de Deus para  a salvação dos homens. 


Conclusão
Todos percebemos que existem situações na vida da gente que precisam ser tratadas com a Sabedoria que Vem do Alto. É muito comum que procuremos soluções sábias, pois evidentemente todos queremos o melhor. Mas será que nossa sabedoria está baseada na verdade REdencional e na REalidade do Reino de Cristo? 
Bem, uma das coisas mais importantes para que você cresça, amadureça e se torne alguém mais pronto para viver, servir e agradar a Deus é que comece a buscar discernimento do que mais te aproxima de Deus e coopera para a sua vida espiritual. 
Aquilo que acontece na vida pessoal pode muito bem ser aplicado na vida eclesiástica. Infelizmente, as soluções que são aplicadas pela maior parte dos crentes não estão baseadas na capacidade de Inteligência Redencional, mas preferem elementos humanos como fundamentos para suas escolhas. Hoje eu lhes recomendo que se aproximem de Deus. 


Aplicação
Comece a repensar os valores que têm determinado suas escolhas, comece a pensar no quanto você ainda precisa crescer. Você talvez me diga que tem dificuldade para esse discernimento. 
Não existirá discernimento se não houver oração e leitura da Palavra. Não existirá crente maduro e capaz, se não fizermos com os apóstolos: nos dedicaremos a oração e à palavra. 
Hoje pode ser um dia para uma mudança muito importante na sua vida. Você é capaz de ser um crente melhor, a capacidade de crescer já está colocada em sua alma. 













Como a Sabedoria do Mundo Tem Atrapalhado a Fé Cristã

"Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade...".
Colossenses 2.23.


O ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, possui uma capacidade que o diferencia de toda a Criação no mundo material: o homem foi criado “ser pensante”. Tal característica promove uma condição excepcional para o homem, pois este, busca a Deus, não como um mero reflexo da sua natureza, mas por um gesto de compreensão racional de quem é Deus.
Os animais louvam a Deus sem uma consciência clara disto. Para eles, o simples existir e fazer aquilo para o que sua natureza foi programa já resulta no louvor da glória de Deus. O homem, diferenciadamente, busca a Deus e a sua vontade de forma consciente, ou seja, sabendo racionalmente o que está fazendo e isso é glorioso para o homem! Ele desfruta da graça do “entendimento acerca de Deus” e o que ele faz.
O problema com essa qualidade do homem é que o pecado afetou de forma profunda a mente humana, que ela não consegue compreender a Deus de forma natural. Pelo contrário, o homem, na tentativa de buscar a Deus por suas próprias forças se desvia de Deus e conceber um Deus segundo os seus desejos, inclinando-se à idolatria. Dessa situação, decorre a necessidade de que busquemos a “Sabedoria de Deus” como a forma de novamente voltarmo-nos a Ele, como verdadeiros adoradores.
Na Bíblia, a verdadeira sabedoria é definida como sendo a busca de Deus e sua vontade segundo o que o próprio Deus instrui acerca disso. Esse discernimento de Deus é a sabedoria que vem do alto e contrasta com a “sabedoria do mundo”. Paulo nos diz em 1 Coríntios que a sabedoria do mundo não é capaz de compreender Deus e, por isso, ela, em lugar de causar aproximação, afasta o homem do seu Criador, pois busca apenas os interesses do próprio homem.
A mais danosa manifestação da “sabedoria do Mundo” ocorre quando ela, parecendo promover a glória de Deus, torna o homem cada vez mais inclinado e centrado em si mesmo. Hoje não é incomum ouvir de grandes pregadores mensagens completamente centrada nos interesses humanos. Falam de prosperidade, sucesso e poder, quase sempre afirmando ser essa a vontade de Deus para os seus filhos. Ao contrario disto, o  homem sábio busca a Deus pelo que Deus é, e não somente pelo que Ele lhe pode dar.
Como podemos ver, no texto destacado acima, o apóstolo Paulo enfrentou a mesma situação em seu tempo, pois um tipo diferente de mensagem estava se espalhando na Igreja e levando os crentes a viverem para Deus na busca de seus próprios interesses. 
Os proponentes mudaram, mas a mentira é a mesma que se propaga ainda hoje. É necessário observar que essa pretensa "nova sabedoria" não é outra senão a "sabedoria do mundo" transformando o evangelho da graça em um evangelho empobrecido de Deus, enriquecido do querer humano. 
Para que você consiga obedecer ao chamado de Cristo - Negue-se a si mesmo e siga-me - será necessário que o Espírito Santo desperte a sua mente para um novo entendimento do que é a vida e o propósito da sua existência. Essa obra, não pode ser produzida pela vontade do homem, mas pelo agir de Deus. 
Precisamos orar para que Deus desperte o seu povo para ter a mente de Cristo, para que redescubra a graça de viver na expectativa de fazer a vontade de Deus. Que o temor do Senhor, volte a ser, na mente da Igreja, o princípio de toda a sabedoria.

21 de julho de 2010

Gálatas 2.20 - Palestra Ministrada no ADOPRESB - Igreja Presbiteriana de Vila Esperança

Cristo Vive em Mim

O impacto do Reino na Minha Vida

Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. 
Gálatas 2.20.

A afirmação acima, escrita na Carta aos Gálatas, é uma resposta de Paulo ao comportamento reprovável de Pedro, episódio que o apóstolo utiliza para mostrar aos crentes da Galácia que é um erro querer servir a Cristo de qualquer maneira, que não seja conforme o próprio Evangelho de Cristo Jesus. 


20 de julho de 2010

Colossenses 3.16



Revestidos de Sabedoria

Palestra Ministrada aos Jovens da 1ª Igreja Presbiteriana Conservadora


Um tema tem dominado minha mente nestes últimos tempos: "O Reinado de Cristo Sobre Todas as Coisas". Junto com a ênfase que tenho dado a este tema em meus estudos e percepções nos textos bíblicos, tenho também notado que uma das maiores falhas do nosso cristianismo é justamente o fato de que deixamos o Reino de Cristo relegado a um lugar menor em nossas preocupações cotidianas. 
Minha conclusão é que esse erro vivêncial do Reino não ocorre porque desejamos desprezar o Reino de Cristo sobre nossas vidas, mas porque nós o concebemos em nosso coração (mente) de forma abstrata, fazendo a sua realidade se mostrar a nós em uma esfera metafísica.


Fomos convidados para ministrar uma palestra para os jovens da Igreja Presbiteriana Conservador, baseada no tema geral: Cultivando Virtudes da Maturidade Espiritual, sendo reservado a mim, tratar mais detalhadamente do sub-tema: Revestidos de Sabedoria. 


Junto com o tema e sub-tema, encaminharam para mim que a base de sua escolha foi a perícope da carta paulina aos colossenses, localizada no capítulo 3, do verso 12 até o 17. Assim sendo, resolvi fazer uma pequena exposição conceitual do texto do verso 16. 


O enfoque da nossa palavra será o de considerar o significado do qualificativo "em toda sabedoria" dado pelo apóstolo Paulo ao modo como os crentes deveriam cuidar uns dos outros através da instrução e do aconselhamento, dentro da frase do verso 16 do capítulo 3 da epístola aos Colossenses. 

"Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo, instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos,e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração" (Cl 3.16). 

Definindo o Termo: "Toda Sabedoria"
Nem sempre as pessoas consideram com cuidado o papel da mente na vida cristã. Os escritores bíblicos, em particular os escritores do Novo Testamento, defendiam o papel preponderante na mente no processo de Redenção do Homem. 
No Velho Testamento, o pensamento judaico enfatizou o papel da mente grandemente, infelizmente, a palavra que os hebreus utilizavam para denotar o conceito "mente" era "levi" (coração). Digo infelizmente porque para nós Ocidentais do século XXI, o termo "coração" aponta basicamente para todas as emoções. Por isso, em nosso cristianismo pós avivalista, a emoção foi considerada como o mais profundo sinal da verdadeira espiritualidade e a compreensão racional, o uso da mente, ficava reservado apenas ao mundo da teologia. 
Deuteronômio 6.5: Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. 
Deuteronômio 30.6: O SENHOR, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para amares o SENHOR, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas. 
Provérbios 4.23: Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida. 
Estes e muitos outros textos do Velho Testamento pontuam sobre a importância da mente no relacionamento com Deus e com a própria vida. 
(Continua...)









Tema central: "Cultivando Virtudes na Maturidade Espiritual"
Tema da sexta - 23/07 -  "Revestidos de sabedoria"
Baseado em Colossenses 3.12-17

7 de julho de 2010

Tiago 1.20 - Aprenda a Lidar Biblicamente Com a Sua Ira

Aprenda Lidar Biblicamente
Com a Sua Ira
Nesse estudo, abordaremos a questão da "ira", tendo como fundamento o modo como a Escritura trata esse fenômeno da emocionalidade humana. Quase todos temos momentos em que temos de encarar a ira instalada dentro da nossa alma, mas nem todos sabemos lidar bem com isso e, com certeza, colhemos frutos extremamente indesejados por conta de nossas ações cheias de ira. 
Na verdade, estamos abordando esse tema, dentro de um tema ainda maior que é a "Glória de Cristo". Nossa perspectiva é tratar do fato de que um dos problemas que encobrem a clara manifestação da Glória de Cristo na vida da Igreja (dos crentes em geral) é que a "Ira Pecaminosa" tem sido um grave empecilho e se mantém sem tratamento em muitos casos. 
Algumas vezes, preferimos dizer que nossa ira é justificada por causa do comportamento das pessoas, afinal se não agirmos com energia muitos males não são corrigidos. 
Mas também não podemos nos esquecer de que existe um outro lado dessa questão. Muitas pessoas fogem tão completamente da ira, considerando-a ser algo unicamente produzida pela velha natureza e esquecendo-se de que a ira não é em si um fruto do pecado, pelo contrário, a própria Escritura afirma: "Irai-vos e não pequeis (Ef.4.26)". O que certamente nos indica que existe algum motivo e alguma maneira de se manifestar a ira que seja sem o conteúdo do pecado presente. 
Na verdade, essas duas posições são maneiras pecaminosas de lidar com a ira, pois, dar vazão completa à ira, justificados nos erros dos homens não produzirá a justiça de Deus e, ao contrário, considerar que nunca existem momentos em que é possível e necessário se irar, como se a ira fosse sempre algo pecaminoso, também não espelha a verdade escriturística sobre esse assunto. 
Avaliaremos o assunto procurando ver o que a Escritura diz sobre a Bíblia, pois entendemos que, quando as pessoas aprendem a lidar com a sua ira, elas também se dispõem à manifestar de maneira mais clara a glória de Cristo Jesus.


Faremos essa busca de aprendizado seguindo quatro passos: 
definindo o que é a ira; 
o nascimento da ira; 
o poder destrutivo da ira e, por fim, 
domínio sobre a ira. 


O Que é a IRA?
Primeiramente, devemos considerar a ira como parte da natureza emocional humana, desde a criação e não como um acontecimento decorrente da queda. 
Uma boa maneira de chegarmos à essa conclusão está na própria natureza divina de Deus. A Bíblia afirma que Deus se ira e que a manifesta e, se Deus se ira e a manifesta devemos compreender que a ira não é em si mesma algo ruim ou totalmente inaceitável. 
O homem, sendo criado para espelhar o próprio ser de Deus, também foi criado com a capacidade de se irar. O problema com a questão da ira é que, depois da queda, o homem perdeu a capacidade de dominar sua ira e utiliza-la de modo a trazer à luz a justiça de Deus. 


A IRA é Uma Reação Emocional Natural
Bem, como já consideramos no parágrafo anterior, a ira é parte da natureza do homem, portanto, ela é natural em nós. Irar-se é uma resposta natural do nosso ser interior a alguns acontecimentos a que somos expostos. Sendo uma reação natural, a ira estará presente em nossa vida e não poderemos fugir totalmente à sua presença em nós. 
Todos os seres humanos normais se iram. A Bíblia nos exorta a afastarmo-nos da ira, mas ela não esconde de nós o fato de que nós nos iramos. Quando ela nos exorta a nos afastar da ira, ela, na verdade, nos exorta a afastar da "ira pecaminosa", isto é, aquele tipo de ira e de sua manifestação, que não decorre de um reflexo ajustado da imagem de Deus, mas do pecado que nos contamina a mente. 


A IRA pode ser controlada
Quando o apóstolo Paulo nos disse: irai-vos, mas não pequeis. Não se ponha o sol sobre a sua ira, nem deis lugar ao Diabo (Efésios 4. 26 e 27). Algumas verdades anuncia direta e indiretamente neste texto. Primeiro, que a manifestação pecaminosa da nossa ira é uma ação contra Deus e pode ser usada pelo próprio Diabo para completar sua sagaz perseguição à nossa fé. Por outro lado, ele fala sobre a nossa capacidade de dominar essa manifestação, bem como o tempo com que a ira permanece em nosso coração. 
Voltaremos a falar um pouco mais sobre esse controle da ira mais a frente. Por enquanto, queremos apenas pontuar que a ira não é um poder totalmente fora do nosso controle. 


A IRA tem um grande poder construtivo
Como já dissemos, a ira é uma reação emocional natural e, de alguma maneira, tem a ver com os traços da imagem de Deus em nós. Vimos também que o próprio Deus se ira e que, portanto, ela não é má em si. Por isso, podemos dizer que existe um propósito santo e construtivo para que Deus tenha depositado em nossa constituição natural essa capacidade. 
Sim, a ira pode ter um potência construtivo muito grande, especialmente quando ela nos faz ficar incomodados com uma determinada situação e nos estimula a uma reação positiva aos fatos que geraram a ira em nosso coração. 
Também esperamos tocar nesse assunto um pouco mais tarde. 


A IRA tem um grande poder destrutivo
O outro lado dessa moeda que acabamos de rodar é que a IRA também tem um grande potencial destrutivo e sobre esse assunto desejo discorrer a seguir. Na verdade, creio que um dos problemas que temos enfrentado é que as pessoas têm mascarado sua ira, com medo de reconhecer o seu poder destrutivo. Mesmo na vida daqueles crentes, aparentemente mais pacíficos e calmos. 
Vamos lidar com o este estudo sobre o poder destrutivo da ira de duas maneiras. Primeiro, iremos ver as afirmações bíblicas sobre a ira no livro de Provérbios e notar o que ela faz acontecer na vida das pessoas, segundo as instruções desse livro de sabedoria. Depois, iremos tomar alguns casos bíblicos sobre a ira e veremos, na vida prática das personagens das Escrituras, como a ira produziu tantos infortúnios destruidores. 
A medicina preventiva é sempre uma maneira mais adequada de se lidar com  a maior parte dos problemas de saúde, isso não é nenhum segredo para ninguém, e o mesmo pode ser aplicado em relação aos problemas das enfermidades espirituais. 
No entanto, a medicina preventiva dificilmente nasce de uma forma natural, pelo contrário, para que apareça determinada prática preventiva para qualquer mal, primeiramente, as pessoas precisam estar conscientes do mal que se lhe pode acometer. Por isso, iremos começar falando acerca do "poder destrutivo da ira". 


O PODER DESTRUTIVO DA IRA nas afirmações de Provérbios
Na verdade, estamos apenas tomando o livro de Provérbios como um exemplo de como a ira pecaminosa deve ser tratada preventivamente. Poderíamos, como já fizemos em parte, elencar o tema em outros textos, mas poderemos aprender bastante sobre o poder destrutivo da IRA nestes textos proverbiais. 


Provérbios 14.17 - 14.29
O homem que se deixa denominar pela ira pecaminosa age sempre como um louco, o implica no fato de que ele nunca anda na direção de Deus e do temor do Senhor. Esse homem será odiado pelas pessoas e, naturalmente, não obterá o favor de Deus, pois não faz o que Deus espera que ele faça, afinal os seus designios são maus. 
A ira pecaminosa não exalta a Deus e a sua vontade, mas a sua loucura estará em relevo e perceptível na sua vida. 


Provérbios 15.18 - 
A ira pecaminosa causa uma dificuldade muito intensa de relacionamento com as pessoas ao seu redor, pois o seu padrão de relacionamento é de causar lutas, discussões ao seu redor. Ele contamina o ambiente ao seu redor e causa todo tipo de problemas  


Provérbios 19.19
O padrão do homem que se ira de forma pecaminosa, acaba adotando um padrão de ira em suas reações, pois ela domina seus pensamentos. Por isso, é comum que ele seja constantemente reincidente em seus mesmos pecados, decorrentes da ira.


Provérbios 21.9; 19
Problemas familiares e dificuldade para o diálogo familiar. As famílias não têm um crescimento emocional, porque as pessoas procuram ficar o menor tempo possível com pessoas com reações iracundas. Veja que a razão da felicidade de um lar, está mais centrada no ambiente que existe numa casa que nos bens que possuem os seus moradores (Provérbios 17.1). 


Provérbios 22.24 e 25
O homem colérico e iracundo contamina os que andam com ele. Na verdade, as pessoas que se deixam dominar pela ira pecaminosa é um má influencia na vida de outras pessoas, pois o seu procedimento sempre levando à laços perigosos na vida. Portanto, os amigos do homem iracundo serão, mais tarde, iracundos com ele. 


O PODER DESTRUTIVO DA IRA na vida de algumas personagens bíblicas
Algumas personagens da Escritura deixaram-se dominar pela IRA PECAMINOSA e viram os efeitos dessa nefasta presença na sua própria vida, através das consequencias que a IRA deixou-lhes. 


CAIM MATOU ABEL
Caim matou Abel como produto de sua IRA PECAMINOSA. Talvez se tivesse controlado sua IRA não teria matado Abel, teria sido recebido por Deus e aprovado por Ele. Ele matou seu irmão, causou dor no coração de Adão e Eva e tornou-se pai de uma família de assassinos. 


A IRA DE ESAÚ
Esaú tinha uma razão justa para se irar, pois seu irmão Jacó havia enganado o Pai e roubado o seu direito. Entretanto, por ser ele um homem iracundo, cujas ações eram marcadas pela violência, ele afastou o seu irmão e trouxe grande tristeza à sua família (Gn 27.41ss). 


A IRA DE LABÃO
Labão, por causa da ira pecaminosa, contra Jacó, delimitou um linha da qual enfaticamente determinou que Jacó não passasse. Isso o impediu de conviver com suas filhas e netos o resto de sua vida. Genesis 31.48ss.


A IRA DOS IRMÃOS DE JOSÉ
Os irmãos de José iraram-se contra o fato de que Jacó dava uma atenção maior para José. Sua reação foi a de se confabularem a morte do irmão. Felizmente, pela intervenção divina, decidiram vendê-lo aos ismaelitas. Bem, a ação trouxe mentira, tristeza e toda uma série de conflitos familiares. 


A IRA DE POTIFAR
Quando ficou irado, por causa do relato mentiroso de sua mulher a respeito de José. Potifar agiu injustamente contra José, perdeu seu melhor empregado e lançou-o na prisão. 


Quando a ira pecaminosa determina os padrões do nosso comportamento, podemos colher os mais terríveis resultados. Passemos a meditar de forma mais prática em nossa própria vida. 


O PODER DESTRUTIVO DA IRA na sua vida
A IRA PECAMINOSA terá um poder destrutivo na sua vida de algumas formas. Ela irá influenciar na sua vida social, no seu relacionamento com Deus e até mesmo no modo como você aceita e reage a realidade ao seu redor. 


A Ira Pecaminosa Compromete a Mente
Primeiramente, gostaria de dizer que a IRA produz afetação cognitiva na sua vida. Isso significa que ela atua primordialmente no modo como você reage mentalmente às coisas que te cercam, bem como e principalmente, todas as pessoas que estão ao seu redor. 
A IRA pecaminosa irá fazer você ter sempre um conceito muito ruim sobre as pessoas e o modo como elas te tratam. Você poderá se voltar contra uma pessoa por causa de algo ruim que ela te fez, mesmo que já tenha doado a você uma vida inteira de coisas boas. Isso acontece porque a sua mente, por causa da ira, fica pervertida e não consegue pensar e valorizar comparativamente quão boa é aquela pessoa que você por quem, agora, você tem raiva. 


A IRA Pecaminosa Afasta Você das Pessoas Que Você Ama e Que te Amam
Quando uma pessoa trabalha a sua vida e seus relacionamentos de forma influenciada pela Ira Pecaminosa existe uma tendência a prejudicar o seu relacionamento com as pessoas que vivem mais perto de você.


A IRA Pecaminosa Destrói a Igreja
Muito facilmente podemos perceber que a IRA Pecaminosa é quase sempre a responsável pela quebra da comunhão entre os irmão, a falta de trabalho e colaboração, bem como, chega a dividir igrejas. 


A IRA Pecaminosa Pode Causar Problemas Sociais e Financeiros
Algumas pessoas, deixaram-se dominar tão completamente pela ira pecaminosa que,  perderam empregos, oportunidades maravilhosas de promoção e outras situações ligadas à vida social, bem como financeira. Pessoas iracundas, não conseguem estabelecer-se socialmente, portanto, têm dificuldades enormes para ocupar determinados postos profissionais. 
  




Causas da IRA PECAMINOSA


Causa primordial


Causas circunstanciais




(sofrerá revisão...)