MOTIVOS QUE LEVAM UMA PESSOA A PRIORIZAR O REINO DE DEUS
INTRODUÇÃO
Um dos pontos mais difíceis do estudo do Evangelho de Lucas e, em particular dos capítulos iniciais, é definir qual era a mensagem que o evangelista queria passar que viesse a sustentar Teófilo para que o mesmo não se demovesse de sua confiança, naquelas verdades nas quais havia sido instruído. Particularmente, visualizo uma intenção de demonstrar essa certeza enfatizando que a vida de Jesus foi uma obra de Deus do início ao fim.
A aparição dos anjos para pessoas piedosas e a significativa presença do Espírito Santo nestes capítulos são, para Lucas, motivos para se firmar no fato de que Deus estava dirigindo a história de Jesus Cristo, mesmo antes, deste ter assumido um ministério público, o qual, logo depois de ser iniciado, veio a ser realizado na força do Espírito Santo.
O texto que temos diante de nós, Lucas 2.41 a 52, está encapsulado por duas expressões muitíssimo semelhantes. No verso 41 lemos: "Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele". Já no verso 52, podemos ler: "E, crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens".
Evidemente, Lucas está propondo que um simples olhar para a vida de Jesus e a percepção do poder do Espírito de Deus em sua vida, neste caso, ainda na infância, permitiria que nossa fé permanecesse vigorosa e decidida.
Não podemos nos esquecer de que, no tempo de Lucas, os servos e servas do Senhor foram perseguidos e que, no período da escrita desse evangelho, a igreja se espalhara pelo mundo e, na força do mesmo Espírito Santo, guiada por Deus mostrava-se vitoriosa sobre todos os seus inimigos, mesmo quando, aparentemente, parecia tão acuada e cercada pelos que a odiavam.
Eu vos convido a estudar este texto com essa visão, ou seja, procurando encontrar motivos para continuar a priorizar o reino de Deus na sua vida.
O texto em poucas palavras
Lucas, dentro dessa capsula contextual, nos conta a história ocorrida no tempo em que Jesus era apenas um menino. Todos os meninos judeus, ao completarem 12 anos e um dia, eram levados ao templo para uma cerimônia, conhecida até hoje como "Bar Mitzvah" (filho do mandamento). Nessa cerimônia, o menino judeu, lia a Torah (Lei de Deus) pela primeira vez e passava a ser considerado responsável por seus atos diante de Deus.
Em lugar de voltar com seus pais, familiares e amigos, Jesus permaneceu no Templo em Jerusalém e ficou por lá, três dias. Seus pais, Maria e José voltaram para a cidade e o encontraram discutindo com os doutores da Lei, e todos os que o viam se maravilhavam, pois Jesus demonstrava conhecimento das Escrituras acima da média.
Maria o indagou sobre o que estava fazendo e porque deixara ela e seu pai preocupados e a resposta de Jesus foi: "Não sabieis que me cumpria estar nas coisas de meu Pai?" (utilizo uma tradução diferente para essa frase, pois alguns tradutores preferem termos mais diretos como "casa", "negócios" e ou "serviço" de meu pai).
Depois disto, Lucas resume a história apenas dizendo que, Maria e José não compreenderam essas palavras à época, que ele era submisso aos seus pais, que Maria considerava tudo isso no coração e que o menino se desenvolvia, como já dissemos, encapsulando a história.
Prioridade Para as Coisas de Meu Pai
Sem dúvida alguma, Lucas propõe que essa era uma marca da vida de Jesus. Ele não o faz para ser destacada dentro os demais, para receber honras e méritos humanos, ele simplesmente, está aplicando o ensino da Lei à sua vida.
Meus caros irmãos, quero lhes suplicar que avaliem os motivos que levaram o próprio Jesus a tomar decisões que o levaram a priorizar o Reino de Deus. Destacarei os versos 49 e 52, por considerá-los centrais no entendimento da passagem.
Considerando esses motivos, que cada um avalie sua própria vida. Avalie quais são suas prioridades e o que lhe falta para tomar o mesmo rumo da vida de Jesus.
Olhando para Jesus, tenho certeza, você poderá decidir melhor. Pois, todos quantos são amigos de Deus (teofilos) haverão de querer andar como Ele andou.
Senso de dever para com o Deus da Palavra
Para muitas pessoas, o que estava acontecendo com Jesus poderia ser classificado como um ato de desobediência infantil, afinal ele não se importara com o pais e permanecera no templo de Jerusalém.
Mas uma das coisas que devemos nos lembrar é que Jesus, agora com 12 anos, tinha deveres para com a Lei e ele, que tanto se destacou pelo conhecimento da mesma, declara que os motivos que o levavam a permanecer ali é o seu senso de dever para com o Deus da Lei. A resposta de Jesus aos seus pais é muito clara: "não sabieis que me "cumpria" estar nas coisas de meu pai?"
Jesus compreendia bem o que a Lei exigia dele. Com toda certeza ele lera e relera a passagem que nos diz: " se atentamente ouvirdes a voz do Senhor teu Deus, cuidando em cumprir todos estes mandamentos...".
É necessário que recuperemos em nossos dias o "senso de dever para com a Lei de Deus". Não poucos crentes passam pelas páginas da Bíblia como quem lê uma revista, um Best Seller, um Gibi... completamente indiferentes ao fato de que ali, Deus ordena a sua vontade.
Jesus, certamente, não encarava a Lei de Deus dessa forma, então não tem problema em nos dizer: "...me cumpria (...)".
Quando você tiver senso de dever para com a Palavra de Deus, então, o Seu Reino, será uma prioridade para você. Não poucas pessoas, na verdade até invertem o senso de dever e começam a viver como se Deus é quem tivesse que desenvolver algum senso de dever para com eles, afinal, Deus prometeu, dizem: tem que cumprir!
A infantilidade de alguns é tão evidente, que seu único senso de dever é para consigo mesmos, como se Deus não fosse dono de suas vidas e como se eles próprios não tivessem sido comprados por Deus para fazer a sua vontade.
Somos servos comprados pelo Senhor, não temos o direito de viver para nós mesmos, ao contrário, somos arregimentados, como disse o apóstolo Paulo, para servir àquele que nos arregimentou, nunca ao contrário.
Repito, meus amados irmãos, para muitos falta esse senso de dever para com o Deus da Palavra, é por isso, que eles não são capazes de priorizar o Reino de Deus em suas vidas.
Relacionamento pessoal que o aproximava do Pai
Mas uma das coisas que devemos nos lembrar é que Jesus, agora com 12 anos, tinha deveres para com a Lei e ele, que tanto se destacou pelo conhecimento da mesma, declara que os motivos que o levavam a permanecer ali é o seu senso de dever para com o Deus da Lei. A resposta de Jesus aos seus pais é muito clara: "não sabieis que me "cumpria" estar nas coisas de meu pai?"
Jesus compreendia bem o que a Lei exigia dele. Com toda certeza ele lera e relera a passagem que nos diz: " se atentamente ouvirdes a voz do Senhor teu Deus, cuidando em cumprir todos estes mandamentos...".
É necessário que recuperemos em nossos dias o "senso de dever para com a Lei de Deus". Não poucos crentes passam pelas páginas da Bíblia como quem lê uma revista, um Best Seller, um Gibi... completamente indiferentes ao fato de que ali, Deus ordena a sua vontade.
Jesus, certamente, não encarava a Lei de Deus dessa forma, então não tem problema em nos dizer: "...me cumpria (...)".
Quando você tiver senso de dever para com a Palavra de Deus, então, o Seu Reino, será uma prioridade para você. Não poucas pessoas, na verdade até invertem o senso de dever e começam a viver como se Deus é quem tivesse que desenvolver algum senso de dever para com eles, afinal, Deus prometeu, dizem: tem que cumprir!
A infantilidade de alguns é tão evidente, que seu único senso de dever é para consigo mesmos, como se Deus não fosse dono de suas vidas e como se eles próprios não tivessem sido comprados por Deus para fazer a sua vontade.
Somos servos comprados pelo Senhor, não temos o direito de viver para nós mesmos, ao contrário, somos arregimentados, como disse o apóstolo Paulo, para servir àquele que nos arregimentou, nunca ao contrário.
Repito, meus amados irmãos, para muitos falta esse senso de dever para com o Deus da Palavra, é por isso, que eles não são capazes de priorizar o Reino de Deus em suas vidas.
Relacionamento pessoal que o aproximava do Pai
A vida de Jesus nos ensina algumas outras coisas. Entre elas a intimidade com Deus como fonte de estímulo à prioridade.
Entendo que quando priorizamos o Reino apenas porque temos algum senso de dever para com o Deus da Palavra, pode ser que não o sirvamos e o priorizemos com muita alegria no coração. Mas, Jesus nos ensina em sua frase do verso 49, que o seu senso de dever para com a Lei de Deus vinha acompanhado de um verdadeiro relacionamento pessoal com Deus, pois ele diz: "... nas coisas do "meu Pai".
O salmista cantava: "A intimidade do SEnhor é para aqueles que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança". Deus sempre revela na sua Palavra que o desejo do coração de Deus é que os seus filhos e súditos o amem. Jesus, certamente, lera na Torah: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, toda a tua alma e todo o teu entendimento".
Um relacionamento vivo e íntimo com Deus nos levará a priorizar o seu Reino, pois é impossível para qualquer pessoa viver perto deste Deus sem conceber que Ele deve ter a primazia de sua vida.
Muito da falta de prioridade para o Reino de Deus na igreja do nosso tempo, tem a ver com uma, cada vez mais presente, falta de amor por Deus. Infelizmente, os crentes não desenvolvem mais aquele amor ardente por Deus e por suas coisas. Eles estão com o coração tão dividido que já não é possível dizer de muitos crentes: eles amam a Deus.
Jesus havia nos alertado, que o amor de muitos se esfriará. Ele disse aos seus discípulos que ninguém poderia amar a dois senhores, por isso, deveriam saber que era necessário amar a Deus, para que o Reino fosse buscado em primeiro lugar.
Entre os outros amores que nos afastam de Deus, encontramos primordialmente os cuidados com este mundo e com a nossa vida. Como essas coisas roubam a nossa atenção e a nossa disposição. Como é fácil encontrarmos desculpas facilmente aceitas, basta simplesmente evocarmos os nossos deveres sociais, familiares e outros que tais.
Jesus amava a Deus e isso era recíproco. Ele amou ao seu Pai intensamente e mantinha com ele constância e proximidade. Um dos termômetros mais significativos desse amor em um crente é a oração.
Quanto mais estivermos buscando a intimidade com Deus, proporcionalmente, buscaremos falar com Ele em oração secreta. O amor nos leva à prioridade e não o contrário. Não pense que apenas separando tempo para Deus, em suas orações ou leitura bíblicas, que isso é suficiente. Na verdade, eu penso que o caminho inverso é que é o melhor, ou seja, desenvolva amor por Deus e você desenvolverá intimidade e Ele se tornará em prioridade para você.
Vigor espiritual produzido pelo constante enchimento do Espírito Santo
Entendo que quando priorizamos o Reino apenas porque temos algum senso de dever para com o Deus da Palavra, pode ser que não o sirvamos e o priorizemos com muita alegria no coração. Mas, Jesus nos ensina em sua frase do verso 49, que o seu senso de dever para com a Lei de Deus vinha acompanhado de um verdadeiro relacionamento pessoal com Deus, pois ele diz: "... nas coisas do "meu Pai".
O salmista cantava: "A intimidade do SEnhor é para aqueles que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança". Deus sempre revela na sua Palavra que o desejo do coração de Deus é que os seus filhos e súditos o amem. Jesus, certamente, lera na Torah: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, toda a tua alma e todo o teu entendimento".
Um relacionamento vivo e íntimo com Deus nos levará a priorizar o seu Reino, pois é impossível para qualquer pessoa viver perto deste Deus sem conceber que Ele deve ter a primazia de sua vida.
Muito da falta de prioridade para o Reino de Deus na igreja do nosso tempo, tem a ver com uma, cada vez mais presente, falta de amor por Deus. Infelizmente, os crentes não desenvolvem mais aquele amor ardente por Deus e por suas coisas. Eles estão com o coração tão dividido que já não é possível dizer de muitos crentes: eles amam a Deus.
Jesus havia nos alertado, que o amor de muitos se esfriará. Ele disse aos seus discípulos que ninguém poderia amar a dois senhores, por isso, deveriam saber que era necessário amar a Deus, para que o Reino fosse buscado em primeiro lugar.
Entre os outros amores que nos afastam de Deus, encontramos primordialmente os cuidados com este mundo e com a nossa vida. Como essas coisas roubam a nossa atenção e a nossa disposição. Como é fácil encontrarmos desculpas facilmente aceitas, basta simplesmente evocarmos os nossos deveres sociais, familiares e outros que tais.
Jesus amava a Deus e isso era recíproco. Ele amou ao seu Pai intensamente e mantinha com ele constância e proximidade. Um dos termômetros mais significativos desse amor em um crente é a oração.
Quanto mais estivermos buscando a intimidade com Deus, proporcionalmente, buscaremos falar com Ele em oração secreta. O amor nos leva à prioridade e não o contrário. Não pense que apenas separando tempo para Deus, em suas orações ou leitura bíblicas, que isso é suficiente. Na verdade, eu penso que o caminho inverso é que é o melhor, ou seja, desenvolva amor por Deus e você desenvolverá intimidade e Ele se tornará em prioridade para você.
Vigor espiritual produzido pelo constante enchimento do Espírito Santo
Para Lucas, como disse no início, era muito importante mostrar à Teófilo que Jesus tinha ligação pessoal com Deus, mas em particular, era necessário mostrar o quanto o Espírito Santo estava envolvido na vida e ministério do Messias.
Gosto sempre de lembrar que esse evangelho é parte de uma obra em dois tomos, cujo segundo tomo é dedicado, como disse Kuiper, aos "Atos do Espírito Santo". Uma leitura simples de Atos dos Apóstolos nos mostrará como, de maneira decisiva, o Espírito Santo estava envolvido na obra de construir o Reino de Deus, pela instrumentalidade da própria Igreja.
No caso da vida e ministério do Messias, Lucas dá a mesma atenção para a presença de Deus e do Espírito Santo. Fica claro, como já disse, através da presença dos anjos na anunciação e, na direção que dava às pessoas, assim como o Espírito guiava as pessoas, inclusive o próprio Jesus. Seria interessante fazer um estudo o capítulo 4 de Lucas e perceber isso, bem como no verso 17, o próprio Messias citando as Escrituras e aplicando-as a si.
Já disse que o texto que abordamos nesta mensagem está encapsulado pelo dizeres do verso 40 e do verso 52. NO verso quarenta, a ênfase final do verso é que a graça de Deus estava sobre ele. Na verdade, Lucas está referindo-se à graça de Deus, embora, alguns copistas, principalmente dos textos bizantinos, preferem dizer que "o espírito de Deus estava sobre ele". Em minha visão, ele prefere usar aqui a "graça de Deus", porque, no batismo, tornar-se-á mais claro que o Espírito descera sobre Jesus, assim ele evita uma confusão desnecessária para os seus leitores.
De qualquer forma, podemos compreender que as descrições feitas nestes versos nos mostram um Jesus que demonstrava progressos sensíveis em sua vida de relacionamento com Deus, o que certamente pode ser chamado de enchimento do Espírito Santo.
NO verso 52, percebemos que Lucas está disposto a nos mostrar que aquela prioridade que Cristo deu às coisas de seu Pai estava diretamente relacionado ao fato de que ele se desenvolvia: "E crescia Jesus...".
Infelizmente, nos dias de hoje, vivemos em um tempo de Cristão imaturos, crianças na fé. Esse tipo de igreja, concentra muitos problemas e um dos mais sérios é que são pessoas muitíssimo distraídas, como as próprias crianças.
É muito comum que as crianças se distraiam com suas brincadeiras. Quantos de nós já tivemos de exigir que nossas crianças deixassem de lado os seus brinquedos para se concentrarem nos estudos? Ou quantos já tiveram o dissabor de gastar algum dinheiro em um presente, mas viu seu filho se envolver muito mais com um presente baratinho que um tio lhe tinha dado? É que as crianças tem dificuldade para avaliar e verificar o valor das coisas, isso não lhes é importante. Isso também ocorre com muitos crentes.
Esse crescimento acentuado de Jesus se dava em três áreas, segundo o verso 52: sabedoria, estatura e graça. Rapidamente, sem desejar ser dogmático em minhas afirmações, gostaria de dizer que Jesus buscava uma intimidade prática com Deus, ou seja, que lhe conduzia ao crescimento.
Jesus não desejava a intimidade pela intimidade, mas por aquilo que estar próximo de seu Pai produzia, ou seja, força para cumprir os propósitos de sua vida. E para cumprir os propósitos de sua vida ele precisa desse desenvolvimento: sabedoria - que compreendia um crescente conhecimento de Deus e de sua Lei; estatura - que correspondia à vida natural, ou seja um desenvolvido natural efetivo e positivo, a vida de Jesus se estruturava de maneira equilibrada em todas as áreas; graça - Jesus crescia na presença dos valores do Reino Celestial e na presença do Espírito e o desenvolvimento do fruto da sua presença na sua vida.
Boa parte da nossa falta de prioridade para o Reino está ligada à essa nossa meninice na fé. Precisamos desenvolver hábitos de constante busca de crescimento espiritual. O apostolo Paulo nos indica o caminho do Enchimento do Espírito como o caminho para viver e agradar a Deus, como único resultado de uma vida cheia da Luz de Deus.
Às vezes, lutamos para crescer diante dos homens. Nossa preocupação é que as pessoas nos admirem, nos amem e nos respeitem por aquilo que alcançamos e realizamos, por aquilo em que nos valorizamos. Por isso, nos dedicamos nessa nossa "competição" por prestígio pessoal, quer no âmbito familiar, social e eclesiológico. Mas o texto nos diz que é quando nós crescemos diante de Deus, naturalmente o resultado apresentado é o crescimento diante dos homens. Mas nem sempre esse crescimento segue os padrões mundanos, por vezes, ao crescermos diante dos homens, eles nos odiarão por isso. Mas a verdade é que crescemos!
Pense sobre isso! Pense sobre o fato de que, possivelmente você tenha permanecido tempo demais como um menino na fé e tem chegado a hora das coisas mudarem.
Conclusão
MInha conclusão é curta, mas bastante dura. Na verdade eu penso é que, a falta de prioridade que a igreja tem dado ao Reino é derivada diretamente do fato de que a Igreja não tem senso de dever para como Deus da Palavra, tem deixado esfriar o seu amor pelo Pai e tem sido uma igreja de fé infantil e distraída.
Você pode estar vivendo essas realidades. Algumas vezes, tentamos negar que as coisas sejam realmente assim. Mas quando estamos somente nós e o nosso Deus, seremos obrigados a admitir que temos muitos ajustes a fazer.
Aplicação
A minha proposta para todos os irmãos é que, diante deste texto, se de fato somos "amigos de Deus" (teófilos), façamos todos os ajustes que nos conduzam a priorizar o Reino. Pensemos que um dia, todas as coisas que conhecemos serão desfeitas e Cristo voltará. A proposta de Lucas para TEófilo era a de que se mantivesse firme até o tempo da volta de Jesus Cristo e essa é a proposta de Deus para nós.
Você e eu precisamos avaliar quais têm sido as nossas prioridades e medi-las, conforme nos alerta a Escritura e, depois disto, tomar decisões que se baseiem naquilo que Deus fala ao nosso coração e não em nossas próprias ambições.
Que Deus nos abençoe!
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Gosto sempre de lembrar que esse evangelho é parte de uma obra em dois tomos, cujo segundo tomo é dedicado, como disse Kuiper, aos "Atos do Espírito Santo". Uma leitura simples de Atos dos Apóstolos nos mostrará como, de maneira decisiva, o Espírito Santo estava envolvido na obra de construir o Reino de Deus, pela instrumentalidade da própria Igreja.
No caso da vida e ministério do Messias, Lucas dá a mesma atenção para a presença de Deus e do Espírito Santo. Fica claro, como já disse, através da presença dos anjos na anunciação e, na direção que dava às pessoas, assim como o Espírito guiava as pessoas, inclusive o próprio Jesus. Seria interessante fazer um estudo o capítulo 4 de Lucas e perceber isso, bem como no verso 17, o próprio Messias citando as Escrituras e aplicando-as a si.
Já disse que o texto que abordamos nesta mensagem está encapsulado pelo dizeres do verso 40 e do verso 52. NO verso quarenta, a ênfase final do verso é que a graça de Deus estava sobre ele. Na verdade, Lucas está referindo-se à graça de Deus, embora, alguns copistas, principalmente dos textos bizantinos, preferem dizer que "o espírito de Deus estava sobre ele". Em minha visão, ele prefere usar aqui a "graça de Deus", porque, no batismo, tornar-se-á mais claro que o Espírito descera sobre Jesus, assim ele evita uma confusão desnecessária para os seus leitores.
De qualquer forma, podemos compreender que as descrições feitas nestes versos nos mostram um Jesus que demonstrava progressos sensíveis em sua vida de relacionamento com Deus, o que certamente pode ser chamado de enchimento do Espírito Santo.
NO verso 52, percebemos que Lucas está disposto a nos mostrar que aquela prioridade que Cristo deu às coisas de seu Pai estava diretamente relacionado ao fato de que ele se desenvolvia: "E crescia Jesus...".
Infelizmente, nos dias de hoje, vivemos em um tempo de Cristão imaturos, crianças na fé. Esse tipo de igreja, concentra muitos problemas e um dos mais sérios é que são pessoas muitíssimo distraídas, como as próprias crianças.
É muito comum que as crianças se distraiam com suas brincadeiras. Quantos de nós já tivemos de exigir que nossas crianças deixassem de lado os seus brinquedos para se concentrarem nos estudos? Ou quantos já tiveram o dissabor de gastar algum dinheiro em um presente, mas viu seu filho se envolver muito mais com um presente baratinho que um tio lhe tinha dado? É que as crianças tem dificuldade para avaliar e verificar o valor das coisas, isso não lhes é importante. Isso também ocorre com muitos crentes.
Esse crescimento acentuado de Jesus se dava em três áreas, segundo o verso 52: sabedoria, estatura e graça. Rapidamente, sem desejar ser dogmático em minhas afirmações, gostaria de dizer que Jesus buscava uma intimidade prática com Deus, ou seja, que lhe conduzia ao crescimento.
Jesus não desejava a intimidade pela intimidade, mas por aquilo que estar próximo de seu Pai produzia, ou seja, força para cumprir os propósitos de sua vida. E para cumprir os propósitos de sua vida ele precisa desse desenvolvimento: sabedoria - que compreendia um crescente conhecimento de Deus e de sua Lei; estatura - que correspondia à vida natural, ou seja um desenvolvido natural efetivo e positivo, a vida de Jesus se estruturava de maneira equilibrada em todas as áreas; graça - Jesus crescia na presença dos valores do Reino Celestial e na presença do Espírito e o desenvolvimento do fruto da sua presença na sua vida.
Boa parte da nossa falta de prioridade para o Reino está ligada à essa nossa meninice na fé. Precisamos desenvolver hábitos de constante busca de crescimento espiritual. O apostolo Paulo nos indica o caminho do Enchimento do Espírito como o caminho para viver e agradar a Deus, como único resultado de uma vida cheia da Luz de Deus.
Às vezes, lutamos para crescer diante dos homens. Nossa preocupação é que as pessoas nos admirem, nos amem e nos respeitem por aquilo que alcançamos e realizamos, por aquilo em que nos valorizamos. Por isso, nos dedicamos nessa nossa "competição" por prestígio pessoal, quer no âmbito familiar, social e eclesiológico. Mas o texto nos diz que é quando nós crescemos diante de Deus, naturalmente o resultado apresentado é o crescimento diante dos homens. Mas nem sempre esse crescimento segue os padrões mundanos, por vezes, ao crescermos diante dos homens, eles nos odiarão por isso. Mas a verdade é que crescemos!
Pense sobre isso! Pense sobre o fato de que, possivelmente você tenha permanecido tempo demais como um menino na fé e tem chegado a hora das coisas mudarem.
Conclusão
MInha conclusão é curta, mas bastante dura. Na verdade eu penso é que, a falta de prioridade que a igreja tem dado ao Reino é derivada diretamente do fato de que a Igreja não tem senso de dever para como Deus da Palavra, tem deixado esfriar o seu amor pelo Pai e tem sido uma igreja de fé infantil e distraída.
Você pode estar vivendo essas realidades. Algumas vezes, tentamos negar que as coisas sejam realmente assim. Mas quando estamos somente nós e o nosso Deus, seremos obrigados a admitir que temos muitos ajustes a fazer.
Aplicação
A minha proposta para todos os irmãos é que, diante deste texto, se de fato somos "amigos de Deus" (teófilos), façamos todos os ajustes que nos conduzam a priorizar o Reino. Pensemos que um dia, todas as coisas que conhecemos serão desfeitas e Cristo voltará. A proposta de Lucas para TEófilo era a de que se mantivesse firme até o tempo da volta de Jesus Cristo e essa é a proposta de Deus para nós.
Você e eu precisamos avaliar quais têm sido as nossas prioridades e medi-las, conforme nos alerta a Escritura e, depois disto, tomar decisões que se baseiem naquilo que Deus fala ao nosso coração e não em nossas próprias ambições.
Que Deus nos abençoe!
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