27 de dezembro de 2015

João 1.6 a 13


Uma Visão Terrena da Glória do Verbo

João 1.6 a 13

Foco da Nossa Condição Decaída
Infelizmente, a fé é um bem que recebemos dos mais negligenciados. Poucos cristãos compreendem o privilégio de crer e as implicações práticas disto. A glória do verbo, quando vista do ponto de partida da nossa condição pecaminosa, pode mudar significativamente o nosso modo de compreender qual a resposta de fé que precisamos dar a este mundo.  

Introdução
Na mensagem que pregamos nos versículos 1 a 5, falamos sobre “Uma Visão Eterna da Glória do Verbo”. Notamos que João precisava apresentar gloriosamente o Verbo para que os cristãos de seus dias tivessem uma clara percepção do porque estavam vivendo todas as suas lutas e em nome de quem estavam lutando.
No verso 14, partindo do princípio de que ele retoma o termo VERBO apresentado no primeiro verso num claro contraste de realidade. Fazendo mover-se da eternidade para o tempo, logo percebemos que, então, no tempo, o que João tem a mostrar é a missão do VERBO ETERNO ENTRE NÓS.
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1.14).
Seguindo o raciocínio do verso 13, carne tem a ver com vontade humana, em contraste com “vontade de Deus”. Elas são colocadas em oposição, mas uma oposição que não se encontrou no Verbo: que se fez carne, mas preenchida de graça e verdade, o que mostrava a sua glória e origem como nascido do Pai.
João desejava que os crentes que tivessem uma visão da GLÓRIA ETERNA DO VERBO DEUS, e pudessem aquilatar a preciosidade de sua vinda para salvar A HUMANIDADE CAÍDA. Daí, os primeiros versos, 1 a 5, propõe uma visão da ETERNIDADE DA GLÓRIA e os versos 6 a 13 uma VISÃO TERRENA DA GLÓRIA DE CRISTO. Ambas se encontrando em perfeita harmonia no verso 14.
Esta noite, com base nos versos 6 a 13, vamos a este texto para procurar esta visão TERRENA DO VERBO. Isto é, a partir da condição pecaminosa do homem e de sua perdição nas trevas, quero que valorizemos a visão da obra de Cristo por nós, nos concedendo fé, quando tudo indicava que o rejeitaríamos.
Em meio aos escombros da mina implodida, com um pequeno estoque de oxigênio e sem luz alguma, você consegue ouvir algum barulho e uma pequena luz começa a aparecer uma das paredes da mina e, de repente, essa luz se torna intensa, a ponto de poder ver apenas o clarão e uma escuridão ainda mais densa parece estar por detrás da luz.
Aos poucos, você vai percebendo rostos e começa a ver com mais clareza, bombeiros e gente apresentando-se para o seu resgate. Pense neste texto de hoje, como pessoas carecendo de resgate que estão começando a perceber quem é o seu resgatador e a confiar na obra que ele está fazendo.
O que Cristo fez por nós é semelhante, mas quando o recebemos como nosso salvador e podemos respirar de novo, não podemos nos esquecer de nossa condição sem ele, sem que ele viesse ao nosso encontro.

Quando Olhar Para Cristo Não Esqueça de Perceber Que Veio a Um Mundo em Escombros e Trevas
Os versos 4 e 5 começaram a pontuar sobre o fato de que a LUZ VEIO RESPLANDECER NAS TREVAS. O trajeto do Glorioso Verbo Divino foi em direção às trevas. Os versos 6 a 9 continuam este tema dizendo que Deus trabalhou dizendo aos homens que viria salva-los.
Àquela altura, não havia discussão alguma mais sobre o papel de João Batista, mas João retoma a figura maravilhosa da Voz que Clama no Deserto para poder apresentar o seu Evangelho.
Houve um homem, enviado por Deus, cujo nome era João (Jo 1.6).
Ele deseja destacar o ministério profético e acredito que escolhe a figura de João como representante de todo o movimento profético de anúncio da luz. O ponto não é chamar a atenção para “João” em si, mas para a graça de Deus, por isso, destaca o nome “João”, que significa “Jehovah é Gracioso”.
Sim, Jehovah é Gracioso e a prova é que “enviou” a mensagem de salvação e luz para homens que viviam na região das trevas, como diz Isaías.
Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele (João 1.7).
Quando separamos versos assim para nossa meditação, acabamos por nos trair a mente, tendendo a ter uma visão muito positiva. Na verdade, este verso se completa nos versos seguintes que afirmam que os homens não deram ouvidos à mensagem de João. NO entanto, é preciso perceber como é o evangelista constrói seu argumento dizendo que João era uma TESTEMUNHA da luz.
O termo “testemunha” é muito usado nos escritos de João. Ele vai usá-lo de forma sublime na sua primeira carta, como um pai dizendo aos seus filhos: EU TESTEMUNHEI quem era Cristo. O próprio João, apóstolo, é historicamente conhecido como “a última testemunha”, o último dos apóstolos.
 O objetivo do testemunho cristão é QUE CRISTO FOSSE CRIDO. A função da igreja dos dias de João é continuar testemunhando a semelhança de João Batista.
Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, a saber, a verdadeira luz, que vinda ao mundo, ilumina a todo homem (João 1.8-9).
Aqui, João volta a mencionar a verdadeira necessidade e o ponto que toda a igreja precisa avaliar com grande cuidado: O HOMEM PRECISAVA DESTA LUZ, PORQUE O HOMEM PRECISA DE ILUMINAÇÃO.
O próprio João Batista não era a luz, isto é, ele também estava entre aqueles que precisavam ser iluminados. Foi, por Deus, enviado como instrumento para mostrar A GRAÇA ILUMINADORA DE DEUS.
Luz capaz de preencher cada espaço da nossa alma em trevas com luz. Capaz de mudar quem nós somos, nossas reações, a maneira como pensamos, como lidamos com os mais simples desafios da nossa realidade, desde um problema de falta de troco no mercado, quando um caso conjugal.
João está mostrando para a sua igreja o quanto é necessário continuar olhando para Jesus a partir de uma percepção clara da GRAÇA DE DEUS QUE É NECESSÁRIA POR CAUSA DAS NOSSAS TREVAS.
Em todas as difíceis experiências que vivemos precisamos sempre lembrar que o PONTO CENTRAL DOS NOSSOS PROBLEMAS ESTÁ NO FATO DE QUE AINDA EXISTEM TREVAS SOBRE NÓS e que precisamos de alguém que venha em nossa direção e traga luz, oxigênio para nossa alma e nos tire destas profundezas que, se deixados sozinhos, cavamos para mais baixo ainda.

Quando Olhar Para Cristo Não Esqueça de Que Temos Uma Propensão Natural Para Rejeitar a LUZ
Quando se vive por muito tempo em um lugar escuro, a luz pode parecer ser uma inimiga. Pois, quando somos atingidos pela luz, até procuramos fechar os olhos, ou protege-los com a mão.
O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o reconheceram (João 1.10-11).
O movimento de enxergar as próprias mazelas não é fácil. Em geral, não gostamos de ouvir a respeito dos nossos defeitos e falhas, mas este era um ponto que João achava importante. Que a igreja  considerasse a importância de seguir na fé, na medida em que percebesse como sua condição é precária neste mundo.
O verbo estava no mundo e o mundo não o conheceu - Aqui, nestes versos, ele mistura o conceito inicial de ETERNIDADE com o conceito de temporalidade. Claramente, a palavra mundo descreve muito mais que apenas o lugar onde vivemos, mundo aqui é uma relação com os homens deste mundo. Afinal, o verso diz que o  mundo não o conheceu. João usa a palavra mundo de forma muito diferente em diversos textos, aqui ela tem o sentido de apontar para a humanidade, mas também como lugar da Criação.
O mundo foi feito por intermédio dele - Homens em geral e todas as coisas foram feitas por intermédio do Verbo. O jogo com a palavra mundo dão um contorno todo especial a este evangelho, aos escritos de João em geral. Aqui, ele é mostrado como obra das mãos do Senhor, contudo, aquelas criaturas, de todas que foram criadas, os homens, não conseguir amar o seu Criador, quando este veio em resgate de sua vida no mundo.
João quer que crentes considerem as suas próprias dificuldades para CRER EM JESUS, como é o  fundamento e alvo de todo o TESTEMUNHO da LUZ. O verbo, conhecer no final do verso 10 pode ser compreendido dentro de uma mentalidade judaica, que é o receber intimamente, amar. No fundo, os homens amam mais naturalmente as trevas que luz.
O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque suas obras eram mãs (João 3.19).
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam - Sei que, em geral, atribuímos a esta expressão ao repúdio do povo judeu para com Jesus. Acredito que seja mesmo verdade que João esteja proponho o povo judeu como exemplo. Mas, se fizermos a leitura em sequência, os versos anteriores falam de toda a criação e todos os homens como obra das mãos do Verbo e quando este veio ao mundo, estes que eram seus, o rejeitaram.
Existe, portanto, um sentido mais amplo, em que este verso não trata apenas da rejeição dos judeus, mas de sua rejeição como um exemplo da rejeição de todos os homens de todos os lugares.
Eles judeus tinham tudo para ter Jesus como seu Senhor, mas mesmo tendo toda a condição do mundo para isto, era necessário que a igreja meditasse que, mesmo assim, ou seja, mesmo tendo tudo para crer em Cristo, muitas vezes rejeitamos a sua luz.

Quando Olhar Para Cristo Não Esqueça de Perceber Que Foi Por Graça Que Vencemos as Trevas do Nosso Coração
Acredito que este texto é construído para nos levar a uma conclusão bastante simples: CRISTO JESUS É A EXPRESSÃO MAIS RELUZENTE DO AMOR DE DEUS POIS VENCE AS NOSSAS TREVAS E NOS CONDUZ À SUA LUZ. Os versos 12 e 13 são uma espécie de conclusão deste argumento.
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome, os quais não nasceram da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus (João 1.12-13).
A igreja dos dias de João como todos nós precisamos redescobrir o valor da nossa fé. O que João está apontando é que o mundo que perseguia a igreja no final do século I estava apenas reproduzindo a aversão que tinha pela luz e por tudo que testificasse da luz, como João Batista que foi morto por apontar a verdade.
Quando imperadores ou pretores romanos promulgavam leis ou quebravam leis promulgadas para poder perseguir a Igreja, os crentes deveriam compreender que isto era resultado da cegueira. Por outro, lado, eles deveriam também valorizar a sua fé, afinal, como todos os demais homens eles também não eram bons e amavam as trevas, mas foram separados deste mundo para CRER. Estes versos 12 e 13 falam desta condição excepcional que eles deveriam considerar:
Todos quantos o receberam o fizeram pela vontade de Deus e não do homem - Esta recepção não era um resultado da percepção humana, mas deveria ser considerado no ambiente da GRAÇA de Deus. Eles o fizeram pela vontade de Deus e não da carne ou vontade humana. Estas estavam em oposição a Deus, foi Deus quem venceu esta oposição e não o homem. O que João quer é que eles valorizem esta condição especial na qual sua fé se tornava verdadeira e eficaz.
Deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus - A palavra “poder” usada aqui não é aquela que comumente conhecemos “dinamis”. Poder aqui é a tradução para o vocáculo “exousia”, que pode ser traduzida também como “privilégio”, poder no sentido de ter “autoridade”, o privilégio que a autoridade concede. Deu-lhes e serem feitos (guinestai) indica uma ação passiva, o resultado da ação de alguém. O verso seguinte diz que a ação foi de Deus. Não a vontade humana, mas de Deus.
A saber os que crêem em seu nome - A igreja que precisa valorizar a sua fé como o resultado da obra e do amor de Deus. È um privilégio ter fé e por isso que devemos lutar para que ela cresça, para que não esmoreça, para ficarmos firmes em meio as lutas. A fé é um presente de Deus e deve ser cuidado com o máximo cuidado.
Não nasceram do sangue ou da vontade da carne nem da vontade do homem—Já tocamos bastante neste assunto, mas é preciso que o conceito seja repetido: A IGREJA É UM RESULTADO A OBRA DE DEUS É POR ISSO QUE ELA PRECISA CONFIAR QUE ELE A CONDUZ, GUARDA E USA NESTE MUNDO.

Conclusão
Quando avaliamos adequadamente o que realmente acontece com a manifestação da GRAÇA NA NOSSA VIDA, começamos a perceber o que significa ser um CRENTE DE FÉ INCONSTANTE, agitado de um lado para outro, sem vontade de servir a Deus e sem desejo de crescer, que se acomoda e se torna indolente em toda a sua vida espiritual. Tudo isto significa: QUE PECAMOS CONTRA A GRAÇA DE DEUS QUE AGIU EM NÓS.
Muitas vezes, nos tornamos absolutamente negligentes com o DOM QUE RECEBEMOS e o usamos com desprezo, como se fosse uma coisa menor da nossa vida. Tratamos a obra de Deus como algo comum, mas não foi assim eu João a percebeu. João incentivou os cristãos a valorizarem aquilo que tinham recebido como obra da Graça. Ele chega a afirmar que a nossa fé era a maneira como DEUS MANIFESTAVA A GRAÇA E A VERDADE, BEM COMO A SUA GLÓRIA, ATRAVÉS DE CRISTO.

Aplicações
Tenho certeza que você, assim como eu, percebe onde tem errado e como tem falhado em “reconhecer” esta graça que tem sido derramada sobre sua vida. Diante desta grande introdução do Evangelho acredito que precisamos apreciar mais a obra de Deus, realizada em nós e nos tornamos mais ativos nos desdobramentos desta fé.
Pense muito a respeito do modo como você tem usado o privilégio de CRER E SER FEITO FILHO DE DEUS. Você precisa começar a considerar que as trevas que há em você foram vencidas e que você agora precisa vencê-las, que é necessário um compromisso com a luz, como resposta adequada de valorização à obra que foi realizada em você.
Pense a respeito de si mesmo, que mudanças sua família precisaria ver em você para que a luz que há em ti seja mostrada para eles.
Que tipo de atitudes você precisa adotar no convívio no trabalho, ou com as pessoas com as quais frequentemente se encontra para que possam perceber o privilégio que você tem de ser filho de Deus.
Quanto ao trabalho do reino e da igreja, de que maneira você pode ser útil para que continuemos a obra de testemunho da luz?

Oração
Ajuda-me, Senhor, a fazer a luz que me deste brilhe e faça com que todos saibam que CRISTO VIVE EM MIM!
Amém.


20 de dezembro de 2015

João 1.1 a 5

Uma Visão Eterna da Glória do Verbo

João 1.1 a 5

 

Introdução
Quando lemos o Evangelho de João precisamos ter em mente que sua proposta é de uma fé que se baseie firmemente em Jesus Cristo, o Filho de Deus. Assim como todos os discípulos, João sabe da dificuldade que temos de viver e confiar plenamente em Cristo, por isso, constrói seu evangelho pensando em nos fazer olhar para Cristo com fé.
Sua grandiosa introdução, apresenta Cristo em dois lugares: o  Verbo que estava com Deus e o Verbo que viveu entre nós. Estas duas descrições de Jesus são complementares para compor a nossa fé e nos fazer viver por e para Cristo Jesus.
Neste momento, olharemos para a gloriosa descrição da primeira parte da introdução, a Glória Eterna de Cristo, o Verbo de Deus. E recolher destes primeiro cinco versos valores que precisam mover nosso olhar na direção de confiança tão necessária para nos mantermos crendo até o fim.
Olhe Para a Eternidade de Cristo e Veja Deus

O Verbo Estava Com Deus e O Verbo Era Deus, o Verbo estava com Deus - João apresenta a Glória Eterna de Cristo como o outro lado da balança para que nossa no Filho de Deus se complete: homem-Deus. Por isso, começa mostrando duas realidades em uma só verso: Estava com Deus e Era Deus. Obviamente, mostra a distinção entre o Filho e o Pai, mas enfatiza a ideia de que ERA DEUS.
A mente do crente precisa olhar para isto com amor e perceber o grande amor de Cristo por nós. Um amor consciente que o leva a deixar sua eternidade gloriosa para se fazer carne. Nossa fé deve fazer sua segurança no fato de que o Cristo que cremos e a quem entregamos nossa vida e segurança eterna é Deus.
Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galiléia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele (João 2.11).

Olhe Para a Eternidade de Cristo o Poder Criador

Todas as coisas feitas por intermédio dEle e sem Ele nada do que foi feito se fez - Precisamos de uma percepção do Senhorio de Cristo sobre toda a Criação. Dele, tudo depende para existir e sem Ele nada teria poder em si mesmo para vir a ser.
Neste ponto, João nos leva a confiar em Cristo, levando em conta seu poder e não somente sua essência divina. O mesmo poder que criou todas as coisas é o poder que age em nós para nos fazer novas criaturas, o mesmo poder que agirá na terra e nos céus para renová-los e fazê-los novo. Cristo, o Senhor a quem todas as coisas pertencem e de quem dependem.

Olhe Para a Eternidade de Cristo e Veja a Vida
A vida estava nele e a vida  era a luz dos homens - A palavra vida usada por João tem um sentido muito mais sublime que  a mera existência física de alguém. A palavra vida, mesmo aqui, depois combinada com luz e neste sentido ela está ligada à sublimidade da eternidade, da vida em um conceito profundo e eterno, a fonte da vida.
Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá e todo que vive e crê em mim não morrerá eternamente (João 11.25.26).
Para João, todo o homem deveria viver neste mundo com uma percepção da profundidade do conceito eterno de “vida”. Afinal, vivemos tão próximo da realidade da morte do pecado que perdemos a visão essencial de que podemos ter uma qualidade de vida, que Cristo chamou de “vida em abundância”.

Olhe Para a Eternidade de Cristo e Veja Salvação
A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela - A vinda de Jesus a este mundo não é uma tentativa de salvação dos homens, mas uma obra efetiva de vencer as trevas. Os crentes, nos dias de João viviam rodeados de uma grande nuvem cinzenta, rodeados de um mundo em trevas, que poderia levar a um tipo de percepção negativa da existência, mas o que João garante é que a obra de Cristo é a obra de um vitorioso, o Cordeiro venceu!
Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selo (Apocalipse 5.5).
Essa visão positiva da obra de Jesus é o mais importante alento que podemos ter para caminhar na direção certa e segura neste mundo. Nem sempre percebemos o que realmente está em jogo nesta existência e nem sempre damos valor ao que realmente importa. Mas, uma coisa deveria ficar gravada no coração de todos os filhos de Deus, que ele jamais perdeu uma batalha, mesmo quando a cruz parecia por fim, ele mostrou que até mesmo a cruz era parte de um grande plano de Deus.

Conclusão
Precisamos desenvolver uma visão gloriosa de Cristo. A introdução do Evangelho aponta para o lado eterno da balança que deve equilibrar a nossa fé: Jesus Cristo, Deus-homem.
Eterno, poderoso, vida em si mesmo, salvação - tudo isto é o que Jesus é para nós e isso deve nos conduzir neste mundo com muita segurança.

Aplicações
O mais importante dos elementos que precisamos extrair deste texto o elemento que nos deve fazer a vida numa outra perspectiva. A de quem anda com um olhar para valores eternos e superiores.
Por isso, irmãos é que não há razão para nos tornarmos amargos com a vida, ou deixarmos com que alguns valores mundanos, como o ódio, a ira e todos aqueles pequenos valores que nos fazem parecer mais com as trevas, nos guiem.
Ao contrário, temos razões para vencer tudo isto e fazer valer um modelo de vida superior e mais completo, em  que podemos “transgredir a transgressão”, isto é, romper com os valores da queda que insistem em nos guiar e viver a plenitude de vida e luz que  nos foi dada por Cristo.

Oração
Que minha vida espelhe a sua luz e que eu não seja guiado pela sombra em tempo algum. Que quando for tentado, meus olhos se guiem para a tua luz! Tua Eterna luz!
Amém.