6 de fevereiro de 2011

Lucas 5. 27 a 32 - Chamado Para o Arrependimento

Chamado Para o Arrependimento


Os objetivos do Pai ao enviar o seu Filho para realizar a obra da redenção tem como alvo especial aqueles homens e mulheres que seriam para sempre transformados de sua condição caída e perdida para a vida abençoada do Reino de Cristo.
Mateus ou Levi era um destes homens. Ele foi alcançado pela maravilhosa graça de Jesus no dia em que, trabalhando na coletoria, ouviu o chamado de Jesus e, seguindo-o, teve a sua vida transformada definitivamente. 
A história da conversão de Mateus serviu para Lucas mostrar a Teófilo algo sobre a verdadeira fé e a disposição de viver para Deus, estas são as lições que também nós devemos buscar aplicar na nossa vida, ao ler e reler este texto.


Foco da Nossa Condição Decaída
Há pessoas que pensam que a salvação é alcançada por uma capacidade humana de fazer coisas para agradar a Deus. Há também aqueles que até compreendem as dinâmicas da graça de Deus, mas, com o tempo se esquecem de sua condição de pecadores redimidos e passam a agir como se Deus tivesse alguma dívida de gratidão com eles, como se Ele precisasse agradá-los para mantê-los firmes em não abandoná-lo. O texto nos conclama a nunca esquecer  o fato de que nossa redenção aconteceu quando a nossa condição era de completa miséria espiritual e nossa comunhão com Deus continua sendo obra da graça maravilhosa do Senhor.


Quando nos Chama, Deus Sabe Muito Bem Quem Somos


Viu Um Publicano, chamado Levi assentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me!


Lucas, diferentemente dos outros evangelistas que registram essa ocasião, põe em destaque o fato de que Levi era um "publicano". Isto é significativo, pois a função de publicano era considerada uma traição à nação judaica e, religiosamente falando, os publicanos eram considerados na mesma escala das  prostitutas e ladrões.
Aquele homem que estava para encontrar a vida eterna, isto é, Cristo, não estava fazendo qualquer busca espiritual, ou se condenando por sua condição espiritual, ele simplesmente estava na coletoria, ou seja, ele estava fazendo o seu trabalho. Muitos dos seus familiares, amigos, líderes religiosos etc, o consideravam a escória da nação, mas ele, estava ali simplesmente fazendo o seu "trabalho sujo". 
Levi não estava preocupado com o que as pessoas diziam, escolhera essa profissão ou por deter uma mentalidade de menosprezo à religião do seu povo ou por mera ganância. De qualquer forma, temos diante de nós um homem sem problemas de consciência, que encontrará a vida em Cristo Jesus. 



Quando nos Chama, Deus Deseja Envolver-se em Nossa Vida

Então, lhe ofereceu Levi um grande banquete em sua casa; e numerosos publicanos e outros estavam com ele à mesa

Essa não foi a única vez que Jesus foi à casa de um publicano. No capítulo 19, quando ele tem um encontro com Zaqueu, declarou: Zaqueu, desce depressa, porque me convém ficar hoje em tua casa (Lucas 19.5).  
A reprimenda dos fariseus e de todas as pessoas que viam essa atitude de Jesus era de crítica, pois todos sabiam a vida e as disposições gananciosas e desprezíveis dos publicanos. 
Não se importando com isso, Jesus deseja enveredar-se pela vida de Levi. Jesus vai à casa de Levi e convive com seus amigos publicanos. Essa atitude de Jesus revela a necessidade de envolver-se e aproximasse das chagas do pecador. 
O médico, para tratar o paciente, aproxima-se dos ferimentos e das chagas dos doentes. A melhor coisa, logo após de revelar o conhecimento de nossa condição espiritual, Deus revela o seu amor ao entrar na nossa vida e envolver-se conosco.

Quando nos Chama, Deus Tem o Objetivo de Mudar Nossa Mente

os são não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento

Em resposta aos questionamentos dos fariseus, Jesus faz essa declaração fundamental para compreendermos o movimento de Deus na direção de Levi. 
Enquanto o modelo de trabalho dos fariseus era o de ficar acusando os homens de seus pecados, o de Deus é o de tratar as suas feridas. 
Em parte, Jesus nos conclama a manter viva a nossa real condição de miséria diante de Deus. As pessoas que se acham sadias ou assim se presumem, não buscam o médico e, portanto, a atuação do médico de nada lhe serve. Da mesma forma o ponto focal da vida: a mente do homem.