A Força do SENHOR
Nossa confiança deve ser colocada completamente no SENHOR
Foco da Nossa Condição Decaída
Essa passagem, como muitos textos dos profetas antigos, propõe que nos concentremos em Deus e não em nós mesmos. O Messias é prometido e a riqueza de sua obra é concebida a partir do fato de que ele virá e fará justiça na terra. Devemos confiar nessa promessa e repousar nossas expectativas de forma confiante no fato de que aquele prometido Messias, Jesus o Senhor, é poderoso para realizar a tarefa de trazer verdadeira paz sobre o povo do Senhor.
Introdução
O capítulo 5 de Miquéias dá continuidade ao que fez o capítulo 4, isto é, reforça o sentimento de consolo e esperança do povo da aliança no fato de que Deus os socorrerá.
O povo pobre e humilde de Israel, que estava sendo explorado por líderes corruptos e sacerdotes e profetas que visavam apenas seus próprios interesses, estava perdendo a esperança e alegria de viver naquela terra. O que ouviam de fora é que nações poderosíssimas estavam para invadir Israel, lutando por território e o que viviam dentro do seu país era a falsidade e a falência das estruturas sociais.
Na verdade, tudo isto estava acontecendo em Israel porque os filhos de Deus estavam vivendo como se Deus não existisse. Mas o seu modelo de vida tinha chegado a um limite e eles percebiam que não seria possível continuar vivendo desta forma.
Em muito essa profecia se conecta com a nossa realidade. Também vivemos em um emaranhado de problemas sociais. Todos os dias os jornais nos dão conta de que existe uma guerra econômica sendo travada e que estamos a ponto de sucumbir à inflação e retornar à experiência do desemprego e outros males sociais que já vivemos e sabemos como é desesperador.
Por outro lado, na política, o que vemos é a corrupção, o engano, o roubo e toda sorte desonestidades. Nossos jovens estão morrendo como vítimas das drogas e não se apercebem de que são reféns de uma industria do entretenimento que os consome a cada dia e os torna vítimas fáceis.
Assim como os ouvintes de Miquéias, também estamos inquietos e perplexos e precisamos de uma resposta. Também identificamos que os homens estão vivendo como se Deus não existisse e este modelo de vida nos levou à total destruição. Nós também queremos uma palavra de esperança e dela precisamos.
Esse texto nos oferece um Senhor justo e uma promessa de paz. Também nos oferece uma confiança na força do nosso Deus. Dela é que nós precisamos!
A força do SENHOR não se apóia no poder do homem na sua eterna existência
No verso de número dois encontramos uma das mais conhecidas promessas bíblicas da vinda do Messias. Normalmente, encaramos esse verso do ponto de vista de quem já conhece a História e admira que tenha tudo se cumprido de uma maneira tão detalhada.
Belém é lembrada. Dela se destaca o fato de que não era uma das maiores vilas ou cidades do seu tempo. Ela pouco representava no grupo das milhares de cidades de Israel. Sim, é impressionante e maravilhosamente revelador que Jesus Cristo tenha nascido em Belém. Sim, o cumprimento tão preciso desta profecia enche o nosso coração de alegria. Mas o que precisamos requerer deste texto do Velho Testamento é o seu significado. Pensemos um pouco sobre o que o profeta apresenta e como ele faz a comparação.
E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo das milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
Imagine-se como um ouvinte de Miquéias e pense qual seria o seu sentimento naquela hora. Estamos falando de um profeta que estava envolvido com o povo rural, que era um povo explorado pelos ricos e poderosos senhores de Jerusalém.
Eles estavam sendo conduzidos a perceber duas coisas. A primeira delas é que na verdade, o resgate viria de Deus e não do poder dos homens. Somente Deus poderia suscitar um Rei que não viesse dos palácios de Jerusalém. Somente Deus poderia fazer isso acontecer em um lugar tão improvável.
Enquanto muitos estavam com os seus olhos fixos em Jerusalém e nos líderes na expectativa de que um rei bom viesse a produzir grande obra e restaurasse a nação como o fez Ezequias, se bem que as reformas por ele implementadas não tinham sido o suficiente para trazer paz sobre a nação. Enquanto assim se permitiam ter esperanças nos Reis, ou mesmo em Ezequias por sua retidão, Deus os conclama a olhar noutra direção, numa direção improvável. Deus os conclama a esperar no poder do SEnhor.
O segundo detalhe que deveria ser notado na fala de Miquéias é que o contraste da palavra sobre a origem do Messias é que ele repousa a sua força não em uma origem humana, mas em uma existência eterna. Duas frases dão força a essa afirmação:
...de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
Sim o Rei viria desta cidade desprezível, mas a sua força não vem da realeza ou poderio de qualquer das famílias daquela cidade e sim de sua existência eterna.
Primeiramente, ele faz uma referência a tempos antigos e muitos dos ouvintes poderiam até pensar em Davi o belemita, no fato de que Deus foi buscar um Rei segundo o seu coração na família de Jessé, o pastor de ovelhas. Mas, o argumento cresce, não estava falando de Jessé, Davi ou qualquer um homem cujas origens fossem conhecidas em Belém, ele aponta para a eternidade do Messias - olam.
Uma das coisas importantes que eles haviam perdido era a premissa da força de Deus. Eles, depois de tanto ver prevalecer a injustiça dos homens, começaram a pensar que tudo era mesmo decidido nas mesas dos poderosos. Mas a promessa do Senhor os faz elevar o seu olhar para os montes.
O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra (Salmo 121.2).
Meus irmãos, pode ser que pensemos ser muito improvável que as coisas mudem ou que haja alguma verdadeira esperança para uma sociedade tão afundada no mal como a nossa. Até mesmo as lideranças religiosas se deixam corromper. Mas eu quero lhes afirmar: O PODER TRANSFORMADOR DO EVANGELHO NÃO RESIDE NAS LIMITAÇÕES DA IGREJA, MAS NA ETERNIDADE DO EVANGELHO, QUE É O PRÓPRIO CRISTO.
Onde o Evangelho chega, também chega o poder eterno de Deus que é capaz de transformar o deserto em um lugar fértil. Precisamos de mais confiança nesse poder transformador do Evangelho, precisamos de uma fé que se apóie menos em recursos humanos e deseje confiar verdadeiramente na eternidade da força do SENHOR.
A força do SENHOR se manifestará no tempo certo para trazer a sua paz
No verso três, o que nos temos é um retorno ao tema do cerco a Israel, como fora dito no verso 1. O ponto é que muitos anos de cerco, como nos relatou o profeta Jeremias trouxe muitas dores aos filhos do povo de Deus.
O ponto sobre as dores anunciadas é que elas não são de qualquer natureza, mas sim dores de parto. Para mim, além de falar das grandes tribulações, como em 1 Tessalonicenses 5.3, sobre o fato de que essas dores vêm de forma repentina, penso que essas dores de parto também servem para nos conduzir ao fato de que, apesar das dores, temos a esperança de um que um novo tempo esteja a se avizinhar.
O texto então, enfatiza muito mais o fato de que a que esteve em dores deu a luz que o fato de ter sentido dores. Precisamos desta esperança, para superar as dificuldades das tribulações que estamos vivendo.
Portanto, o SENHOR os entregará até ao tempo em que a que está em dores tiver dado à luz; então, o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel.
Esse verso três propõe a certeza das lutas, mas também a convicção e esperança da vitória do Messias. Deus pode nos falar do futuro e pode ser a nossa esperança porque ele é poderoso. O Miquéias está fazendo é convidando o povo a crer que aquelas dores serão substituídas pela alegria do Senhor, no tempo que Ele desejar manifestar a sua glória e poder. Nesse tempo, o Senhor dominará o coração do seu povo e lhes guiará pelos caminhos de justiça.
Devemos notar que este tempo oportuno de Deus é aquele em que "os irmãos" se ajuntarão aos "filhos de Israel" (verso 3). O que obviamente é uma antecipação da obra grandiosa do espalhar do Evangelho para os gentios, na vinda de Jesus.
Agora, tratando do texto a partir do nosso conhecimento histórico, logo percebemos que de fato, Deus tem o controle do tempo. Paulo chama este tempo de a "Plenitude dos Tempos".
Vindo, porém, a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos (Gálatas 4.4-5).
Como o Messias faria essa proeza? Como seria possível não somente restaurar o seu povo, mas também os que não eram seu povo? O texto nos dá conta de que ele fará isso por meio de uma obra de pastoreio.
Ele se manterá firme e apascentará o povo na força do Senhor, na majestade do nome do Senhor, seu Deus; e eles habitarão seguros, porque, agora, será ele engrandecido até os confins da terra. Este será a nossa paz.
Esta declaração de Miquéias era como um bálsamo para as grandes tribulações que todos eles estavam sofrendo. Eles era ameaçados pela corrupção dos de fora e explorados pela corrupção dos de dentro e o profeta anuncia uma mudança radical, tanto nos de fora, como nos de dentro.
Devemos saber que Deus se manifestará em nosso mundo e ele o faz por meio deste evangelho da Paz. Não podemos perder o conceito do "Poder do Evangelho" como a verdadeira chave para a mudança do mundo é nossa responsabilidade.
Devemos viver como quem está em dores de parto, sofrendo e trabalhando para que venha à luz a vida de Cristo neste mundo. Cristo é a nossa verdadeira paz.
irmãos, precisamos de uma igreja comprometida com a paz no mundo e corajosa para fazer isso por meio do Evangelho. Creiam que isso é possível, não baseando a sua crença em nossas possibilidades, mas no poder e na força de Cristo. Ele no tempo devido nos fará fortes e fará a nossa voz ser ouvida!
A força do SENHOR é a nossa vitória contra a pressão dos inimigos
Infelizmente é verdade, temos muitos inimigos do Evangelho nesses dias. A estrutura do mundo está em rebeldia contra o Evangelho de Cristo. No antigo continente, a Europa, dizem os sociólogos que vivemos um mundo pós-cristãos. Eles acreditam que isso é um avanço.
Em países cristãos como o nosso, percebemos que o cristianismo não desenvolveu a força modeladora que poderia e, a sociedade, ainda que em sua maioria se diga cristã, vive como se Deus não existisse e discutem assumir posições claramente afrontosas à mensagem do Evangelho.
Estamos vivendo em um mundo que pensa e age de forma anticristã. Por isso, nosso sentimento é muito parecido com os dos moradores do interior de Judá: estamos pressionados de todos os lados.
Não existe informação ou mídia voltada para a construção de valores cristãos. Daqui, há algumas horas, uma grande rede propõe um programa de rádio que divulga os valores e as premissas do mundo homossexual e, em absoluto, nenhum espaço oferece sequer para notícias que promovam os nossos valores e as nossas premissas para este mundo. Nem o fato de que comemoramos 496 anos da reforma protestante foi noticiado.
Quando a Assíria vier à nossa terra e quando passar sobre os nossos palácios, levantaremos contra ela sete pastores e oito príncipes dentre os homens. Estes consumirão a terra da Assíria à espada e a terra de Ninrode, dentro de suas próprias portas. Assim, nos livrará da Assíria, quando esta vier à nossa terra e pisar os nossos limites.
A Assíria, durante o tempo de Miquéias, era o grande poder opressor do povo de Deus. Era uma nação poderossíma. Contra ela, apenas pastores e não reis, e sim príncipes. Essa fraseologia mostra como a força do SEnhor se manifestará através dos mais improváveis meios.
Na verdade, nossa força não está em nós mesmos, mas no Senhor. Ele é a nossa força, ele é o Senhor dos Exércitos, ele é a nossa paz. Ele é tudo para nós. O fato de sermos usados nesse obra de resistência só tem valor porque ele está conosco.
Miquéias está dizendo ao seu povo e também a nós, que não importa o quanto estejamos vivendo em tempos de ruina espiritual, podemos confiar sempre em Deus. Podemos crer na força do Evangelho e trabalhar para que em seu tempo ele manifeste o seu poder.
Deus sempre livrará o seu povo e sempre estará ao seu lado. Precisamos confiar nisso para a nossa batalha do dia a dia. De fato, eles parecem não querer nos dar espaço, mas o nosso maior problema é que temos nos tornado receosos por isso. Precisamos confiar no Evangelho e no seu poder.
Conclusão
Chego a algumas conclusões neste texto. A primeira delas é que não precisamos temer os nossos inimigos, pois o nosso maior inimigo é a nossa falta de fé. Nossa fé é vitória sobre o mundo (1 João 5.4-5).
Concluo que o problema da Igreja está muito mais na nossa indisposição para confiar no poder do Evangelho. Essa profecia e o seu cumprimento nos concedem a enorme chance de refazer a nossa confiança em Cristo Jesus.
Se eles, que somente podiam contar com a promessa de Deus, dada pelo profeta, foram chamados a crer. Muito mais nós, que até já sabemos que essas promessas do Messias eram e são verdadeiras. Devemos desenvolver uma igreja com mais fé. Precisamos crer mais em Deus e não somente para coisas possíveis, mas principalmente para as impossíveis. Porque, para Deus não há impossíveis.
Aplicação para a IPBVF
À minha amada Igreja tenho uma palavra de fortalecimento. Este texto nos conclama a confiar nas possibilidades de Deus. Não podemos confiar em nós mesmos, mas devemos derramar o nosso coração diante daquele que é poderoso. Ele é eterno, sabe o tempo certo e nos levará à vitória.
Estamos prestes a iniciar um novo ano e eu me incomodo sempre que descubro quanto há de desfalecimento na nossa fé. Essa falta de fé é o nosso maior inimigo. Precisamos da ajuda de todos, um fortalecendo outro para que creiamos que é possível fazer mais e melhor para a glória do Senhor.
Eu quero lhe conclamar a orar pelo próximo ano, pela vida da sua igreja, dos seus pastores, presbíteros e diáconos. Eu lhe convido a unirem forças com aqueles que desejam ter uma fé mais forte.
Que tal, neste final de ano ainda, nestes dias que nos aproximam do Natal, você se dispor a fazer um pouco mais. Que tal você planejar crescer na fé. Desejamos uma igreja forte, na força que o Senhor supre.
premissas, muitas vezes, co o verso de número dois encontramos uma das mais conhecidas promessas bíblicas da vinda do Messias. Normalmente, encaramos esse verso do ponto de vista de quem já conhece a História e admira que tenha tudo se cumprido de
o verso de número dois encontramos uma das mais conhecidas promessas bíblicas da vinda do Messias. Normalmente, encaramos esse verso do ponto de vista de quem já conhece a História e admira que tenha tudo se cumprido de