15 de novembro de 2015

Gênesis 12. 1 a 3

Mecanismos da Verdadeira Esperança em Cristo”
Gênesis 12. 1 a 3


Foco da Nossa Condição Decaída
Cristãos do século XXI parecem ter se esquecido de como a fé cristã é desafiadora e se conformaram em apenas aceitar o papel de esperarem o céu descer sobre elas. No  texto que abordamos esta noite, veremos o quão importante é desenvolver uma esperança vencedora, capaz de aceitar desafios de Deus para agirmos neste mundo de forma transformadora e abençoadora. Os elementos que propuseram ao coração de Abrão uma esperança que o fazia crer, mesmo quando não havia esperança, é a busca de um povo cristão corajoso e capaz de assumir um novo alvo, uma nova proposta de vida e uma confiança e esperanças vencedoras em Cristo. 

Introdução
Aqueles que se aproximam da história de Abraãoe e sua caminhada devem desejar ter uma motivação como a do velho patriarca.  Mas para alcançar a graça de ser tão ousado em confiar em Deus é preciso desenvolver uma esperança verdadeira em Cristo o que será o mais importante empreendimento de vida que um crente em Cristo pode realizar. 
Nós já conhecemos a história de Abraão e, a leitura de um texto como este do início da caminhada do patriarca pode não significar muito. Mas se recuarmos no tempo para pensar um pouco nas condições do mundo, quando Abrão foi chamado por Deus, nossa percepção desta história pode ser diferente. 
Lembremos que estamos falando de uma época em que o juízo de Deus havia transformado o mundo conhecido. Devemos lembrar que o juízo de Deus contra o pecado humano já havia se manifestado antes, contra Adão e Eva e nossos primeiros pais foram expulsos do jardim do Éden. Novamente, Deus enviou o seu juízo contra a maldade crescente do homem derramando o dilúvio e exterminando o ser humano da face da terra, exceto NOé e sua família. O reinício  de NOé poderia ser promissor, não fosse o fato de que o coração do homem continuasse contaminado pelo pecado e, o relato bíblico, no capítulo 11 de Gênesis, logo nos fala da Torre de Babel, quando os homens desafiavam a Deus e o juízo de Deus espalhou os homens pelo mundo, confundindo as línguas. 
Neste mundo caótico, Deus encontra um homem e o convoca a sair do caos para ser um instrumento de bênção para todas as famílias da terra. Neste mundo sem esperança, um homem é chamado a ter esperança e a confiar em Deus, o realizador da harmonia. Este homem é Abrão, um homem comum, filho de uma das famílias descendentes de Sem, filho de NOé, mas apenas um homem e Deus o usaria para ser o maior patriarca do povo judeu. 
Ele confiou em Deus, mesmo sem ter o mapa da viagem, nem um nome da terra ele tinha. Deixou o seu conforto, arriscou tudo aos setenta e cinco anos. Mas o que promoveu no coração de Abrão esta esperança tão firme e decidida? De que maneira seria possível para nós hoje desenvolvermos a mesma esperança vitoriosa de Abrão? 
Afinal, também nós vivemos em um mundo sem esperança. Uma sociedade e um mundo como o nosso em que pessoas se encontram em uma casa de shows na culta França e são assassinados brutalmente por terroristas, ou onde uma senhora de setenta anos é assaltada e o bandido a arrasta por metros por causa de uma pequena bolsa de mão; também vivemos em um mundo sem esperança, onde pensar em vê-lo melhor pode parecer impossível. Mas será que poderemos ser ainda instrumento de bênçãos para este mundo? 
Esta noite, veremos quais foram os mecanismos que agiram no coração de Abrão para o transformar no pai da fé e no patriarca da família da fé. Procuraremos nestes três versos encontrar estes elementos que promoveram esta esperança vitoriosa de Abrão e procuraremos nos adequar a este modelo de vida e fé. 

A Verdadeira Esperança em Cristo Exige Uma Atitude de Rompimento Com os Valores Corrompidos do Mundo
Acredito que todo mundo compreende que a fé Cristã exige uma atitude de rompimento com os valores corrompidos do pecado. Por isso, João, o Evangelista, insiste em dizer que não devemos amar o mundo, isto é o sistema de vida pecaminoso e corrompido dos homens sem Cristo e sem Deus.
No texto, a caminhada de Abrão começa com um rompimento: sai da tua terra. 
Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei (Gênesis 12.1). 
Quando observamos este verso, tendo em mente os resultados gerais da caminhada bem sucedida de Abrão, o pai da fé, é fácil aceitar que ele tenha tomado essa decisão e considera-la certa. Contudo, pensando como um homem, possivelmente muito bem sucedido junto à comunidade da família de Terá, respeitado e bem quisto de todos, que toma a decisão de deixar tudo isto para trás sem ter nenhuma certeza em mãos, precisamos refletir sobre o que realmente estava por detrás desta esperança e que elementos compuseram a esperança que ele tinha e que o motivou a seguir na direção certa.
NO verso um, como destacamos neste ponto, temos um dos mais importantes destes elementos: temos o rompimento com valores de segurança meramente humanas, para seguir na direção de obter segurança em Deus.
Disse o Senhor a Abrão - O episódio da Torre de Babel revelou que o pecado continuava mantendo os homens longe de Deus, profundamente destrutivos e necessitados de vida, pois a morte dominava os seus corações. Deus derrama o seu juízo sobre os homens e espalhando na terra as nações.  Mas o amor de Deus pelo ser humano, mais uma vez vai se revelar em meio às sombras do pecado. Deus já havia feito isto, no dia em que nossos primeiros pais pecaram, dando a luz da promessa do descendente, quando Caim matou Abel e Eva deu à luz mais um filho, Sete; quando os homens se tornaram continuamente maus nos dias do dilúvio e Deus chamou Noé e aprontou uma arca para ele e sua  família. Agora, a luz do Senhor aparecerá novamente no chamado de um homem: Abrão. Deus diretamente o chamou. Portanto, Abrão precisou olhar de forma diferente para aquela nova experiência.
Sai da tua terra, da tua parentela, da casa de teu pai - esta ordem de Deus foi ouvida por Abrão de uma maneira diferente. Ele sabia que era preciso um rompimento não somente com o local, mas com todos os valores que determinavam o modelo de vida das pessoas ao seu redor e determinava até então a sua própria vida. Josué, próximo à sua morte, reúne os anciãos de Israel e lhes desafia, afirmando sobre a idolatria de Terá e todos os que viviam dalém do Eufrates.
Agora, pois, temei ao Senhor e servi-lo com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao Senhor (Josué 24.14).
O andamento do verso propõe a intensidade deste rompimento, pois é um movimento do âmbito maior para o menor: da terra, da parentela, da casa do pai. Isto implicava na intensidade e totalidade que Deus exigiria agora de Abrão.
Este é um ponto que acho que precisamos entender melhor. Na verdade, nossa esperança em Cristo estará fortemente ligada à intensidade da nossa decisão de viver para Cristo ou não. Na verdade, nosso chamado não significa deixar de viver entre as pessoas e seguir para os desertos ou qualquer lugar distante de tudo, mas para uma atitude conceitual a respeito dos valores que controlam o modo de vida deste mundo.
Na verdade, uma vez mudados pela perspectiva de que aprendemos a viver segundo outro padrão, assim como Abrão, somos também chamados para ser uma bênção para as pessoas. Isto é, precisamos renunciar para transformar. Somente os vivos poderão gritar aos mortos: venham para a vida.
Israel seguiu este chamado e saiu do Egito. Mas em meio à caminhada, as comidas e certamente os valores do Egito ainda os prendiam ao tempo de sua escravidão e não conseguiram desfrutar como deveriam da presença de Deus no deserto. No Novo Testamento, temos a história de Demas, que havia abandonado a fé, seguindo o presente século.
Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia (2 Timóteo 4.10).
A nossa esperança em Cristo se torna mais eficaz, na medida que se enfraquece a nossa confiança e apego nas estruturas deste mundo. O mecanismo que moveu a esperança de Abrão, que creu contra a esperança, começou em sua decisão absoluta de se voltar e confiar somente em Deus.

A Verdadeira Esperança em Cristo Exige Uma Renúncia de Alvos Pessoais em Favor dos Alvos de Deus
E vai para terra que eu te mostrarei - devemos pensar que para Abrão, estava sendo apresentado um novo alvo de vida. Afinal, vivendo na casa de seu pai, junto à sua parentela e na terra onde havia construído toda a sua vida, ele poderia se sentir seguro. Entretanto, o alvo de Deus para Abrão era um a proposta diferente.
A terra - propositadamente, neste momento, não é registrada qual seria esta terra. Aos setenta e cinco anos empreendeu uma grande viagem sem saber para onde ia.
Eu te mostrarei - o alvo seria o de Deus e não mais o dele. O único que sabia e conhecia a terra era Deus, mas Abrão foi desafiado a começar a sua caminhada apenas com  uma segurança: Deus sabe onde é e me mostrará a terra.
Sai da tua terra e vai para a terra que eu mostrarei - é um contraste muito rico deste verso. Ele impõe uma mudança de paradigmas total, pois existe que ele saída da “tua”, que simboliza o  seguro e a ego-segurança e vai para a “terra que eu mostrarei”, que simboliza um novo alvo, cuja única segurança é a palavra “eu”, porque este “eu” não é um qualquer.
O Escritor aos Hebreus descreve essa atitude de Abrão da seguinte maneira:
Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia... Porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edicador (Hebreus 11.8-10).   
Ele confiou no projeto e no alvo de Deus e a base para esta confiança era somente a palavra “EU”. Deus era a sua segurança e a sua esperança no projeto de vida que estava seguindo agora repousava nisto: Deus sabe onde é.
Não existe esperança cristã verdadeira se não conseguimos fazer do projeto e do alvo de Cristo nosso projeto e alvo pessoal. Mesmo que achemos atraente a proposta do Evangelho, só haveremos de ter aumentada a nossa esperança em Cristo, quando a proposta do Evangelho for realmente o nosso alvo.
Acredito que foi essa mudança que aconteceu no coração de Paulo que determinou que ele se tornasse o maior de todos os missionários do cristianismo antigo.
Mas  o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para conseguir Cristo (Filipenses 3.7-8).
A esperança de Abrão usou deste mecanismo para se consolidar em seu coração. O projeto e alvo de Deus se tornou o seu alvo e projeto de vida. Os valores que o controlavam e o mantinham preso à sua terra, agora não mais o aprisionavam, ele estava pronto para assumir um novo projeto, baseado apenas em “Deus” o “Eu” do verso 1.
Assim é que nossa esperança em Cristo irá se fortalecer, quando nosso coração admitir o alvo de Deus como elemento fundamental da nossa busca existêncial. A verdade é que nós temos mais elementos que Abrão para poder tomar uma decisão deste tipo, por isso, também somos mais culpados quando não confiamos em Deus como deveríamos.

A Verdadeira Esperança em Cristo Exige Um Crescente Senso de Propósito da Nossa Existência Para Abençoar o Outro
Nossa vida com Deus é grandemente distorcida quando a nossa esperança se constrói inteiramente na realização de nossos desejos e interesses pessoais. Nos tornamos cristãos vazios, incapazes de ver valor na verdadeira e única maneira de viver para Deus que é morrer para si e viver para Deus.
Paulo, nos estimula a sermos como Cristo que não procurou seus interesses, mas entregou-se à morte por causa de outros.
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual e Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz (Filipenses 2.5-8).
Muitas vezes, há uma grande confusão sobre o que realmente motivou Abrão. Há quem afirme que foi exclusivamente a promessa de receber uma terra por herança. E de fato, isto o motivava. Mas o chamado de Abrão tem um elemento preponderante. Note quantas vezes aparece neste texto a palavra “bênção” e os termos relacionados a ela.
De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra (Gênesis 12.2-3).
Eu te abençoarei e te engrandecerei  o nome, sê tu uma bênção - Os termos aqui apresentados devem ser considerados dentro da ideia de que Deus o faria crescer como um povo e lhe daria uma grande descendência. Mas também uma crescente prosperidade material estava presente neste elemento. Contudo, tudo isto estava sujeito ao ideal de que a vida de Abrão fosse uma bênção! Deste trecho, esta é a única afirmação no imperativo.
Na verdade, este texto está construído de uma forma a nos dizer o seguinte: para que você seja uma bênção eu te abençoarei e te engrandecerei o nome. Ou ainda, poderíamos compreendê-lo da seguinte forma: seja uma bênção, porque eu te abençoarei e engradecerei  o nome.
Em todos os sentidos, a ideia é que Deus o enviava para um projeto imperativo de bênção e lhe daria todas as condições para isto. Abrão, seria o agente da bênçãos de Deus para o  mundo e este era o proposito maior de sua missão.
Eu abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem, em ti serão benditas todas as famílias da terra - Esta construção, semelhante á primeira, aponta para o propósito de que Abrão seja o portador da bênção de Deus para todas as famílias da terra. Por isso, Deus agiria de tal maneira a favor de sua vida, que haveria de usar de grande misericórdia e bênção na vida daqueles que contribuíssem para o progresso da missão e o contrário na vida dos que atrapalhassem o projeto do imperativo de bênção.
Também podemos entender essa fraseologia como dizendo que Deus prepararia tudo o que fosse necessário para que Abrão cumprisse o seu papel de ser o portador da bênçãos para todas as nações.
No fundo, o chamado de Abrão é sobretudo um chamado para ser uma bênção. A esperança de Abrão não residia na terra que herdaria de Deus, mas que neste lugar, que Deus lhe mostraria, ele seria uma bênção para a construção de um novo povo, sob outros valores, uma família redimida por Deus, uma família abençoada. Isso motivava Abrão.

Conclusão
Precisamos compreender nosso chamado e desenvolver este novo senso de propósito. Precisamos encontrar um motivo maior para estarmos neste mundo e participarmos da vida um dos outros. Precisamos encontrar uma razão maior para a família que Deus nos deu, o casamento que Deus nos deu, a igreja que Deus nos deu, a cidade que Deus nos deu, o pais e todas as pessoas que Deus nos deu.
A esperança que devemos permitir que seja construída em nós deve nos fazer ver que temos um papel muito maior a realizar neste mundo. Precisamos discernir que somos do Senhor e chamados por ele para uma revolução, que visa levar os homens de volta à vida com Deus de forma teocêntrica.
Abrão e nós fomos chamados do meio de um mundo pervertido, distante e incapaz de perceber Deus, pois é um mundo de egocentrismo idolátrico em todos os sentidos. A nós, porém, foi dada a mente de Cristo e o poder do Evangelho do Reino de Cristo.
Os valores que devemos propagar devem prioritariamente os valores que reforçam a nossa esperança. Você pode achar sim, que está tudo perdido, mas Deus nos deu uma missão de transformar este caos humano em um lugar harmônico.
Abrão não viu as promessas concluídas e talvez nós não vejamos, mas isso não importa, temos um novo sendo de propósito existencial e o que nos motiva tem a ver com quem nos comandou: Deus.
Precisamos de alvos novos, precisamos dos alvos de Deus. A direção de Deus deve comandar nossos pensamentos e desejos. A questão central aqui é que eu e você somos os portadores da bênção de Deus e o nosso alvo é leva-la aos outros.
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Ainda percebo que muitas vezes nos motivamos para as coisas desta vida de forma muito centrada em nós. A alegria e o descanso dos outros ainda não é uma prioridade, mas o nosso descanso e satisfação pessoal tem determinado, em muitas ocasiões as escolhas que fazemos.
Meus caros irmãos, todos sabemos que a vida é bastante cansativa e, muitas vezes, trabalhamos demais pesando nos outros, quando o  lema do mundo é “pense primeiramente em você”. Eu sei que é difícil pensar de outra forma.
Até já ouvi alguém dizer: para amar os outros você precisa amar a si mesmo. Afinal, o mandamento diz: amar o próximo como a si mesmo. Bem, no fundo, na Bíblia nós não encontramos nenhum mandamento que diga: ame a si mesmo; pelo simples fato de que já o fazemos sem o menor esforço, fazemos isto, naturalmente e quando não o fazemos, estamos doentes. O que o mandamento está nos dizendo: ame os outros, do mesmo como como naturalmente e intensamente você se ama.
Caros irmãos, nossa igreja precisa de cada um de nós! Ou  seja, cada um de nós, precisa de cada irmão. Encontrar desculpas para não servir é renegar a missão que te foi dada no corpo. Quero lhes fazer um convite para pensarem com muito carinho no modo como você pode ser uma bênção para os outros e em que área é o seu chamado para servir, qual é a terra que você tem de esperar, que não  é aquela que você idealizou, mas aquela que Deus idealizou para você?
Quero convidá-lo a participar desta nossa esperança: é possível ser uma igreja maior e melhor sempre. Uma igreja verdadeiramente viva e abençoadora.
Abrão cumpriu o seu papel, sacrificou tudo para ser uma bênção e você?

Oração
Senhor Deus, a tua vontade e não a minha, o teu alvo e não o meu, a tua alegria será a minha alegria e a tua missão será minha missão. Ajuda-me a pensar e desejar assim.

Em nome de Jesus

Amém!


8 de novembro de 2015

Gênesis 3.8 a 21

Por Que Precisamos de Um Redentor?


Gênesis 3. 8 a 21


Foco da Nossa Condição Decaída
As perguntas que Deus faz para Adão antes, bem como o promunciamento de Deus após a promessa do envio do REdentor em Gênesis 3.15, põem em relevo a nossa grande necessidade do socorro de Deus. Muitas pessoas não se interessam pelo crescimento e fortalecimento dos valores espirituais da sua vida simplesmente por não se sentirem necessitadas. Este texto, quando desde modo é lido e análisado, nos conduz a uma postura de quebrantamento e clamor por uma vida mais piedosa e mais próxima de Deus. 


Introdução 
O terceiro capítulo de Gênesis é muito importante para uma boa compreensão de toda a EScritura. Nele, lemos o relato mãe da condição do homem na sua relação com Deus. Gênesis 3 relata o acontecimento mais tenebroso da história humana até aqui, que a queda do homem. 
Em meio a esta tenebrosa história que aponta para a desfiguração do homem, criado à imagem e semelhança de Deus, encontramos uma mensagem da graça do Senhor, Gênesis 3.15, que for sua vez é a promessa mãe, ou o que preferem os teólogos chamarem "o proto evangelho", anunciando que apesar do homem ter mergulhado nas trevas mais profundas, a luz da graça brilhará para este homem, que pode ter esperança de ver novamente sua restauração à condição de filho amado de Deus. 
Gênesis 3.15 é um dos versículos mais importantes de toda a Escritura, pois além de ser a primeira promessa do envio do Redentor é também o estabelecimento de um roteiro de salvação que passa pela grandiosa soberania e graça de Deus, misturada com a responsabilidade humana. Deus enviaria o redentor, mas escolheu fazê-lo por meio da instrumentalidade e da vida da família humana. Gerard Van Groningen diz o seguinte sobre este capítulo: "A humanidade abdicou do seu papel, Deus não!". 
Nesta noite, veremos os versos 8 a 21 deste capítulo e para ele nos dirigiremos buscando encontrar as razões que determinaram a necessidade de Deus nos enviar o Redentor. Confiamos que isto seja de grande importância para nossa vida com Deus, pois a falta de consciência da própria necessidade de redenção tem conduzido muitos crentes a um tipo de vida completamente distante de Deus, como se fosse possível viver sem ele. 
A primeira condição para a cura de uma doença é a consciência da doença. Pois qual é o doente que se aventura a tomar o remédio se nem sabe que está doente. SEgundo, a condição para a cura também passa pela consciência de qual é exatamente a sua doença, o diagnóstico. Afinal, não saber que está doente para se medicar é precisa saber o que é preciso ser tratado. 
Então, para que possamos realmente saber qual é a nossa doença, precisamos que este texto comece a nos mostrar e ninguém melhor que o próprio Deus, o mesmo que prometeu a cura, nos dizer porque precisamos dela. 

Precisamos de Um Redentor Porque Perdemos a Afeição Natural Por Deus

Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, não fosse o pecado ter interferido em nossa existência e corrompida a nossa mente, seriamos homens e mulheres cheios de amor primordial a Deus. Não seríamos tão egocentrados e tão inconstantes em nossas decisões espirituais. Buscaríamos a Deus e a agradá-lo sempre, nossa mente não seria tão cheia de esquisitisses na vida espiritual e mais, também não teríamos tantas dificuldades para fazer o que é certo e amar o próximo. Não mentiriamos e não magoaríamos tanto os nossos semelhantes. Até mesmo nossas atitudes mais justas, muitas vezes, são preenchidas de manchas que apontam para nosso pecado. 
O fato é que o pecado retirou do nosso coração essa habilidade de amar a Deus sobre todas as coisas e o interesse único de viver para o seu agrado. Por que o pecado nos tornou seres que sempre buscam os seus interesses. 

Perdemos o prazer natural na voz de Deus e sem amor à sua voz não desenvolvemos afeição natural por Deus
O texto diz que logo após comerem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, o homem ouviu a voz de Deus e se esquivou dele. 
Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da preseça do SEnhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim (Gênesis 3.8).
Note a importância desta afirmação. O homem tinha experiência diária com a voz de Deus. Ele a conhecia, tanto é que a identificou, mas uma mudança importante ocorreu na sua mente quando desta vez ouviu a voz do Senhor, ele não possuía mais a mesma afeição e prazer natural pela voz de Deus, ela não produzia nele a alegria plena. 
Muitas vezes, quando Deus fala ao nosso coração, nos sentimos tão felizes e somos capazes de chorar de alegria por saber que Deus está falando conosco. Mas também muitas são as vezes que também nos escondemos da sua voz, não o queremos ouvir, inventamos certas teorias pessoais para nos justificar e para nos esconder de Deus. 
Precisamos que o Senhor nos redima desta condição que nos afasta de sua voz. Precisamos que ele novamente nos conceda ouvir com prazer a sua voz e obedecê-la. Jesus, o nosso REdentor disse: as ovelhas seguem o Bom Pastor porque elas lhe reconhecem a voz (João 10.4). 

Perdemos a Importância de Usar as Coisas Para Nos Aproximar de Deus e consequentemente as coisas que aumentariam a nossa afeição por Deus, agora nos conduzem para longe dEle 
Neste mesmo verso 8, podemos destacar que Adão e Eva que foram criados para cuidar do Jardim com a finalidade de glorificar a Deus e serem conduzidos a Deus por meio deste trabalho, agora vêem o jardim de outra forma. Eles se utilizam das árvores do jardim agora para se esconderem de Deus. 
Não precisamos pensar muito para identificar que muitas vezes as bênçãos que o Senhor nos concede, muitas vezes, são usadas de forma tão equivocada que em lugar de cumprirem o papel de ser uma grande bênção para nos aproximar de Deus se tornam nossos ídolos e nossas desculpas para não ter uma vida mais próxima do SEnhor. 
O jardim que antes era o modo como eles agradavam a Deus por meio do seu trabalho diligente, agora era um escudo, com o qual tentavam se proteger de Deus. O conselho da Escritura é muito importante neste ponto, quando Jesus diz que "aquele que não renunciar tudo quanto tem por amor de mim não é digno de mim".

Perdemos a confiança em Deus e com ela nossa afeição natural
Quando Deus se aproximou do homem no jardim, o homem fugiu e se escondeu. Deus se lhe tornou uma ameaça, ele confesse que teve medo de Deus. 
E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: onde estás? Ele respondeu: ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi (Gênesis 3.9-10). 
Onde estás - O homem não atendera à voz de Deus quando a ouviu no jardim, ele se escondeu por entre as árvores. Deus sabia exatamente onde estava o homem, mas era necessário mostrar ao homem exatamente a sua condição. Deus lhe pergunta: onde estás? Era como se Deus estivesse dizendo o seguinte: você está percebendo que estás longe de mim? 

Tive medo porque estava nuO homem realmente estava longe de Deus e ele disse que estava com medo  por causa da sua nudez. Devemos entender nudez aqui em um sentimo muito mais amplo que apenas a vergonha de mostrar seu corpo, a nudez era uma condição de fragilidade, insegurança, uma condição mental de sujeira diante de Deus. Eles sabiam que tinham se tornado impróprios para serem amigos de Deus. 
Eles não conseguiam mais depositar e repousar a sua confiança em Deus. Sentiam-se impróprios para aquilo e preferiam buscar refúgio segundo o seu coração e não segundo o modelo do arrependimento e da volta. 
Infelizmente, essa experiência é uma das mais comuns na vida dos filhos de Deus. Quando Deus lhes oferece a possibilidade do arrependimento e da volta, eles preferem continuar escondidos e fazer o seu caminho. Muitas vezes por causa do coração inquebrantável que estão fazendo crescer dentro de suas mentes e muitas vezes pelo orgulho. 
No livro de Apocalipse é o Senhor que convoca a igreja a se arrepender: Deite- tempo para te arrependeres - lembra-te de onde caíste e volta.  

Sem confiar em Deus não desenvolveremos verdadeira afeição e amor pelo SEnhor. E por causa dessa nossa inclinação natural para deixar de amar a Deus é que precisamos do nosso redentor. 
Você precisa começar a deixar a Palavra construir a sua consciência e perceber como está a sua afeição por Deus. 


Precisamos de Um Redentor Porque Nos Tornamos Especialistas em Destruir os Outros


Em Gênesis capítulo 6, um pouco antes de enviar o juízo do Dilúvio, a afirmação bíblica nos revela que o "intento do coração do homem se tornou continuamente mau" (Gn 6.5). Essa condição do coração humano persiste em ser uma das marcas da nossa natureza caída. Sempre estamos planejando uma forma de nos protegermos e acusarmos os outros. 
Numa briga de marido e mulher ou um desentendimento no serviço com o chefe, ou até mesmo uma desavença por alguma coisa que aconteceu na igreja, nosso coração se planeja sobre como vamos mostrar que estamos certos e os outros estão errados. Via de regra, partimos da condição de que não estamos errados e se percebemos que temos conciência do nosso erro, logo temos que dizer as razões pelas quais estamos certos em estarmos errados.
Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore e eu comi. Disse o Senhor à mulher: que é isso que fizeste? REspondeu a mulher: a serpente me enganou, e eu comi (Gênesis 3.11-13). 
Deus já havia perguntado: onde estás? E agora pergunta: Quem te fez isto? Por que fizeste isto? As respostas do homem  e da mulher mostram que eles tinham dificuldade em se assumir diante de Deus e, mesmo falando o que realmente tinha ocorrido, eles se mostraram mais inclinados a destruir os outros que assumir a culpa. 

A mulher que tu me deste ela me deu da árvore e eu comi - pode passar despercebido, mas uma palavra é central nas duas respostas a expressão "eu comi". A ordem de Deus em relação àquela árvore foi: 
De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque, no dia emque dela comeres, certamente morrerás (Gênesis 2.16-17). 
Adão sabia que o problema todo era ele ter comido da árvore, mas antes de afirmar a sua transgressão ele apontou para Eva. No verso 17, Deus disse a Adão que o erro dele foi "atender a voz da mulher e comer da árvore". Ele sabia qual era o seu erro, mas antes de ser destruído, ele apontou para Eva. 
Você pode estar dizendo o seguinte: mas essa era a mais pura verdade, qual o problema de dizer o que aconteceu? A questão é mais profunda, pois era o papel de Adão proteger Eva. Ela lhe foi dada como vaso mais frágil e era o seu papel cuidar dela, no entanto, sua atitude de levá-la à julgamente, mesmo sabendo que não deveria ter atendido à sua oferta era uma atitude de destruição daquela que deveria ser cuidada por ele. 

A serpente me enganou e eu comi - Eva, por sua vez também sabia que o seu pecado era ter comido da árvore que fora proibida. Ela, como Adão, tinha sido criada para cuidar do jardim e o lavrar. A serpente, embora fosse usada pelo maligno, era uma das criaturas do jardim e estava sob os cuidados de Eva. Eva, entretanto, não cumpriu o seu dever, primeiro de recusar a oferta da serpente, e em seguida, neste texto de assumir a sua posição como regente da Criação, da qual deveria cuidar. Assim como Adão, ela deixou a sua responsabilidade recair sobre outro e assim também o juízo de Deus. 

O resultado é que o ser humano se tornou especialista em destruir para se auto-proteger. Um dos exemplos bíblicos mais marcantes para mim disto é o episódio em que Davi manda matar Urias para poder encobrir o seu pecado. A destruição como arma de autoproteção, muitas vezes, nos conduz à maledicência mentirosa e outras ao uso da verdade como instrumento da malignidade, como o caso de Adão e Eva.

Precisamos de um redentor que nos salve dessa nossa inclinação para arranjar desculpas e motivos para que outros paguem um preço que nós devemos pagar. Precisamos de um libertador que nos faça mais corajosos para cumprirmos o nosso papel de protetores dos outros. Precisamos de um Redentor que nos ajude a assumir nossas culpas e a cuidar e não destruir as pessoas e coisas ao nosso redor. 

Precisamos de Um Redentor Porque Perdemos a Precisamos de Vida

Nem sempre é fácil aceitar o fato de que, apesar de acharmos que sabemos tudo sobre o que é e como viver, nós temos muita dificuldade para viver de forma equilibrada e de acordo com o plano abençoador de Deus. 
Adão e Eva erraram o caminho, não compreenderam exatamente o que deveriam fazer e não souberam como lidar com as situações difíceis, então foi Deus quem agiu para consertar todas as coisas. 
Quando Deus anunciou a chegada do Redentor estava inserindo naquela história de trevas o anuncio da Graça e da Esperança que ainda havia para a vida humana. Mas esta graça e esperança vieram administradas pelo próprio Deus. 

Deus julgaria o pecado - o juízo de Deus contra o pecado era a proposição do SEnhor para Adão e Eva. Deus determina que o REdentor levaria ao tribunal do seu poder aquele que realmente havia trazido todo aquele tormento: 
Então, o Senhor Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. POrei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gênesis 3.14-15). 
Deus julgará toda a iniquidade e trará à luz todo pecado que será julgado e receberá justo juízo. O anuncio  do REdentor é também um anúncio da libertação do mal que estava presente. Precisamos da correção e da certeza de que Deus é justo para aprendermos a viver.
Davi, como citei antes, no salmo 51, confessa seus pecados e declara: "pequei contra ti, contra ti somente, de sorte que serás justo no teu falar e puro no teu julgar" 
Aprendemos a viver quando a justiça de Deus realmente nos corrige. Nosso Redentor é este que promove a justiça de Deus. Sobre o homem e a mulher o julgar de Deus também trouxe a justiça, as dores  do parto e o suor do rosto dos versos 16 e 19 são exemplos de como Deus opera. 

Deus usará a nossa experiência para nos ensinar a viver - a justiça de Deus nos corrigirá e será através do nosso viver diário que a experimentaremos. Moisés declarou no Salmo 90 que os nosso dias se passam sob a ira de Deus. A ideia de Moisés, que também escreveu Gênesis é que as dificuldades desta vida é uma das maiores escolas que podemos cursar. 
E à mulher disse: multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez, em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará. E a Adão disse: visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenei não comesses, maldita é a terra por tua causa, em fadiga obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás da erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado, porque tu és pó e ao pó tornarás (Genesis 3.16-19). 
Dores do parto e suor do rosto - Um dos aspectos que me chamam a atenção neste verso é que o redentor seria um dos filhos da humanidade e nós sabemos que se tratava de Jesus, que veio nascer de Maria. Isso é importante porque Deus não desistiu de usar o homem como seu agente neste mundo, apesar do seu fracasso. Ao contrário, decidiu guiá-lo e ensiná-lo neste caminho. 
As dificuldades para o parto e para o cuidado da família são apenas alguns dos modos como Deus mais nos ensina. Em nossos dias, tempos dos analgésicos, somos muito propensos a fugir da dor de qualquer maneira. Especialmente fugimos daquele tipo de dor que implica em culpa e trabalho forte de mudança interior. Preferimos empurrar a sujeira para debaixo do tapete para não lidar com as consequencias dos nossos erros, no lar, na correção dos filhos e em tantas áreas da vida. 

O Nome da Mulher - Adão teria de aprender a amar Eva, porque agora ele dependia do bem estar de sua mulher e ela dele. 
E deu o homem o nome de Eva à sua mulher, por ser a mãe de todos os seres humanos (Gênesis 3.20). 
Adão e Eva deveria aprender a se valorizar e valorizar o seu papel como servos da redenção de Deus. Sua esperança estava na vida que Deus estava lhes dando e na oportunidade de fazerem parte deste plano. Eva ou Havah é baseada na raiz da palavra "vida em hebraico". A vida de ambos dependia um do outro e eles tinham de aprender isto. Com certeza precisamos de um redentor que nos ajude a perceber isto. 

Conclusão
Quero concluir convidando os irmãos a refletirem profundamente sobre sua necessidade. Vocês, assim como eu, precisam perceber o quanto o pecado nos tirou a vida. 
Primeiro nos tirou a vida de afeição completa a Deus, pois, mesmo sendo pessoas que já conhecemos a verdade do Evangelho, muitas vezes temos a tendência de os esconder, esquecer e até mesmo fugir da presença de Deus. Criamos em nossa mente planos que nos afastam de Deus e, muitas vezes, nem percebemos que nossa vida de oração e a Palavra não surtem o efeito de piedade e proximidade com Deus que deveriam produzir. 
Também é preciso notar como é que lidamos com nossas próprias culpas e como nos tornamos destruidores dos outros. Pode ser que você não faça nada com a maldade de quem mata ou cobiça malignamente, mas pode ser que você seja daqueles que usa a verdade, para se desculpar apontando falhas e deixa de cuidar daqueles pelos quais é responsável, apontando a culpa deles como sua desculpa. 
Vocês, assim como eu, precisam de um redentor que lhes ensine a viver e para isto, precisamos estar dispostos a aprender com ele, não importa como ele queira nos ensinar, mesmo que tenhamos de passar pelo vale mais escuro, tenhamos em mente a vida nova que ele está nos dando. 

Mas como viver tudo isto sem errar. Somos apenas seres humanos e continuamos pecadores? Poderemos fazer tudo isto? Claro que não! Por isso precisamos de um REdentor que nos cubra o pecado e nos vista, porque estamos nus e não podemos viver desta forma. 

Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu (Gênesis 3.21). 



Oração
SEnhor Deus, cubra-nos com as vestes de Teu Filho, nosso REdentor e nos dê vida. Ajuda-nos a aprender o caminho da vida, amar-te sobre todas as coisas e perdoe nossos pecados. Em Cristo, Amém!