24 de maio de 2010

Atos 2: 1 a 21

Sinais da Presença do Espírito Santo
Mensagem do mês da Família - Maio de 2010

FCD

Diante do acontecimento da “descida do Espírito Santo” os apóstolos precisavam dar uma resposta sobre o que estava acontecendo ali. Pedro levanta-se diante de todos e lhes diz: tudo isto que está acontecendo é evidência de que Deus está cumprindo sua promessa e cita o profeta Joel.

Num cristianismo cada vez mais mundanista, os lares cristãos carecem de vida de poder no Espírito Santo. Por não existir comunhão contínua com o Espírito, muitas casas se entregam a um tipo de vida apático em relação a Deus e de poucos frutos na pregação e propagação da fé.

Quando desejamos que nossos lares voltem ao patamar de uma vida no “poder do Espírito Santo”, precisamos trabalhar duro para vencer a mundanidade que entrou em nossos lares. Enquanto trabalhamos para isso, como podemos identificar que temos auferido sucesso nessa empreitada? E de que servem estes sinais? Nesse texto queremos pontuar alguns destes sinais e desejamos que uma vez pontuados, as famílias avaliem como estão e se estimulem a produzir os mesmos sinais e frutos.

INTRODUÇÃO

Tenho procurado perceber a história da Igreja no livro de Atos e quais as estratégias que tornaram aqueles poucos homens nos mais importantes revolucionários de toda a história da humanidade. Por seu esforço como testemunhas do Reino de Cristo Jesus, os apóstolos de Cristo, bem como os crentes daquela primeira geração tornaram-se um referencial para todas as épocas. É realmente impressionante o que foram capazes de fazer com tão poucos recursos e sendo tão perseguidos como foram.

Um dos aspectos estratégicos que encontrei neste livro é a intensa ligação entre o grupo de convertidos e as famílias que compunham a igreja. Quase sempre, os lares serviram de base para a propagação da fé. O primeiro lugar a ser destacado é o Cenáculo onde se reunião, que era uma residência particular e que servira de local de oração e refúgio até que a promessa de Cristo se concretizasse.

Depois veremos outros exemplos, como os convertidos partindo o pão de casa em casa. Logo mais, na conversão de Saulo, é na casa de Judas, à Rua Direita, na cidade de Damasco, que Paulo foi recebido e amparado para dali se tornar o maior evangelista de todos os tempos.

A casa de Cornélio, do carcereiro de Filipos, o lar de Lídia e tantos outros exemplos do livro que nos faz pensar em qual seria o papel da família hoje, dentro do contexto do espalhar do Reino. O final do livro mostra a casa de Paulo, uma residência alugada, que lhe servia também de cárcere privado, onde o Reino de Cristo era anunciado e com certeza com muita ousadia.

Infelizmente nos tornamos os crentes que deixaram suas casas de fora da fé e com isso, temos deixado a nossa vida sem fé a maior parte do tempo. Até mesmo os quadros e símbolos que antes nos identificavam como cristãos, passaram a ocupar um espaço bem menor em nossos lares. E a própria Bíblia agora é guardada ou esquecida em algumas gavetas.

Não vamos nos esquecer de que o Senhor Jesus nos ensinou que nossa maior comunhão com o Pai se dará nos lugares mais pessoais: ...quando orares, entra no teu quarto e fechada a porta... Também não nos esqueçamos de que o ensino cristão que realmente transforma o coração da criança acontece em casa: ...nos umbrais da tua porta.

Pedro encerra sua defesa do acontecimento daquele cenáculo dizendo, que ali estava acontecendo algo que provava que havia uma presença especial de Deus entre eles.

CONTEXTUALIZAÇÃO

Lucas estruturou essa passagem de uma maneira bem simples: primeiro ele destaca o evento ocorrido da descida do Espírito Santo, depois ele fala da repercussão desse evento; em seguida a explicação do mesmo e por último, já fora da nossa perícope a aplicação e resultado final deste evento.

Com isso, Lucas dá início à série de relatos sobre o espalhar do evangelho, tendo sempre como base o Cristo assunto ao céu e o céu aproximando-se do povo no Pentecostes. Em outras palavras, a descida do Espírito Santo é o grande selo da verdade de Cristo Reina e por isso, aqueles irmãos e irmãs não tiveram dúvida sobre o que mais lhes importava: era servir à causa do Reino.


UMA FAMÍLIA EM COMUNHÃO COM O ESPÍRITO É UM LUGAR ONDE AS GRANDEZAS DE DEUS SÃO ANUNCIADAS

A função proclamadora da família

A abordagem que daremos ao texto visa a edificação de uma consciência do papel da família. Os sinais que serão apresentados como evidência da Comunhão com o Espírito devem ser vistos na Igreja e na vida pessoal de cada crente.

A família, assim como a igreja e o próprio crente, como cidadão do reino, tem uma função “ proclamadora”. A proclamação do evangelho é um obra de pregação, mas não somente da pregação como um discurso, mas uma pregação potencializada pelo Espírito Santo.

O que vimos acontecer no texto de Atos dos apóstolos é algo muitíssimo singular e bem difícil de acontecer em outras circunstâncias. Jesus havia lhes dito que receberiam poder e a consequência disto é que eles seriam testemunhas. A principal coisa que a testemunha faz é “falar acerca do que viu, ouviu ou tocou”. Isso é o princípio fundamental do evangelho.

Os discípulos receberam a promessa e foram para o cenáculo, manter comunhão em oração, buscar a presença de Deus. “De repente” – o texto diz que eles estavam reunidos e não estavam aguardando que algo acontecesse. Talvez estivessem dispostos a viver sua vida cristã sem muita preocupação evangelística, até mesmo porque estavam sendo perseguidos. Mas, de repente, um som como de um forte vento, encheu o lugar, línguas como de fogo pousou sobre cada um deles e eles começaram a PREGAR.

Grande multidão afluiu para aquele lugar e ficaram impressionadas não exatamente com o ambiente, mas com o fato de que aquelas pessoas (teoricamente para eles iletrados, ou seja, galileus) estavam PREGANDO E anunciando as grandezas de Deus e eles os ouviram nas suas próprias línguas maternas.

Há muitos crentes zelosos de seus deveres espirituais e que se ressentem de não sentirem uma comunhão mais íntima com Deus. Um dos motivos é que em sua vida ele não experimenta a ação do Espírito Santo no ato de anunciar a verdade. Uma das mais importantes funções do Espírito Santo na Igreja é a de revelar a vontade de Deus por meio da pregação da Palavra. Os dons ligados à palavra, quando verdadeiramente espirituais, são dados pelo Espírito. O Espírito é quem dá ocasião para pregar e a intrepidez necessária para tal. Todo o pregador da palavra de Deus verdadeiro está tomado pela obra do Espírito e todo o que ouve a pregação de forma verdadeira também. O Espírito está presente no falar e no ouvir da Palavra de Deus. É isso que o livro de Atos ensina do começo ao fim.

Em nossas casas devemos pregar o evangelho, para vivermos o ambiente do trabalho do Espírito Santo. De que jeito? Falando sobre a fé, conversando sobre o autor e consumador da fé, aconselhando-nos mutuamente, exortando e até mesmo abrindo as portas da nossa casa para uma reunião de estudos, um convite para um parente ouvir a mensagem, falar de Cristo com a Bíblia na mão para pessoas não crentes, quadros com mensagens, versículos nas paredes, na geladeira, no aquário do peixe, no jardim... há muitas formas de você tornar a sua casa um lugar de pregação.

Esse é o habitat preferido do Espírito Santo, é o lugar onde ele mais encontra campo fértil para o seu trabalho. O contrário também é verdadeiro. No lugar onde o Espírito não encontra esse ambiente é uma diminuição do seu brilho e até um apagar da sua obra.

Quando desejamos que o Espírito nos inunde, a recomendação da Palavra é: falai entre vós com salmos, cânticos e hinos de louvor. Mas, cuidado, senhores músicos, o texto tem uma idéia bem clara: falando entre vós! Não se trata de uma guerra entre pastores e músicos da igreja, a idéia é o conceito: PREGAR A PALAVRA, neste caso creio que utilizando textos poéticos, mas se for o caso também a música.

O foco é que MINHA CASA TEM DE SER UM LUGAR QUE ELA TENHA EVIDÊNCIAS DA PRESENÇA E COMUNHÃO DO ESPÍRITO SANTO. POR ISSO ELA DEVE SER UMA CASA ONDE SE FALA DAS GRANDEZAS DE DEUS


UMA FAMÍLIA EM COMUNHÃO COM O ESPÍRITO É UM LUGAR ONDE HÁ EVIDÊNCIAS DA PRESENÇA DO REINO DE CRISTO

A função testemunhal da família

Esta parte do texto é a preferida dos PENTECOSTAIS e NEOPENTECOSTAIS, quando defendem que o seu contínuo desejo de ter visões e novas revelações (profecias). A questão é bem mais profunda que apenas o ato em si. Na verdade Pedro está dando uma resposta aos seus questionadores sobre o por que estava acontecendo toda aquela manifestação.

Devemos nos lembrar que o momento vivido pelos apóstolos era espetacular, pois Cristo confirmara a sua promessa e o poder havia chegado à igreja, que estava agora apta a testemunhar do Reino.

O Reino é o contexto mais importante e Pedro sabe bem disso. A festa é a de Pentecostes, que pontuava sobre a presença de Deus na abençoada colheita do povo. Um dos modos de Deus mostrar o seu agrada e a sua presença com o povo de Israel era a colheita abundante que proporcionava aos seus filhos. O Pentecostes era uma festa maravilhosa, pois vinha carregada da plena alegria de dizer: Deus está entre nós e nos tem abençoado com estes frutos!

Pedro diz que isto está acontecendo ali e não é por acaso, pois aquele Pentecostes era diferente, Deus estava fazendo cumprir o que havia dito pelo profeta Joel. Por isso, precisamos muito nos voltar para o contexto da profecia de Joel para compreender o que Pedro tem em mente quando nos diz que aquele momento é um cumprimento profético.

A profecia citada por Pedro está no capítulo 2 de Joel e é citada a partir do verso 28. Mas no verso 27 deste capitulo, veremos a culminação de um processo prometido pelo Senhor. Na verdade, a terra estava desolada e devorada pelos inimigos e pelo pecado. No capítulo 2, Jehovah chama o seu povo a se quebrantar na sua presença e a santificar-se ao Senhor. NO verso 18, Deus se mostra zeloso do seu povo e muda a sorte de seu povo. No verso, 27 essas promessas de mudanças culminam com a frase: Sabereis que estou no meio de Israel e que eu sou o SENHOR, vosso Deus,, e não há outro; e o meu povo jamais será envergonhado. Em complemento dessas promessas, o Senhor promete um sinal: ou seja: derramarei o meu Espírito sobre toda carne...

O texto não está enfatizando os fatos em si, mas que estes fatos que estavam acontecendo era sinal da presença de Deus entre eles, a presença do Reino entre eles. O que Pedro está testemunhando àqueles homens e mulheres é que eles deveriam considerar essa realidade.

Mas a profecia de Joel continua após a descrição daqueles sinais e diz que ao mesmo tempo em que Deus restauraria a sorte de Israel ele iniciaria um grave processo de juízo sobre a terra. Veja o que o profeta diz:

Proclamai isto entre as nações: apregoai guerra santa e suyscitai os valentes, cheguem-se, subam os homens de guerra. Forjai espadas das vossas relhas do arado e lanças das vossas podadeiras, diga o fraco: sou forte. Apressai-vos, e vinde, todos os povos (...) Multidões, multidões no vale da Decisão! Porque o Dia do Senhor está perto, no vale da Decisão. O sol e a lua se escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor (...) Sabereis, assim, que eu sou o Senhor, vosso Deus, que habito em Sião, meu santo monte; e Jerusalém será santa; estranhos não passarão mais por ela.

Voltando a Atos e o Sermão de Pedro. Bem, podemos dizer que Pedro está sustentando a tese de que eles deveriam considerar esses dois aspectos importantíssimo do momento: O REINO ESTÁ ESTABELECIDO E O JUÍZO DO REI VEM SOBRE ISRAEL. Por isso, o restante do sermão será utilizado para demonstrar que os israelitas precisavam considerar que aquele que eles penduraram no madeiro era, de fato o seu Rei. Eles não o fizeram Rei como era devido, mas Deus o fez assentar-se à sua destra em majestade.

Portanto, eles estavam, naquele momento, servindo como sinais evidentes da presença do Reino. Assim também nós, servos do Senhor, principalmente em nossa vida familiar devemos ERIGIR FAMÍLIAS QUE SIRVAM DE SINAIS DA PRESENÇA DO REINO ENTRE NÓS.

O foco é que MINHA CASA TEM DE SER UM LUGAR QUE ELA TENHA EVIDÊNCIAS DA PRESENÇA E COMUNHÃO DO ESPÍRITO SANTO. POR ISSO ELA DEVE SER UM LUGAR ONDE TODOS PERCEBAM O GOVERNO DE CRISTO EM NOSSO LAR.


UMA FAMÍLIA EM COMUNHÃO COM O ESPÍRITO É UM LUGAR DE SALVAÇÃO

A função soteriológica da família

Ouve-se muito falar em crescimento de Igreja. Isso tem se tornado quase uma obrigação para a demonstração de vigor espiritual de um grupo eclesiástico. Particularmente, eu creio que esse pode ser um dos sinais de vigor e saúde espiritual de um grupo, mas não pode ser o único fator de avaliação.

Bem, quando falamos em crescimento numérico, com muita freqüência esquecemos o que as pessoas chamam de crescimento vegetativo. Ou seja, o crescimento da igreja a partir do crescimento das próprias famílias. Em outras palavras: você é criado dentro da igreja, cresce, amadurece, casa, constitui uma família, tem filhos e eles por sua vez congregam na igreja e crescem...

As pessoas dizem que se a igreja for sobreviver de crescimento vegetativo ela sempre será uma pequena e minúscula casa. A lógica indica o oposto. Uma igreja que tenha um crescimento vegetativo bom, tenderá a duplicar sua membresia de 10 em 10 anos. Isto significa que a IP de Vila Formosa, por exemplo, seria uma igreja de 1500 membros hoje (números esmáticos).

De fato, o crescimento vegetativo não tem sido o nosso forte. Primeiro porque não acreditamos nele e em segundo lugar porque NÃO TEMOS TORNADO OS NOSSOS LARES EM LUGAR DE SALVAÇÃO.

Não me refiro a salvação de outras pessoas apenas, estou principalmente preocupado é com a falta de salvação entre os filhos dos crentes.

O Perícope que separamos se encerra com as seguintes palavras:

E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

Voltando à profecia de Joel, veremos que Pedro está ainda tratando do contexto do Reino e do juízo. Ele pontua para dentro das casas dos israelitas e diz: vosso filhos e filhas, vossos jovens e vosso velhos, meus servos e minhas servas. Esse é um contexto de família, casa, povo particular.

O caminho para fugir do juízo que virá sobre todas as nações é INVOCAR O NOME DO SENHOR. Esse tem sido o pressuposto de todo aquele que busca a salvação, ele tem de INVOCAR O NOME DO SENHOR.

Isso significa confiar na salvação prometida por Ele, confiar no seu poder e reconhecer sua necessidade urgente.

Quando os israelitas ouvem as palavras de Pedro, eles têm os seus corações compungidos pela palavra do evangelho e perguntam: Que faremos? Pedro apenas diz: arrependei-vos e cada um seja batizado em nome de Jesus (...) para vós outros é a promessa e para vossos filhos (Atos 2.37 e 39).

Invocar o nome de Deus e ser batizado no NOME de JESUS CRISTO. Nossos filhos precisam INVOCAR O NOME DO SENHOR.

Isso decorre do ARREPENDIMENTO que eles têm de aprender em casa. A constante mudança de mente que é necessária para que agrademos a Deus. Tomar uma decisão por Jesus não é apenas um mover das emoções. Normalmente, as pessoas esperam tomar sua decisão em algum momento excepcionalmente emocional, onde sentem que fora psicologicamente afetado pela mensagem a ponto de sentir suas emoções estremecendo seus ossos.

Na verdade, a DECISÃO é sempre um ato da mente que resolve que precisa mudar. Nossos filhos precisam ser convencidos da necessidade de se renderem a Deus.

21 de maio de 2010

Firme Propósito

Propósitos Para Minha Vida

"Tu, SENHOR, preservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti"
Isaías 26.3

Oração:
Pai... ouve a minha prece e sonda o meu coração. Sabes que sou pó e que em mim não há bem algum, senão vaidades e inclinação para o mal. Por outro lado, sinto que fazes subir ao meu coração os teus pensamentos e que o Espírito Santo trabalha em minha alma, fazendo o mal cair por terra e colocas em mim boas palavras e bons desejos.
Essa é uma incrível luta que travo todos os dias e nela sou perseguido por sua doce voz que diz: vinde a mim! E eu tenho decidido ir a Ti, SENHOR! Sinto que a estrada é difícil, percebo que há pedras em meu coração e que tenho preferido os atalhos... por isso, eu clamo... EU CLAMO: Toma-me pela Tua mão e ajuda-me a ter o coração firme!
Firma o meu coração em Ti e o desejo da minha alma seja mais forte que o meu pecado. Abastece a minha vida com a tua graça e por misericórdia, não me deixes ser o mesmo, mas transforma-me.
Ponho estes meus propósitos sobre as tuas mãos e peço que prepares uma mesa para mim, na presença dos meus adversários, ungindo a minha cabeça com óleo, separando-me deles para habitar com o Senhor, protegido por teu cajado e bordão, como escolhido do Senhor, eleito e ungido para Ti.
Quanto a estes singelos propósitos de uma regular vida de oração, abençoa-me dando-me forças para seguir em frente. Receba minha decisão como um singelo gesto de busca e venha ao meu encontro sempre que eu orar. Eu suplico... EU SUPLICO!
Amém.


  1. Tenho o firme propósito de dedicar tempo para orar como mais veemência e persistência;
  2. Tenho o firme propósito de fazê-lo rotineiramente, todos os dias da semana;
  3. Tenho o firme propósito de orar todos os dias, três vezes ao dia, manhã, tarde e noite, por 20 minutos a cada vez que orar, para que ao final do dia eu tenha cumprido minha tarefa com o coração cheio de gratidão a Deus;
  4. Tenho o firme propósito de, duas vezes por semana, na quarta-feira e na sexta-feira, pela manhã ou à noite, passar duas horas em oração, não omitindo nos outros momentos, os 20 minutos, para minha maior consagração pessoal diante do Pai;
  5. Tenho o firme propósito de, na sexta-feira, alimentar-me muito menos que o costumeiro, mantendo, quando possível o jejum de alimentos sólidos, procurando alimentar-me apenas de frutas e verduras neste dia, quando não comerei cereais, nem pães, nem carne, nem legumes, apenas verduras e frutas, por causa de minha saúde frágil e, quando for premente, devido a alguma situação inusitada, escolherei esse dia para jejuar e orar mais intensamente que os demais;
  6. Tenho o firme propósito de me consagrar ao estudo da Palavra de Deus, por isso, em meus momentos de oração, sempre mencionarei ao Senhor, minha necessidade de sabedoria;
  7. Tenho o firme propósito de fugir de todo o pecado, buscando a santificação, por isso, em meus momentos de oração, sempre direi ao Senhor, quais os problemas e pecados que me afligem e clamarei por socorro e perdão.
  8. Tenho o firme propósito de ser um pai melhor, um esposo melhor, um amigo melhor, um filho melhor, um irmão melhor, um servo melhor, por isso, em meus momentos de oração, sempre pedirei a Deus que se apiede de mim em me transformar e me permitir demonstrar isso aos que me cercam.

Esses propósitos registro, não para que outros saibam e me admirem ou com qualquer outra intenção malévola de arrogância espiritual, mas apenas para que possa frequentemente ler e me reapossar de suas exigências e promessas, feitas em solene postura diante de DEUS.

O nosso socorro vem do SENHOR, que fez os céus e a terra.

José Maurício Passos Nepomuceno
Em busca de Deus




19 de maio de 2010

Riquezas

Uma leitura de Provérbios 23, versos 1 a 5.

Este texto carrega uma mensagem que proporciona uma excelente reflexão sobre o que devemos fazer em relação às riquezas.

“Quanto te assentares a comer com um governador, atenta bem para aquele que está diante de ti; mete uma faca á tua garganta, se és homem glutão”.

“Não cobices os seus delicados manjares, porque são comidas enganadoras. Não te fatigues para seres rico; não apliques nisso a tua inteligência”.

“Porventura, fitarás os olhos naquilo que não é nada? Pois, certamente, a riqueza fará para si asas, como a águia que voa pelos céus”.

Três princípios que se deve considerar nestes versos: o primeiro tem a ver com quem somos nós; o segundo sobre a natureza das riquezas e sua implicação sobre nossa mente e o último, uma pergunta que nos faz refletir sobre o que é mais importante na vida.

O texto nos mostra a fragilidade de toda a nossa natureza. Para o sábio escritor, o problema não está em viver nas rodas da riqueza e do poder, mas em quem somos nós. Ele diz que estar exposto à mesa do rico pode ser um perigo aos glutões. Obviamente, ele não está se referindo apenas à comida e à glutonaria, ele está pontuando sobre o fato de que a riqueza e o poder nos movem pela cobiça. Algumas vezes, quando expostos a estas riquezas e poder, nossa alma se sente abalada e até inclinada a trocar valores. Por isso, sempre será um grande perigo para qualquer um a aproximação com a riqueza.

As comidas do rico são “enganadoras” – é assim que se define a natureza dessas riquezas. A cobiça humana interfere em nossa capacidade de raciocínio. Quando a cobiça toma conta da nossa mente, ela nos faz mover como num transe intelectual e somos levados a valorizar as riquezas acima de verdadeiros paradigmas cristãos. Por agir tão poderosamente na mente, o sábio nos aconselha a não aplicarmos nossa inteligência nessa busca enganadora.

Ao final, ele pontua um pouco mais sobre a natureza das riquezas e nos informa que elas são nada. Essa informação nasce de um juízo de valor que ele faz ao comparar as riquezas à vida do próprio homem, que é um dos temas do livro. Em outras palavras, ele está dizendo que as riquezas não são nada em si mesmas, elas só são importantes como meio para o homem, mas o homem é maior que isso. O problema é que o homem ambicioso e cobiçoso permite que as riquezas lhes dominem. Então fitar o olhos na riqueza para cobiçá-las e definir a sua vida por esta cobiça, além de insensatez é escravidão. A riqueza tanto é nula de valor intrínseco, quanto é volátil e efêmera. Isto é, sentir-se seguro na riqueza é como saltar de um prédio de 15 andares em uma piscina cheia de espuma de sabão. Quando você pensa que ali há algo que resiste sua queda, percebe que é ilusória sua força e a proteção que garante.

Permaneçam seguros na graça

Em Cristo