"Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado".
1 Coríntios 9.27
Estamos vivendo o tempo do evangelho da "Loja de Conveniência". Aquele evangelho pequeno, cuja única importância é que ele me sirva no momento e da forma como eu precisar.
Este estudo, foi fruto de uma reflexão sobre o tema "Ainda Crianças? Jovens sem compromisso com Deus" que foi apresentado para elaboração de uma palestra à Juventude da Primeira Igreja Conservadora de São Paulo. Agradeço a Deus por me ter conduzido a esta pergunta, para que de fato, reavaliasse o meu ministério e vida à luz do seu chamado.
Um Servo Auto-Exigente e Compromissado
O que podemos aprender com o apóstolo Paulo sobre o chamado para o ministério é que esse é um chamado exigente. No verso, 27, do capítulo 9, o apóstolo Paulo nos mostra que ele tinha consciência plena dessa exigência e sabia que devia servir a Deus, era com o SENHOR o seu compromisso.
Esmurro o Meu Corpo e o Reduzo à Escravidão
Com relação ao seu chamado, o apóstolo Paulo não tinha dúvida alguma de que deveria cumprir o seu papel com o máximo zêlo e esforço. Nestas palavras do verso 27, ele mostra o quanto exige de si mesmo. Ele se faz escravo de si mesmo, se compara ao escravo que tem de trabalhar diligentemente para agradar ao seu senhor. Paulo não admite aquilo que acolhemos como uma das mais perniciosas práticas: a auto-indulgência.
Ele não se permite em pensar de si mesmo como alguém que pode escolher o quanto, como ou quando deve servir a Deus. Ao contrário, ele se golpeia para lhe mostrar que é necessário persistência no chamado para a vida cristã.
Não venha a ser desqualificado
Para muitas pessoas, o evangelho é para o proveito de quem o recebe. Estas pessoas pensam que o evangelho é quem é o servo. Mas o que Deus espera é que sejamos servos do evangelho.
Muitas pessoas podem ser denunciadas no tribunal de Deus por causa do próprio evangelho que anunciaram aos outros. O seu crime será o de terem anunciado o caminho da verdade e trilhado o caminho do erro; apontado a necessidade do arrependimento e terem vivido de coração duro toda a vida; o de conduzirem pessoas à salvação, mas terem perdido a sua própria alma.
Um Senhor Exigente
Quem poderá reprovar Paulo? A Igreja a qual ele serve? Sua própria consciência?
Paulo tem consciência clara de que Deus é quem o julga. Este é o ponto que movimenta Paulo em sua carreira ministerial. Alguns cristãos tem se esforçado bastante, pois o seu trabalho trás dividendos para o seu ministério.
Alguns falsos mestres se esforçam bastante, pois quanto mais trabalham, mas podem ganhar com o comércio que fazem da fé. Os hereges trabalham muito, pois precisam ganhar almas com as suas mentiras e o que enconbre suas mentiras é o seu trabalho diligente.
O que movia Paulo ao trabalho não era o sucesso ou insucesso do crescimento da Igreja ou a expansão do seu ministério, ele simplesmente se exigia muito em trabalho, porque servia ao evangelho e ao SENHOR do evangelho.
PERDER O SENHOR DE VISTA
Uma das coisas que influenciaram a Igreja de corinto em sua resposta defeituosa ao evangelho que os chamou para a luz foi o fato de terem perdido de vista a quem serviam.
Quando retomamos a leitura nos primeiros capítulos percebemos que as suas divisões internas mostravam claramente que eles não serviam ao SENHOR, mas aos homens.
Quando isto acontece, o que começa a determinar o meu empenho é a capacidade e carisma do líder humano que me move ao serviço. O meu grau de auto-exigência está diretamente ligado ao grau de exigência do meu "senhor humano". Não apenas a exigência para o trabalho, mas também a exigência moral e ética.
PERDER DE VISTA O PROPÓSITO DO EVANGELHO
Outro assunto da carta aos coríntios era a condenação do uso do evangelho como instrumento de auto-promoção. Paulo percebeu que o evangelho, principalmente, para alguns líderes da igreja, serviam a sua auto-promoção, como culto de si mesmo.
Portanto, o empenho de alguns irmãos no uso de seus dons estavam determinados pelo nível de auto-promoção que buscavam. Em outras palavras, eles não eram cooperadores do evangelho, mas consideravam o evangelho apenas como uma ferramenta para alcançar os seus planos.
PERDER DE VISTA O SIGNIFICADO DA PRÓPRIA EXISTÊNCIA
Eis um dos motivos porque não nos aplicamos mais ao serviço de Deus é que perdemos a noção de que vivemos exclusivamente para a sua glória.
Assim, muitos de nós deixamos a luta pelo evangelho e passamos a lutar por nós mesmos. Passamos a ser o centro de todos os interesses de nossa alma.
O evangelho nos ensina a viver para Deus e o próximo isso é um confronto direto com a nossa tendência à auto-indulgência e ao descompromisso com o SENHOR.
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