Noé - Luz em Meio a Escuridão - Deus Sempre Acha um Modo de Manter Vivo o Seu Amor
Normalmente, abordamos esse texto de um ponto de vista negativo. Enfatizamos, às vezes inconscientemente, quão estragado estava o mundo, pois a maldade do homem chegou a causar tristeza profunda em Deus. Até mesmo, quando tocamos no ponto alto do texto que é a pessoa de Noé, normalmente, preferimos dizer: no meio de todo aquele monte de podridão que era a humanidade, Deus só encontrou Noé.
Respeito todas essas abordagens e reconheço que Moisés nos mostra, neste início do livro de Gênesis uma progressão da impiedade do homem. Não obstante, desejo manter nessa meditação um olhar muito positivo sobre o que estava acontecendo ali. Na verdade, prefiro dizer que, apesar de haver um monte de podridão da humanidade, Deus viu Noé e com apenas aquele homem reto, operou o grande milagre de restauração, no melhor estilo que só Deus pode realizar.
Foco da Nossa Condição Decaída
Que cada cristão se visualize como uma opção de Deus para trazer luz ao nosso mundo. Na verdade, focalizaremos as circunstâncias que tornaram Noé a opção de Deus para aquele momento entenebrecido da humanidade.
Introdução Textual
É importante lembrar que Moisés escreve com o propósito de conferir significado da identidade do povo de Deus, o qual anda na direção da Terra Prometida. Ele constrói o seu argumento nas primeiras páginas de Gênesis mostrando a necessidade da diferenciação do "povo de Deus" em relação aos "filhos dos homens".
Primeiramente, após a morte de Abel, o texto nos faz reconhecer que a os homens, da linhagem de Caim foram afastando-se de Deus. Você perceberá a inciativa de Moisés de nos levar a essa compreensão, quando lê no capítulo 4 que a genealogia de Caim é exposta com mais riquezas de detalhes.
No verso 16, o afastamento de Caim, contrasta com o verso 26, no qual o filho de Sete, Enos, invocou a Deus.
Caim, procura edificar um reino para si, na terra de Node, dando o nome de seu filho à cidade. Isso tem um particular significado se você lembrar que a promessa de redenção dada à mulher tem a ver com o nascimento de um "Descendente" de Eva. Caim, ao tentar notabilizar o nome de seu filho Enoque, quem sabe buscando mostrar a construção de um Reino sem a presença de Deus, onde o seu "descendente" assumisse o lugar redentivo em contraste com a família de Adão.
Apesar das referências do progresso científico e artístico da comunidade Caimita, também fica claro que os desvios de Deus levaram essa comunidade para longe dos padrões de Deus. Se lermos bem, veremos que Lameque, além de se tornar muitísismo violento, já está envolvido com a quebra da monogamia do casamento. O Senhor disse: o homem se unirá à sua mulher e serão "ambos" uma só carne. Aqui, no verso 19, Lameque toma para si "duas" esposas, o que Moisés toma como digno do nota sobre o progresso da maldade humana.
Mudando um pouco o olhar do texto, veremos que em meio ao progresso da iniquidade da comunidade caimita, nós vemos o progresso e crescimento da comunidade adâmica, a partir de Sete. Passamos pela vida de Enoque que andou com Deus e notamos que um parênteses é aberto para tratar da "História de Noé".
Esse é o contexto textual da perícope que iremos analisar nesta mensagem. Ou seja, a duas comunidades humanas, representadas por suas famílias, cresciam e se multiplicavam e cada pequeno clã, estabelecia seus "agentes reais", com a finalidade de se mostrarem fortes e os agentes da "redenção da humanidade".
Mesmo na comunidade dos filhos de Sete, vemos que essa era a esperança assentada nos corações. As palavras de Lameque, pai de Noé, referente à expectativa que tinha em relação ao seu filho apontam nessa direção: Este nos consolará dos nossos trabalhos e das fadigas das nossas mãos, nesta terra que o SENHOR amaldiçoou (Gênesis 5.29).
O capítulo 6, começa com a afirmação introdutória sobre o crescimento dos homens. Aqui, não se faz distinção das famílias. Pelo contrário, com a citação do verso 8 - Porém Noé - percebemos que estamos falando das duas casas setista e caimita.
O texto caminha para tratar do multiplicação e da busca sempre constante por descendência - nasceram-lhe filhas - lembrando que a mulher, na linha de argumentação da Moisés é Havah - isto é vida - Eva. Isso simboliza esperança.
Os versos 2 a 4, tratam do desespero dos homens para gerar filhos. As expressões "filhos de Deus" e "filhas dos homens" é de difícil interpretação. Há muito boa gente, conhecedora dos textos antigos, que diz que se tratam de "anjos" que se agradaram das mulheres e foram os pais dos nephilins - os gigantes (dos quais descendentes teríamos o grande Golias e seus irmãos). Outros preferem seguir o caminho aparentemente mais natural da narrativa e localizam "filhos de Deus" como descendentes de Sete e "filhas dos homens" como descendentes de Caim. Então, o casamento das duas linhagens seria a progressão do pecado e a mistura indevida das duas sementes. Eu sempre preferi essa interpretação. Mas hoje estou mais inclinado a outra maneira de ver esse texto.
Outros textos apontam para a idéia de que os líderes (juízes) dos povos eram chamados de "deuses" e os filhos dos homens comuns, o povão, eram chamados de "filhos dos homens" (ver Salmo 58.1 e Salmo 82.1). Então, concluo que a busca de assumir o poder através de uma descendência tornou-se uma obsessão dos homens, os quais, nessa busca, encheram-se de violência, maldade. O binômio - sexo e poder - comandava as ações humanas. O verso 4, aponta para a valorização do poder dos homens: ...os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade.
Essa ganância pelo poder e o acúmulo da violência na busca do poder, mostraram que os desígnios dos homens eram continuamente maus. Independente de como você interpreta as expressões "filhos de Deus" e "filhas dos homens" o texto nos encaminha para a situação desesperadora da humanidade que tenta encontrar uma saída segundo os seus esforços e nisto se afasta de Deus. Eles misturam os propósitos redentivos de Deus com os seus próprios desejos egocêntricos e se afastam completamente dos projetos de Deus.
A situação era tão calamitosa que Deus se entristeceu com o homem e sentiu a necessidade de eliminar o homem de sobre a face da terra, estabelecendo contra a Criação o seu juízo.
Neste ponto eu quero enfatizar que não precisamos nos alarmar com o crescimento da iniquidade na sociedade humana, pois, na verdade, Deus não pode ser impedido em seus planos redentivos, pelo contrário AS POSSIBILIDADES DE DEUS NÃO SÃO DIMINUÍDAS PELA MALDADE HUMANA.
O texto nos informa que a obra de salvação operada em favor de Noé e sua família era obra graciosa de Deus. Apesar de Noé ser um homem que andava com Deus, o texto afirma que ainda assim, a Redenção seria operada em favor da humanidade, por causa do desígnio de Deus e não o do homem.
Moisés publica a graça de Deus como solução para o desespero do homem. Desde o Éden, quando o SENHOR publica os intentos redentivos, quando aceita o sacrifício de Abel e dá a Eva mais um filho, Sete, a obra graciosa de Deus é exaltada.
Israel precisava aprender que a saída não estava nele Israel, mas no Deus que o chamava para uma nova vida. De certa maneira, quando o povo estava aprisionado como escravo no Egito, depois de mais de 400 anos, Deus levanta um homem, que foi salvo por obra da Graça quando os infantes morriam no Egito, quando Faraó matava hebreus para manter-se no poder, Deus manifestaria o seu amor de forma graciosa e dizia: ...porque o Senhor os amava (Deut 7. 7 e 8).
A Escritura em todo o seu desenrolar nos ensina o Império da Graça. Ela se refere à Graça como sendo como um Trono, no qual o socorro de Deus nos alcança (hebreus 4).
Não obstante Deus agir graciosamente e trazer a sua salvação independentemente dos méritos do homem, aliás, os nossos maiores méritos ainda são trapos de imundícia, Deus escolhe que irá usar homens santificados na sua obra.
Agora sim, podemos focalizar nosso esfoço expositivo na pessoa de Noé. O texto nos remete a um parêntese no livro, quando interrompe a sequência da narrativa e introduz a cláusula: Eis a história de Noé. NOé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus.
A história de Noé e da redenção que Deus operaria sobre sua vida será relatada nos próximos capítulos. A ênfase fundamental será na construção da arca e na chegada do dilúvio, bem como o resgate que Deus operaria sobre a sua vida. Mas, neste verso 9, encontramos um breve relato de sua história antecedente.
Noé era homem justo e íntegro -
Noé era justo e íntegro em meio aos seus contemporâneos
Noé andava com Deus
Apesar das referências do progresso científico e artístico da comunidade Caimita, também fica claro que os desvios de Deus levaram essa comunidade para longe dos padrões de Deus. Se lermos bem, veremos que Lameque, além de se tornar muitísismo violento, já está envolvido com a quebra da monogamia do casamento. O Senhor disse: o homem se unirá à sua mulher e serão "ambos" uma só carne. Aqui, no verso 19, Lameque toma para si "duas" esposas, o que Moisés toma como digno do nota sobre o progresso da maldade humana.
Mudando um pouco o olhar do texto, veremos que em meio ao progresso da iniquidade da comunidade caimita, nós vemos o progresso e crescimento da comunidade adâmica, a partir de Sete. Passamos pela vida de Enoque que andou com Deus e notamos que um parênteses é aberto para tratar da "História de Noé".
Esse é o contexto textual da perícope que iremos analisar nesta mensagem. Ou seja, a duas comunidades humanas, representadas por suas famílias, cresciam e se multiplicavam e cada pequeno clã, estabelecia seus "agentes reais", com a finalidade de se mostrarem fortes e os agentes da "redenção da humanidade".
Mesmo na comunidade dos filhos de Sete, vemos que essa era a esperança assentada nos corações. As palavras de Lameque, pai de Noé, referente à expectativa que tinha em relação ao seu filho apontam nessa direção: Este nos consolará dos nossos trabalhos e das fadigas das nossas mãos, nesta terra que o SENHOR amaldiçoou (Gênesis 5.29).
Homens Entenebrecidos - Não Afastam as Possibilidades de Deus
O capítulo 6, começa com a afirmação introdutória sobre o crescimento dos homens. Aqui, não se faz distinção das famílias. Pelo contrário, com a citação do verso 8 - Porém Noé - percebemos que estamos falando das duas casas setista e caimita.
O texto caminha para tratar do multiplicação e da busca sempre constante por descendência - nasceram-lhe filhas - lembrando que a mulher, na linha de argumentação da Moisés é Havah - isto é vida - Eva. Isso simboliza esperança.
Os versos 2 a 4, tratam do desespero dos homens para gerar filhos. As expressões "filhos de Deus" e "filhas dos homens" é de difícil interpretação. Há muito boa gente, conhecedora dos textos antigos, que diz que se tratam de "anjos" que se agradaram das mulheres e foram os pais dos nephilins - os gigantes (dos quais descendentes teríamos o grande Golias e seus irmãos). Outros preferem seguir o caminho aparentemente mais natural da narrativa e localizam "filhos de Deus" como descendentes de Sete e "filhas dos homens" como descendentes de Caim. Então, o casamento das duas linhagens seria a progressão do pecado e a mistura indevida das duas sementes. Eu sempre preferi essa interpretação. Mas hoje estou mais inclinado a outra maneira de ver esse texto.
Outros textos apontam para a idéia de que os líderes (juízes) dos povos eram chamados de "deuses" e os filhos dos homens comuns, o povão, eram chamados de "filhos dos homens" (ver Salmo 58.1 e Salmo 82.1). Então, concluo que a busca de assumir o poder através de uma descendência tornou-se uma obsessão dos homens, os quais, nessa busca, encheram-se de violência, maldade. O binômio - sexo e poder - comandava as ações humanas. O verso 4, aponta para a valorização do poder dos homens: ...os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade.
Essa ganância pelo poder e o acúmulo da violência na busca do poder, mostraram que os desígnios dos homens eram continuamente maus. Independente de como você interpreta as expressões "filhos de Deus" e "filhas dos homens" o texto nos encaminha para a situação desesperadora da humanidade que tenta encontrar uma saída segundo os seus esforços e nisto se afasta de Deus. Eles misturam os propósitos redentivos de Deus com os seus próprios desejos egocêntricos e se afastam completamente dos projetos de Deus.
A situação era tão calamitosa que Deus se entristeceu com o homem e sentiu a necessidade de eliminar o homem de sobre a face da terra, estabelecendo contra a Criação o seu juízo.
Neste ponto eu quero enfatizar que não precisamos nos alarmar com o crescimento da iniquidade na sociedade humana, pois, na verdade, Deus não pode ser impedido em seus planos redentivos, pelo contrário AS POSSIBILIDADES DE DEUS NÃO SÃO DIMINUÍDAS PELA MALDADE HUMANA.
Quando Tudo Parece Irremediavelmente Perdido - Deus Pode Ainda Demonstrar o Seu Amor - Isso Sempre Será Obra da Graça
O texto nos informa que a obra de salvação operada em favor de Noé e sua família era obra graciosa de Deus. Apesar de Noé ser um homem que andava com Deus, o texto afirma que ainda assim, a Redenção seria operada em favor da humanidade, por causa do desígnio de Deus e não o do homem.
Moisés publica a graça de Deus como solução para o desespero do homem. Desde o Éden, quando o SENHOR publica os intentos redentivos, quando aceita o sacrifício de Abel e dá a Eva mais um filho, Sete, a obra graciosa de Deus é exaltada.
Israel precisava aprender que a saída não estava nele Israel, mas no Deus que o chamava para uma nova vida. De certa maneira, quando o povo estava aprisionado como escravo no Egito, depois de mais de 400 anos, Deus levanta um homem, que foi salvo por obra da Graça quando os infantes morriam no Egito, quando Faraó matava hebreus para manter-se no poder, Deus manifestaria o seu amor de forma graciosa e dizia: ...porque o Senhor os amava (Deut 7. 7 e 8).
A Escritura em todo o seu desenrolar nos ensina o Império da Graça. Ela se refere à Graça como sendo como um Trono, no qual o socorro de Deus nos alcança (hebreus 4).
Para Manifestar o Seu Amor Gracioso - Deus Escolhe Aqueles Que Tem Discernimento da Sua Vontade
Não obstante Deus agir graciosamente e trazer a sua salvação independentemente dos méritos do homem, aliás, os nossos maiores méritos ainda são trapos de imundícia, Deus escolhe que irá usar homens santificados na sua obra.
Agora sim, podemos focalizar nosso esfoço expositivo na pessoa de Noé. O texto nos remete a um parêntese no livro, quando interrompe a sequência da narrativa e introduz a cláusula: Eis a história de Noé. NOé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus.
A história de Noé e da redenção que Deus operaria sobre sua vida será relatada nos próximos capítulos. A ênfase fundamental será na construção da arca e na chegada do dilúvio, bem como o resgate que Deus operaria sobre a sua vida. Mas, neste verso 9, encontramos um breve relato de sua história antecedente.
Noé era homem justo e íntegro -
Noé era justo e íntegro em meio aos seus contemporâneos
Noé andava com Deus
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