29 de janeiro de 2017

Mateus 5.1-12

Uma Vida Formosa
MATEUS 5.1-12
(Pregado no Culto de Ações de Graças pelo 58º da Igreja Presbiteriana de Vila Formosa)

Nos anos que vivo nesta igreja, mesmo antes de ser seu pastor, vivi coisas impressionantes. A meninice, adolescência, juventude que construí aqui me deram ferramentas que levarei para sempre no núcleo do meu ser. Acredito que esta seja minha maior virtude como pastor da Igreja Presbiteriana de Vila Formosa, mas também meu maior obstáculo.
Pois, por um lado, sei muito bem o que é ser um filho de Vila Formosa e como as coisas foram e são construídas aqui. Claro, muita coisa mudou, a nossa Igreja não é a mesma de 20, 30 ou 58 anos atrás. Mas, tem muita coisa que está aqui, vivendo e sobrevivendo nestes anos.
O lado ruim disto é que os defeitos, trejeitos, vícios de ser um filho de Vila Formosa estão em mim. Claro também, fui lapidado, não sou o mesmo, como a igreja não é, e muitos outros que vieram depois nos ajudaram a mudar e a corrigir muita coisa.
O ponto aonde quero chegar é este: a função de um pastor não é manter a igreja como está, mas trabalhar para leva-la o mais perto de Cristo. A nossa história não é tudo, afinal é só a história de um grupo de pecadores que se juntou para caminhar. Com certeza, temos muito que transformar em nós mesmos para sermos realmente uma igreja FORMOSA para Cristo.
O ser humano é capaz de viver ideais. Diferentemente dos outros animais, que existem para satisfazer seus instintos, o ser humano é capaz de amar e, por isto, mais que seguir instintos, ele é capaz de viver ideais. O que são ideais? São aquelas mentalizações da realidade que, ainda que não existam de fato, apontam para algo desejável e melhor do que o que se pode encontrar no presente.
A falta de ideais está tornando os cristãos um povo apático, domingueiro e incapaz de agir pela causa, senão quando os seus interesses estão em jogo. Um homem sem ideais, é um ser que tende à paralisia. Ele passa os seus dias sem a perspectiva do futuro e, por isso, não sabe o que é esperança. E, infelizmente, isto pode ser dito de muitos cristãos que estão tão desmotivados que sejam a praticar um evangelho vergonhosamente descomprometido.
Mas qual é o motivo de nos sentirmos inspirados para seguir um ideal? O que nos motiva é o amor. É o amor por uma causa nos moverá a lutar por ela, é o nosso amor por um ideal que nos moverá a trabalhar por sua concretização.
O ideal capaz de dar aos discípulos uma disposição totalmente voltada à Deus é o amor e eles viram isto em Jesus. O ideal que viram em Jesus é mais que uma história de vitória no final ou um sonho possível como disse um dia Martin Luther King e fez pessoas marcharem numa mesma direção. Os discípulos viram o seu ideal em Cristo. Sim, aquele homem de Nazaré e o seu modo de viver, sua retidão pessoal, seu  apego à Palavra de Deus, seu desejo de ver pessoas restauradas, etc.. Tudo o que eles viram em Jesus se lhes tornou alvo. Eles mantiveram os seus olhos fitos nele, quando o viram transfigurado e não se contiveram quando o viram confiante enquanto o mar se agitava. O apóstolo Paulo, um nascido fora do tempo, andou com Jesus e disse: NÃO SOU EU QUEM VIVE, MAS CRISTO VIVE EM MIM.
A VIDA FORMOSA de que estamos falando é o ideal de parecermos com Jesus, o que só pode ser alcançado mediante uma decisão dupla: deixar o velho homem e se revestir de uma nova vida em Cristo. Isso só acontece quando estamos dispostos a caminhar na direção certa.
O início do Sermão da Montanha é uma série de famosas afirmações de Jesus que podem resumir o que realmente significa essa nova vida formosa que podemos alcançar se andarmos na direção certa. Ali, pelas famosas “Bem-Aventuranças”, Jesus estipula o caminho fundamental para quem deseja viver para ser o Sal da Terra e a Luz do Mundo.
Vamos explorar estes versículos como blocos e não porções individuais, o que eu tenho certeza de que também seria uma grande bênção, contudo, faremos isto noutro momento, em pequenos grupos que podem se reunir nas casas para se aprofundar. Hoje, vamos nos deter nos blocos de versículos que conseguimos identificar nesta primeira porção do Sermão da Montanha, dos versos 1 a 12, do capítulo 5.
Vamos dividir este texto em quatro blocos de versos (1-2; 3-6; 7-10; 11-12) e vamos procurar discernir os elementos fundamentais para uma VIDA FORMOSA, isto é, para um preenchimento da alma com tudo o que pode nos transformar e aproximar do ideal visualizado em Cristo, em tudo o que ele era.

QUANDO VOCÊ BUSCA UMA VIDA FORMOSA É FUNDAMENTAL A DISPOSIÇÃO DE APRENDÊ-LA COM CRISTO
Quando o apóstolo Paulo precisou explicitar a origem de sua percepção de fé e do modo como se conduzia no Evangelho, ele afirmou sem nenhum receio:
Falo-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não ´segundo o homem, porque não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo (Gl 1.11-12).
Claro que Paulo é um caso excepcional! Claro que não acontecerá exatamente assim conosco. Mas a fé que está em nosso coração é que toda a vez que abrimos a Palavra de Deus e Ela fala conosco, o que está acontecendo é mais do que simplesmente ouvir algo sobre Jesus, mas poderemos começar a desfrutar da Palavra como a voz do próprio Jesus. Porque a Palavra de Deus é viva!! O próprio Deus nos fala.
O Sermão da Montanha começa, nos versos 1 e 2 com uma espetacular figura quando descreve a aproximação dos discípulos junto a Jesus e ele passou a ensiná-los.
Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los dizendo (Mt 5.1-2).
Vendo Jesus as multidões – o primeiro movimento desta passagem nos mostra que o ensino sobre a vida é uma obra que começa na percepção do Mestre e não dos discípulos. Ele decide subir ao monte para ensinar por que notou a nossa própria carência. Portanto, o movimento de mudança para uma VIDA FORMOSA é um movimento que começa com nosso Senhor e não em nosso coração. Ele sabe que precisamos aprender o seu modo de vida e se dispõe a atender esta necessidade.
Jesus já estava em plena prática de seu ministério, curando multidões. Isso podemos ver nos versos anteriores. O verso 25, enfatiza que numerosas multidões o seguiam. Jesus notou as nossas enfermidades e certamente percebeu que o nosso problema ia além das enfermidades do corpo, mas estava aprofundado no coração. O conteúdo do Sermão da Montanha vai revelar isto, basta ver como ele fala sobre o que é matar e adulterar, ou mesmo sobre o que é orar e falar com Deus.
Jesus sabe que você precisa e está disposto a atender a necessidade de mudança de vida que você precisa e que, nem sempre sabe que precisa. Este é o ponto! Nem todos sabem que precisam!! Mas Jesus sabe, por isso, ele pacientemente, como um mestre das escolas peripatéticas, se dirige ao Monte, se assenta e passa a ensinar.
Aproximaram-se os seus discípulos – O segundo movimento deste ato de mudança tem a ver com a atitude dos discípulos. E vemos nesta expressão que um grupo de homens se aproximou deles. Note que é possível fazer uma distinção entre dois grupos: a multidão e os discípulos. Jesus viu a necessidade da MULTIDÃO, mas quem se aproximou dele? OS SEUS DISCÍPULOS.
Num outro momento, em Mateus 9.35-38, Jesus vai novamente fazer menção destes dois grupos: ele vê as multidões e as identifica como sendo a SEARA e vê os seus discípulos como os TRABALHADORES de Deus na seara.
O discípulo é aquele que decide sair da multidão para aprender a VIDA FORMOSA COM CRISTO. Você precisa deixar de buscar sua fé no mundo, em si mesmo e nas coisas que faz por aí. Você precisa começar a subir aonde Cristo está disposto para te ensinar.
Não haverá VIDA FORMOSA enquanto o seu movimento for tentar aprender a viver em outras escolas. Muitos serão os mestres que tentarão conquistar a sua mente, mas só um pode te TRANSFORMAR O CORAÇÃO, somente UM PODE TE DAR UMA NOVA VIDA e somente UM PODE TE ENSINAR O QUE É SER NOVA CRIATURA.

QUANDO VOCÊ BUSCA UMA VIDA FORMOSA É FUNDAMENTAL A DISPOSIÇÃO DE SUBIR A MONTANHA NA DIREÇÃO DE DEUS
Vamos agora para o que eu considero ser o segundo bloco de versículos deste trecho. Os versos 3 a 12, são chamados de “As Bem-aventuranças”. Contudo eu prefiro separar os versos 11-12, como uma espécie de aplicação prática do que é apresentado nos versos anteriores e vamos trabalhar assim, hoje.
Facilmente você nota que existe uma estrutura repetida nos versos 3 a 12:
1) A declaração de “bem-aventurança”;
2) A condição do bem-aventurado;
3) A explicação do “porque” desta esperança de felicidade.
Cada afirmação destas pode ser estudada e aprofundada, e como eu disse, podemos fazer isto em um outro momento. Hoje, entretanto, vamos separar este trecho em três blocos, sendo os dois primeiros uma espécie de movimento de subida e descida de uma montanha.
Neste segundo bloco, os versos 3 a 6 eu identifico a parte da subida da montanha. Imaginando que o caráter de Deus é elevado e que o pecador está numa condição inferior, caminhar da direção de Deus é o mesmo que subir uma Montanha.
As bem-aventuranças dos versos 3 a 6 tem uma relação direta com o nosso caráter e a transformação que ele pode sofrer se caminharmos na direção certa. Por isso, digo que esta é a parte da subida.
Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos (Mt 5.3-6).
Tentando identificar algo comum entre estas bem-aventuranças, eu percebi que elas estão ligadas à percepções que temos de nós mesmos. 
Humildes de Espírito – Ou simplesmente, como diz outra tradução “os pobres de espírito”, é um indicativo não de uma virtude, mas do encontrar de uma fragilidade. Os humildes de espírito são aqueles que conseguiram perceber que nada possuem diante de Deus que lhes possa garantir qualquer segurança ou alegria. Eles são bem-aventurados porque percebem sua pobreza pessoal.
Os que choram – como uma consequencia da primeira percepção de si mesmos, o choro aqui não é um indicativo de sofrimento com o que outras pessoas fazem contra nós, mas uma percepção clara de que o fato de nada terem diante de Deus, senão a pobreza de uma alma pecadora, acentua a consciência de perdição. Estes choram por causa de sua condição e não por outros motivos.
Os mansos (praeis) – muitas vezes tentei entender de que maneira esta descrição se encaixava com as outras e pensei em Moisés, o homem mais manso do mundo. A palavra grega é usada para definir mansidão é usada para falar de alguém que sabe reconhecer o momento em que vive, sabe se reconhecer e se colocar no seu lugar sem planejar ser mais do que é. Jesus é manso e humilde, embora seja o Rei da Glória, mas ele sabe que é o Filho e não o Pai. A pessoa da bem-aventurança, neste momento da subida do monte em direção a Deus, tudo o que sabe é o seu lugar.
Os que tem fome e sede de justiça – como uma corrente, em que cada elo se une ao seguinte, esta bem-aventurança é a consequencia natural das outras três: o que se reconhece pobre diante de Deus, perdido e se coloca em seu lugar, sabe que tudo o que precisa é ser mais justo, por isso, almeja ser diferente.
Desculpe me delongar nestas explicações, embora haja muito a ser dito sobre cada uma destas características. Mas quando vistas de forma conjunta, o que identificamos aqui é um homem que aprende sua condição e busca caminhar na direção de ser alguém melhor.
Este é o ponto que leva você a uma VIDA FORMOSA, caminhar não na direção de seu pobre coração pecador, mas na direção daquele que pode lhe dar novas ferramentas para uma vida mais justa, mais parecida com Jesus.

QUANDO VOCÊ BUSCA UMA VIDA FORMOSA É FUNDAMENTAL A DISPOSIÇÃO DE DESCER A MONTANHA NA DIREÇÃO DO SEU PRÓXIMO
Quando Jesus ensinou a respeito do que é a verdadeira obediência, ele apontou para os mandamentos de Deus. Aprender a viver com Jesus, isto é, aprender dele o que é A VIDA FORMOSA, é, em resumo, aprender duas coisas centrais: AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO, foi assim que ele resumiu a Lei e a obediência.
Quando um crente sobe a Montanha na direção de Deus e aprende a respeito de suas próprias fragilidades e a necessidade de ser mais reto diante do Senhor, logo ele consegue conviver melhor com as pessoas. Em geral, posso dizer o seguinte: a nossa dificuldade de conviver com as pessoas tem uma forte relação com uma fragilidade na nossa aproximação com Deus.
Bem-aventurado os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus (Mt 5.7-10).
Estou com coceiras nos dedos para dar mais detalhes sobre estas afirmações, mas vou evitar agora. Mais uma vez, vou tentar identificar o que há em comum nestes versos e o que eu identifico é que eles revelam uma forte relação entre o bem-aventurado e outras pessoas.
As Escrituras traçam uma forte relação entre o nosso amor a Deus e o nosso relacionamento com as outras pessoas, o nosso próximo. João fala muito de amar a Deus e o próximo nas suas cartas. Aqui no Sermão da Montanha, no capítulo 5 mesmo temos essa forte relação nos versos 23-24:
Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, e, então, voltando, faze a tua oferta (Mt 5.23-24).
Essa relação não pode ser negada na Escritura e nós não podemos negá-la no nosso dia a dia e no processo que temos em nosso horizonte espiritual: UMA VIDA FORMOSA. Em nosso trecho, temos o caminho numa direção do próximo.
Os misericordiosos (Elehmones) -  A misericórdia é um ato que está relacionado à condição do outro. Eléos – a palavra grega usada por Mateus para raíz desta bem-aventurança indica que o discípulos precisa ter uma atitude positiva diante da ação negativa do outro. Porque, ninguém precisa ser misericordioso com quem acerta, mas com quem erra. Meu professor de grego, REv. João Alves, escreveu em uma das minhas provas: “eléos” (em grego, é claro), porque havia considerado alguns pontos que, normalmente, ele consideraria um erro.
Os limpos de coração (Katharoi tei Kardia) - Os limpos de coração são pessoas que caminham sem pesos guardados dentro de si. Eles são capazes de ver Deus, mesmo em momentos difíceis e este é o referencial que lhes guia o coração. No nosso contexto, estes são aqueles que estão abertos para o próximo e se voltam aos homens sem preocupação do que irão encontrar, eles não carregam mágoas e não se relacionam a partir de feridas. Acho que estamos falando de gente que subiu a montanha primeiro, com certeza.
Os pacificadores – Os pacificadores se destacam em tempos de guerra. Portanto, a missão destes que sobem a montanha é descer para encontrar um mundo em guerra. Sempre que caminhamos na direção do próximo, devemos lembrar que estamos caminhando na direção da guerra. Mas, o homem de VIDA FORMOSA não focaliza a guerra, mas em como ele pode trazer a PAZ. Filhos de Deus não podem ser os responsáveis pelas guerras. Você já notou como é comum que as pessoas estejam tão armadas umas contra as outras. Pois bem, aqui, mais uma vez, o que vemos é que aqueles que sobem na direção de Deus mostram uma VIDA FORMOSA, quando caminham na direção do outro levando a paz.
Os perseguidos por causa da justiça – Agora, o tema da justiça vem duma outra forma. Na primeira parte, a ênfase era na falta de justiça pessoal que percebemos em nós. Agora, porém, é descrito aqueles que são perseguidos por causa da falta de justiça dos outros. Afinal, UMA VIDA FORMOSA EM UM MUNDO EM GUERRA não é uma vida fácil. Mas, estes tais que são capazes de ter fome e sede de justiça, são capazes também de saber que o mundo odeia a justiça de Deus, mas eles precisam mostrar o reino de Deus para as outras pessoas e o jeito de fazer isto é: viver a justiça do reino, custe o que custar.
Em todas estas bem-aventuranças, os bem-aventurados são pessoas que estão deixando a sua vida ser usada por Deus para abençoar o PRÓXIMO. UMA VIDA FORMOSA é aquela que é forte e capaz de viver o padrão de DEUS em meio ao caos da humanidade.

QUANDO VOCÊ BUSCA UMA VIDA FORMOSA É FUNDAMENTAL A DISPOSIÇÃO DE PERDER O QUE FOR NECESSÁRIO PARA TER O MELHOR
Jesus apresentou o conceito de “perder para ganhar” quando afirmou que é preciso aprender a perder a si mesmo para ganhar a Cristo.
Portanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a vida por minha causa achá-la-á (Mt 16.25).
O ponto central desta afirmação é o conhecimento de nosso apego a coisas deste mundo que aprisionam a nossa vida em uma condição muito distante e inferior àquela que podemos ter em Cristo. Vivemos presos e precisamos da liberdade de quem realmente conhece a Deus e busca essa elevação de alma.
No Sermão da Montanha, o que Jesus propõe é um modelo de vida em bases diferentes destas que se desfazem com o tempo, uma VIDA FORMOSA, firmada na Rocha, estabelecida em valores que não se degeneram e não se desfazem (Mt 7.22-24).
Portanto, subir a Montanha e perceber a grandeza da vida com dirigida à Deus e ser desafiado a vive-la no mundo caótico da guerra da alma humana (John Bunyan) exigirá a coragem de saber que há possibilidades de perdas e estar disposto a enfrenta-las com coragem.
Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus, pois assim perseguiram os profetas que viveram antes de vós (Mt 5.11-12).
Ter um alvo de vida elevada, VIDA FORMOSA, implica em ter uma percepção clara do que realmente importa no ato de viver. Hoje, eu ouvi um poeta português que fez a seguinte afirmação poética: o verbo viver é um verbo que tem tamanho, pois ele é extenso e elevado.
A vida a que somos chamados exige uma percepção do verdadeiro valor da vida. Aqui, Jesus conclama seus discípulos a enfrentarem a vida com coragem, desprendimento e alegria, não importando as consequências.
Quando por minha causa – Este é um indicativo da busca de uma elevada maneira de viver que causa uma aparente disfunção entre o discípulo e o mundo, mas que o discípulo deve ter coragem para encarar, porque luta não por si mesmo, mas por Cristo. Em outro lugar, Jesus disse que o MUNDO ODEIA OS SEUS DISCIPULOS PORQUE ODIOU A ELE PRÓPRIO.
Regozijai-vos e exultai porque é grande o seu galardão nos céus – A VIDA FORMOSA é uma consequência natural de um olhar elevado sobre o que é viver para Deus e que realmente somos seus filhos e cidadãos do Reino dos Céus. As mais preciosas expectativas do povo de Deus residem em uma grandiosa noção de que pertence a Deus e a uma outra natureza de vida. Sem essa percepção tudo o que fazemos é quase sempre fraco e pouco expressivo de nossa fé. A nossa própria presença no mundo é sem graça e sem grandes diferenças com o os outros homens.
Bem-aventurados sois – meus irmãos, ao longo deste trecho há uma coisa que não comentei, mas que me chama a atenção. As bem-aventuranças são propostas não somente para indivíduos, mas para uma coletividade de discípulos. Note que todas estão propondo reflexões no plural. Isso é importante, porque, no final das contas, uma das coisas que irão nos sustentar é o  nosso conceito de caminhada e luta coletiva. Não somos um exército “Branca Leone” (o filme que retratava o exército de um homem só), somos um CORPO, uma IGREJA, um POVO, que luta uma luta comum.  

CONCLUSÃO
Eu disse no início irmãos que o que nos move na direção de um ideal é o AMOR. O meu trabalho e dos pastores, assim como é o papel dos pais, dos líderes dos departamentos da igreja, como é o trabalho de todo verdadeiro crente, não é viver a vida dos outros. O TRABALHO PASTORAL QUE TODOS EXERCEMOS EM ALGUMA MEDIDA TEM A VER COM A PROMOÇÃO DE UM VERDADEIRO AMOR A DEUS QUE SE TORNA EM UMA CLARA PERCEPÇÃO DA NECESSIDADE DO PRÓXIMO.
Quando Jesus notou nossa necessidade e decidiu nos ensinar o que é a VIDA FORMOSA, ele propôs a todos os que o seguiam, os seus discípulos, duas grandes necessidades que precisamos considerar seriamente hoje: PRECISAMOS SUBIR NA DIREÇÃO DE DEUS E DEPOIS DESCER A MONTANHA NA DIREÇÃO DO PRÓXIMO.
Quando aprendermos estes dois movimentos: subida e descida e o fizermos sem medo das perdas que podem se apresentar e queremos o que realmente é o melhor, então estaremos sendo a IGREJA FORMOSA e vivendo a VIDA FORMOSA que Deus tem para nos dar.

Aplicação para a Igreja Presbiteriana de Vila Formosa
Hoje, completamos 58 anos como igreja organizada. Isso tem um valor enorme, mas pode não significar nada se a sua vida não está caminhando na direção certa.
O que queremos como igreja é que cada um de nós seja mais parecido com Jesus Cristo. Esse é o verdadeiro compromisso! Mas, não exija de nós que sejamos perfeitos, porque afinal, estamos todos caminhando. Não exija de nós que viva o que você precisa viver, não seja tão infantil e não trate a sua fé de forma tão displicente.
Igreja Presbiteriana de Vila Formosa! Vamos subir juntos esta montanha na direção de Deus. Saberemos que andamos bem quando o nosso olhar para o próximo nos fizer descer na direção certa e a dar valor maior ao que realmente importa. Nenhum preço que Deus exigir será alto demais, se o que tivermos em nosso coração se chamar AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO.
Parabéns a todos da IPBVF e, particularmente, parabéns àqueles que desejam oferecer como presente a Deus sua vida e fazer um compromisso de UMA VIDA MAIS FORMOSA.

QUÃO FORMOSA É TUA IGREJA JESUS!!


Em Cristo e no temor do Supremo

Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno


21 de janeiro de 2017

João 21.15-23

RESTAURANDO O COMPROMISSO COMO O SENHOR DA IGREJA E COM A IGREJA DO SENHOR


RESSUSCITANDO O AMOR DE DEUS EM MEU CORAÇÃO
(IP Jd Helian – 21 de janeiro 2016)

João 21.15-23

O último capítulo do Evangelho de João parece nos convidar para um momento mais na vida de relacionamento entre Jesus e os seus discípulos.
Em particular, quando olhamos o capítulo 20, versos 30 e 31, ficamos com a sensação de que João terminaria o seu evangelho, entretanto, ele inclui ainda mais uma narrativa, com duas cenas desenvolvendo ainda mais o tema da humanidade restaurada de Cristo Jesus e as provas de sua ressurreição, fechando o foco da cena na figura de Pedro e no modo como Jesus tratou de fazer reviver o amor de Pedro por si mesmo, pelo Senhor e por seu próximo.


Pedro Cabisbaixo
Simão Pedro é o protagonista da cena. João descreve suas atitudes, pensamentos, dramas etc.
No início do capítulo, introduzido pelo resumo do que João queria contar, qual seja a manifestação de Jesus aos seus discípulos junto ao Mar de Tiberíades, pontua-se que Pedro está junto a outros discípulos e toma a frente de uma pescaria: "vou pescar, ao que respondem os outros: nós vamos contigo" (Jo 21.3).
Essa cena nos remete a algumas possibilidades. Uma delas é que havia passado alguns dias e Jesus deixara de manifestar-se com a regularidade mostrada no capítulo 20, oito em oito dias. Essa possibilidade nasce do fato de que João muda o modo introdutório da narrativa, que no capítulo 20, pontuava sempre pela menção: "no primeiro dia da semana...".

No capítulo 21 a partícula introdutória do texto é "Depois disto...", o que parece ser um estilo bem joanino, conforme podemos ver em outros capítulos, quando o tempo de cronologia não é tão definido, mas pretende-se assim mesmo mostrar a idéia de progressividade na narrativa dos fatos.
A questão é que vemos Pedro e os discípulos demonstrando uma certa impaciência na espera. Sua decisão de ir pescar sugere um desconforto com a situação e até mesmo uma insegurança com o futuro.
Na progressão da narrativa, quando Jesus se aproxima deles na praia e é reconhecido, como sempre, primeiro por João e depois por Pedro e, novamente o Mestre lhes sugere onde pescar, sendo esta a segunda vez que Jesus os ajudava na pescaria, apontando para o lugar onde estavam, percebemos que a aproximação dos discípulos não é de alegria, nem parece confortável, pois todos sabem que é Jesus, mas não ousavam fazer perguntas a ele (verso 12).
Jesus toma a iniciativa e procura Pedro (verso 15) iniciando uma segunda cena, com o foco todo centrado em Pedro, suas tristezas, perguntas e incertezas. Neste momento, cremos que Deus está fazendo "ressurgir a visão do amor de Deus no coração do discípulo que havia fraquejado, negando o seu Mestre".
Todos nós, em algum momento da vida, nos sentimos como este discípulo. Sentimos que nossa vida não agrada a Deus e que estamos em tão grande falta que não somos dignos de sua companhia, sequer dignos de sua compaixão ou amor. 
Podemos dizer que este é um processo natural da consciência cristã, que se ressente de sua própria pecaminosidade e inconsistência, por querer o bem e não conseguir fazê-lo, antes, praticando o que é mal e perverso, contra o amor do Senhor.
Essa é a mesma inclinação ensinada no Salmo 51 e na parábola do filho pródigo: Pequei contra ti, contra ti somente... não sou digno... trata-me segundo a sua justiça...
Não obstante Deus realmente se entristecer com o pecado, Ele nos declara que haverá de sempre restaurar o seu povo e fazer com esse povo volte para Ele mesmo. E percebemos, desde os tempos do antigo Israel, que uma das primeiras coias que Deus faz, quando deseja manifestar este amor por seu povo, é fazer renascer em nosso coração (mente) o entendimento correto, a perspectiva adequada, a visão própria deste Seu amor por nós.
Este processo ocorreu na vida de Pedro e isto podemos extrair deste texto, incluso por João para que a nossa fé se mantivesse firme em Deus e no seu amor.


Ressuscite a Visão de Que o Amor de Deus se Manifesta Por Meio de Nosso Amor Manifesto à Sua Igreja

"Tu me amas?" - "Sim, tu sabes que te amo" - "Apascenta as minhas ovelhas." 
Essa seqüência proposital do diálogo entre Pedro e Jesus, repetida por três vezes, nos versos 15, 16 e 17, revela a intenção de Jesus em provocar uma reação na mente de Pedro. O texto nos informa que Pedro se entristeceu com estas perguntas.
Curiosamente, no verso 17, a pergunta de Jesus sobre o amor de Pedro por ele, vem com o uso de um verbo diferente. Nas duas primeiras ocasiões, Jesus prefere a idéia de um amor que inclui uma idéia mais "sacrificial", utilizando o verbo "aghapáo", já no verso 17, ele prefere trabalhar com a idéia de "irmandade e fidelidade" utilizando o verbo "filéo".
Tento imaginar que era como Jesus estivesse dizendo a Pedro: Pedro, você se sacrificaria por mim, estaria disposto a dar a vida por mim? Você faria algo muito difícil por mim? Pedro responde, sim Senhor, tu sabes que eu daria a vida por ti! Pedro, você é fiel a mim? Essa era uma pergunta ainda mais pesada, pois trazia à memória o fato de que Pedro o havia negado. Sim, Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que desejo ser fiel a ti.
Como conseqüência natural das respostas de Pedro, Jesus termina com a frase: cuide (bosqueh), guie (poimêne) e alimente (bosqueh) o meu rebanho (meus cordeiros, minhas ovelhas - arniah e probatá).
Jesus está restaurando a visão de Pedro em relação ao amor que ainda tem por ele, mostrando-lhe que aquele amor que ele, Pedro, nutre pelo seu Senhor é coroado com o fato de que Deus não o afastou de sua obra de amar os seus filhos, suas ovelhas.
Jesus chama Pedro para a tarefa de pastoreio, para o ministério em seu rebanho. Em outras palavras, Jesus chama Pedro para continuar o seu trabalho, pois Ele é o Bom Pastor, que Pedro mesmo irá chamar de "Supremo Pastor".
Deus nos ama, dando oportunidade de servi-lo em sua seara, em seu aprisco, exercendo nossos dons e cuidando da sua vinha, seu rebanho, seu povo.
João mesmo, nos ensinou que provamos nosso amor a Deus, quando o amor ao próximo se evidencia em nossas atitudes e, quando isto acontece, Deus prova que nos ama, pois aprendemos a amar, porque Ele nos amou primeiro.
Mas o amor de Deus por nós não se manifesta apenas desta forma, Deus cuida de nós e nos guia pelo caminho. Assim passaremos a considerar os versos 18 e 19.


Ressuscite a Visão de Que o Amor de Deus se Manifesta Quando Nos Propomos Conscientemente a Viver Para a Sua Glória

"Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres. Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: segue-me" 

Estes dois versos têm uma mensagem maravilhosa. Sinto uma real alegria ao ver retratado nestes versos o propósito maior de Deus e a maior manifestação do seu amor em nossa própria vida, que é o fato de que Deus nos conduzirá pela vida, de tal forma, que serviremos para que seja exaltada a sua glória.
Olhando para esta estrutura, perceberemos que João intercala a narrativa com uma palavra "editorial", uma espécie de nota explicativa, quando diz: Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Por isso, tratemos a passagem, primeiramente sem esta nota explicativa e depois voltemos a ela.
Alguém te levará pela mão para onde não queres - O ponto de Jesus é chegar a esta fala, ou seja, dizer a Pedro que sua vida mudará completamente. Nem sempre ele será o Pedro que era, antes, a força de Deus em sua vida o transformará. A mudança tem relação com o amadurecimento do apóstolo. Por isso, o texto trata de fazer uma comparação entre o jovem Pedro e o Pedro "gerow", "gerassen" (ancião).
Pedro, mais tarde, se referirá a si mesmo nestes termos: "eu ancião com eles (presbítero)", o que sem dúvida alguma nos mostra que de fato, Deus trabalhou o amadurecimento da vida de Pedro.
No entanto, o amor de Deus se evidencia neste momento, quando Deus revela a Pedro que ele seria transformado e que Deus guiaria o seu caminho, por isso, Jesus não perde tempo em dizer a ele: vem e segue-me. O que em outras palavras pode ser compreendido desta forma: você me seguirá não segundo o seu modo de andar, mas segundo o modo como eu provocarei os seus passos. Isso é maravilhoso, que Deus nos faça andar segundo a sua vontade, pois, se assim for, ainda que for no vale da sombra da morte, não precisamos temer, porque é Ele quem está nos levando.
É muito melhor andar no vale da sombra da morte tendo Deus como pastor, que ir para lá, apenas com as próprias pernas.

Glorificar a Deus com a vida - Embora João registre a palavra morte (Phanaton), a idéia geral do verso é que Pedro glorificaria a Deus com a sua trajetória de vida, culminando em uma morte que mostraria sua fidelidade (filéo) e sua vida sacrificial (aghapáo), conforme declarada pelo próprio Pedro nos versos precedentes. João fala em tons explicativos, pois, no momento em que escreve estas palavras, o próprio Pedro já havia deixado este testemunho para todos os irmãos, o que possivelmente, motivou João a incluir esta passagem, como uma nota póstuma ao amigo, companheiro e líder que foi o apóstolo Pedro para a sua vida.
Na verdade, João está disposto a esclarecer alguns possíveis equívocos a respeito de sua própria pessoa e os demais apóstolos. Ele João recebeu o privilégio de ser o último dos apóstolos a morrer. Isso fez com que muitos julgassem que sua lealdade a Cristo fosse maior que a dos outros, uma vez que ele esteve presente no momento dramático da cruz. Mas João deseja mostrar a todos que, na verdade, a vida de cada um dos filhos de Deus glorificará ao Senhor de uma maneira diferente. Isso nos leva ao último trecho da perícope selecionada.


Ressuscite a Visão de Que o Amor de Deus se Manifesta Quando Você se Submete ao Fato de que Ele Tem Um Plano Específico Para a Vida de Cada um Dos Seus Filhos e o Tem Para Você

"Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é o traidor? Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: E quanto a este? Respondeu-lhe Jesus: SE eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me. Então, tornou-se corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria. Ora, Jesus não dissera que tal discípulo não morreria, mas: SE eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? 

Mais uma vez a estrutura dos versos nos ajuda a chegar ao ponto fundamental a ser considerado. Novamente, João inclui uma nota explicativa. Desta feita, tem a ver com a sua vida e morte. Quando ele diz: "então, tornou-se corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo (ele mesmo) não morreria", ele completa a nota explicativa com a seguinte conclusão: Ora, Jesus, não dissera que tal discípulo não morreria, mas: (enfatiza) Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?
Com essa explicação, João faz uma exegese das palavras de Jesus, corrigindo a visão que tinham em relação a ele próprio e nos fazendo pensar seriamente no fato de que Jesus está falando para Pedro que devemos nos concentrar em nosso próprio ministério sem uma preocupação tão extensa em relação aos outros, senão for apenas para prestar-lhe serviços.
Que te importa? (...) segue-me - Podemos dizer que Jesus está dizendo para Pedro: não procures comparação no modo como eu trato meus filhos. Cada um será tratado segundo o meu plano soberano, cada um receberá o seu ministério e cada um receberá o seu próprio galardão. Não se concentre no modo como eu trato os outros, mas pense no fato de que cada um passará por coisas diferentes e, deste modo, todos me servirão.
Essa perspectiva de Jesus é reforçada com as palavras intermediárias que dizem: "se eu quero". Esta palavra - Thelos em grego - foi usada anteriormente para fazer aquele contraste em relação a Pedro: andavas por onde querias e irás por onde não queres. Naquele momento, fora aplicada a Pedro, mostrando que o querer de Pedro não era soberano, mas Deus iria mover o seu querer e transformá-lo. Agora, entretanto, a palavra é utlizada para denotar a soberania de Cristo e da manifestação do seu amor aos seus discípulos. O "thelos" agora é inquestionável: "Se eu quero..." - que te importas? Definitivamente, devemos admitir: Deus tem um plano para cada um dos seus filhos. O que importa? Importa que façamos a nossa parte...

Segue-me - A raiz da palavra grega é o verbo "akoloupheo", o qual denota a idéia de acompanhar e imitar aquele a quem acompanho. Em outras palavras: seja um discípulo de Jesus. Jesus chamava Pedro e lhe mostrava o modo como a sua vida o glorificaria. E ele o ensinou que a maneira como o viver o glorificaria é que Pedro seria um imitador do próprio Senhor. Primeiro, ele o imitaria tendo como prerrogativa o cuidado pastoral com o seu rebanho, em segundo lugar, ele o glorificaria com uma morte muito semelhante a do seu Senhor. Fundamentalmente, ele o glorificaria seguindo-o e tornando-se cada vez mais conformado à sua imagem.
E esta é a maneira como Deus melhor manifesta o seu amor por nós. Nos guiando pela vida, segundo um plano específico, fazendo-nos passar por situações direfentes, com o propósito de revelar em nós o seu próprio Filho.


Conclusão

Desejo fazer aqui uma distinção entre "explosão" e "implosão". Os dois métodos visam a destruição de coisas, talvez para limpar o espaço onde se deseja construir algo novo. Existe um programa no History Channel intitulado "cemitério de máquinas". Em um dos seus episódios eles falam de implosões de velhos prédios nos Estados Unidos.
Mas a diferença significativa entre a implosão e a explosão não está na destruição que ambos promovem, mas no modo como ambas promovem esta destruição. A explosão espalha partes por todos os lados, a implosão faz com que todos os pedaços fiquem no mesmo lugar, embora destruídos. 
O evangelho de Deus é o poder de Deus para destruir e construir vidas novas em seu lugar. Mas o evangelho não nos explode, espalhando pedacinhos de nós por todos os lados, pelo contrário, o evangelho destrói nossa própria auto-confiança, deixando com todos os pedaços de nosso coração no mesmo lugar e nos reconstrói a partir destes pedaços e não de outros. 
Creio que podemos considerar que foi isso que Jesus fez com Pedro ao longo de sua vida. Creio que podemos começar essa conclusão com essa visão do que aconteceu com Pedro. 
É fundamental para nossa vida cristã que tenhamos uma visão cada vez mais clara do amor de Deus por nós. Algumas vezes nos sentimos frutrados com nossa própria vida. Outras tantas, nossas frustrações apontam contra o modo de Deus agir em nossa vida. 
Nem sempre compreendemos porque passamos por situações difíceis, porque fomos nós que pecamos vergonhosamente e porque somente nós somos os que sofrem. 
Esse estado mental precisa ser corrigido, como precisava acontecer com Pedro. Cristo levou Pedro a repensar, ele implodiu os seus pensamentos e o levou a sua alma aos pedaços, alguns deles tão pequenos que mal Pedro podia vê-los. Ele o fez sentir os seus erros, mas não permanecer prostrado, cabisbaixo, pelo contrário, o Senhor fez Pedro notar o caminho da manifestação do amor de Deus em sua vida, quando Jesus, pouco a pouco, começou a juntar novamente os cacos de sua alma.
Todos nós precisamos aprender a ver o agir implosivo de Deus e o seu reconstruir amoroso em nossa vida, em particular nos momentos em que nos sentimos pequenos, devedores e aparentemente rejeitados.

Aplicação

Tenho um profundo anseio de que você redescubra o amor de Deus por você. Fazendo uma releitura bíblica da sua vida. Permitindo com que Deus explique melhor o modo como tem agido para que você se torne um discípulo dele.
Também espero que este texto lhe sirva não somente nesta noite, mas todos os dias, quando os vales pelos quais você passar forem absurdamente mortificantes e parecer que você está sozinho.
Espero que você esteja disposto a renunciar suas amarguras em relação a si mesmo, a Deus, ao aparente melhor desempenho do outro e se firme na verdade de que seu chamado para servir a Deus não pode ser deixado de lado, pelo contrário, que você se disponha a voltar ao estado e ao lugar, do qual, nem os seus pecados têm poder de te tirar: o amor de Deus por você.

Deixe ressurgir no seu coração essa visão!


1 de janeiro de 2017

Mateus 3.1 a 10

Série – Cristo e os Obedientes
AS BASES DE UMA VIDA SIMPLES E FRUTÍFERA
MATEUS 3.1 A 10

FCD – Uma leitura direta deste texto apontará a vida de João Batista como um modelo de obediência ao chamado. O ponto central do ministério fiel de João Batista era a sua convocação para uma vida simples. A proposta dele, João, aos homens de sua época era simples: arrependimento, urgência, amor ao próximo e o reino como modo de vida. Vamos ver neste texto como estas coisas devem ser aplicadas ao nosso viver diário.

INTRODUÇÃO
Poucas pessoas no mundo, em toda a história da humanidade, têm alcançado a marca deste homem: João Batista. A força de sua mensagem ainda merece estudos profundos por parte dos estudiosos. As poucas pistas que temos na Escritura sobre a vida deste homem e o alcance de sua influência sobre seus patrícios em sua geração e depois dela já nos mostram o quanto foi preciosa a vida deste homem. Sem dúvida foi um homem marcante.
Os quatro evangelhos destacam sua atividade como a “voz do que clama no deserto”, o preparador para a chegada do Senhor. Um comentário de Jesus sobre sua pessoa nos impressiona a todos: Em verdade vos digo que, dos nascidos de mulher, ninguém é maior do que João Batista. Mateus 11.11.
A vida de João era uma espécie de mensagem viva. A simplicidade exagerada de seu modo de vida apontava significativamente para o que desejava comunicar.
Usava João vestes de pelos de camelo e um cinto de couro, a sua alimentação eram gafanhotos e mel silvestre (Mateus 3.4).
Sem dúvida o centro da mensagem de João é um grande desafio para todos nós. Ele reforçava o seu ensino com uma frase contundente:
Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo (Mateus 3.10).
Você pode elaborar uma grande teoria sobre tudo o que diz este verso, mas tem de concordar com uma coisa. A premissa colocada aqui é simples: a árvore que não produz bom fruto é cortada... não serve, não pode e não permanecerá diante de Deus, é julgada.
O frutificar é o resultado da nossa vida e o simples neste texto é que Deus espera que nossa vida dê bom fruto. Assim como em Isaías 5, o profeta mostra que Deus está decepcionado com o seu povo porque produziu uvas podres e mirradas, aqui, João Batista trabalha com a simples lógica: PRODUZA BONS FRUTOS! Como diria João Batista: SIMPLES ASSIM!!!
A questão que precisamos trabalhar nesta noite irmãos tem a ver como estes bons frutos e como produzi-los. Parece-me que o grande problema para nós não é tanto saber quais os frutos que precisamos produzir. Afinal, todos sabemos que estes frutos estão ligados ao nosso amor primordial a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. E, simples, como a conta um mais um, igual a dois, devemos dizer que: o que não combina com estes dois mandamentos, é fruto ruim.
Portanto, produzir bons frutos é necessário. A questão é: O QUE PRECISO APRENDER PARA ME PREPARAR PARA PRODUZIR ESTES BONS FRUTOS? Em que preciso de mudanças para que esteja preparado para AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E CONSEGUIR AMAR AO PRÓXIMO COMO A MIM MESMO?
A vida simples que devemos almejar, a vida de frutificação é portanto o resultado de transformações que ocorrem no coração e se demonstram naquilo que fazemos como resultado de nossa vida com Deus.

PARA TER UMA VIDA SIMPLES E DE FRUTIFICAÇÃO PRECISAMOS APRENDER A RECONHECER OS CAMINHOS ERRADOS QUE TOMAMOS
Desculpem-me citar uma música popular, na verdade, um rock brasileiro dos anos 80. Apenas para ilustrar lembro de uma frase de Renato Russo: Numa canção, intitulada “Andréa Dória”, na qual Renato lamenta ter percebido que estava errado achando estar certo, ele afirma que já foi ferido por suas escolhas e, então cantava o refrão esperançoso: “nada mais vai me ferir, é que eu já me acostumei, com a estrada errada que eu segui e com a minha própria lei”.
De fato, um dos pontos que desestrutura a relação do homem com tudo o que está ao seu redor é não reconhecer no Universo de Deus o dedo dirigente do seu Criador. Quando traçamos nosso caminho neste mundo, seguindo nosso próprio coração e sem se deixar orientar por aquele que a tudo dá força e dirige, caímos no problema de encontrar adiante de nós o CAMINHO DA MORTE.
A VIDA SIMPLES DIANTE DE DEUS, A QUE PRODUZ FRUTO, SE CONSOLIDA QUANDO APRENDEMOS A RECONHECER OS CAMINHOS ERRADOS QUE TOMAMOS.
Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas (Mateus 3.1-3).
Caros irmãos, acredito que o que falta para nós não é a percepção do certo e do errado, mas a CORAGEM PARA TOMAR A DECISÃO QUE FIRA NOSSO PRÓPRIO CORAÇÃO, MAS NOS LEVA PARA DEUS. A falta de fibra em nossa fé é o ponto que nos impede de tomar a decisão certa. Em geral, a decisão certa, mesmo quando dolorosa, é o mais simples.
Apareceu pregando (Paraguínetai Kerisso) – Mateus trata do surgimento de João Batista como tratará a “parousia” de Cristo, isto é, a segunda vinda de Cristo, como um ato repentino, mostrando o fato extraordinário do seu acontecimento. João Batista, surpreende o mundo de sua época e impacta, propondo à sua geração um CAMINHO SIMPLES O CAMINHO DO ARREPENDIMENTO.
Arrependei-vos – endireitai as suas veredas – O texto reforça a ideia de que o princípio de uma vida que deseja produzir frutos, o primeiro passo desta viagem é O APRENDIZADO DO ARREPENDIMENTO. Muitas vezes, Deus aconselhou Israel desta forma.
O profeta Isaías conclama o povo ao arrependimento (Isaias 1.18-20; 55.6-7), o profeta Oseias fez o mesmo (Os 14.1) e, em geral, todos os profetas apresentam a sua mensagem dizendo que o ARREPENDIMENTO E O RETORNO DOS CAMINHOS MAUS é necessário para uma relação de frutificação com Deus.
Prepara o caminho do Senhor, na mensagem de João Batista é o mesmo que desenvolver o forte senso do ARREPENDIMENTO. SE DESEJAMOS TER UMA SIMPLES-FRUTIFERA DIANTE DE DEUS PRECISAMOS APRENDER A RECONHECER QUANDO ESTAMOS NO CAMINHO ERRADO.
Infelizmente, há muitos que AMAM MAIS AS TREVAS QUE A LUZ e preferem se esconder. Possuem elaborados planos e explicações, mas fogem da SIMPLICIDADE DO EVANGELHO que simplesmente diz: VÁ E NÃO PEQUES MAIS.
Considere atentamente não ser conivente com seus próprios erros. Considere reconhecer seus maus caminhos. Como eu disse: na minha opinião, o que precisamos não é tanto descobrir o que é certo e errado, embora há muito que aprender sobre isto. Eu penso que o que mais precisamos é de CORAGEM para não nos desviar nem para esquerda nem para a direita.
Lembre-se que não adianta nada você andar 99% do caminho corretamente e fazer a última curva na direção errada, você não chegará ao destino desejado. Cuidado para ser um crente que guarda toda a lei, mas tropeça num ponto (Tiago 2.10).
Lembre-se, se no final de tudo, você não conseguiu AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A VOCÊ MESMO, então, você precisa REVER OS SEUS CAMINHOS. Outro ponto é que você pode, sim, começar a olhar para as suas escolhas de agora e antecipar em qual direção elas o levarão.

PARA TER UMA VIDA SIMPLES E DE FRUTIFICAÇÃO PRECISAMOS NOS COMPROMETER COM O REINO DE CRISTO
O engajamento no Reino é mais que apenas um assentimento intelectual de que é bom ser um cristão, ou de algum tipo de adesão denominacional. Vou repetir algo que sempre me marcou muito, alguns dos irmãos já sabem disto. Estou falando daquele episódio de Jesus Cristo diante de Pilatos, quando o pretor romano diz que ele estava sendo entregue por sua própria gente.
Jesus, para impressionar a minha alma disse: Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui (João 18.26).
Você consegue também sentir a seriedade deste assunto? Perceba, meu irmão, o ponto que Jesus escancara é que o seu povo não se compromete com o seu Reino, porque o seu Reino não segue a estrutura mundana. Jesus está denunciando que as estruturas que comandam as nossas prioridades precisam ser revistas.
Quando João convocou homens ao arrependimento, também os batizava. O seu batismo tinha a força de estabelecer um padrão de compromisso com uma nova vida, com um novo modelo e padrão de escolhas.
Então, saiam a ter com ele Jerusalém toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados (Mateus 3.5-6).
Saiam a ter com ele e eram batizados – a construção do texto mostra que as pessoas estavam dispostas a ouvir aquele homem e sua mensagem, mas também nos mostra que esta mensagem os impactava. Esta construção usa o verbo “sair para ir” (curioso – poreomai), que tem uma força médio-passiva, que é o mesmo que dizer: ERAM LEVADOS A IR TER COM ELE. O mesmo acontece com o verbo EBAPTIZONTO – que implica em uma ação de ser batizado. Este batismo de João implicava em um compromisso sério com o Reino dos céus.
Confessando pecados – o ato da confissão de pecados é uma decorrência do arrependimento. Trata-se de uma FORMALIZAÇÃO DO ARREPENDIMENTO DIANTE DE DEUS. Este é um ponto importante do ministério de João, ele não buscava seguidores para si, mas os impelia a se comprometerem com Deus e o seu reino.
NÃO EXISTE VIDA FRUTÍFERA SEM COMPROMETIMENTO SÉRIO COM O REINO DE CRISTO – SIMPLES ASSIM. Crentes precisam estabelecer COMPROMISSOS COM O REINO DE DEUS e com ações que o levem a priorizar este tipo de vivência cristã.
Reconhecer o caminho errado é um primeiro passo, comprometer-se com a direção certa é um complemento necessário. Este é o segundo aspecto de uma vida simples e frutífera com Deus que não podemos negligenciar.
Você precisa adotar medidas que potencializem sua condição de amar a Deus e ao próximo, comprometendo-se com este alvo de vida. SIMPLES ASSIM.

PARA TER UMA VIDA SIMPLES E DE FRUTIFICAÇÃO PRECISAMOS APRENDER A DEIXAR A AUTO JUSTIÇA COMO FONTE DE REDENÇÃO
Vamos olhar para um outro aspecto da VIDA SIMPLES E DE FRUTIFICAÇÃO. Agora, entretanto, vamos tratar de uma erva daninha do jardim que tem uma aparência muito bela.
Imagine, você tem um pomar com várias árvores frutíferas, mas tem percebido que as árvores não se desenvolvem. O que acontece, muitas vezes, é que junto com as árvores, cresce uma erva daninha e que suga todo o nutriente da terra, impedindo o desenvolvimento das outras plantas. Bem, não sou especialista deste assunto, então vamos parar por aqui e voltar ao texto.
A erva daninha de que estou falando a partir deste texto tem um nome: AUTOJUSTIÇA. Os fariseus e saduceus, com suas eternas discussões teológicas, eram uma espécie de grupos que se rivalizavam para se impor  como os líderes teológicos da comunidade judaica. Os saduceus controlavam o sacerdócio, e os fariseus as sinagogas e digladiavam-se para ter a supremacia religiosa entre o povo.
Ambos grupos, tinham uma ideia de que estavam tão certos que não precisavam de nada para terem a experiência de viver no reino de Deus. Entretanto, muitos deles, procuravam João para se batizar. NO fundo eles não confiavam no batismo ou na necessidade de arrependimento ou compromisso com o Reino e as mudanças que o reino requer dos servos de Deus.
A erva daninha tira o alimento da planta e ela pode até parecer uma planta interessante, pode ter alguma beleza. Contudo, a verdade é que precisa ser arrancada. Da mesma forma, muitos crentes ainda possuem certos plantios de ervas daninhas na sua vida cristã e não percebem o quanto suas forças espirituais estão sendo sugadas.
Raça de víboras – se por um lado a multidão era conduzida por Deus para irem a João, aqui, João encontra um outro grupo que parece induzido, mas João indaga que os teria levado a procurar o deserto para ouvir a mensagem. João percebe que seu comportamento precisava de mudanças, se queriam realmente se aproximar do Reino, então teriam de ter o arrependimento.
Produzi frutos dignos de arrependimento – João não conseguia ver naquele jardim árvores frutíferas, porque a erva daninha da autojustiça não deixava aparecer frutos na árvore.
Não comeceis a dizer que somos filhos de Abrão – Por isso ele os exorta a abandonar esta erva daninha se querem produzir frutos.
Precisamos aprender de uma vez por todas: NÃO HÁ NADA EM NÓS QUE POSSA SOBREVIVER DIANTE DE DEUS NO DIA DO JUÍZO SE NÃO TIVERMOS NOS DESPIDO COMPLETAMENTE DE TODA AUTOJUSTIÇA E DEIXADO NOS VESTIR COM A JUSTIÇA DE CRISTO.
Em outras palavras o que quero que você saiba, meu irmão, é que a vida cristã simples e frutífera tem a ver com não procurar viver para provar o quanto somos bons, mas viver para mostrar que precisamos de Deus para sermos transformados.
Crentes escondidos atrás de ervas daninhas como ministérios bem sucedidos, capacidade de impressionar no conhecimento bíblico, ligados a obras sociais, capazes de acusar o erro dos outros, especialistas na teologia... etc... mas incapazes de amar a Deus a ponto de se comprometer com ele, ou de amar o próximo, a ponto de saber perdoar e dar-lhe a sua própria capa num dia de frio.
SIMPLES ASSIM: PARA FRUTIFICAR ABANDONE QUALQUER POSSIBILIDADE DE AUTOJUSTIÇA OU VANGLÓRIA E SEJA PEQUENO NAS MÃOS DE UM DEUS GRANDE.
Conclusão
Se você observar bem, este texto vai te levar a pensar sobre o que deve ser a sua vida e que elementos deverão te levar a frutificar durante todo este ano. O primeiro passo pode ser o mais importante, então não se demore em refletir sobre os seus caminhos. Que tipo de caminhos você tem trilhado e como tem construído sua vida com Deus?
Comece a pensar em seu compromisso com o Senhor e o que realmente motiva sua alma a viver. Do que você alimenta a sua alma. Comece a elaborar uma forma de se comprometer de fato com aquilo que te transforma e te faz mais próximo do ideal de vida cristã: amor a Deus e ao próximo.
Por fim, quero exortá-lo, como já o fiz anteriormente, a se concentrar naquilo que Jesus fez e não no que você faz. Comece a ser mais humilde e não se escore, ou se estabeleça nas suas próprias capacidades ou perspicácia pessoal. Comece a buscar no arrependimento e compromisso, um modo humilde de viver com Deus.
O humilde diante de Deus se alimenta melhor, porque está mais exposto a Deus e à sua Palavra.