4 de abril de 2021

Lucas 6.17-19

 A Igreja e a Cura das Almas

Lucas 6.12-16

 

 

Introdução

A ressurreição é um remédio que trata a maior enfermidade da humanidade: a morte da alma. Essa doença é aquela que faz com que a alma humana sinta o horror da “despresença” de Deus. 

Criado à imagem e semelhança de Deus, o homem possui em si um impulso de eternidade que o atrai a Deus, sua alma, até mesmo o seu corpo, são tomados de uma profunda sede dessa presença gloriosa de Deus. 

Assim como a corça suspira pelas correntes das águas, A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando irei e me apresentarei diante da face de Deus? AS minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: E o seu Deus, onde está? (Salmo 42.1-3).

No dia da ressurreição, as mulheres foram ao sepulcro com seus unguentos aromáticos. Elas queriam perfumar a morte de Jesus. Em suas consciências, a morte de Jesus era mais um daqueles acontecimentos horríveis da vida em um mundo caído. Mas, enquanto elas planejavam tratar a morte deste mundo como sempre, Deus já estava trabalhando para mudar todas as coisas. 

A ressurreição de Cristo é o início de uma nova forma de lidar com a realidade. A prisão humana na morte, que afastava o homem totalmente de uma relação com Deus, foi rompida. A morte não mais demarca a estrada única da relação do homem com Deus. Isso vigorou de Adão até Jesus, mas naquele domingo da ressurreição, a morte foi vencida e um novo e vivo caminho se abriu para os homens e, agora, é possível o homem novamente ver a Deus e viver na presença de Deus.

Pela fé, todo judeu que viveu antes da ressurreição, poderia, em seu coração vivenciar essa realidade, antecipadamente, mas a ressurreição de Jesus inaugurou uma nova era: as sombras e os tipos do Antigo Testamento se tornaram realidade histórica. E os efeitos dessa história é uma liberdade verdadeira para a alma humana e uma cura para a sua existência histórica diante de Deus. 

A chamada dos discípulos foi um passo nesta direção. Jesus os chamou a si para que fossem suas testemunhas. Eles seriam os primeiros anunciadores dessa nova era. Eles, a Igreja discípula de Cristo era a mensageira da ressurreição e foi assim que eles começaram a mudança de toda a história. 

No dia em que Jesus chamou os seus apóstolos para se tornarem esses curad’almas ele os convocou a ver a vida de uma outra forma. Ele os ensinou a enxergar o homem como um ser ferido, doente e necessitado e os ensinou também a crer na vida e na cura destas almas.

 

A Igreja Precisa Ir ao Encontro das Almas Enfermas

E, descendo com eles do monte, Jesus parou num lugar plano onde se encontravam muitos discípulos seus e grande multidão do povo, de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom, que vieram para ouvir a para ser curados de suas doenças. (Lucas 6.17-18).

E descendo eles do monte – Jesus subiu ao monte e chamou os doze para estarem com ele. Estes formavam o primeiro grande time de anunciadores do novo tempo, da nova era de vida em Cristo Jesus. Era necessário que estes discípulos considerassem que o método de Cristo é ir ao encontro dos feridos, dos perdidos, dos que precisam dele. 

Parou num lugar plano onde se encontravam muitos discípulos e grande multidão do povo -  um detalhe interessante é que os doze discípulos perceberam que eles agora tinham uma missão dupla, que tinha uma relação tanto com outros discípulos de Jesus, quanto com uma grande multidão que se aglomerava necessitada. 

Grande multidão – toda Judeia, Jerusalém Tiro e Sidom - Um detalhe que o verso 17 nos dá sobre a necessidade é que ela era total, tanto homens que já buscavam viver próximos a Jesus, como desconhecidos de lugares distantes, todos precisam desta cura e desta mensagem libertadora. 

A igreja com a mensagem libertadora do Evangelho é uma necessidade para toda a humanidade. Embora, muitos não percebam e até relutem com as doenças sentidas em sua alma, a cura está nas veias da nossa fé. Como se o sangue de Jesus, vertido na cruz, houvesse penetrado no próprio sangue da igreja e agora ela fosse o veículo para que essa plasma mudasse a vida das pessoas. 

Acredito que tenhamos perdido de vista essa essencialidade da igreja e do Evangelho. Acho que, num certo sentido, fomos tomados por uma visão de que com unguentos aromáticos conseguiremos tratar a morte que nos cerca. Não podemos desperdiçar nossa vida que representa vida para pessoas. Cada dia que passa e cada oportunidade que perdemos neste mundo de fazer a nossa parte é um tempo a menos e uma chance a menos de mostrarmos e levarmos a cura para as almas feridas e doentes do mundo que nos cerca. 

 

A Igreja Precisa Lembrar Que o Evangelho da Ressurreição é o Método Divino Para A Cura das Almas

...que vieram para o ouvir e para ser curados de suas doenças. Também os atormentados por espíritos imundos eram curados (Lucas 6.18).

Vieram para ouvir e para ser curados de suas doenças – Num certo sentido a alma humana tem uma sede tão profunda de Deus e sentem o horror grandioso da despresença de Deus, que sabem que este mundo não é um lugar saudável. Ao construírem seus templos, ao tomarem seus unguentos aromáticos para perfumar a morte que os cerca, com suas festas, suas alegrias perecíveis etc, eles estão somente nos mostrando essa dor de suas almas, ainda que não saibam exatamente o que estão sentido. O Evangelho é o remédio que precisam receber e o método é o ouvir a Palavra de Deus.

Também os atormentados por espíritos imundos eram curados – Lucas, o médico, compreende que a doença para a qual o Evangelho da Ressurreição era o remédio, não se tratava apenas de efeitos sobre a sociedade humana e o corpo humano, mas era uma doença que alcançava a própria alma e atingia a própria realidade não material da vida humana: a alma. Eles eram homens e mulheres de espíritos atormentados pela malignidade que os afastava de Deus.

Precisamos que cristãos em todo o mundo também enxerguem as coisas neste nível de necessidade de toda a humanidade e que essa necessidade está em OUVIR PARA SER CURADO. Todo crente é um meio para a ministração deste medicamento. Nosso investimento na pregação e na nossa própria vida como veículo desse remédio é uma visão que precisamos ter e ver moldando o modo de ser da igreja. 

 

 

A Igreja Precisa Confiar no Poder da Ressurreição Para Curar Almas

E todos da multidão procuravam tocar em Jesus, porque dele saía poder; e curava todos. (Lucas 6.19).

Procuravam tocar em Jesus – Evidentemente, nos dias de Jesus essa expressão deve ser compreendida como literal, mas agora, após a sua ascensão ao céu, precisamos compreender que é através da materialidade da Igreja e da vida dos cristãos que as pessoas se aproximam do Evangelho. 

Dele saía poder – Devemos lembrar que Jesus havia exatamente dito isto sobre a Igreja: RECEBEREIS PODER AO DESCER SOBRE O ESPÍRITO SANTO E SEREIS MINHAS TESTEMUNHAS.  O próprio Lucas sabe que está tratando de um Evangelho poderoso para a transformação das nações e para o resgate das nações para a vida na PRESENÇA DE DEUS. 

E curava a todos – Sem dúvida alguma é para todas as nações e para todo aquele que nELE crer que essa cura será ministrada e o Lucas está pronto a mostrar isso para os crentes de sua época e Deus mostra a todos nós Cristãos do século 21 e de todas as eras em que esse remédio foi apresentado aos homens.  

Precisamos confiar que somente o Evangelho tem o poder para curar o mundo. Não podemos, nem por um segundo nos esquecer de nossa missão e do poder que está dado a nós pelo Espírito do Senhor. A omissão de um atalaia é um terrível e completo fracasso, que não podemos nos permitir sofrer. 

 

Conclusão

A igreja não está em fuga neste mundo. A igreja não foi chamada e enviada para proteger somente a si mesma. Uma igreja que foge e uma igreja egoísta são contradições da natureza do que é a vida discipular.

Os discípulos são convocados pelo Senhor para a vida ressurreta, para serem os pioneiros da nova existência na presença de Deus. A doença da “despresença de Deus” é um mal que corrói a alma humana e faz os homens viverem nos mais sombrios corredores da morte. Eles tentam trazer perfumes para sua sepultura, mas seus remédios não tratam a doença, apenas enganam o coração.

O Evangelho do Cristo Ressurreto, a boa nova da vitória de Cristo sobre a morte é a verdadeira boa notícia que todos nós temos. O mundo não está mais preso longe de Deus e impedido pela Lei e pela morte que ela trouxe, mas, agora, a todos que crêem é possível um VIVER NA PRESENÇA DE DEUS, o respirar na presença do Senhor. 

Mas, uma pergunta devemos fazer à IGREJA: quem fará essa obra se não for você, Igreja? Quem poderá ministrar o remédio, se não foram aqueles que conheceram o médico e foram curados? Jesus ressuscitou e nos convocou para essa grande jornada de fé e somente você que creu pode fazer e enquanto você não o fizer, não o viver, o mundo não conhecerá a Cristo.  

3 de janeiro de 2021

Lucas 2.15-20

 O Evangelho e os Humildes

 

(Culto da NOITE – Janeiro 2021 – IP Tatuapé)

Lucas 2.15-20

 

Introdução

Tenho insistido em ver o Evangelho de Lucas com os olhos de um “não judeu” que apresenta “O Evangelho” alcançando homens e mulheres de todo o mundo. Lucas é alguém que poderia ser mais um dos excluídos: não era judeu, não andou com Jesus, nada indicaria seu nome para ser um dos que haveria de encontrar a vida em Cristo. No entanto, Lucas nos mostra exatamente isso: como a história de pessoas improváveis se cruzam com o Evangelho. 

Os fatos que entre nós se realizaram - O Evangelho para Lucas é a história de um homem, a história de Jesus e de tudo o que ele fez e ensinou. Lucas nos conta como aquela história foi vista pelos homens e por eles compartilhada. O Evangelho, portanto, não é uma “doutrina”, mas o Evangelho é uma pessoa e a sua história, o fato da vida de Jesus de Nazaré e o que nos ensinou.

Irmãos, queridos, o Evangelho vem a nós por meio do modo como a vida de Jesus é recebida por outros e nos é comunicada. O Evangelho é a verdade compartilhada. Não se trata de uma doutrina, uma filosofia, mas como a história das pessoas e transformada pela história de Cristo Jesus. A pessoa de Jesus compartilhada com os outros é a “evangelização”.

No início, o Cristianismo não era um sistema de crenças, mas a crença em tudo o que Jesus fez e ensinou. Claro que mais tarde, tudo isso, foi sistematizado, organizado em um corpo doutrinário e a função de tudo isso é o básico: que possamos, cada vez mais e melhor, compartilhar o próprio Cristo com as pessoas. 

Lucas, inicia o seu evangelho e uma palavra que acredito que possa ser usada para definir umas das suas ênfases nos primeiros capítulos é: HUMILDADE. Sim, o Evangelho é recebido e compartilhado por pessoas humildes. O próprio Cristo inicia a sua história com o gestual histórico da humildade. 

Em nosso texto desta noite, veremos o Evangelho sendo compartilhado entre os homens, a quem o Senhor quer bem e os primeiros proclamadores da história de Jesus foram os pastores do campo. Por isso, queremos ver naquela primeira missão evangelizadora, modelos para a nossa própria missão de compartilhar Cristo hoje. 

Eu convido você a adentrar a essa história, mais uma vez. A vivê-la, vivenciá-la, experimentando a boa nova como se novidade fosse para você exatamente agora. Quero convidar você a humildemente receber essa história e essa mensagem hoje. 

 

A Prioridade dos Humildes Que Crêem no Evangelho é Ver a Cristo

 

Quando os anjos se afastaram deles e voltaram para o céu, os pastores disseram uns aos outros: vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer. Foram depressa e encontraram Maria e José, e a criança deitada na manjedoura (Lucas 2.15-16). 

Quando os anjos se afastaram e voltaram para o céu – essa história foi contada por aqueles pastores e algum destes, ou dos seus ouvintes, contou isso a Lucas e a impressão que eles passam é que era nítida que os anjos vieram a terra e retornaram ao céu. Eles acabaram de ver um espetáculo deslumbrante e de impacto poderoso sobre a alma, mas a sua prioridade dos pastores não foi apresentarem-se como visionários de anjos, mas precisavam ir realmente ver a grande maravilha: um menino deitado na manjedoura: 

E isto servirá a vocês de sinal: vocês encontrarão uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura (Lucas 2.12). 

Os homens que irão compartilhar o Evangelho, a história de Cristo, não buscam glória circunstancial, mas a substância da glória: a própria vida de Jesus. Os discípulos, mais tarde, vão fazer o mesmo: E vimos a sua glória...

Disseram uns aos outros: vamos até Belém e vejamos os acontecimentos – Meus irmãos, os pastores não poderiam perder tempo, sua prioridade era viver a vida de Jesus, isto é, eles precisavam se aproximar do centro daquela mensagem: o menino na manjedoura. Quantas vezes, cristão tentam tudo no Cristianismo, menos o centro de tudo: o CRISTO. Buscam na própria Igreja alguma coisa e não nEle, no centro da fé. O Evangelho é o menino na manjedoura e não os anjos, o Evangelho não é só a notícia conceitual do reino, mas o Rei nascido em Belém. Eles precisavam ver o menino. Você também precisa ir até lá. O coração humilde que evangeliza, vai em busca do evangelho. Cristo é a prioridade dos humildes que crêem. Quanta besteira a gente deixa entrar na nossa vida cristã, nossas teorias sobre a fé, sobre a vida, sobre nós e nossa superioridade conceitual, etc... quando que é preciso é tão menos: ir a Cristo. O problema quando a deixamos nossa fé se corromper e o simples fica perdido, quando, na verdade, o mais simples é a prioridade. 

Os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer – a história: os acontecimentos, a realidade, o Evangelho é a pessoa e a história da pessoa de Cristo: REAL. Que o Senhor nos deu a conhecer. Eles seguiram não o Evangelho que eles queriam, não a história que acharam melhor, mas aquela história que o Senhor lhes fez conhecer. A realidade simples que Deus faz acontecer e nela coloca o Cristo para nos iluminar. 

Foram depressa e encontraram Maria, e José e a criança deitada na manjedoura – a prioridade para a simplicidade do Cristo na manjedoura, para a cena simples de Maria, José e uma criança envolta em faixas na manjedoura. O Evangelho é aquela cena, aquela história real. Meus irmãos, não teremos um lugar para ir para ver uma criança na manjedoura, mas existem milhares de formas simples de encontrar Jesus e experimentar sua presença real. Procure não entulhar a sua fé com tantas e absurdas construções, teorias e devaneios... ao contrário, os HUMILDES QUE CRÊEM NO EVANGELHO TERÃO PRIORIDADE SOMENTE PARA O CRISTO REAL QUE ESTÁ BEM PERTO DE TODOS NÓS.  

Antes de qualquer coisa é esse Cristo que você precisa prioritariamente voltar a ver para ter fé e o viver o Evangelho. A boa nova é que Ele está aqui! 

 

 

 

Os Humildes Que Crêem no Evangelho São Impactados Pela Simplicidade da Realidade Onde Cristo é Pessoal

 

E, vendo isso, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino. Todos os que ouviram se admiraram das coisas relatadas pelos pastores. Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração (Lucas 2.17-19). 

E vendo isto – esse é o primeiro passo do Evangelho: a sua vida exposta à presença de Cristo. Tenho insistido no ensino bíblico de que a REALIDADE QUE NOS CERCA É O VEÍCULO QUE NOS INSERE NA PRESENÇA DE DEUS. A percepção da presença de Deus é a busca do Cristianismo. Os pastores precisavam ir e VER. VENDO ISTO. 

Divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino – Lucas mostra que o Evangelho aqui começa a ganhar o tom da pessoalidade. Maria e José sabiam do que se tratava aquele menino, o Anjo Gabriel havia lhes dito que aquele seria o Salvador. Mas os pastores aqui, foram conduzidos pelos anjos a pensar sobre aquele menino, que unia o céu e a terra, que representava o SALVADOR DOS HOMENS A QUEM DEUS QUER BEM. Isso era a parte do Evangelho que se lhes havia sido confiada e eles estão prontos a dizer o que eles percebiam naquele menino, como para eles ele se revelava e se mostrava. 

Num certo sentido, muita pessoas se perdem no Cristo dos outros. Claro que o Cristo e o modo como Ele se apresenta aos outros deve fazer parte do nosso modo de ver a Cristo e nos ajudará muito. No entanto, não podemos perder o contato com a nossa própria história com Cristo, com o modo como a nós o Evangelho apareceu e como nos foi dado o conhecer. 

Todos os que ouviram se admiraram das coisas relatadas pelos pastores – note isso: eles não estavam admirados pela mensagem que os anjos haviam pregado aos pastores, mas como os pastores relataram que ouviram a mensagem dos anjos sobre o menino e o que viram quando encontraram o menino. Esse é o Evangelho daqueles humildes, o Cristo era o seu Cristo, o seu Evangelho, no sentido, o modo como o Evangelho a eles havia se revelado. O Evangelismo não é a arte de repetir um jeito certo de contar a história de Cristo, mas o fenômeno de compartilhar o Cristo como ele se revelou a você. É na realidade desse seu encontro com Cristo que os outros encontrarão a Cristo. Se Deus deu você para contar o Evangelho a alguém, não é uma uma boa coisa, você copiar o link e manda-lo ouvir uma mensagem de Billy Graham. Ainda que Billy Graham seja um grande pregador e possa muito ajudar pessoas a verem o Evangelho. Quando Deus escolher você é a sua história com o Evangelho que Deus quer usar para compartilhar Cristo com os outros. 

Maria, porém, guardava todas estas palavras meditando-as no coração – aqui o outro lado desta moeda. Para Maria, o Evangelho tinha vindo na forma de uma criança nove meses no seu ventre, da dor do parto, da luz, da manjedoura e das contrações etc. Bem, o Evangelho que tinha vindo a ela, sem dúvida alguma tinha muitas outras nuances, mas que ninguém jamais ficou sabendo, ou ao menos não nos foi dado a conhecer. Ele guardou o modo como a ela pessoalmente o Evangelho lhe chegou e, mesmo Lucas, o médico, não nos disse nada sobre isso, se é que soube algo. O fato é que, o Evangelho que para Maria teve um sentido e uma história pessoal tão profunda, agora, estava sendo completado para a própria Maria, com a história dos pastores. Ela completava o que sabia do Evangelho e o que via do Evangelho com o modo como os pastores viram e lhe falaram o Evangelho. A gloriosa beleza do Evangelho se que se completa de “fé em fé”.  

 

Os Humildes Que Crêem no Evangelho Glorificam a Deus na Proclamação e no Compartilhamento do Seu Cristo.

 

E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinham sido anunciado (Lucas 2.20). 

 

E os pastores voltaram – Vejamos que o Evangelho foi até aqueles pastores e por eles foi compartilhado com Maria, José e outros. O que notamos é como o Evangelho é vivo e se mantém vivo como uma história que não pode parar de ser compartilhada. Os pastores voltaram – indica que eles não se limitaram a contar sua visão do evangelho apenas naquele momento, mas seguiram nessa novo modo de vida: evangelizar.

Glorificando e louvando a Deus – evangelizar é o melhor ato de culto que podemos empreender e vice-versa, nosso culto é o melhor momento para a nossa evangelização. Na verdade, o próprio Culto é o compartilhamento de Cristo e do nosso Cristo com os que estão conosco. Como o vemos, como ele veio a nós e o que sentimos a partir de então. Nossa vida, nossa experiência com Cristo é o conteúdo do nosso culto. 

Por tudo o que tinham ouvido e visto – como foram evangelizados e como o Evangelho se apresentara a eles – tudo isto – era a sua vida com Cristo. A verdade sobre o nosso Cristo é o melhor culto que podemos entregar a Deus.   

Os humildes não contam o Evangelho a partir de si mesmos, mas a partir de Como Cristo se lhes apresentou. Eles não criam um evangelho com a sua cara, mas mostram como o Evangelho lhes mudou a vida. 

Podemos não ter uma criança em uma manjedoura, mas realidade de Cristo nos cerca e todos precisam saber como isto acontece. Esse é o Evangelho dos humildes, a realidade de Cristo na realidade do crente. 

 

Conclusão

  

Igreja Presbiteriana do Tatuapé é um lugar onde pessoas encontram Cristo e o compartilham com os outros. Esse é o nosso plano: que o Cristo que preenche toda a nossa realidade seja parte da realidade da realidade para outras pessoas. 

Não somos só repetidores de experiências de outros, mas pessoas em busca de nossa própria experiência como Igreja do Senhor. A simplicidade de receber uma história de Cristo e por meio dela levar Cristo para os outros será o nosso modo. 

A Família Presbiteriana do Tatuapé será um lugar deste encontro: como uma manjedoura para as nossas e novas histórias com Cristo. Mas, isso será feito pelo compartilhamento de nossas vidas uns com os outros. 

Invista tempo na profundidade do seu Cristo e da sua história com a história de Cristo. Lembre-se de que esse é o seu maior tesouro e o seu maior dever. O culto que iremos entregar não será uma repetição de práticas de outros, mas a nossa própria vida, com o conteúdo o Evangelho que nos foi dado. 

Por isso, a simplicidade, a sinceridade e a alegria verdadeira do Cristo que se revela é o nosso conteúdo. A Palavra de Deus nos guiará à experimentar essa verdade! Deus nos ajude.