20 de dezembro de 2015

João 1.1 a 5

Uma Visão Eterna da Glória do Verbo

João 1.1 a 5

 

Introdução
Quando lemos o Evangelho de João precisamos ter em mente que sua proposta é de uma fé que se baseie firmemente em Jesus Cristo, o Filho de Deus. Assim como todos os discípulos, João sabe da dificuldade que temos de viver e confiar plenamente em Cristo, por isso, constrói seu evangelho pensando em nos fazer olhar para Cristo com fé.
Sua grandiosa introdução, apresenta Cristo em dois lugares: o  Verbo que estava com Deus e o Verbo que viveu entre nós. Estas duas descrições de Jesus são complementares para compor a nossa fé e nos fazer viver por e para Cristo Jesus.
Neste momento, olharemos para a gloriosa descrição da primeira parte da introdução, a Glória Eterna de Cristo, o Verbo de Deus. E recolher destes primeiro cinco versos valores que precisam mover nosso olhar na direção de confiança tão necessária para nos mantermos crendo até o fim.
Olhe Para a Eternidade de Cristo e Veja Deus

O Verbo Estava Com Deus e O Verbo Era Deus, o Verbo estava com Deus - João apresenta a Glória Eterna de Cristo como o outro lado da balança para que nossa no Filho de Deus se complete: homem-Deus. Por isso, começa mostrando duas realidades em uma só verso: Estava com Deus e Era Deus. Obviamente, mostra a distinção entre o Filho e o Pai, mas enfatiza a ideia de que ERA DEUS.
A mente do crente precisa olhar para isto com amor e perceber o grande amor de Cristo por nós. Um amor consciente que o leva a deixar sua eternidade gloriosa para se fazer carne. Nossa fé deve fazer sua segurança no fato de que o Cristo que cremos e a quem entregamos nossa vida e segurança eterna é Deus.
Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galiléia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele (João 2.11).

Olhe Para a Eternidade de Cristo o Poder Criador

Todas as coisas feitas por intermédio dEle e sem Ele nada do que foi feito se fez - Precisamos de uma percepção do Senhorio de Cristo sobre toda a Criação. Dele, tudo depende para existir e sem Ele nada teria poder em si mesmo para vir a ser.
Neste ponto, João nos leva a confiar em Cristo, levando em conta seu poder e não somente sua essência divina. O mesmo poder que criou todas as coisas é o poder que age em nós para nos fazer novas criaturas, o mesmo poder que agirá na terra e nos céus para renová-los e fazê-los novo. Cristo, o Senhor a quem todas as coisas pertencem e de quem dependem.

Olhe Para a Eternidade de Cristo e Veja a Vida
A vida estava nele e a vida  era a luz dos homens - A palavra vida usada por João tem um sentido muito mais sublime que  a mera existência física de alguém. A palavra vida, mesmo aqui, depois combinada com luz e neste sentido ela está ligada à sublimidade da eternidade, da vida em um conceito profundo e eterno, a fonte da vida.
Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá e todo que vive e crê em mim não morrerá eternamente (João 11.25.26).
Para João, todo o homem deveria viver neste mundo com uma percepção da profundidade do conceito eterno de “vida”. Afinal, vivemos tão próximo da realidade da morte do pecado que perdemos a visão essencial de que podemos ter uma qualidade de vida, que Cristo chamou de “vida em abundância”.

Olhe Para a Eternidade de Cristo e Veja Salvação
A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela - A vinda de Jesus a este mundo não é uma tentativa de salvação dos homens, mas uma obra efetiva de vencer as trevas. Os crentes, nos dias de João viviam rodeados de uma grande nuvem cinzenta, rodeados de um mundo em trevas, que poderia levar a um tipo de percepção negativa da existência, mas o que João garante é que a obra de Cristo é a obra de um vitorioso, o Cordeiro venceu!
Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selo (Apocalipse 5.5).
Essa visão positiva da obra de Jesus é o mais importante alento que podemos ter para caminhar na direção certa e segura neste mundo. Nem sempre percebemos o que realmente está em jogo nesta existência e nem sempre damos valor ao que realmente importa. Mas, uma coisa deveria ficar gravada no coração de todos os filhos de Deus, que ele jamais perdeu uma batalha, mesmo quando a cruz parecia por fim, ele mostrou que até mesmo a cruz era parte de um grande plano de Deus.

Conclusão
Precisamos desenvolver uma visão gloriosa de Cristo. A introdução do Evangelho aponta para o lado eterno da balança que deve equilibrar a nossa fé: Jesus Cristo, Deus-homem.
Eterno, poderoso, vida em si mesmo, salvação - tudo isto é o que Jesus é para nós e isso deve nos conduzir neste mundo com muita segurança.

Aplicações
O mais importante dos elementos que precisamos extrair deste texto o elemento que nos deve fazer a vida numa outra perspectiva. A de quem anda com um olhar para valores eternos e superiores.
Por isso, irmãos é que não há razão para nos tornarmos amargos com a vida, ou deixarmos com que alguns valores mundanos, como o ódio, a ira e todos aqueles pequenos valores que nos fazem parecer mais com as trevas, nos guiem.
Ao contrário, temos razões para vencer tudo isto e fazer valer um modelo de vida superior e mais completo, em  que podemos “transgredir a transgressão”, isto é, romper com os valores da queda que insistem em nos guiar e viver a plenitude de vida e luz que  nos foi dada por Cristo.

Oração
Que minha vida espelhe a sua luz e que eu não seja guiado pela sombra em tempo algum. Que quando for tentado, meus olhos se guiem para a tua luz! Tua Eterna luz!
Amém.


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