25 de dezembro de 2016

Mateus 1.18 a 25

Quando a Obediência Humana é Serva da Soberania Salvadora de Deus

Mateus 1.18 a 25
(Pregado na IP Vila Formosa Natal 2016)

Introdução
A obediência a Deus é a rota principal do seu agir? Isto é, é o peso determinante para as coisas que você faz?
A obediência é a virtude cristã que mais se desenvolve quando o coração do crente está disposto a ser realmente usado por Deus. A falta de um coração obediente revela mais que  apenas inaptidão para as coisas espirituais, pois carrega escondida atrás da sua falta de lealdade a Deus um idolatria fortemente baseada no egocentrismo que nos move.
Olhando para o texto de hoje, veremos como a obediência de José lhe rendeu a graça de participara do maravilhoso plano divino para salvar a humanidade. Sem dúvida, José foi servo do Senhor e conseguiu submeter a sua própria vontade para ser obediente ao chamado de Deus e participar dos seus atos redentivos.
A grande questão que todos precisamos enfrentar é sobre o preço que a obediência exige e o quanto estamos dispostos a submeter nosso coração egocentrado à vontade soberana do Senhor. Pergunte a si mesmo o que é necessário para ter tanta força para poder seguir o projeto de vida baseado na obediência a Deus como rota principal do agir.

Nossa Obediência é Serva da Soberania Salvadora de Deus Quando Estamos Prontos a Sacrificar Nosso Orgulho Egocêntrico Para Sermos Instrumentos de Deus

Estou com Calvino quando comenta que precisamos olhar com atenção a atitude de José nos versos 18 e19.
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixa-la secretamente (Mateus 1.18-19).
O Nascimento de Jesus – o tema central de Mateus nestes capítulos é Jesus e o seu nascimento. No entanto, a questão de Mateus não é descrever a dificuldade de se encontrar um lugar para o Rei, tampouco, a questão da manjedoura, a viagem para Belém. Mateus sequer dá muita atenção para o papel de Maria, como no caso de Lucas, ele está disposto a olhar mais para outras pessoas que estão gravitando em torno deste acontecimento. Em particular, aqui, ele olhará para José e como ele reagiu ao nascimento de Jesus.
Maria estava desposada com José – José seu esposo – Mateus constrói uma imagem que precisa ser considerada. A relação de José com Maria não  era a de um mero compromisso, mas um casamento já havia acontecido, segundo os costumes de sua época. Maria já era mulher de José e o ponto de Mateus é claro, ele deseja que percebamos o quanto a situação de saber que Maria estava grávida, sem que José tivesse tido qualquer contato íntimo com ela, era importante para o que José tenciona fazer.
José sendo justo – Como disse, Calvino pede que olhemos para o ato de José de duas formas. Com certeza ele foi generoso em procurar não infamar Maria, a quem já havia tomado para ser sua esposa. No entanto, ele não estaria disposto a desposá-la livremente, porque a julgava culpada. Por isso, Mateus enfatiza que sua atitude levou em consideração o que a Lei dizia: sendo justo, aponta justamente para a ideia de que ele seguia a justiça da lei. 
Não querendo infamá-la – aqui  está o outro lado da atitude de José. Pela Lei, José tinha o direito de arrastar Maria a um lugar público e renunciar o casamento, por caso de adultério, expondo-a publicamente ao desprezo. Um texto que pode nos ajudar a entender a força do verbo “daigmátizo” é Colossenses 2.15. No entanto, José tem algo em sua mente, ele simplesmente a deixará à sua própria sorte. Ele não quer ser o executor desta situação. Todos, mais tarde saberiam o que tinha acontecido e a justiça se faria de qualquer forma.
Sei que às vezes, temos a tendência para romantizar a atitude de José. Ele não foi um romântico protetor, embora não tenha desejado ser um justiceiro e usar completamente o seu direito. Ele estava ferido e não assumiria o pecado de Maria. José tinha sido ferido em seu orgulho e não iria prosseguir com um casamento se sua mulher lhe era infiel.
Para que sua obediência fosse serva do plano redentivo de Deus, José precisou submeter seu orgulho à vontade de Deus.
Caros irmãos, a lição que José nos deixa é de extrema importância. Porque, não poucas vezes, é o orgulho que nos impede seguir adiante e fazer aquilo que mais agrada a Deus. Parece-me que Deus tem um certo método de trabalho e que este método envolve colocar o nosso orgulho contra a parede.
Ele fez isso com Uzias, quando pediu ao bem sucedido rei que não pecasse contra o templo, desejando oferecer o que não era da sua alçada oferecer a Deus; ele fez isto com o povo de Israel tirando-o da sua terra e levando-o para o exílio; ele fez isto com Davi, apontando o seu pecado de forma vergonhosa, por meio do profeta GAde etc.
Deus nunca pôs o seu orgulho contra a parede? Você nunca percebeu isto?
Se não percebeu, você não tem sensibilidade para o agir de Deus, porque este é um método necessário, porque é o orgulho que precede a nossa queda.
Deus poderia ter feito o contrário, mandado o anjo ir antes avisar a José de que Maria ficaria grávida do ESpírito Santo. Maria, quando o soube, só guardou a mensagem no coração, certamente nada falou a José, mas Deus queria colocar o orgulho de José contra a parede.  
Para que nossa obediência seja serva da soberania salvadora de Deus precisamos sacrificar nosso orgulho egocêntrico e nos render a Deus e à sua vontade.
Não dá para servir a Deus e servir a si mesmo. Esse não  é o método de Deus. Hipócrita aquele que orgulhosamente faz de conta que está à serviço de Deus, mas faz apenas aquilo  que sua própria vontade quer. O problema deste comportamento é que ele é oposto ao método de Deus de nos tornar seus filhos e servos.



Nossa Obediência é Serva da Soberania Salvadora de Deus Quando Somos Guiados Pela Fé e Não Pela Nossa Intuição

Temos, em geral, uma ideia de que viver por fé, é viver controlado por uma certa dose de intuição. Bem, a intuição é aquele senso de possibilidade que traz um certo convencimento ao nosso coração de que as coisas devem caminhar de um determinado modo e que esse é o caminho certo.
Bem, com certeza, você pode dizer que é difícil distinguir a “fé” da “intuição”. Talvez seja mesmo. Mas a fé tem um ingrediente diferente da intuição, porque a fé é baseada em Deus e não em nós, na Palavra de Deus e não na nossa.
Quando José toma a decisão de ouvir o que anjo está dizendo, ele está rejeitando o que o seu coração tinha intuído, com base nos fatos. O coração de José já havia pensado em um modo de fazer as coisas acontecerem, mas agora, sua atitude final é controlada pela fé, que se baseou na mensagem que ouviu da parte do Anjo.
Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo (Mateus 1.20).
Enquanto ponderava o anjo lhe apareceu em sonho – note que o processo de intuição do coração de José estava em pleno exercício de seu plano e avaliação, quando um novo elemento, vindo de Deus, interfere neste processo.
Não temas – quando o anjo inicia sua palavra, ele vai ao ponto que está motivando a ponderação de José: ele tinha medo de sua própria vergonha. Ele tinha muito orgulho de ser um homem bom e estava agora planejando o que fazer. O anjo, tem uma mensagem direta que confronta a insegurança de José: NÃO TEMAS, RECEBER MARIA TUA MULHER.
Porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo – O elemento que definiu a ação de José não foi a sua intuição pessoal, mas um coração que desenvolveu fé na palavra que lhe foi anunciada. José renunciava, agora, sua própria decisão anterior, baseado na palavra que ouvira.
Irmãos, o que José está fazendo é deixando que a sua fé, moldasse a sua decisão e obediência. Ele estava agora decidindo ser guiado pela sua fé e não pela sua percepção ou intuição da vida. Ele não poderia mais dar conta da sua vida, apenas caminhando segundo o seu coração. Ele precisou renunciar suas certezas pessoais para viver pela fé.
NOSSA OBEDIÊNCIA SERÁ SERVA DA SOBERNIA SALVADORA DE DEUS QUANDO DECIDIRMOS QUE VIVER POR FÉ É O MÉTODO FUNDAMENTAL PARA GUIAR AS NOSSAS AÇÕES.
Não vamos nos deter em falar muito sobre o conceito de VIVER POR FÉ. Mas, vale a pena, você caminhar até Hebreus 11 e fazer uma leitura atenta sobre tudo o que ali é dito sobre o que é ser movido pela fé.


Nossa Obediência é Serva da Soberania Salvadora de Deus Quando Estivermos Prontos a Pagar o Preço de Viver Dentro do Centro da Vontade de Deus

Quando o pastor Caio Fábio popularizou essa expressão: centro da vontade de Deus, tenho de confessar que eu não gostei muito. Achei que se tratava de retórica e não conseguia ver muita consistência prática nela.
O que aconteceu com José foi exatamente isto, ou seja, ele não valorizou um projeto pessoal em detrimento do projeto de Deus. José identificou o núcleo da ação divina: a redenção do seu povo; ele resolveu viver neste “centro da vontade de Deus”.
Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel, que quer dizer Deus conosco (Mateus 1.21-23).
José tinha sim seu drama pessoal a ser resolvido, afinal ele estaria desposando uma mulher que todos saberiam ter um filho que não era dele. Mas, sua percepção da vida muda quando ele descobre que Deus tem um núcleo de ação e este núcleo não tem nada a ver com os seus planos de autopreservação.
Ela dará luz um filho e lhe porás o nome de Jesus – Deus não pergunta a José se ele quer, se o  nome lhe agrada, o que ele acha. A ordem divina, obviamente é um comando que leva o coração de José a perceber quem é que está à frente do  negócio de se casar com Maria: DEUS.
Porque ele salvará o seu povo dos pecados dele – José percebeu que viver é um ato de existir dentro de uma vontade soberana e superior, a de Deus. Os planos de Deus são mais elevados que os nossos como disse o profeta Isaías e o profeta Jeremias. Precisamos grandemente entender essa lógica da existência.
José está mudando sua perspectiva. Ele suspendeu seu projeto, porque está vendo e percebendo o projeto redentivo de Deus. Precisamos começar a ter olhos centrados no núcleo da vontade de Deus para nós, para nossa família, para o mundo ao nosso redor e como nos encaixamos neste projeto.
PRECISAMOS APRENDER A PAGAR O PREÇO PARA QUE NOSSA OBEDIENCIA SEJA SERVA DA SOBERANA VONTADE REDENTIVA DE DEUS.
Este é o ponto: precisamos nos dispor a caminhar na estrada da obediência e ela é mais pedregosa, sem dúvida. A diferença da estrada da obediência a Deus e da obediência ao nosso coração, a suprema diferença entre elas é que ao final, a da obediência a Deus nos leva a Deus.
Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta – José lastrava sua decisão de seguir o caminho de Deus não baseado em um mero sentimento, ou como já disse, uma intuição. O que está guiando o coração de José a obedecer é A PALAVRA DE DEUS. Ele lastreia sua certeza de seguir nesta direção porque o anjo está lhe dizendo que a PALAVRA DE DEUS CAMINHA NESTA DIREÇÃO. Isto é o suficiente para José tomar uma decisão de obediência.
Note como é importante considerar a seriedade do ato de obedecer. Porque obedecer é caminhar na direção da palavra de Deus, não é à toa que o salmista diz que ela é lâmpada para os pés e luz para os caminhos e que o jovem guardaria puro o seu caminho se o observasse segundo a palavra de Deus.
Bem... José está caminhando segundo a Palavra e o resultado é um: OBEDIENCIA.
SE DESEJAMOS QUE NOSSA OBEDIÊNCIA SEJA SERVA DA SOBERANIA SALVADORA DE DEUS, PRECISAMOS PAGAR O PREÇO PARA VIVER NO CENTRO DA VONTADE DE DEUS.
Conclusão
Certo dia, Josué se posicionou diante de todo o povo e inquiriu-lhes sobre a quem dariam a sua lealdade e obediência: a Deus ou aos deuses? Irmãos, num certo sentido é isso que este texto fala conosco esta noite: a quem vamos dar a nossa lealdade e obediência: a Deus ou aos deuses que controlam o nosso coração?
Precisamos encontrar razões em Deus para obedecê-lo, porque a estrada da obediência envolve o drama de pagar o preço, e ser posto contra a parede. Precisamos aprender a sacrificar o nosso orgulho egocêntrico e buscar na palavra de Deus a resposta necessária. O QUE DEUS DIZ TEM DE DETERMINAR O QUE FAZEMOS. 
Por fim, precisamos escolher a quem realmente amamos e servimos. José, resolveu pagar o preço e escolheu caminhar com Deus e obedecê-lo.
Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu a luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus (Mateus 1.24-25).
A Bíblia fala muito pouco deste homem, ele realmente não é um dos grande protagonistas das Escrituras. Mas este homem cumpriu o seu papel e fez o que Deus preparou para que ele fizesse. José cuidou de Maria, ela foi a sua prioridade, Jesus, o menino, foi a sua prioridade. Ele não se preocupava mais com o que o que ele ganharia com um casamento, mas em fazer a vontade de Deus.
José cuidou de Maria e quando os magos avisaram que corria risco o menino, ele deixou tudo e foi para o Egito. Depois, quando podia retornar, deixou tudo em Belém e foi morar na pior região do país, a Galiléia, a mais distante... porque José é um homem que vive para Deus e morre para Deus e foi a assim sua vida e sua morte.
Aqui, somos humilhados, porque somos pessoas egocêntricas e que impomos limites que nos fazem parecer crianças mimadas, cheias de quereres insanos de fazer só a nossa vontade. Aqui, DESCOBRIMOS QUE PRECISAMOS PEDIR PERDÃO A DEUS E SEGUIR NOUTRA DIREÇÃO.

Aplicação para IP Vila Formosa
Meus irmãos, nossa igreja tem toda a possibilidade de ser uma igreja que honra a Deus. Temos muitas virtudes, muitos dons, somos, de muitas formas, uma boa igreja. Mas temos um defeito que precisamos claramente corrigir: AINDA SOMOS UM POVO QUE NÃO SE DOA AO SERVIÇO DE DEUS COMO TODO O NOSSO CORAÇÃO.
Muitos de nós, ainda são pessoas que vivem à margem da obediência total. Procuram manter um padrão de vida cristã, mas não se entregam completamente à Deus. Ainda precisamos nos voltar para Deus para o servir de todo o nosso coração, forças, entendimento e alma.
Vamos orar, durantes estes dias que antecedem o final deste ano e vamos clamar que o Senhor conquiste os nossos corações, como prometeu pelo profeta Ezequiel e nos dê um coração da carne, em lugar de pedras endurecidas dentro de nós. Clamemos ao Senhor que coloque em nós a sua palavra, e por seu Espírito nos faz andar nas suas leis e a lhe obedecer e amar plenamente.
Um dos maiores testes é o dia de amanhã. Porque podemos estar como José, em um sono, no qual ouvimos a voz de Deus a falar ao nosso coração. Mas, vamos sair deste lugar e vamos acordar. A questão é: vamos obedecer?

Oração

Senhor Deus, conceda ao seu povo um coração quebrantado e disposto a obedecer. Um coração igual ao do teu Filho que foi até o fim e pagou o preço para estar no centro de tua vontade soberana e salvadora. Ajuda-nos, porque precisamos de Ti. Amém.

11 de dezembro de 2016

Ageu 2.15-19

“O Ponto de Virada Para Uma Vida de Adoração”

Ageu 2: 15-19



No vigésimo quarto dia do nono mês, no segundo ano de Dario, veio a palavra do Senhor por meio do profeta Ageu.

O vigésimo quarto dia do nono mês, no segundo ano do Rei Dario da Pérsia, foi um momento de grande importância dentro do contexto da profecia de Ageu. Neste dia, as bases do templo estavam totalmente lançadas e a construção prosseguia célere para a sua conclusão.
O profeta Ageu tem uma mensagem de exortação em dois sentidos. Primeiro, ele exorta, corrigindo o povo, para que não confie demais na própria santidade e se dispa de qualquer orgulho, porque o templo não pode, sozinho, sem a ajuda de Deus, trazer santidade à terra e aos corações. Ao contrário, a pecaminosidade do homem é tão impregnada na alma humana que pode sim, com sua imundícia, contaminar tudo e tornar tudo impuro.
No texto desta noite, dos versos 15 a 19 do capítulo 2, o que temos é uma exortação positiva. Na verdade, uma exortação no sentido grego da palavra: levantar, trazer para cima.
O que Deus deseja é que seu povo perceba o ponto de virada do seu relacionamento do Senhor. O ponto de virada foi o dia 24 do nono mês, no segundo ano do Rei Dario, o persa. Neste dia, Deus havia corrigido a inclinação do coração do seu povo e sua construção estava ligada a Deus.
Precisamos perceber os pontos de virada da nossa vida com Deus e precisamos ouvir a voz de Deus que nos chama a aproveitar estes momentos para uma relação de amor e prazer em Deus, não se importando mais com as circunstâncias.
Olhando para estes versos de hoje, vamos buscar exatamente esta percepção do que é um ponto de virada, de quando é que começamos um novo relacionamento com Deus e o que fazer com isto.

Para perceber que estamos em um ponto de virada na nossa vida com Deus, precisamos nos tornar em filhos que tem sensibilidade para entender os movimentos do Senhor na nossa vida.

Agora, pois, considerai tudo o que está acontecendo desde aquele dia. Antes de pordes pedra sobre pedra no templo do Senhor (Ag 2.15).
Em nossa última mensagem nos versos 10 a 14, começamos falando sobre este verso e informamos que ele é uma espécie de ponto de partida da profecia, afinal ele coloca o tom com que o povo deveria encarar o que está acontecendo.
Considerai tudo o que está acontecendo desde aquele dia – No texto original temos uma frase mais simples: agora, considerai este dia – é preciso fazer uma revisão imediata do que está acontecendo ao redor de nossa história. É preciso fazer profundas avaliações sobre nossa condição diante de Deus e do que Deus está fazendo.
O profeta Ageu convoca o povo a olhar o vigésimo quarto dia do nono mês do segundo ano de Dario como um momento especial. Eles deveriam perceber que Deus havia movido algo no espírito deles, como nos diz o capítulo 1:
O Senhor despertou o espírito de Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e o espírito do restante de todo o povo; eles vieram e se puseram ao trabalho da Casa do Senhor dos Exércitos, seu Deus, ao vigésimo quanto dia do sexto mês (Ag 1.14-15).
Apenas três meses depois que Deus começou a trabalhar no coração deles, eles já lançaram os alicerces e estão adiantados na obra, porque Deus estava operando em seus corações. ESTE MOVER DE DEUS PRECISAVA SER CONSIDERADO.
QUANDO DESEJAMOS ENTENDER A NOSSA VIDA COM DEUS E OS PONTOS DE MUDANÇA E APROFUNDAMENTO NESTE RELACIONAMENTO PRECISAMOS APRENDER A PERCEBER E VALORIZAR O QUE DEUS ESTÁ FAZENDO. PRECISAMOS DE SENSIBILIDADE PARA PERCEBER OS MOVIMENTOS DE DEUS NA NOSSA VIDA.
Antes de pordes pedra sobre pedra no templo do Senhor - Erramos muito quando não temos este tipo de sensibilidade ou desprezamos o agir de Deus. Acontecem coisas maravilhosas, espantosas mudanças em nosso coração e somos as pessoas que menos desfrutam delas.
Nos dias de Jesus, sinais e maravilhas de Deus aconteceram entre os homens que conviveram com Jesus, mas os fariseus e outros líderes religiosos não conseguiram ter esta sensibilidade. Foi NIcodemus, um dos líderes de Israel quem disse a Jesus: Ninguém pode fazer estes sinais se Deus não for com ele. Simeão, um ancião piedoso, foi sensível o suficiente para perceber que aquela criança, em suas mãos no templo para o simples gesto da dedicação, era a salvação de Israel que chegara ao mundo.
O profeta percebeu que esta sensibilidade deve ocorrer antes deles construírem para que possam desfrutar do processo de toda a obra de Deus. Precisamos perceber a glória do processo da nossa santificação e não somente sonhar com os seus resultados. Crentes muito pragmáticos, não conseguem perceber os valores entrincheirados nas fissuras do processo de construção da nossa vida com Deus, portanto, não podem se alegrar em Deus, mesmo nas dores que o processo pode acarretar.
VOCÊ PRECISA DESPERTAR SUA SENSIBILIDADE PARA PERCEBER OS PONTOS DE MUDANÇA DA SUA VIDA COM DEUS E DESFRUTAR DAS COISAS QUE DEUS TE DÁ COM MAIS ALEGRIA E DESPERTAMENTO. APROVEITE BEM OS PONTOS DE VIRADA DE SUA VIDA COM DEUS.

Para perceber que estamos em um ponto de virada na nossa vida com Deus, precisamos nos libertar dos deuses do passado que controlam a nossa experiência.

Antes daquele tempo, alguém vinha a um monte de vinte medidas, e havia somente dez; vinha ao lagar para tirar cinquenta, e havia somente vinte. Eu vos feri com queimaduras, e com ferrugem, e com saraiva, em toda a obra das vossas mãos; e não houve, entre vós, quem voltasse para mim, diz o Senhor (Ag 2.16-17).
Antes daquele tempo - Existem pessoas que são controladas pelos deuses do passado. Às vezes controladas por suas feridas do passado e não conseguem seguir em frente, outras vezes, controladas pelos fracassos, mas também pelos sucessos etc.
Estas pessoas, estão sempre tomando o passado como o ponto de partida e chegada da sua vida. Em muitos casos, as pessoas são ensinadas a viver assim. Qualquer coisa que controle a nossa vida, não importa o quê, se não for o que Deus diz, é um processo idolátrico que precisa ser abandonado.
O profeta aponta para o passado e mostra como a relação deles com Deus era de reprovação. Isto talvez tivesse marcado sua vida e fizesse com que parassem de servir a Deus, afinal,  poderiam pensar, quem garante que as coisas serão diferentes.
Verdade, temos que apresentar, que os versos 16 e 17 são uma transição necessária para o final da perícope, onde Deus mostrará que essa realidade não é mais o que controlará a vida deles. No entanto, é necessário que eles parem para ver o passado, mas se libertem desta condição.
Experiências de escassez – o desejo deles era sempre frustrado. Não conseguiam alcançar suas expectativas com a vida, com as coisas. Na verdade, havia um relacionamento equivocado entre eles e Deus e, naturalmente, nada poderia lhes satisfazer a sede da alma. Já tocamos neste ponto, em uma mensagem no capítulo 1, versos 1 a 11. Eles viveram dias complexos de muita falta de completude na alma, MAS DIAS RUINS, ASSIM COMO DIAS BONS, PASSAM E DEPOIS QUE PASSAM NÃO PODEM MAIS NOS DETERMINAR O QUE FAZER, DEVEM APENAS SERVIR DE PONTO DE REFERENCIA.
Experiências de fracasso – o profeta os faz lembrar que Deus estava agindo o tempo todo para propor uma mudança no relacionamento, mas eles sempre resistiam. Deus os feriu, assoprou o produto da sua mão, não lhes dava descanso à alma e ainda assim ELES NÃO SE VOLTAVAM A DEUS, este FRACASSO ERA O PIOR POSSÍVEL.
Era importante que lembrassem isto, mas era importante que começassem a perceber que isso é possível ser mudado. QUANDO DESEJAMOS PERCEBER QUE NOSSA VIDA ESTÁ EM UM PONTO DE VIRADA COM DEUS, DEVEMOS NO DEIXAR GUIAR POR DEUS E NÃO PELOS DEUSES DO PASSADO DE EXPERIÊNCIAS PASSADAS.
É comum pessoas recuarem em uma vida de santificação e dedicação ao Senhor, quando são guiadas pelo que já aconteceu e dizem: JÁ ME DECEPCIONEI DEMAIS. Outro ponto é quanto impomos estas coisas uns sobre os outros, como se as nossas experiências do passado e os nossos erros, fossem algum tipo de marca que jamais pudesse ser mudada pelo poder de Deus.
Precisamos nos despertar para a vida abundante que Cristo nos oferece hoje. Lembre-se de Pedro, quando estava determinado pelo seu erro de negar Jesus, ele sequer olhava para o Mestre, mas o Mestre não se determinou por isto, conferiu a Pedro o mais alto privilégio: PASTOREAR AS SUAS OVELHAS.
Acho que faz muito sentido para mim aquele pensamento de Cristo que diz o seguinte:
Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão NO ARADO, olha para trás é apto para o reino de Deus (Lc 9.62).

Para perceber que estamos em um ponto de virada na nossa vida com Deus, precisamos confiar que realmente Deus está no controle de todas as coisas e tudo faz para nosso bem.

Considerai, eu vos rogo, desde este dia em diante, desde o vigésimo quarto dia do mês nono, desde o dia em que se fundou o templo do Senhor, considerai nestas coisas. Já não há semente no celeiro. Além disse, a videira, a figueira, a romeira e a oliveira não tem dado os seus frutos; mas, desde este dia, vos abençoarei (Ag 2.18-19).
Considerai – O verso 18 é uma espécie de refrão da mensagem profética. A atitude que Deus requer é de reflexão, de se assentar no coração as coisas da vida como a vida está acontecendo.
Vigésimo quarto dia do nono mês – o ponto desta expressão é que Deus propõe uma reflexão sobre a realidade e não um mero exercício intelectual, perdido em muitos pensamentos platônicos. A ideia de Deus é que eles pensem exatamente na data em que terminaram as fundações e percebessem que o ponto de virada tinha algo a ver com o fato de que eles tinham dado início a um novo processo, com a atitude positiva de construir e ir adiante na construção.
Dia em que se fundou o templo – sem dúvida o ponto de virada não era mais algo que tinha a ver apenas com a inclinação deles para cuidar apenas dos próprios interesses, mas algo tinha acontecido no coração deles que agora eles estavam cuidando de coisas superiores e valores maiores, que tinham uma intima ligação com a reconstrução de uma vida com Deus.
Não há sementes, não há frutos, mas eles tem um Deus -  Acredito que este é ponto principal desta passagem. Como já disse anteriormente, os versos anteriores são uma preparação. Toda a passagem é estruturada pela ideia de considerar aquele dia e as coisas que estavam acontecendo naquele dia. No verso 19, entretanto, o que eles são chamados a pensar é que eles ainda não podem contar com o produto da terra, nem sementes nem frutos estão disponíveis, o ponto é que eles deveriam ainda assim perceber que agora, eles têm comunhão com um Deus que lhes é favorável e não mais o assoprador das riquezas.
Desde este dia, vos abençoarei – Existe um ponto de mudança do nosso relacionamento com Deus e nós PRECISAMOS CONFIAR EM DEUS DE QUE ELE ESTÁ PROMOVENDO ISTO. O que este texto está propondo é que Deus seria a resposta para a vida destes homens, dali em diante.
O PONTO DE VIRADA ACONTECE REALMENTE QUANDO ESTAMOS DISPOSTOS E DESCANSAR EM DEUS E NÃO NAS CIRCUNSTÂNCIAS.

Conclusão

Os dias de Ageu, Zacarias, Neemias, Esdras, Zorobabel, Josué, os dias do retorno do exílio era um grande ponto de mudança na vida daqueles homens e mulheres, que passaram 70 anos e viram os dias do juízo de Deus contra os pecados do povo, contra a sua idolatria.
A vida com Deus é sempre um possibilidade de mudanças. Você precisa de sensibilidade que tudo o que Deus faz é produzir circunstâncias e trabalhar para que o seu coração seja transformado.
Caro irmão, você precisa buscar uma retomada de uma vida completamente entregue a Deus. Em sua vida também é necessário haver um ponto de virada, um dia 24 do nono mês do segundo ano do Rei Dario, o persa. Você precisa de rever e perceber o que Deus tem feito e você não pode ser mais guiado pelo passado. PARE DE USAR O PRÓPRIO PASSADO PARA TENTAR SE DESCULPAR DE NÃO SE ENTREGAR A DEUS.
Confie em Deus, note que tudo o que ele faz é te libertar de você mesmo e te mostrar que é possível servir a Deus e viver em confiança nele. Aliás, a melhor maneira de viver a vida é desfrutar da companhia de Deus, mesmo quando não há frutos visíveis nas árvores. Saber que Deus está lá é o que você precisa.
Então, não se demore em perceber e se deixar guiar por um novo paradigma de relacionamento com Deus. Note que é isto que ele está fazendo e não vá para casa sem começar a desfrutar disto. Este ponto de virada é tudo o que você precisa para recomeçar.
Aproveitando que você está se aproximando do final do ano, seria interessante que você pensasse nisto.  Mas isto, meu irmão, é tão importante que não é sábio esperar até o final deste mês, aliás, como hoje pé dia 11, acho que não é bom nem esperar chegar o dia 24 deste mês. Acho que você deve voltar hoje a ter um relacionamento com Deus.

APLICAÇÃO PARA A IPBVF

Membros da IPBVF. Todos vocês que quiserem viver para Deus e ter um relacionamento diferente com ele e servi-lo mais intensamente, mais constantemente, quero lhes convidar para caminhar diferente neste ano de 2017. Estamos precisando de vocês e precisamos trabalhar mais. Está difícil dar conta de tantas coisas e fazer com que a igreja funcione, com você tão encostado, tão distante, tão frio.
Precisamos que se envolvam no sustento financeiro da igreja, precisamos que você esteja disposto a fazer um trabalho nesta reconstrução e por a mão na obra. Você precisa colocar a suas pedras sobre outras pedras nesta obra e sei que você está ouvindo e compreendendo a palavra se você estiver disposto a servir.
O que eu posso dizer que vai ser diferente?

DESDE ESTE DIA DEUS TE ABENÇOARÁ 

4 de dezembro de 2016

Ageu 2.10-14

“A Pureza e a Impureza da Igreja”

Ageu 2: 10-14

(IP Vila Formosa - 04 de dezembro de 2016 e  IP Jd Helian - em 18 de dezembro  de 2016)

No vigésimo quarto dia do nono mês, no segundo ano de Dario, veio a palavra do Senhor por meio do profeta Ageu.

Tão pouco tempo havia se passado, somente três meses após o povo de Deus ter retomado a construção do templo e cerca de dois meses após o apelo para que tivessem uma visão elevada daquele projeto, quando o profeta lhes convocou a avaliarem sobre a glória da segunda casa. Entretanto, agora, o empreendimento do profeta é outro.
Num primeiro momento, eles deveriam avaliar sobre a importância e centralidade do culto a Deus, no outro momento, deveriam ter uma visão elevada do que tudo aquilo realmente significava, neste ponto, entretanto, a profecia é uma convocação para uma reflexão sobre as possibilidades pessoais de se fazer aquela grande obra.

Uma reflexão necessária constrói o quadro que o profeta quer trabalhar:
Agora, pois, considerai tudo o que está acontecendo desde aquele dia. Antes de pordes pedra sobre pedra no templo do Senhor (Ag 2.15).
Quando empreendemos uma caminhada com Deus temos a tendência de que, então, tudo está resolvido. Afinal, começamos a caminhar com Deus, certamente isto é o suficiente para alimentar nossa alma, nosso culto, nossa fé.
Os israelitas, repatriados, tomaram a decisão de reconstruir o templo e havia três meses o estavam fazendo. O que vimos nos primeiros 9 versos do capítulo 2 é que eles precisavam ter uma visão mais elevada daquele empreendimento, mas talvez, agora isto também já estava resolvido. Eles estavam, então, trabalhando e motivados, isto é suficiente? Parace que não!
O profeta os conclama a refletir: considerai tudo o que está acontecendo antes de colocar pedra sobre pedra neste relacionamento com o Senhor. Por quê? O Senhor não está contente com o nosso esforço? Ele nunca se agrada ou elogia o que fazemos?
O texto desta noite é uma palavra que nos convoca a pensar em ao menos duas importantes realidade que não podemos esquecer se queremos construir um relacionamento verdadeiro e próspero com o Senhor.
1)    SOMOS PECADORES
2)    PECAMINOSIDADE SE ESPALHA MAIS FACILMENTE QUE A SANTIDADE.

Você já deve ter percebido que uma carreira inteira de vida com Cristo se dissipa em algumas horas de pecaminosidade e já deve ter visto pessoas que amavam Jesus de todo o coração desistirem da sua vida com o Senhor, por coisas tão pequenas, que nos espantaram com a fragilidade da sua fé.
Podemos ler na Bíblia frases que falam sobre isto, como aquela que diz que um pouco de fermento pode levedar toda a massa, ou sobre como Esaú trocou as palavras do pacto por um prato de lentilhas.
A fragilidade da nossa fé não é só falta de conhecimento. Assim como a sua pouca força na construção da vida com Deus não é só uma questão circunstancial ou um problema eclesiástico. O profeta Ageu está nos alertando para um problema muito maior e mais profundo. O profeta está nos alertando sobre o fato de que podemos sim construir algo grandioso e podemos perde-lo no que diz a um relacionamento verdadeiro com Deus, se não tomarmos conta do que realmente está na raiz de todos os nossos problemas: A MALIGINIDADE DO NOSSO CORAÇÃO.

QUANDO HOMENS DE CORAÇÃO IMPURO CONSTROEM UM RELACIONAMENTO COM UM DEUS PURO, DEVEM CONSTRUIR O SEU RELACIONAMENTO BASEADO NAS NORMAS DE DEUS E NÃO NAS SUAS.

Quando a profecia é apresentada o Senhor dos Exércitos conclama os sacerdotes a falarem a respeito da Lei de Deus.
Assim diz o Senhor dos Exércitos: Pergunta, agora, aos sacerdotes a respeito da Lei (Ag 2.11).
Toda a reflexão é sobre a vida de aproximação com Deus: ANTES DE COLOCAR PEDRA SOBRE PEDRA NO TEMPLO, mas os sacerdotes não são perguntados sobre o que eles pensam sobre adoração e relacionamento com Deus, as questões que o Senhor levanta requerem uma POSIÇÃO A RESPEITO DA LEI.
Agora – Uma pequena palavra hebraica: NAh. Mas ela denota toda a urgência que o Senhor requer de um posicionamento deste tipo. Não se trata de algo que possa realmente ser deixado para depois. Isto deve nos servir de alerta sobre o modo como o Senhor deseja estejamos prontos a resolver as coisas do nosso relacionamento com ele: NAH. Ela traz o peso de uma forte exortação: AGORA O QUE VOCÊS PENSAM SOBRE O QUE ESTÁ ACONTECENDO.
A urgência não tem a ver com pressa. A urgência que Deus exige tem a ver com IMPORTÃNCIA. O que realmente é importante para você? Quão importante para você é o seu relacionamento com Deus?
Aos sacerdotes – Um dos aspectos diferenciados desta parte da profecia é que aqui, ele não é tão inclusivista quanto em outros momentos, quando propõe que todos respondam: além de Josué o sacerdote, Zorobabel, o governador e todo o povo. Mas aqui, o ponto é destacado para a responsabilidade de quem deveria saber o que está fazendo. Sem dúvida alguma, erramos por negligenciarmos o próprio conhecimento que já temos e a responsabilidade que já temos diante de Deus. Vinte, trinta, quarenta anos... mais experiências, mais oportunidades e tudo isto, muitas vezes, não fazendo diferença alguma no nosso relacionamento com Deus só aumenta o tamanho e a importância das nossas falhas, omissões e insensatez.
A respeito da Lei – Torah – mais especificamente o assunto de Deus é o relacionamento doxológico, como a vida de Israel deveria se estruturar em torno do culto ao Deus vivo, mas a pergunta é a respeito da Lei. Por quê? O que podemos responder é que, na verdade, a OBEDIÊNCIA E O AMOR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS é a questão central a ser debatida no nosso relacionamento com Deus.
Não podemos construir bem um relacionamento com Deus se ainda vivemos a nossa fé segundo NOSSAS ESCOLHAS E PREFERENCIAS PESSOAIS. Podemos, sim, estar construindo um templo, mas ele não é para Deus. Podemos, sim, estar cantando louvores, mas eles tem mais a ver conosco e com nossas preferências que com nosso amor, respeito, honra e reconhecimento da glória de Deus.
Este é o ponto central... QUANDO HOMENS DE CORAÇÃO IMPURO CONSTROEM UM RELACIOMENTO COM DEUS DO SEU JEITO, ELES CONTAMINAM E DESTROEM ESTE RELACIOMENTO.
POR ISSO DIZEMOS QUE QUANDO HOMENS DE CORAÇÃO IMPURO CONSTROEM UM RELACIONAMENTO COM UM DEUS PURO, DEVEM FAZE-LO SEGUNDO AS NORMAS DE DEUS E NÃO AS SUAS.   
Os termos da nossa vida doxológica não são os nossos, mas os de Deus.

QUANDO HOMENS DE CORAÇÃO IMPURO CONSTROEM UM RELACIONAMENTO COM UM DEUS PURO, DEVEM TER CONSCIÊNCIA DE QUE NOSSOS ATOS MAIS SANTOS NÃO PODEM  SUBSTITUIR A SANTIDADE DE TODA A SUA VIDA

Antes de colocar pedra sobre pedra em nosso relacionamento com Deus, lembre-se de que uma pedra santa, não faz de todo o edifício uma casa santa. Do que estamos falando? Estamos falando da nossa tendência de super valorizar pequenos traços de santidade que já temos e não nos importarmos com a santificação das outras áreas da nossa vida.
Uma irmã se dedica à oração. Ela é responsável e muito conhecida por sua presteza em ajoelhar-se diante de Deus como intercessora. Uma mulher de oração. Bem, esta mesma irmã, negligencia o cuidado com o estudo sistemático da Palavra, não é assídua aos estudos bíblicos, não se importa em crescer no conhecimento doutrinário e pouco se importa com a adoração. Para ela, A VIDA DE ORAÇÃO SUBSTITUI A VIDA CRISTÃ. Há muitas pessoas agindo assim e trocando seu relacionamento com Deus com é algo dinâmico e envolve a vida toda, por apenas um traço daquilo que faz.
A primeira pergunta do profeta é a seguinte:
Se alguém leva carne santa na orla de sua veste, e ela vier a tocar no pão, ou no cozinhado, ou no vinho, ou no azeite, ou em qualquer outro mantimento, ficará isto santificado? Responderam os sacerdotes: não (Ag 2.12).
A resposta dos sacerdotes foi “não” e nisto acertaram em cheio. A carne santa só pode ser considerada com carne santa, ela não tem poder de santificar nada mais ao seu redor, se o que estiver ao seu redor não for santo, nada, além da carne será santo.
A carne santa tem poder de santificar as outras coisas - Você consegue entender o que o profeta está dizendo? Eles estavam construindo o templo e com muita alegria agora, mas eles precisavam de mais que apenas o ato desapegado de construção, eles precisavam construir todas as outras coisas da vida também santas. Eles tinham de fazer isto, segundo a Lei de Deus e deveriam viver segundo as normas de Deus.
Jesus falou em cumprir a Lei e errar em um ponto é o mesmo que errar tudo. Precisamos mais que algumas atitudes cristãs em algumas coisas que fazemos, precisamos mais que um ministério que nos qualifique como cristãos, precisamos de vida cristã, vida com Deus e este é o ponto.
Os sacerdotes responderam: não – A resposta dos sacerdotes revela muito sobre nós também. Na verdade, como eles, também nós sabemos que não dá para construir uma vida com Deus, onde somente alguns aspectos pertencem a Ele e o restante é altamente contaminado e destituído de entrega ao Senhor. Mas, eles precisavam dizer isto, assim como nós precisamos dizer isto. O que isto significa, que é preciso ter CONSCIENCIA DA PRÓPRIA FRAGILIDADE DA NOSSA FÉ E DA PRECARIEDADE DE NOSSA SANTIDADE.
QUANDO HOMENS DE CORAÇÃO IMPURO CONSTROEM UM RELACIONAMENTO COM UM DEUS PURO, PRECISAM TER CONSCIÊNCIA DE QUE SEUS ATOS MAIS SANTOS NÃO PODEM SUBSTITUIR A SANTIDADE DE TODA A SUA VIDA.

QUANDO HOMENS DE CORAÇÃO IMPURO CONSTROEM UM RELACIONAMENTO COM UM DEUS PURO, DEVEM TER CONSCIÊNCIA DE QUE SUA PECAMINOSIDADE EXIGE QUE SEJAM SOCORRIDOS PARA TER VIDA COM DEUS


Um dos erros de Israel e Judá, os povos da aliança, é que o fato de terem sido os portadores da Lei e do Templo e de terem desenvolvido o hábito de se envolver com Yahweh, os levou a pensar que eram capazes de produzir uma fé viva e verdadeira por suas próprias forças.
Quando o profeta Amós condenou o culto idólatra de Israel, ele não disse que eles não faziam culto ou não prestavam atenção em seguir alguns rituais prescritos, mas que eles haviam deixado o seu coração dominar o culto que prestavam e, aos poucos, fizeram um culto segundo à sua vontade.
Vinde a Betel e transgredi, a Gilgal, e multiplicai as vossas transgressões, e cada manhã, trazei os vossos sacrifícios e, de três em três dias, os vossos dízimos, e oferecei sacrifício de louvores o que é levedado, e apregoai ofertas voluntárias, e publicai-as, porque isto gostais, ó filhos de Israel, disse o Senhor Deus (Am 4.4-5)
Para o profeta Ageu, a consciência do nosso potencial contaminador da nossa relação com Deus deve ser algo que fique claro para nós. É um erro ser arrogante espiritualmente e se achar perfeito, ou intocável pelo pecado. O conselho bíblico é muito claro:
Aquele que pensa estar em pé, veja que não caia (1Co 10.12).
Antes de colocar pedra sobre pedra no relaciomento com Deus, precisamos pensar sobre isto. Portanto o profeta propõe outra pergunta:
Então, perguntou Ageu: se alguém que se tinha tornado impuro pelo contato com um corpo morto, tocar nalguma destas coisas, ficará ela imunda? Responderam os sacerdotes: ficará imunda. Então, prosseguiu Ageu: Assim é este povo, e assim esta nação perante mim, diz o Senhor; assim é toda a obra das suas mãos, e o que ali oferecem, tudo é imundo (Ag 2.13-14).
 Sem dúvida essa não foi uma fala alentadora. Não parece ser um trabalho de motivação. Ao contrário, seguindo o modelo que temos hoje que somente os elogios servem, o profeta Ageu seria considerado um “não agregador” um “líder negativo” etc.
Com certeza, esta palavra não é um elogio, mas está longe de ser uma palavra destrutiva. O que temos diante de nós é uma palavra séria de correção e alerta. PRECISAMOS DE UMA FÉ MADURA QUE SAIBA OUVIR NÃO, ISTO ESTÁ ERRADO! E precisamos de crentes dispostos a mudar o caminho quando necessário.
A impureza contamina a vida – é curioso, mas é real, uma peça suja é capaz de passar a sujeira para outra que esteja limpa, mas a peça limpa não consegue passar a sua limpeza para a suja, assim como um homem doente pode contaminar outro sadio com sua doença, mas um homem são, não consegue contagiar o doente com sua saúde (Derek Thomas).
Limpar e manter limpo é muito mais difícil que sujar. Precisamos encarar essa realidade e ter consciência de que somos seres que podem contaminar áreas boas da nossa vida com nossa sujeira. Se somos egoístas nos negócios, podemos contaminar nossos relacionamentos com este egoísmo. É muito mais fácil um homem que ama todas as pessoas, mas é altamente ganancioso no modo como lida com os negócios, em algum momento, deixar a sua ganância, atrapalhar seus relacionamentos bons.
Tudo o que oferecem é imundo – Deus está sendo duro? Sim, está! Mas não está sendo hipócrita e nem está agindo sem amor. Deus queria que eles construíssem o templo, enviou seu profeta para incentivá-los e para animá-los e seu espírito para impulsioná-los à ação, MAS DEUS QUERIA QUE ELES CONSTRUÍSSEM O MELHOR, UMA RELAÇÃO VERDADEIRAMENTE SANTA E PURA COM O SENHOR.
Deus quis que eles tivessem consciência dos perigos do caminho da santidade e de como ele se desfaz facilmente e queria que eles SOUBESSEM QUE PRECISA DE AJUDA.
Na parte inicial do capítulo 2, a palavra de Deus é uma afirmativa de que DEUS É QUEM COLOCA GLÓRIA NA CASA. Este é o ponto! Não somos nós que tornamos o nosso relacionamento com Deus perfeito, mas ele é quem nos aperfeiçoa, dia a dia. Dependemos dele para as coisas mais simples da vida, para que todas as coisas da nossa vida sejam santas.
QUANDO HOMENS DE CORAÇÃO IMUNDO SE RELACIONAM COM UM DEUS SANTO, ELES PRECISAM TER CONSCIENCIAS DE QUE PRECISAM SER SOCORRIDOS POR DEUS.

Conclusão

Este é o ponto meu caro irmão. Talvez você esteja, por tempo demais, confiando demais no fato de que algumas coisas da sua vida com Deus parecem estar no lugar. Já ouvi, não uma vez só, de pessoas que eu amo, a seguinte ideia: apesar de não estar indo à igreja, estou em paz com Deus, porque oro todos os dias e não esqueço de Deus. Afirmativas deste tipo são muito enganosas, porque elas são uma estratégia de engano do coração. Os fariseus mantinham falhas morais grotescas, mas se julgavam melhores que os demais porque faziam orações públicas.
Às vezes, o crente passa tempo demais se autoenganando e se protegendo em desculpas que ele precisa encarar, antes de por qualquer nova pedra no relacionamento com Deus.
Não podemos menosprezar o fato de que precisamos desesperadamente de Deus para nos ajudar a construir, porque o nosso potencial destrutivo é imenso. Somos capazes de acabar com nossa família, casamento, amigos, relacionamentos, pessoas ao nosso redor, destruir a igreja, roubar a paz etc, basta que não vigiemos.
Mas precisamos ouvir o que Deus tem a dizer sobre aqueles homens que estavam construindo o Templo e perceber que Deus os está alertando para que DEPENDAM SOMENTE DAQUELE QUE É SANTO.
HOMENS IMUNDOS, QUANDO OUVEM AS BOAS NOVAS SANTAS, DEVEM CONFIAR NO SEU DEUS E ENTREGAR A ELE TODA A SUA VIDA.
O profeta Ageu tem uma palavra de conforto e estímulo. Ele indica que a caminhada é agir na dependência de Deus sempre. Ande assim, meu irmão.

APLICAÇÃO PARA A IPBVF

Irmãos, todos precisamos reavaliar o que realmente estamos fazendo da nossa vida com Deus. Ultimamente, Deus nos deu privilégios enormes, mas podemos facilmente ser traídos por isto. Afinal, uma igreja como a nossa que possui tantas coisas e está tão equipada de muitas formas, pode começar a pensar que isto é tudo. Mas não  é!
A falta que sentimos de uma mais rica demonstração de proximidade entre os irmãos e o fato de muitos preferirem viver solitariamente a sua vida com Deus, ou ainda, a atenção que alguns dão tão intensa para algumas coisas e o desprezo por outras que deveriam compor a sua vida cristã, podem ser sinais evidentes que ESTAMOS CONSTRUINDO E PONDO PEDRAS SEM NOTAR QUE ESTAMOS ERRANDO.
Hoje, todos precisamos fazer uma revisão profunda sobre como estão estas cosias e como poderemos agir de uma forma que a  nossa vida com Deus seja mais completa. Hoje, especialmente por causa da mesa da Santa Ceia, podemos repensar os valores que nos fazem sentir Corpo de Cristo e perceber se estamos falhando em dividir este mesmo corpo.

Quero lhes recomendar uma oração:
Pai, permita que o meu coração veja a própria face dos meus pecados para que eu me arrependa. Não me deixe caminhar sozinho e sem Ti, não permita que, o orgulho me impeça de uma vida completa com o Senhor. Hoje, eu quero ser santo, como tu És e isto quero ser do teu jeito e não do meu. Amém.

27 de novembro de 2016

Ageu 2. 1 a 9

A Glória da Casa de Deus


Ageu 2.1 a 9

 

FCD

A consciência daquilo que a Igreja deve ser neste mundo é uma das fronteiras que está sendo perdida em nossa consciência cristã do século XXI. A falta de percepção do valor e do poder da Igreja em sua ação de refletir a glória de Deus no mundo, produz uma igreja centrada em projetos que se distanciam da simples tarefa de iluminar o mundo em trevas. O texto de Ageu é uma profecia que aponta para o potencial glorioso e rico que Deus desejou colocar na Igreja que é o Corpo Glorioso de Cristo.

Introdução

No segundo ano do Rei Dario, no sétimo mês, ao vigésimo primeiro do mês, veio a palavra do Senhor por intermédio do profeta Ageu dizendo: Fala, agora, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e ao resto do povo dizendo: Quem dentre vós, que tenha sobrevivido, contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos? (Ag 2.1-3).  

Todo o contexto desta profecia é o retorno do exílio e a consciência da importância da presença de Deus, simbolizada no Templo de Jerusalém. Quando os filhos de Israel, impelidos pela mensagem de Ageu e os ministérios de Esdras, Neemias e Zacarias retomaram a construção do Templo, precisavam de uma visão clara do que estava em curso, que era mais que apenas a construção do Templo.
Zorobabel, Josué, todo o povo – A visão correta da glória da casa é a proposta da profecia. Mas, essa não deve ser uma visão apenas dos “especialistas”, deve ser uma percepção que une a todos. A ideia do que é a Glória da Casa deve mover toda a nação doxológica. A retomada do projeto de uma nação que vive para a glória de Deus passa pela necessidade de que todos saibam realmente o que é e para que serve a nação dos filhos de Deus.
A casa e a sua glória – enquanto ainda nas terras distantes, homens como Daniel estão clamando pela restauração de Israel, o povo que foi trazido de volta e os que haviam permanecido na terra são chamados a refletir sobre o significado do Templo e qual é a sua glória. Claro, irmãos, que não vamos gastar tempo explicando sobre o fato de que a Segunda Casa, embora seja uma referência à reconstrução do Templo de Jerusalém, que seria invadido e destruído mais tarde no período de Antíoco, verdadeiramente estamos lendo nas páginas de Ageu uma referência à Igreja, o Corpo de Cristo, o verdadeiro Templo onde Deus fez a sua morada.

Quando o apóstolo Paulo escreveu a respeito da obra de Cristo na Igreja ele disse: IGREJA GLORIOSA, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito (Ef. 5.28).
O profeta Ageu declarou:
A GLÓRIA DESTA ÚLTIMA CASA será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e, neste lugar, darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos (Ag 2.9).

Esta última casa é a vida do crente é a igreja de Cristo. Mas CONSEGUIMOS VER ESSA GLÓRIA? ESTARÁ MESMO ESSA CASA GLORIOSA ERGUIDA ENTRE OS HOMENS, OU AINDA EM RUÍNAS. O QUE PRECISAMOS SABER E FAZER PARA QUE ELA REVELE SUA GLÓRIA? QUAIS OS EFEITOS DA PRESENÇA DESTA CASA GLORIOSA EM UM MUNDO CAÍDO E AFUNDADO NAS TREVAS?

Para que se Revele a Glória da Casa de Deus entre os Homens os Filhos de Deus Precisam Recuperar Sua Confiança na Presença de Deus na Igreja

Parte da nossa falha em realizar a tarefa iluminadora da Igreja neste mundo reside no fato de que a Igreja, muitas vezes, está esquecida que o seu trabalho neste mundo é RESULTADO DA AÇÃO DE DEUS E DA SUA PRESENÇA EM NÓS.
Ora, pois, sê forte, Zorobabel, diz o Senhor, e sê forte, Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e tu, todo o povo da terra, sê forte, diz o Senhor, e trabalhai, porque eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos (Ag 2.4).
Quando perdemos a ideia da presença de Deus em nós, perdemos com isso toda a força que deve correr em nosso pensamento sobre a vida, sobre o mundo, sobre quem somos e sobre o que realmente estamos fazendo aqui e para quem!
Quando Moisés notou a grandiosidade da obra para qual Deus o havia convocada, disse que não daria um passo sequer se Deus não fosse com ele; Josué foi encorajado a não temer, nem se desviar e Deus lhe prometeu ser com ele; Davi, quando foi ao encontro de Golias diante de todo o exército filisteu, correu contra o gigante em nome do Senhor dos Exércitos; o salmista, filho de Coré, exaltava sempre o Senhor dizendo: O Senhor dos Exércitos está conosco, o Deus de Jacó é o nosso refúgio.
Zorobabel, Josué, todo o povo – a consciência da presença de Deus como fundamento da GLÓRIA DA CASA DE DEUS deve ser uma busca geral. Precisamos construir essa consciência de forma coletiva e não apenas por uma meia dúzia. O problema que vivemos hoje é que há um grande número de crentes que compõem a igreja que mais se assemelham aos espias que viram a terra e tiveram medo por causa dos perigos, não tinham uma percepção da presença e do poder de Deus que iria agir em seu favor.
Trabalhai porque eu sou convosco – A tradução bíblica do hebraico não é simples. Porque a expressão “Vaasah Nenhum” carrega a ideia de “trabalhem, façam com as mãos, porque eu, que estou aqui, estou dizendo” – existe uma força gloriosa nesta passagem. Deus é a razão do nosso trabalho. Ele nos impulsiona, porque está ao nosso lado. Como um pai, que segura o filho e o ensina a andar de bicicleta e a igreja como uma criança que está com medo de cair, mas ajudada pelo pai, anda e se alegra.
Segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito habita no meio de vós, não temais (Ag 2.5).
A saída do Egito – A citação da história do Egito era de um significado produto para o Israelita que sabia que não se tratou de uma libertação qualquer, mas de uma ação poderosa de Deus. Quando olhamos para o desafio que o mundo é, com tantas crises e trevas ao nosso redor. Quando vemos as trevas cobrindo nossas famílias, nossos filhos, nossas escolas, nossas ruas, a mídia, o cinema, nossas empresas e tudo o que nos cerca, SEM DÚVIDA PARECE QUE NÃO HÁ SAÍDA. Talvez você se sinta assim, pequeno, desprotegido e sua fé não consegue fazer você sair de um pequeno raio de ação. VOCÊ OLHA PARA CASA E PENSA, JAMAIS SERÁ COMO ANTES.
Deus, por outro lado, QUER QUE VOCÊ SAIBA QUE ELE É QUEM É NOSSA FORÇA. ELE É O PODER QUE ESTÁ POR DETRÁS DA NOSSA LUZ. QUANDO A IGREJA CAMINHA COM CONSCIENCIA DA PRESENÇA DE DEUS, ELA FAZ PROEZAS. PRECISAMOS RECUPERAR ISTO PARA NOSSA VIDA PESSOAL, PARA NOSSA VIDA NA IGREJA, PARA NOSSA PASSAGEM NESTE MUNDO.
Minha aliança, minha palavra, meu Espírito em vós - Não se deixe enganar pela ideia que a força está em nós, na nossa santidade, na nossa oração, na nossa liturgia, na nossa tradição, teologia ou em qualquer coisa que tenha como origem quem nós somos. A NOSSA FORÇA ESTÁ NO DEUS QUE NOS SANTIFICA, QUE OUVE A NOSSA ORAÇÃO, QUE NOS ENSINA A CULTUAR, QUE NOS DEU UMA HISTÓRIA, QUE É A FONTE DA NOSSA TEOLOGIA E DE TUDO O QUE TEMOS E SOMOS.  

Para que se Revele a Glória da Casa de Deus entre os Homens os Filhos de Deus Precisam Recuperar a Noção de História Como Resultado da Vontade de Deus

O profeta Habacuque, vivendo em tempos extremamente difíceis, em que dizia que a fé deveria ser exercita, ainda que a figueira não florescesce, ou que não houvesse gado no curral, ou a oliveira produzisse frutas secas, ELE CLAMOU PARA QUE DEUS AVIVASSE A SUA OBRA NO DECORRER DOS ANOS.
Ele estava pontuando sobre a consciência de que a HISTÓRIA É O PALCO ONDE DEUS FAZ VIR À LUZ A SUA VONTADE e a sua VONTADE TEM A VER COM O SEU POVO.
Pois assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e a terra seca; farei abalar todas as nações, e as coisas preciosas de toda as nações virão, e encherei de glória esta casa, diz o Senhor dos Exércitos. Minha é a prata, meu é o outro, diz o Senhor dos Exércitos (Ag 6-8).
O Senhor dos Exércitos – (Yahweh Sebaoth) - Este é o nome de Deus usado para se referir sobre aquele que luta as nossas guerras. Davi usou este nome como escudo quando foi ao encontro de Golias. Ele é quem fala, ele é quem garante a vitória.
Ainda uma vez dentro em pouco – veja que o ponto do profeta tem a ver com o desenvolvimento da história e o poder de Deus para fazer vir a glória a casa no decorrer do tempo.  
Farei abalar – (Mahraish) – a palavra que Ageu usou também foi usada por Davi. Quando acontecia um terremoto e um deles foi muito famoso no período dos profetas e reis, aconteceu no reinado de Usias, os homens diziam que Deus havia se aproximado da terra e ela “raish” (tremeu).
Ao saíres, ó Deus, à frente do teu povo, ao avançares pelo deserto, tremeu a terra, também os céus gotejaram à presença de Deus, o próprio Sinai se abalou na presença de Deus, do Deus de Israel (Sl 68.7-8).
 O profeta tem uma mensagem que diz que as coisas mais estáveis, o céu, a terra, o mar, a terra firme, elas estão à mercê do poder de Deus. Deus é o Senhor de todas as coisas, o Senhor da história.
Farei abalar as nações – o profeta reforça sua visão do controle de Deus sobre todas as coisas, apontando para o controle do Senhor também sobre os homens, reis, povos. Tudo está sob o controle de Deus.
O que Deus irá fazer ao longo de todas estas ações no decorrer do tempo?
As coisas preciosas de todas as nações virão e encherei de glória esta casa -  Deus não trabalha aleatoriamente, ele não trabalha sem um objetivo. Deus está restaurando seu povo e TRAZENDO GLÓRIA À SUA CASA. O apóstolo Paulo diz que tinha certeza de que aquele que começou a boa obra há de terminar.
A consciência de que Deus trabalha na história para VESTIR DE GLÓRIA A NOIVA DE CRISTO deve nos fazer repensar fortemente o que temos proposto como objetivos de nossa história pessoal. Não podemos viver noutra direção, ao contrário, o sábio é fazer com que cada vez mais essa glória que está sendo trazida sobre nós esteja cada vez mais evidente em quem somos e como vivemos para a GLÓRIA DE DEUS.
As coisas preciosas das nações – Não vamos discutir muito sobre o que seriam estas coisas. Mas, certamente a glória da casa não é de riqueza material e perecível. As coisas preciosas das nações tem sido uma unanimidade entre os comentaristas de que se trata de pessoas de todas as nações.
Prata e ouro – representam mais que metais preciosos, são valores que são os ornamentos da noiva de Cristo. E Deus pode fazer estas coisas crescerem e se fortalecerem ao longo da história, porque ele dirige a história para trazer glória à noiva de Cristo. A glória dele posta em nós.

Para que se Revele a Glória da Casa de Deus entre os Homens os Filhos de Deus Precisam Recuperar o Seu Como a Reveladora da Paz

Entre as características do Reino do Messias, o Príncipe da Paz, o profeta Isaías apontou a chegada de uma PAZ SEM FIM. Cristo Jesus afirmou claramente que A SUA PAZ ERA UMA DÁVIDA DIFERENTE DE QUALQUER OUTRA DADA NO MUNDO.
O povo de Deus é a janela do Reino. Por meio da Igreja, os homens deveriam o que é a GLÓRIA DO REINO DE PAZ DO MESSIAS. A glória da Casa deve redundar em um Reino de Paz.
A glória da última casa será maior – Israel fora chamado para ser uma nação de Paz. Sua capital era a cidade da Paz, Jerusalém. Ela deveria ser uma representante da consciência de que o povo de Deus é o portador da Paz de Deus. A bênção araônica preconizava: O Senhor te dê a paz. O que o profeta tem a dizer é que haverá, ao longo da história, uma manifestação clara da PAZ DE DEUS e ela acontecerá na próxima casa e a glória desta casa será maior, exatamente porque nela o Senhor dará a sua paz.
Neste lugar darei a paz – Neste lugar, meus irmãos, é de um significado responsabilizador. Não podemos perder de vista o que Deus está fazendo e qual o seu propósito ao trazer a este mundo a GLÓRIA DE CRISTO e fazê-la perceptível na igreja. Precisamos notar que é a IGREJA O MEIO PARA QUE A PAZ VENHA AO MUNDO.
Precisamos redescobrir nosso papel como elemento de paz neste mundo. Sempre que a igreja percebeu isto, sua atuação no mundo tornou-se modelar e modeladora.
Na Genebra de Calvino, onde refugiados eram recebidos, acolhidos e tratados ou nas tendas de refugiados que são recebidos pelo pastor Gian e a Igreja curda no note do Iraque, o que temos é a demonstração da glória da Igreja.
Pastor Gian em falou de um jovem, que o procurou intrigado sobre o Cristianismo. Ele estava cansado da proposta de luta e guerra que via no islamismo e queria entender como e porque os cristãos eram capazes de perdoar, ou de simplesmente fazer o bem até para quem não era cristão. Quando este jovem procurou o pastor Gian, o que o atraiu  foi a PAZ QUE EXCEDE O ENTENDIMENTO HUMANO e habita o coração da IGREJA GLORIOSA.
Cristo é a nossa paz e a nossa glória. Quando Crentes lutam e vivem guerras interiores e exteriores, eles simplesmente revelam que ainda não compreenderam o que é ser de Cristo. Quando o que marca a sua vida cristã é a busca constante pelo confronto, pela dissensão, pela divisão, separação etc... o que você revela não é a GLÓRIA DE DEUS E DA CASA DE DEUS, mas a presença das trevas em seu coração.
SE QUEREMOS REVELAR A GLÓRIA DE DEUS NESTE MUNDO, PRECISAMOS SER O LUGAR ONDE A PAZ DE DEUS É REVELADA PARA ESTE MUNDO CAÍDO, CUJA MARCA MAIS ABSOLUTA É A SUA AUSENCIA DE PAZ.

Conclusão

Quando olhamos para um texto assim logo nos vem à mente o que é necessário fazer para que a Glória de Deus se manifeste entre nós e no mundo através de nós.
Penso que as respostas virão à tona quando percebermos que temos um papel importante neste mundo e somos a luz deste mundo em trevas. Por mais difícil que possa parecer, porque as trevas parecem volumosas, precisamos saber que Deus é quem está trabalhando por meio do nosso trabalho e que o poder é dele e não nosso. O menor dos crentes pode derrotar um exército. A menor lâmpada pode iluminar o mundo.
Precisamos também nos desligar de nossas pretensões pessoais de marcar este mundo do nosso jeito e procurar trabalhar segundo a vontade e objetivo de Deus para a nossa vida. Ele está trabalhando para nos vestir com a Glória de Cristo e nós, muitas vezes, estamos nos vestindo de vestes sujas deste mundo.
Temos um papel fundamental e precisamos exercer nosso papel. Precisamos olhar para o lugar onde estamos e lembrar que em nós, Deus revelar a harmonia, a paz.

Aplicações para IP Vila Formosa
Meus irmãos, membros da igreja e todos os que tem se sentido em casa conosco, precisamos abrir mais os nossos olhos para o mundo que nos cerca e perceber que há muitas trevas ao nosso redor e não podemos viver como se isto não representasse nada.
Famílias estão se desmanchando, a sociedade afundada na violência, em todo lugar as trevas cobrem os corações. Nossa igreja precisa ser uma alternativa de paz.
a)    Não podemos permitir que a falta de paz se manifeste em nossa igreja entre nós;
b)    Precisamos fazer algo por aqueles que estão em conflitos pessoais e ajuda-los a encontrar a paz;

c)    Quero convoca-los a orar e a pensar o que uma igreja como a nossa pode fazer neste mundo. Ajudemo-nos uns aos outros a fazer algo para que nossa igreja seja uma janela de paz e REVELE A GLÓRIA DE DEUS NESTE MUNDO. 

6 de novembro de 2016

Ageu 1. 1 a 11

Quando Chega o Tempo de Restauração o Culto?


Ageu 1.1 a 11

 

FCD

Sem dúvida, todos temos dificuldade para perceber nossos próprios erros. Em geral, partimos do princípio de que sabemos o que estamos fazendo e que certamente é o caminho correto. Ageu, provocou uma reflexão importante, afinal, o povo de Deus estava seguro de que estava fazendo o que é correto, afinal estavam reconstruindo suas vidas. O ponto central de sua profecia é que eles deveriam perceber que suas vidas não poderiam ser construídas ao redor de si mesmos, mas precisam reorientar sua existência em torno do amor supremo a Deus.

Introdução

No segundo ano do Rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, a palavra de Deus do Senhor por meio de Ageu, à Zorobabel, Josué.

Meus irmãos, Deus está se dirigindo claramente nessas palavras a um povo, em um dado momento de sua história e está responsabilizando quem deveria ser responsabilizado. Começamos esta profecia sem rodeios, o problema discutido neste livro não é um assunto “platônico”, uma discussão de possibilidades, mas uma condição real, um fato, uma constatação clara. O tema proposto aqui é claro e quero também deixar claro para nós hoje:
DEUS FALA QUE O PROBLEMA DAQUELE POVO É QUE SE TORNOU REPROVÁVEL O MODO COMO ELES DESPREZARAM A DEUS E BUSCARAM SEUS INTERESSES ABANDONANDO A ADORAÇÃO A DEUS.
Irmãos, Deus deu nomes, datas, e usou um homem AGEU e falou de um problema real. Hoje nós estamos aqui e da mesma forma temos: data, isto é, hoje, temos nomes, os nossos, temos um púlpito e temos um problema: QUANDO É QUE CHEGARÁ A HORA DE SERMOS REALMENTE UMA IGREJA QUE ADORA E AMA A DEUS E TEM ISSO COMO PRIORIDADE?
Simples assim, Ageu vai direto ao ponto. ESpero que possamos ir também direto ao ponto.
 Vimos nos livros das Crônicas que seu objetivo era falar de um projeto doxológico. No Segundo Livro das Crônicas, o que temos é uma afirmação clara de que Deus havia proposto o retorno de seus filhos à sua terra para darem continuidade ao PROJETO DE UMA NAÇÃO DOXOLÓGICA.
Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Persia, para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Persia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia. O Senhor, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá, quem entre vós é de todo o seu povo, que suba, e o Senhor, seu Deus, seja com ele (2Cr 36.22-23).
Dario, o persa, era o rei e já estava no seu segundo ano de governo. O povo tinha retornado à Jerusalém com a ordem de Ciro em suas mãos, Esdras e Neemias chefiam a delegação e o projeto de reconstrução da cidade e do templo, contudo, a obra ficou parada. Alguns inimigos haviam promovido essa paralisação. Mas a acusação de Ageu não culpa os inimigos, mas sim os próprios israelitas.
No nosso texto, vemos a palavra inquisitória do Senhor: “Este povo diz: não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do Senhor deve ser edificada”. Essa é a peça acusatória, a afirmação pública de Deus contra o seu povo. É a partir desta pela acusatória que toda a profecia vai se desenvolver.
A pergunta que eu faço para este texto é: COMO SABER QUANDO CHEGOU O TEMPO DE RESTAURAR O CULTO AO SENHOR?

QUANDO CHEGA A HORA DE RESTAURAR O MEU CULTO A DEUS?

QUANDO OS MEUS INTERESSES PESSOAIS DETERMINAM E SOBREPOEM A MINHA VIDA COM DEUS

Irmãos, não pensem que o problema de que estamos tratando tem a ver só com reforma do templo, reconstrução de qualquer coisa física. O problema da falta de interesse deles pelo Templo é que eles haviam perdido o interesse pelo próprio Deus. Pode até ser que eles não tivessem percebido, ou se dado conta. Mas este era o fato que precisava ser trazido à tona.
Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? (Ag 1.4).
Você começará a ser despertado para a restauração do culto a Deus quando você perceber em seu comportamento, preferências, escolhas etc, que seus interesses pessoais determinam e sobrepõem à sua relação com Deus.
O problema não é o quanto eles sabiam a verdade, mas o quanto a verdade os movia. Não se tratava do quanto eles entendiam a respeito de Deus, mas o quanto este entendimento era parâmetro para o modo como viviam. E o ponto de Ageu é que eles redirecionaram a vida PARA UM PROJETO PESSOAL e não UM PROJETO DOXOLÓGICO.
Habitar em casas apaineladas – Deus acrescenta um conceito à sua acusação. O conceito de que eles buscavam conforto, abrigo, nas estruturas que eles haviam criado e planejado, suas casas. A expressão apaineladas era uma referência às coberturas das casas que eles faziam para terem conforto e segurança das intempéries. No fundo, Deus os acusa de desprezarem o valor do conforto e da segurança que deveriam ter apenas em Deus, e de fazerem para si ídolos de seus próprios recursos.
Quando Deus reclama sobre o tempo de se edificar o templo, ele está conclamando a todos a respeito da urgência de mudar a matriz de sua segurança e felicidade pessoal. QUANDO VOCÊ NOTAR QUE A SUA BUSCA POR FELICIDADE ESTÁ EM PRIVILEGIAR SEUS INTERESSES PESSOAIS COMO SE ELES REALMENTE DEVESSEM COMANDAR A SUA VIDA, ENTÃO ESTÁ NA HORA DE VOCÊ BUSCAR A RESTAURAÇÃO DO SEU CULTO, PORQUE O SEU AMOR A DEUS ESTÁ COMPROMETIDO.

QUANDO CHEGA A HORA DE RESTAURAR O MEU CULTO A DEUS?

QUANDO VOCÊ PERCEBER QUE ALGO ANDA ERRADO COM A SUA ALMA E ELA NÃO ENCONTRA PAZ NO QUE FAZ

Felizmente há algo dentro de nós que clama constantemente por Deus. Uma sede de Deus que não pode ser saciada por nada, senão uma vida plena na presença do Criador.
Fizeste-nos para Ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em Ti (Agostinho).
Deus conhecia o seu povo e podia ver a sua angústia. Eles estavam procurando semear projetos de felicidade pessoal, mas não conseguiam alcança-la. Os versos 5 e 6 trabalham com esta situação.
Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: considerai o vosso passado. Tendes semeado muito e recolhido pouco, comeis, mas não chega para fartar-vos, bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado (Ag 1.5-6).
Considerai o vosso passado – duas vezes no texto, o Senhor os conclama olhar para o passado. Talvez, seja uma referência a fazerem um exercício histórico de pensar que todas as vezes que confiaram em Deus, ele os livrou e quando se puseram a confiar em si mesmos, o destino deles era ruim, como no cativeiro. Por isso, logo em seguida ele os chama a comparar com o presente.
Tendes semeado muito e recolhido pouco – comer, beber, vestir – salários depreciados – os investimentos deles na busca de felicidade são reais, mas não efetivos. Eles são esforçados, sua semeadura não é pequena por falta de trabalho, mas por trabalho errado. Na verdade, eles comem, bebem, se vestem, mas isso não lhes completa. Suas aquisições são fruto de trabalho real, mas não poderão encontrar felicidade neles porque eles estão construídos em uma premissa que nada tem a ver com Deus.
Quando a nossa construção está desconexa de Deus, ou quando Deus é só um instrumento para nossas aquisições, ou pior, quando Deus nada tem a ver com isso, a real busca de preenchimento pessoal é um fracasso.
Quando Paulo diz: fazei tudo para a glória de Deus. Ele não estava apenas ensinando um jeito de “espiritualizar as coisas que fazemos”, ele estava nos ensinando a dar às coisas que fazemos um verdadeiro propósito e uma real efetividade em termos de preenchimento espiritual.
Você começará a restaurar o seu culto quando começar a perceber que sua vida e sua tentativa de viver está desconexa de Deus. QUANDO VOCÊ COMEÇA A DAR OUVIDOS AOS QUEIXUMES DE SUA ALMA E PERCEBER QUE ELA NÃO ENCONTRA PAZ FORA DE DEUS, VOCÊ ESTARÁ COMEÇANDO A PERCEBER TAMBÉM QUE PRECISA RECONSTRUIR A SUA VIDA COM DEUS.

QUANDO CHEGA A HORA DE RESTAURAR O MEU CULTO A DEUS?

QUANDO VOCÊ REALMENTE PERCEBER QUE DEUS ESTÁ REPROVANDO O SEU MODO DE VIDA

Filhos de Deus são pessoas que ele chamou para viverem para ele. Uma das coisas mais preciosas que Deus faz por seus filhos é lhes disciplinar e mostrar que não está aprovando a nossa conduta.
Lemos, há alguns domingos sobre a reprovação de Deus sobre a vida de Davi, quando este decidiu construir sua segurança nos seus exércitos. Então, Deus lhe mostrou o desgosto e trouxe peste sobre o povo. Davi, aprendeu com isto e retomou uma vida doxológica.
Assim diz o Senhor dos Exércitos: considerai o vosso passado. Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa, dela me agradarei e serei glorificado, diz o Senhor. Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? Diz o Senhor dos Exércitos, por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa da sua própria casa. Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra, os seus frutos. Fiz vir a seca sobre a terra e sobre os montes, sobre o cereal, sobre o vinho, sobre o azeite e sobre o que a terra produz, como também sobre os homens, sobre os animais e sobre todo o trabalho das mãos (Ag 1.7-11).
Edificai a casa e dela me agradarei – Precisamos redescobrir a beleza da vida doxológica, da vida de culto, de adoração. Irmãos, precisamos retomar o primeiro amor, aquele que faz Deus ter a primazia do que somos. Ele se agrada disto e agradar a Deus nos dará alegria. Neemias, nesta mesma época declarou:
Alegria do Senhor é a nossa força (Ne 8.10) – Somente um coração sabe que está agradando a Deus receberá a verdadeira força para viver. O que a Escritura deseja promover em nós é a condição de um tipo de vida que se move no interesse de sempre agradar a Deus. DEUS FARÁ DE TUDO PARA QUE SEJAMOS ASSIM.
Com um assopro eu dissipei - Nosso coração sabe que Deus faz isto por amor. E Deus faz isso para o nosso bem. Ele diz que é por causa do culto que ele quer de nós e Ele deseja isto de nós para que sejamos realmente felizes. Deus deseja mudar o nosso coração e o seus desejos.
Disciplina de Deus – a disciplina operada por Deus na vida de seu povo era uma demonstração de como ele não descansaria enquanto não os colocasse na verdadeira estrada da luz.
VOCÊ SABE QUE PRECISA RESTAURAR A SUA VIDA DE CULTO QUANDO SEU CORAÇÃO ACUSA QUE DEUS ESTÁ REPROVANDO O MODO COMO VOCÊ ESTÁ VIVENDO.
Mas pode ser que alguém esteja sendo reprovado por Deus e não consiga ver isto. O que podemos dizer sobre isto? Podemos dizer duas coisas:
1)    Quem está sendo reprovado por Deus e não consegue perceber isto, pode estar tão dominado pelo pecado que Deus pesará ainda mais fortemente a sua mão para que veja. Isso é terrível! Mas Deus trabalhará, mesmo que duramente para que ele acorde de seu sono.
2)    Ou pior. Podemos dizer que quem está sendo reprovado por Deus e não consegue perceber isto, pode também não ser um filho de Deus, mesmo que ache que é. Seu coração é insensível e sua ruína será total.

Conclusão

Acredito que as conclusões para esta mensagem devem ser o resultado do modo como você se vê diante de Deus. O mais importante é você parar de se esconder e se expor diante da Palavra do Senhor.
Penso que é necessário que o filho de Deus tenha discernimento claro de si mesmo e o texto de Ageu é uma proposta de reflexão para todos nós. È objetivo, sem meias palavras que Deus precisa falar ao seu coração. Não podemos mais permanecer num tipo de relação de fachada com Deus, ou assumimos que amamos a Deus e confessamos pecados, ou assumimos que estamos mais dispostos a servir a nós mesmos.
Você tem deixado seus interesses pessoais sobreporem aos interesse da relação com Deus? Você tem sentido a falta de paz em sua alma? Você tem percebido a reprovação de Deus?
Você é corajoso o suficiente para estas coisas?
Então, meu amado irmão... você também será capaz de restaurar o seu culto a Deus e voltar ao seu primeiro amor e deixar sua vida girar em torno da vontade de Deus.
Como Cristo não buscou a si mesmo, mas deixou a vontade de seu Pai dirigir a sua vida, quando preferiu morrer a se salvar, porque sabia que estava vivendo e morrendo para o Pai.

Deus, é o único que cuida de você e a melhor maneira dele fazer isto é não deixar você ser senhor da sua própria vida.