Formando Sal no Fogo
O Poder Sedutor das
Riquezas Deste Mundo
Marcos
10.17-31
(Sermão Pregado na IP Vila Formosa - Março 2018)
Introdução
Meus irmãos, optamos nesta
noite por juntar estes dois trechos que em geral são usados em exposições
bíblicas separadamente. Da mesma forma em que optamos no sermão do domingo
passado por juntar dois textos, tendo em vista o seu conteúdo temático, hoje
veremos que estes dois trechos são destinados a tratar de um mesmo assunto: a
nossa relação com o Reino e com as riquezas deste mundo.
Nesta mensagem, vamos denominar
“riquezas deste mundo” todo e qualquer valor material que nos cerca. Não
estamos pensando só em dinheiro ou bens materiais de valor, embora eles estejam
no centro da passagem. A ideia que queremos propor é que as riquezas deste
mundo se constituem de todo e qualquer valor que possa dominar nosso interesse
pessoal. Tudo o que pode nos controlar e controlar nossas ações. Num certo
sentido, um namoro, uma nova formação acadêmica, um emprego e até mesmo uma
nova carreira, tudo isto pode ser considerado riqueza deste mundo.
A passagem é dividida em duas
partes. Na primeira, Jesus se vale do diálogo que teve com um jovem possuidor
de muitas riquezas. A partir deste diálogo ele ensinou os seus discípulos a
respeito do controle que os bens materiais, as riquezas deste mundo podem
exercer sobre nossa vida e como isto pode nos conduzir a um erro existêncial.
Nem sempre damos muito valor à
esta séria realidade, de nossa condição decaída e de como o anseio por riquezas
deste mundo tem poder de nos seduzir e fazer cair na nossa relação com Deus. Por
falta de atenção a este tema, muitas vezes nos convencemos erroneamente sobre a
real saúde da nossa vida com Deus. Por isso, muitas vezes, estamos enfermos na
fé e nem notamos.
O contexto de Marcos é o da
igreja primitiva, após a ascensão de Jesus e muito provavelmente, após a morte
de vários dos apóstolos. O que sabemos que era um quadro muito difícil de
perseguição, que tinha várias facetas, ideológica, religiosa e social. Em
outras palavras, nos dias em que Marcos escreveu o Evangelho, muitos crentes
estavam desanimados, ou desinteressados da igreja, porque estavam preocupados
com suas riquezas deste mundo e haviam perdido a real noção do valor da
eternidade do que é viver com Cristo.
Muitos não achavam errada a
mensagem do Evangelho, antes, consideravam que o Evangelho e a vida com Cristo
era realmente a melhor opção. O problema é que na vida prática, ser um cristão
implicava em perder tudo e sofrer perseguições, então, muitos optaram por um
cristianismo confessional mas não vivencial.
Este é o ponto de reflexão que
Marcos está propondo. Ao levantar este tema, dentro de uma sessão onde ele
discute como é que o sal é preparado para salgar, isto é, preparado no fogo, ou
seja por meio das vicissitudes, ele está desejando que a igreja veja em suas
próprias lutas não um motivo para desistir, mas uma razão para persistir no
caminho da fé. Ele está propondo que o erro estava no poder que as riquezas
deste mundo estavam exercendo sobre a vida de muitos crentes que praticavam uma
fé cristã não vivencial.
Você e eu somos chamados a
pensar sobre a realidade material ao nosso redor o quanto ela domina e
determina nossas ações, especialmente, o quanto este domínio nos afasta de
viver para o Rei.
O
Poder Sedutor das Riquezas Deste Mundo Age Para Assumir o Controle do Seu Coração Olhe
Para Dentro de Si Mesmo
E, pondo-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e, ajoelhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus. Sabes os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra teu pai e a tua mãe. Então, ele respondeu: Mestre, tudo isto tenho observado desde a minha juventude. E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me. Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades (Marcos 10.17-22).
Este primeiro trecho conta a
história da aproximação deste jovem, chamado de jovem rico, com Jesus. Notamos
que ele está disposto positivamente em relação a Jesus e várias coisas o
convenciam de estar fazendo isto de forma correta. No entanto, o verso 22,
tristemente nos informa que aquele moço não conseguiu se livrar do domínio que
as riquezas deste mundo exerciam sobre o seu coração.
Aproximação de Jesus – ajoelha-se – reverencia – irmãos, o começo do texto é muito positivo. Tudo indica que
estamos diante de um homem de especial piedade e respeito para com Jesus.
Apesar da resposta de Jesus em relação ao modo como lhe chama de “bom Mestre”,
o que temos é um quadro de um homem respeitosamente reverenciando Jesus Cristo.
Isto indica uma relação positiva em relação à Jesus Cristo.
Conhece e pratica os mandamentos – outro
ponto muito positivo é a sua relação com os mandamentos. Ele conhece e pratica
a lei que aprendeu. Ele reforça a ideia: tudo
isto tenho observado desde minha juventude. Ou seja, ele tem o cuidado de
usar palavras que denotam a totalidade da lei e sua atitude reverente de
guardar da lei, há um bom tempo.
Qual o problema deste moço? Qual
a questão que Jesus revela a respeito deste jovem? Este é o ponto, ele deveria
ter aprendido com a Lei que o ponto alto da Lei é que no final nosso coração
deve amar a Deus acima de tudo. Qualquer outro tipo de resultado não é o
resultado pretendido por Deus. Se lei serve apenas para que ele esteja inserido
numa comunidade e ser aceito pelas normas daquele grupo, ela não está chegando
ao resultado pretendido por Deus.
Uma coisa te falta – a coisa que faltava
não era a assistência social, a coisa que faltava não era ser pobre, a coisa
que faltava não era demonstrar generosidade. A coisa que faltava é que o seu
coração deveria ser integralmente de Deus e não era.
Vai vende tudo o que tens – da mesma
forma como ele enfatizou que havia guardado toda a lei, Jesus propõe que ele
venda tudo o que TINHA. Na verdade, meus irmãos, viemos a este mundo para não
possuir nada, somente uma coisa: DEVEMOS POSSUIR DEUS, ISTO É, AMAR A DEUS
SOBRE TODAS AS COISAS.
Terás um tesouro no céu - A prova cabal
do jovem rico era TER UM TESOURO NO CÉU E SEGUIR A CRISTO.
Digo ao Senhor: Tu és o meu Senhor, outro bem não possuo, senão a ti somente (Sl 16.2).Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra (Sl 73.25).
Irmãos precisamos provar quem
realmente domina o nosso coração. Onde estiver o nosso tesouro, ali estará o
nosso coração. Não podeis servir a dois senhores. Não podereis amar a Deus e às
riquezas.
Meus irmãos, este é um ponto de
grande importância. Devemos tomar muito cuidado para que nossa pratica cristã
realmente seja resultado da influencia da Lei sobre o nosso coração e isto se
mede pelo quanto amamos a Deus e estamos dispostos a segui-lo, apesar das
circunstâncias.
Quando nosso amor tem limites
do tipo, coisas que eu gosto, pessoas que eu aprecio, desde que não interfira
em meus planos pessoais, com certeza estamos em um trajeto de dominação das
riquezas sobre nosso coração.
Saiu contrariado com esta palavra – facilmente
podemos perceber que este moço amava seus bens em uma medida que talvez nem ele
mesmo esperasse. Embora tivesse anseios positivos e atitudes pessoais
positivas, ele não conseguiu fazer o caminho na direção do melhor, na direção
de Deus. Aqui diz que ele ficou com a face sombria diante da palavra de Jesus.
Ele não conseguiu esconder seu desapontamento, sua angústia. Jesus poderia
pedir outra coisa, mas não algo tão gritantemente injusto, ele pensou.
Fico pensando se o pedido de Deus
à Abrão poderia ser comparado a isto. Caros irmãos, precisamos nos colocar em
uma posição em que nossa fé nos conduza a amar a Deus sobre todas as coisas.
Precisamos de uma posição séria sobre o quanto as riquezas deste mundo
realmente nos controlam. Precisamos urgentemente reconsiderar a quem amamos.
O
Poder Sedutor das Riquezas Deste Mundo Só Pode Ser Superado Quando Confiamos em
Deus
Então, Jesus, olhando ao redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Os discípulos estranharam estas palavras; mas Jesus insistiu em dizer-lhes: Filhos, quão difícil é para os que confiam nas riquezas entrar no reino de Deus. É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. Eles ficaram sobremodo maravilhados, dizendo entre si: Então, quem pode ser salvo? Jesus, porém, fitando neles o olhar disse: Para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível (Marcos 10.23-27).
Vamos nos voltar agora para o
segundo trecho, focando nos discípulos e nas suas questões em relação a isto.
Os discípulos estranharam estas palavras
– o relato anterior diz que o jovem ficou contrariado, sombrio com a palavra
que havia ouvido e os discípulos agem da mesma maneira? Parece que Marcos está
desejando nos mostrar que esta sombria realidade não é apenas a realidade de
homens que não querem seguir a Cristo, mas também é a realidade discípulos.
Como é difícil (diskolon) – A palavra
que Jesus usa para ensinar é “diskolon” que é a junção de duas palavras: dis –
duro e kolon – comida. Seria o mesmo que dizer: comida difícil de engolir. Dificilmente entrarão no reino de Deus os
que têm riquezas. Precisamos digerir melhor este ponto e precisamos ser
sinceros com ele, de fato é difícil imaginar que existimos neste mundo e não
devemos pensar em nada dele. Afinal, quase tudo o que fazemos gira em torno dos
ganhos que temos nas causas deste mundo.
Eles ficaram maravilhados – quem pode ser salvo – irmãos, claro que os discípulos compreenderam o que estava em
jogo. Logo também eles perceberam um problema, que se tratava do fato de que
todos nós, somos fortemente dominados pelas riquezas deste mundo que nos cercam
e acordamos, vivemos e dormimos com nossos planos focados nelas. Nós mesmos sabemos o que isto representa e o
que representa para nossa realidade. Porque nós mesmos somos assim dominados.
Dificilmente engolimos este
pedaço de pedra do Evangelho. Quase sempre temos desculpas e novas
interpretações para dar, explicações que no fundo nada podem explicar. Todos os
que amarmos as riquezas mais que a Cristo não somos dignos de Cristo e
estaremos fadados a repetir a realidade do jovem rico.
O que fazer? Este é o ponto de
Jesus. CONFIAR EM DEUS COMO SENHOR E TRANSFORMADOR DA NOSSA REALIDADE.
Fitando neles o olhar – Marcos gosta
desta expressão. Ele já havia dito o mesmo sobre o modo como Jesus olhou para o
jovem rico, o que dá unidade a este trecho, no verso 21. No capítulo 3, ele diz
o mesmo, percorrendo o olhar sobre os que estavam na casa (Marcos 3.34). Esta
expressão aponta para a ideia de um olhar significativo, profundo, com a
intenção de comunicar uma verdade profunda, ele os chama a si com seu olhar.
Ele os convoca a pensarem sobre o que vai dizer.
Impossível dos homens e o possível de Deus – essa é a raiz do evangelho, que os homens amam mais as trevas que
a luz, mas Deus é poderoso para mudar o coração do homem. Irmãos, aqui Jesus
convoca os seus discípulos para andar com ele com a disposição de verem mudar o
mais profundo do seu coração. Eles não devem considerar como ponto de partida a
sua própria fé, ou a sua capacidade pessoal, o ponto de partida é Cristo, é
Deus.
O
Poder Sedutor das Riquezas Deste Mundo é Vencido Quando Usamos a Balança de
Valor do Reino de Cristo
Então, Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos e te seguimos. Tornou Jesus: Em verdade, vos digo, que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições, e, no mundo por vir, a vida eterna. Porém, muitos primeiros serão últimos, e os últimos primeiros (Marcos 10.28-31)
A atenção de Jesus se volta
novamente para os seus discípulos e para a atitude que devem ter em relação aos
bens deste mundo e a vida eterna. Sim, este é o ponto, o que realmente vale a
pena nesta vida, como medir o valor desta vida à luz da eternidade.
Este foi o problema do jovem
rico, ele não compreendia a continuidade entre as realidades presente e futura.
Ele as considerava coisas estanques não interconectadas. Jesus, propõe um
modelo diferente com uma balança de medidas diferente do mundo. Ele vai retomar este ponto nos versos 42 a 45,
quando falar sobre quem é o maior no reino dos céus. Existe uma avaliação
diferente a Deus e a dos homens.
Nós deixamos tudo e te seguimos – Pedro sai
em defesa de si e dos seus irmãos, apontando para o fato de que eles haviam
tomado a decisão que o jovem rico não tomou. Na verdade, irmãos, eles ainda
seriam desafiados a fazer isto e Pedro, na verdade, ainda iria negar a Cristo.
Mas, claro, Pedro está em um processo de aprendizagem, ele está sendo salgado
pelo fogo.
Todos que sabem perder ganham – o que é
ganhar ou perder? Este é o ponto que precisaos refletir aqui. Jesus está
dizendo que todos os que sabem perder por amor dele e por amor ao evangelho, irão
ganhar muito mais. Os princípios que valoram a vida com Cristo não são os
mesmos que valoram os hábitos das riquezas deste mundo.Irmãos, precisamos estar
preparados para saber valorar as coisas doutra forma, senão estaremos fadados à
infelicidade e seremos vítimas de um sistema religioso viciado como o do jovem
rico.
Ganham já no presente – Jesus tem o
cuidado de mostrar que se trata não de uma alegria no estado futuro de
salvação, como muitos às vezes pensam, mas uma satisfação na condição presente.
Aquilo que Paulo ensinou quando disse: aprendi
a viver contente em toda e qualquer situação. Tudo posso naquele que me
fortalece.
UMA NOVA BALANÇA NOS É DADA
PARA MEDIR A VIDA E A FELICIDADE, essa balança diverge da balança dos poderosos
deste mundo. Aqui, o que Jesus diz que é perder pai, mãe, filhos, irmãos,
campos... é ganho cem vezes mais. Ele está falando de conquistas que tem a ver
com outras pessoas e não somente com o nosso mundo EGO.
E o porvir a vida eterna – a importante
mensagem de que a vida eterna é uma continuação vida presente é uma mudança
conceitual que precisamos implementar. Separar estas duas coisas é viver fadado
ao insucesso espiritual como o jovem rico. Ao contrário, precisamos unir estas
coisas para que as coisas temporais tenham valor eterno e se revistam da graça
que o vida eterna é capaz de nos trazer. O gozo que podemos desfrutar na vida
cristã é muito maior que o simples prazer temporal de qualquer benção
passageira. Podemos viver o eterno em meio ao temporal.
Porém últimos serão primeiros e primeiros últimos – esta é a advertência principal da passagem. Ela retoma o que
havia sido exposto sobre o jovem rico. Ele parecia ser um candidato à primeiro
da fila na entrada no céu, mas se enganou. Caros irmãos, precisamos pensar
muito mais seriamente sobre o que estamos realmente fazendo com a nossa vida
cristã e como a estamos construindo. Não podemos continuar vivendo como se fôssemos
os primeiros, mas deixando os verdadeiros valores por último. Não podemos amar
a Deus e as riquezas. Precisamos reconsiderar e refletir sobre os valores que
estão guiando a nossa vida. Lembre-se e reflita sobre o fato de que os valores
do reino de Cristo são mensurados de forma diferenciada das riquezas deste mundo.
Conclusão
Meus irmãos, precisamos pensar
muito seriamente sobre este poder sedutor das riquezas e o quanto em nosso
coração ele tem operado e avançado sobre nosso coração. Não precisamos ir muito
longe para descobrir que o tempo todo estamos sobre o ataque pernicioso do
poder sedutor das riquezas deste mundo. Facilmente notamos que damos mais
importância a chegar na hora num compromisso profissional que chegar na hora do
culto a Deus. Claramente percebemos que nos inclinamos a tratar com muito maior
responsabilidade assuntos que cercam nossos interesses materiais, a cuidar com
responsabilidade nossas tarefas no coletivo da igreja. Pessoas desistem mais facilmente
de seus ministérios, mas não abrem mão de tarefas que assumiram em outras áreas
da vida social.
Irmãos não precisamos nos
enganar, podemos e precisamos considerar com toda franqueza nossa realidade e a
realidade do poder sedutor das riquezas deste mundo sobre nossas decisões,
escolhas, preferências, uso do tempo etc.
O que precisamos considerar a
partir deste texto é que não podemos permanecer simplesmente reféns desta
situação. Não podemos simplesmente achar que isso não irá fazer nenhuma
diferença. Não podemos apenas parecer pessoas que seguem a Cristo, precisamos
que a Lei faça todo o seu papel, que nos conduzir a amar a Deus acima de todas
as coisas e em primeiro lugar.
Não podemos nos deixar vencer
por um pensamento tolo de que está tudo certo, de que ser realista é viver segundo
o domínio das riquezas deste mundo. Não, precisamos confiar que Deus tem poder
para nos fazer vitoriosos e tem poder para nos levar a um modelo que supere
esta escravidão ao poder sedutor das riquezas deste mundo. Precisamos confiar
no possível de Deus.
Por fim, irmãos, precisamos aprender
a medir a vida e a importância e o lugar das coisas pela balança de Deus,
usando os critérios do Reino dos Céus e não podemos simplesmente seguir em
frente, confiando nas riquezas deste mundo. Devemos nos lembrar de que ninguém
pode servir a dois senhores. Deus não quer que você se divida com outro Senhor.
Encare com profundidade, com seriedade, com
transparência sua própria vida. Não tampe o sol com uma peneira, mas faça uma
perfeita avaliação de sua própria alma e coração. Confie em Deus e peça a ele
que lhe transforme. Socorra-se em Deus e clame a Ele que te ajude. Hoje, a
balança de Deus nos diz que é melhor perder o mundo inteiro e salvar a sua
alma.
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