31 de janeiro de 2016

João 3.1-15


Como Se Constrói a Igreja de Cristo?

Uma Igreja Olhando Para Cristo

João 3.1-15


(Sermão Pregado na IP Vila Formosa em 31 de Janeiro de 2015 - Por ocasião do Culto de Gratidão pelo 57º aniversário da Igreja)


Foco da Nossa Condição Decaída
Toda a questão que precisamos pensar a respeito da natureza, propósito e possibilidades da Igreja de Cristo passa por uma aprofundada consideração do seu caráter derivativo, isto é, a Igreja não se constrói, mas é construída e quanto mais ela olha para Cristo, mais ela aperfeiçoa seu estado como Corpo de Cristo e seu espelho para este mundo.

Introdução
Numa certa noite, um dos mais importantes homens da fé judaica nos dias de Jesus foi procura-lo. Este homem era Nicodemus. Ele talvez representasse um grupo de importantes religiosos que não quiseram se arriscar serem vistos com Jesus.
Certamente, Nicodemus tinha a incumbência de questionar Jesus, afinal, o modo como ele se aproxima de Jesus, denota que este grupo furtivo tinha dúvidas sobre Jesus, mas também reconhecia que havia algo diferente naquele homem de Nazaré.
Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele (João 3.2).
No entanto, antes mesmo de fazer a pergunta que pretendia, Jesus o interpelou com uma profunda afirmação sobre a natureza daqueles que são chamados para servir a Deus:
Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus (João 3.3).
Foi assim que João, o apóstolo, introduziu mais uma seção do seu Evangelho, dentro daquele conjunto maior, chamado de “Livro dos Sinais”. A questão que se levanta nestes versos que temos diante de nós tem é diretamente relacionada à importante pergunta: “Como Se Constrói a Igreja de Cristo”.
Nos dias de João, venho dizendo insistentemente nesta série de sermões, a igreja tinha enorme dificuldade para se compreender e discernir a realidade ao seu redor. Por causa das difíceis condições para a vida cristã no final do primeiro século, muitos cristãos estavam desorientados e vivendo um cristianismo com muitas mesclas perigosas.
Uma boa visão do problema da igreja no final do primeiro século pode ser observada nos Escritos de João, principalmente nos capítulos iniciais de Apocalipse, que retratam as igreja da Ásia menor e sua complicada vida, de altos e baixos na fé.
Tenho certeza que de alguma maneira estes altos e baixos da vida cristã podem ser percebidos na igreja dos nossos dias. Muitos cristãos evangélicos não conseguem se compreender como Corpo de Cristo e não conseguem discernir a realidade ao seu redor para a qual Deus o chamou para ser testemunha de Cristo.
A questão mais central para nós esta noite é esta: Como Se Constrói a Igreja de Cristo? No fundo, a questão não é exatamente respondida em “Como Se Constrói a Igreja de Cristo”, mas “Como a Igreja de Cristo é Construída”.
Acredito que esta seja uma pergunta muito pertinente para o dia de hoje, já que comemoramos o 57ºaniversário da nossa igreja. SE você notou bem, houve uma ênfase no roteiro que apresentamos até aqui: Deus foi à frente da nossa história. Com certeza, esta é uma resposta muito adequada para nós esta noite.
Creio que Deus sempre vai à nossa frente e que Ele sempre está à frente de sua igreja, preparando de tudo para que ela alcance o mais elevado patamar vivencial. A questão deve se concentrar em pensar exatamente nisto. Ou seja, pensar na nossa vida e tentar descobrir o que é preciso fazer para construirmos um relacionamento verdadeiro, íntimo, maduro e muito positivo com Deus.
O que fazer, quando olhamos para nós e o que vemos é só um caco de fé, um destroço de alma e pequenos pedaços feridos e perdidos de um coração que poderia ser feliz e não é?
Outrossim, o que precisamos fazer para que, de fato, nos tornemos e despertemos para um viver em Cristo que realmente nos qualifique como uma IGREJA MAIS FORMOSA PARA CRISTO?
Eu vos convido a esta meditação com muito temor e tremor no coração, porque sei que, se neste dia Deus quiser mudar vidas o fará e se Ele quiser trazer sobre todos nós o seu  Espírito em avivamento ele trará, e se Ele desejar restaurar vidas, ele o fará. Por isso, para mim, este é um tempo de muita importância e espero que você também compreenda assim.

A Igreja de Cristo Se Constrói a Partir de Uma Mudança Radical de Princípio de Vida
Quando Nicodemus chegou à Jesus, trazia consigo uma história dentro de sua fé judaica. Com certeza, sua boa reputação, sua conduta religiosa precisa e o carisma que o levou à liderança do seu povo, eram aspectos que ele prezava muito bem.
Talvez ele trouxesse alguma pergunta a Jesus para tentar compreender exatamente quem era e o que pretendia aquele homem que transformava a água em vinho, se levantara com veemência para defender o templo e curava enfermos. Ele talvez viesse sabatina-lo sobre alguma parte da Lei para ver se realmente ela a conhecia.
No entanto, antes mesmo de começar a levantar seus posicionamentos, Cristo Jesus vai direto ao ponto. Ao ponto mais angustiante para a alma humana: Jesus quer falar com Nicodemus sobre a vida eterna, sobre o Reino de Deus.
Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus (João 3.3).
Na sua lógica, Nicodemus não associaria aquela fala de Jesus a nada plausível. Ele não tinha nenhuma informação sobre o processo de mudança a que Deus conclama seus filhos.
Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? (João 3.4).
Ele até poderia compreender o inusitado, inesperado e até mesmo o impossível, no entanto, Nicodemus não poderia compreender o conceito que Jesus estava levantando, que trata de uma das questões centrais da vida cristã: a transformação radical do coração humano.
O Novo Nascimento - nascer de novo é portanto um maneira diferente de dizer que Deus age no centro da nossa existência nos conclamando à uma  mudança radical de valores e metas para a vida.
O Reino de Deus é a proposta que está por detrás deste novo nascer. Não é possível ver, ou vivenciar este reino sem nascer de novo. O curioso nisto que Jesus disse é que ele usou o verbo “anothen” que literalmente significaria: “lá do alto”. Como em Tiago 1.17, onde é usado para se referir a “toda boa dádiva lá do alto”. Nascer lá do alto para ver (horal), isto é, ver no sentido de ter discernimento.
Ainda há muitas pessoas como Nicodemus que se mantém em um modelo de fé que parte delas para elas mesmas. São seu próprio padrão de fé e nada conseguem compreender além daquilo que “querem”. Não percebem o quanto isto as limita e impede de um viver profundo na presença de Deus. Esta é a razão porque sua fé é tão afetada pelos acontecimentos que lhe cercam.
A mudança radical que Cristo propõe é de visão. Ele nos convida a ver as coisas a partir de um novo ângulo, o ponto de vista lá do alto, uma perspectiva de vida que te liberta e te faz compreender o elevado patamar do Reino de Deus, sua importância e valor.
O que veremos a seguir no texto é que este novo patamar não pode ser alcançado pela mera busca humana, é preciso que a Igreja compreenda que somente Deus pode leva-la a ver estas coisas.

A Igreja de Cristo Se Constrói a Partir de Um Poderoso Agir Direcionador do Espírito Santo
Este é o ponto para qual Jesus conduz o confuso Nicodemus. Ele precisava considerar sua fé não mais a partir de seus esforços, mas do amor e poder divinos agindo em sua vida.
Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito (João 3.5-6).
Esta é a segunda negativa de Cristo em relação ao Reino. A primeira apontava para a impossibilidade de “discernir” (horal) o Reino de Deus. Neste ponto agora, ele usa o verbo “eisserckhomai” (surgir, ser trazido), que tem um sentido mais prático de ser levado a fazer parte da ação no Reino de Deus. Seria como se num teatro, um ator, fosse à plateia e trouxesse alguém para  contracenar com ele no palco.
Se a primeira negativa tinha a ver com o discernimento ou entendimento do Reino, esta segunda é mais prática e tem a ver com a ação efetiva, fazer parte efetivamente do Reino.
O contraste entre “nascer da água e do Espírito” é o “nascer da carne”, do verso 6. Neste verso fica ainda mais claro este contraste. Com certeza, João está se referindo ao tipo de reino que a religião judaica podia construir, com sua tradição e com sua autoconfiança na descendência abraâmica.
Não te admires de eu  te dizer: importa-vos nascer de novo  (João 3.7).
O ponto que Jesus critica aqui é a construção de uma fé baseada somente na tradição ou na presunção da auto determinação. Em contraste, a proposta de Jesus é que a Igreja é construída a partir de Deus de seu poder e vontade efetivados pelo Espírito Santo. Nascer de novo ou nascer do Espírito tem a força de apontar para uma fé estabelecida do alto, por Deus, e por Ele dirigida.
O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito (João 3.5-6).
Em outras palavras, Jesus está dizendo que precisamos compreender que a dinâmica do Reino não é determinada por nós, mas por Ele. Precisamos nos lançar com humildade nas mãos de Deus.
Algumas vezes tentamos controlar as realidades espirituais da nossa vida. Outras, forjamos realidades espirituais que nem existem, como se tentássemos nos convencer. O ponto de Jesus é que a simplicidade de deixar o Espírito nos conduzir, implica na humildade até de reconhecer que o  construímos, muitas vezes, é palha e não vida de fé.
O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas sabes donde vem, nem para onde vai; assim é o que é nascido do Espírito (João 3.8).
Jesus resume seu ponto a respeito do nascimento do Espírito, dizendo que o homem não controla a vontade de Deus, mas é controlado por ela. Apenas pode ouvir o seu comando e seguir, contudo, segue o caminho de Deus e não o seu próprio.
Nicodemus, como podemos ver nos próximos versos tinha muita dificuldade para largar a condução de sua própria vida e se deixar conduzir por Deus. Ele se apegava demais aos modelos pessoais e não se humilhava, diante da direção de Deus. Ele é um protótipo de muitos de nós, que jamais conseguirão caminhar na direção certa porque resistem a Deus.
Como pode ser isto? Acudiu Jesus: tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto, contudo, não aceitais o nosso testemunho. Em se tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais? (João 3.9-12).
Nestes versos o que vemos é o desfechar lógico desta conversa, quando a resistência do coração do homem não é rompida. Isto é, ele não nasce de novo, não pode discernir o Reino e não nasce do Espírito, não pode construir no reino.
Este ponto apenas reforça a necessidade que a igreja tem de construir a sua fé com humilde entrega de sua vida ao controle de Deus, por meio da sua Palavra e do agir do Espírito Santo.
Algumas vezes, nossas decisões a respeito da vida de fé são baseadas em sentimentos, fortes emoções, percepções humanas da realidade, mas não o  produto da direção da Escritura.
Sei que muitos negam a força ativa da Palavra de Deus, culpam os pregadores de serem seus intérpretes e usam os erros de homens que nunca foram dirigidos por Deus na sua construção espiritual para desacreditarem a Palavra de Deus.
Mas Jesus propõe uma construção submissa da igreja na força e vontade do Espírito que a conduz com sua voz, por meio da Palavra. A melhor atitude é a da rendição e não da resistência.
A igreja não é um produto humano, mas o resultado do agir de Deus, por meio do Espírito Santo. A grande questão é: saber tudo isto mudaria o coração de Nicodemus?

A Igreja de Cristo Se Constrói a Partir de Um Olhar Suplicante para a Cruz de Cristo
Coloque-se no lugar de Nicodemus nesta conversa. Você vem até Jesus, sabe que ele fala e age da parte de Deus, é interpelado a respeito da sua falsa segurança e convicções espirituais e agora está com este pepino na mão: você é declarado incapaz de discernir e participar do Reino dos Céus.
Das duas uma: ou você “chuta o balde” e abandona completamente a este Jesus, ou continua ouvindo e seguindo sua proposta, mesmo que você se sinta meio nú, sem possibilidades, porque você se conhece muito bem e sabe que tudo é verdade a seu respeito.
Nicodemus, permaneceu ouvindo e, para a honra do Nome de Cristo, tudo indica que isto mudou a sua vida e ele nasceu de novo. O próprio João volta a este homem, no capítulo 19 dizendo o seguinte:
E também Nicodemus, aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite, foi, levando cerca de cem libras de um composto de mirra e aloés. Tomaram (junto com José de Arimatéia), pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro (João 19.39-40).
Existem fortes elementos que nos conduzem a crer na conversão de Nicodemus. O fato de que agora, não está mais furtivamente se identificando com Jesus, mas se propondo a deixar claro sua convicção de que aquele homem, morto como um malfeitor, não poderia ser tratado assim.
O que perguntamos é: o que aconteceu? Qual a diferença entre o Nicodemus furtivo daquela noite, para o Nicodemus depois da cruz?
Voltando àquela conversa da noite. Jesus completa e a repreensão de Jesus diante da resistência do coração de Nicodemus com a seguinte frase:
Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem que está no céu (João 3.13).
Quando Nicodemus procurou Jesus logo lhe falou afirmando:
Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele (João 3.2).  
Na verdade, agora Jesus resolveu voltar ao ponto que intrigava Nicodemus e responde: de fato eu vim da parte de Deus. Contudo, Jesus está apontando para uma percepção de sua origem da parte de Deus, talvez de forma mais aprofundada do aquela que Nicodemus tinha pensado inicialmente.
Jesus não era apenas um enviado de Deus, como os demais profetas, mas ele era realmente o Filho Unigênito do Pai, ou como simplesmente o profeta Daniel dizia: O Filho do Homem. Aquele, que segundo este Evangelho, estava no princípio com Deus. Por isto ele afirmou: aquele que de lá desceu.
Nicodemus não estava apenas falando com um “Rabi” ou um “profeta”, como julgava inicialmente ser. Quando ele disse: “Da parte de Deus tu és mestre”, estava dizendo, que o que ele ensinava era notório que tinha a ver com uma mensagem vinda de Deus, nos termos que os profetas também falavam da parte de Deus.
No entanto, Jesus se revela a Ele como sendo o Filho de Deus e, agora, este tema dominará esta conversa, ficando ainda mais clara a intenção de Jesus no verso 16: Deus enviou o  seu Filho ao mundo para o salvar.
Nicodemus estava sendo convidado a subir um degrau a mais e entrar numa nova cena, num palco onde Jesus é o Senhor. Agora, Nicodemus que você está preocupado sobre o que fazer, já que não podes dominar a Deus e não podes construir sua fé a partir de si mesmo, eu vou te dizer o que é preciso fazer.
E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna (João 3.14-15).
O que era a serpente do deserto? Para quem não conhece bem esta história, ela está registrada em Números, capítulo 21, versos 4-9. Naquela ocasião, o povo tinha se rebelado contra Deus e contra Moisés, não aceitavam a comida que vinha de Deus, achavam um lixo o maná e estavam cansado. Queriam uma experiência diferente com Deus e não aquela mesma de sempre.
Bem, Deus não brincou com o seu povo. Simplesmente enviou serpentes, cujo veneno causava uma febre muito alta e muitos morreram por conta disto. O povo reconheceu que tinha de voltar para Deus. Por isso, ordenou a Moisés que fizesse uma serpente, que representasse o perigo maior que o veneno das serpentes venenosas do deserto, que é o perigo de estar em sentido contrário ao de Deus.
Disse o Senhor a Moisés. Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que  todo o mordido que a mirar viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste, sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze sarava (Números 21.8-9).
Voltando a Jesus e Nicodemus, o que o Senhor estava dizendo ao inseguro fariseu é que toda a fraqueza humana e todo o veneno que se espalhou em nosso coração por causa do pecado, que nos afasta de Deus e nos faz viver uma fé paralela, guiada pelo homem e não pelo Espírito, poderia ser sim eliminado. O antidoto era olhar para Jesus na cruz.
A cruz que Nicodemus viu, da qual depois tirou o corpo de Jesus, era justamente o antídoto para esta religiosidade vazia, esta vida incerta de quem pensa que está em pé, mas anda vacilante e a própria vida parece mostrar isto.
Sem dúvida, o que aconteceu na vida de Nicodemus foi o olhar para a Cruz de Cristo e ser curado. Não existe igreja sem a Cruz e não existe fé se você ainda não mirou em Cristo na cruz. A cruz de Cristo é a purificação do veneno do egocentrismo, da fé, baseada em nós mesmos e da nossa presunção tola.
A IGREJA SE CONSTRÓI TENDO A CRUZ COMO SEU PONTO DE PARTIDA. LOGO ESTRAREMOS NO CICLO DA PÁSCOA E LOGO ESTAREMOS OLHANDO PARA CRUZ. Aqui, usamos uma simbologia, montamos uma Cruz e colocamos nela uma ramada de uva, uma videira. Isto aponta para o fato de que a Igreja cresce sustentada pela Cruz de Cristo.


Conclusão
O convite da Escritura para esta noite é que nossa história não pode nos salvar se não olharmos para a Cruz. A sua vida precisa ser conduzida por Deus, você precisa ser dirigido pelo alto e deve ser levado a agir pelo Espírito de Deus.
Não podemos construir a nós mesmos, mas podemos ser pedras vivas que o próprio Senhor ajuntou para fazer de nós a sua Igreja Viva.
Talvez, você tenha muitas dificuldades. Não consegue ser o crente que gostaria de ser e tem uma tendência a construir um Deus de um jeito que não te incomode e que te faça se sentir bem.
Não nada errado em querer se sentir bem, mas quando se sentir bem significa não fazer as coisas do jeito de Deus, isto aponta para algo muito errado e perigoso.
Quem não nascer de novo não pode ver o reino dos céus e não pode entrar nele - isto é muito sério, porque é muito perigoso, pois pode nos levar ao desastre eterno:
O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más (João 3.19).
Mas, nesta noite, a Escritura nos convida para olhar firme para a Cruz. Isto significa compreender que ele estava lá, reconciliando você com Deus. Ele estava lá, abrindo a porta para Nicodemus, para os crentes dos dias de João e para mim e você.
A Cruz é o lugar onde se deve chegar de joelhos e sair em pé. O convite da Cruz de Cristo é o convite para uma IGREJA QUE DESEJA SER MAIS FORMOSA, MAIS PARECIDA COM JESUS.
Hoje, poderá ser o começo de uma vida nova para você e para esta igreja. Hoje, poderemos olhar para Cristo e nos tornarmos mais parecidos com Ele. É assim que cremos:
Todo aquele que nele crê tem a vida eterna (João 3.15 adaptado)

APLICAÇÃO
A Igreja Presbiteriana de Vila Formosa tem um grande chamado de Deus para ser luz nesta cidade. Nossa história é uma prova disto. Muitas almas podem conhecer a Cristo e muitos serviços podem ser ministrados a todos e à sociedade. Ministérios novos precisam surgir, como ministérios da área social, esportes, cultura, terceira idade etc. Na verdade sonhamos com a CONSTRUÇÃO DE UMA IGREJA QUE AGE E VIVE PARA CRISTO, SENDO LUZ NO MEIO DAS TREVAS. Também temos o chamado para continuar abençoando famílias, cuidando do ensino, orando e pregando a Palavra.
Mas, a Igreja Presbiteriana de Vila Formosa precisa assumir o seu papel, isto inclui todos vocês que fazem parte desta história. Inclui você que foi membro aqui e hoje está servindo a Deus em outros lugares, você que tem visitado com frequência este lugar, você que está chegando agora, e principalmente você que tem servido a Deus aqui conosco, tem um chamado. Nosso papel é desenvolver este ministério e cada um de nós ser uma ferramenta de Deus.
Aos nossos queridos que servem em outras igrejas, temos que dizer que desejamos que vocês falem do nosso amor por Deus aqui na Vila Formosa e orem por nós. Sabemos que Deus os chamou para outras tarefas no reino. Mas, quero que saibam que as portas da igreja e do coração da igreja estão abertas por que consideramos a todos vocês verdadeiros filhos deste rebanho.
Vocês viram os cinco propósitos que foram apresentados e nós desejamos, baseados na vontade de Cristo para a Igreja, cumpri-los em nome de Jesus.
Algumas vezes, nos desanimamos com nossas próprias falhas. Outras vezes, entristecemos pessoas, irmãos em Cristo, porque somos falhos e limitados. A questão é que cremos que podemos olhar para Cruz e pedir a Deus que nos cure e nos dirija e seguindo esta fé, convidamos a todos para andar conosco, mesmo em meio ao deserto a gente pode viver e agradar a Deus.
Feliz aniversário Igreja Presbiteriana de Vila Formosa. O que eu peço a Deus é que FAÇA DA NOSSA IGREJA CADA DIA MAIS FORMOSA.

Oração
Senhor, obrigado por fazer parte da história do Reino de Deus na terra, escrito com o nome de Igreja Presbiteriana de Vila Formosa. Agora, entretanto, Senhor, peço que sejas misericordioso e faça a beleza de Cristo se ver em nós. Derrame seu Espírito em abundância e nos faça mais formosos para Ti.
Em nome de Jesus! Amém!




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