22 de setembro de 2019

Salmo 29.1-11

Adoração é Um Dever Resultante da Glória e Majestade de Deus

(Culto da Noite – Setembro2019 – IP Tatuapé)
Salmo 29.1-11
Introdução
Os salmos são uma literatura riquíssima! Sua linguagem poética enche nossos corações de fé! Neles, vemos retratadas verdades em frases poéticas, cuja principal qualidade é a capacidade de nos fazer sentir a presença gloriosa de Deus. Sem dúvida alguma, os salmos nos conduzem ao coração de Deus e o trazem para dentro dos nossos próprios corações. 
Nesta noite, meus irmãos, temos diante de nós um salmo que muito me ensina a respeito do meu dever de temor ao Senhor. Davi é o seu autor e o poderoso Rei de Israel está pronto a revelar humildade diante de Deus e nos convidar à mesma atitude de reverente e humilde temor diante do Senhor. 
Olhando para este Salmo veremos que ele fala conosco da seguinte forma: a) primeiramente, Davi nos conclama à verdade absoluta da “adoração como um dever” dos homens para com Deus. Ele faz isto nos versos 1 e 2, na forma de uma convocação à entrega deste reconhecimento a Deus; b) em seguida, nos versos 3 a 11, ele parece propor exemplos desta gloria e majestade de Deus que deve estar por detrás de nossa ação de adoração, uma vez que o ponto de partida para tal feito humano é o senso profundo do coração. O temor do Senhor, assim como o amor a Ele são modos de nosso coração revelar nossa profunda admiração e reconhecimento da glória e majestade de Deus. Nestes versos 3 a 11 vamos construir nossa convicção sobre as razões que nos levarão ao prazer de adorar e de cumprir o nosso dever de reconhecer a glória e a majestade de Deus. 
Precisamos permitir que este texto nos encontre em nossa vida com Deus. Precisamos abrir nosso coração para ser vasculhado e nossas intenções pesadas na balança do nosso Deus. Por isso, irmãos, esta noite, devemos buscar neste texto o nosso próprio pensamento sobre o porque adoramos a Deus. Talvez, como o próprio povo de Israel nos dias de Isaías e Amós, também sejamos um povo busca a Deus não por Deus, mas por nós mesmos, pelos nossos interesses e pela mecânica tão agradável de ter uma religião. 
Ao final, pretendo voltar aos versos iniciais, cheio em nosso coração com as palavras que veremos nos versos 3 a 11. Tente, encontrar caminho para seu próprio coração neste texto de hoje. 

A Adoração é Uma Entrega a Deus e o Seu Reconhecimento  Decorrente de Uma Visão Impactante da Grandeza da Sua Majestade
O salmista é pródigo nas figuras das quais lança mão para falar ao coração dos filhos de Israel. Primeiramente, devemos ter em mente o público que o salmista pretende atingir. O salmo nos diz que a conclamação é para os “filhos dos deuses”. Na nossa bíblia Revista e Atualizada, temos a seguinte tradução do verso 1: 
Tributai ao Senhor, filhos de Deus (Salmo 1.1a). (Banuh LaYehowah Bani Elim)  
BANI ELIN – Seria literalmente: “filhos de deuses” (El: singular Elim: plural). Talvez o ponto do salmista não seria falar exatamente aos filhos de Deus no sentido do povo da aliança, mas talvez desejasse falar diretamente àqueles que tinham linhagem nobre, ou que se consideravam com poder. Filhos de deuses, seria o mesmo que apontar para “homens poderosos”. O salmo 82 é um bom exemplo dessa linguagem: Sois deuses... Sois poderosos... neste sentido. 
Portanto, quero com isso dizer que o público para o qual Davi escreve é aquele que pensa de si mesmo com elevada estima por sua reputação e por sua posição no mundo. Num certo sentido, estamos falando de pessoas presunçosas que em seus corações alimentam falsas percepções sobre si mesmos. Estes são conclamados a repensar o que estão fazendo e como estão buscando a presença de Deus. 
Ouve-se a voz do Senhor sobre as águas; troveja o Deus da glória; o Senhor está sobre as muitas águas. A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade (Salmo 29.3-4). 
A voz do Senhor sobre as águas – sobre as muitas águas-  o salmista usa a figura das muitas águas para falar da multidão das nações e dos exércitos. A voz de Deus está encobrindo todo o som que vêm das muitas nações da face da terra. A voz do Senhor está sobre as muitas águas, veja que essa é a ênfase.
A voz do Senhor é poderosa, cheia de majestade– Aqui, o ponto central é que a voz de Deus é impactantemente majestosa e poderosa. O som da sua voz é como um trovão, cujo som produz a ideia de poderosa majestade. O som é tão majestoso que estremece aquele que teme ao Senhor. 
A adoração é aquilo que entregamos a Deus em reconhecimento daquilo que Ele é, de sua gloriosa majestade. Quando essa é a visão que domina o nosso coração, descobrimos que é impossível não adorá-lo, como se fosse uma lógica impossível, deixar de adorá-lo, quando se reconhece esse poder e majestade. 

A Adoração é Uma Entrega a Deus e o Seu Reconhecimento  Decorrente de Uma Visão Impactante da Supremacia da Sua Força Diante de Todos os Poderes da Terra
Nos versos 5 a 9, Davi usa figuras da natureza para mostrar aos homens poderosos e presunçosos que Deus tem força para fazer dobrar todos os poderes da terra. 
Ele quebra os cedros – despedaça os cedros do Libano– essa é uma das figuras mais conhecidas do Velho Testamento, a grandiosidade, estabilidade e majestade do “cedro”, em particular o “Cedro do Libano”. Todos compreendiam a durabilidade, constância e segurança que essas enormes árvores. O texto diz que a voz de Deus não toma conhecimento desta grandiosidade e as derruba, quebra e depois usa uma expressão ainda mais forte: quebra a ponto de despedaçar. Davi está falando daqueles que ainda não perceberam que os homens mais poderosos são despedaçáveis diante da voz de Deus.
Eles saltam como bezerros– nessa expressão há um forte exagero, para deixar claro o ponto de Davi, que é o de fazer das figuras mais majestosas um  elemento frágil e das figuras mais estáveis um elemento instável e pouco confiável. 
O Líbano e Siriom– duas montanhas respeitadíssimas. Este Siriom é também o Monte Hebrom, no norte da Palestina. Assim como os cedros, estas enormes e majestosas montanhas são como gado selvagem a ser domado. Deus os faz pular para domar, como os domadores faziam com os animais das suas tribos. 
Faz tremer o deserto- Ele agora volta seus exemplos para aqueles que tentam resistir a Deus. Eles são exemplificados na figura do deserto. O deserto de Cades foi um dos grandes desafios do povo que caminhava na direção da terra prometida. Agora, entretanto, o quente deserto é só um alvo das chamas de fogo que são despedidas pela voz do Senhor. O Senhor queimaria o próprio deserto com a sua voz. 
Desnuda os bosques – dá cria às corças– A voz de Deus está na chefia das estações e nos tempos em que as coisas dão seus frutos, tanto plantas quanto animais.
No seu tempo, tudo diz: glória!– na obra da criação, o templo majestoso do universo, todas as coisas apontam para a glória do Altíssimo. Porque o Senhor Altíssimo é tremendo, é o Rei de toda a terra. 
 A adoração é uma entrega e um reconhecimento de Deus, decorrentes de Uma Visão Impactante da Supremacia da Força de Deus Sobre todos os poderes da terra. Um verdadeiro adorador sabe que Deus é maior e acima dele não há nada. Nada é maior que Deus e nada deve ocupar o seu lugar de importância em nossa vida. Qualquer atitude que seja contrária a esse poder imenso de Deus deve ser logo abandonada . 

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