1 de dezembro de 2019

Marcos 4.30-32 - Aniversário 9 Anos IPT

Como Um Grão de Mostarda
(Culto da Noite – Dezembro 2019 – IP Tatuapé)
Marcos 4.30-32

Foco da Nossa Condição Decaída
Precisamos aprender a ver o Reino de Deus na perspectiva de Deus. O poder é dele, a obra é dele, somos apenas cooperadores, através dos quais, o poder opera. Assim o Reino dos céus é potencialmente uma grande árvore, mas no dia a dia, somos apenas pequenas e insignificantes sementes. Aprender a confiar e trabalhar olhando para Cristo, confiado em Cristo e oferecendo a glória a Ele é o que realmente nos dará um ministério apreciado e abençoado.

Introdução
Os três evangelhos sinóticos trazem essa parábola. Para Mateus ela está ligada ao conjunto das parábolas do Reino, ilustrado, algumas vezes, por meio de elementos agrícolas. Lucas, a insere também no meio de parábolas agrícolas, mas ele prefere fazer comparações entre árvores saudáveis e árvores enfermas. Marcos, por sua vez, prefere situá-la entre as conversas estratégicas de Cristo com seus discípulos, aos quais ele havia chamado, no capítulo 3. 
A intenção de Marcos parece ser a de marcar a mente dos seus discípulos com a figura importante e necessária da coragem para seguir adiante na luta pelo Reino de Cristo. Eles deveriam saber algumas coisas sobre o Reino de Deus, na pessoa do seu Filho Jesus:
a) um reino que se espalha e produz vida por meio da Palavra de Deus; 
b) um reino que trará luz ao mundo; 
c) um reino que não depende dos homens para produzir seus frutos; 
d) um reino que pode começar pequeno, mas deve sempre pensar que haverá de fazer uma grande obra para o Senhor.

Três lições que Jesus precisa que estejam nos corações dos discípulos enquanto eles caminham na terra, esperando que o Reino venha sobre eles: 
1) Eles existem para servir ao Reino de Deus e precisam aprender sobre isto; 
2) Eles são pequenos e não devem deixar a humildade como uma marca; 
3) Eles não podem se esquecer de que Deus tem um plano abençoador que ele trará à luz através da Igreja e ela não pode perder este foco. 
Sei que você já sabe bastante sobre igreja e que já deve ter ouvido alguns sermões nesta passagem. Esta noite, não quero apenas que você ouça um sermão e inclua na sua lista de mensagens ouvidas. Desejo, antes, que a Palavra de Deus nos aponte que somos e como estamos vivendo a nossa relação com Deus, a fim de que possamos nos arrepender de viver para as coisas erradas e escolher servir e acalentar no coração a esperança da glória do Reino de Deus. 
Fale com Deus e peça a Ele que conduz o seu coração ao Rio da Vida da Palavra, onde a água alivia a sede e o refrigério é superior, porque é espiritual.   

Como Um Grão de Mostarda – A Igreja Precisa Lembrar-se Que é Seu Dever Ser Uma Janela Para Que Muitos Possam Conhecer em Nós o REINO DE CRISTO

Hoje pela manhã, o Rev. André Aramis nos conduziu na Palavra, exatamente na parábola da Figueira Estéril, que ele leu em Lucas, capítulo 13. Uma planta doente, que não produzia frutos e que contrastava com a semente da mostarda. Nesta manhã ele nos falou sobre o sentido das “parábolas” (paraboleh) que é uma história para que nos sirva como espelho sobre quem somos, para colocarmos ao lado da nossa própria vida para que sirva como termômetro. 
A que assemelhareis o Reino de Deus ou com que parábola o apresentaremos – a pergunta fazia todo sentido para a comunidade cristã que haveria de receber este evangelho, uma vez que é comum considera-la como crentes que tinham uma forte ligação com as questões romanas. Por isso, a ideia do Reino era um contraste com o Império Romano, que já começava, nos anos 60, a prejudicar a marcha do Cristianismo. Eles precisavam saber o que significa, como apresentar e como apresentar o Reino de Deus. 
Eis um ponto importante, no qual precisamos fazer algumas considerações: muitos crentes não têm ideia do que significa o Reino de Deus e talvez esse seja o motivo pelo qual sua vida com Deus seja tão absolutamente mal construída e mal resolvida. Sua angústia em viver neste mundo ocorre por conta do fato de que não consegue perceber o que o Reino de Deus realmente é: a eternidade no mundo caído dos homens, trazendo para nossa vida comum, a incomum maravilha de viver para algo muito superior. 
Quando perdemos a noção do que significa o Reino de Deus a nossa candeia não ilumina nada, porque ela brilha a mesma luz apagada que a candeia dos outros seres humanos que não conhecem o Senhor. O reino dos céus precisa ser conhecido para que possa ser vivido em intensidade. 
Por isso, muitas parábolas de Jesus foram dadas para ilustrar o Reino de Deus e o nosso relacionamento com este reino. Você verá que o Evangelho de Marcos irá dedicar grande espaço à rejeição a Cristo e ao Reino que ele veio trazer entre os homens. Tudo porque não conseguiram compreender que Ele era realmente o Filho de Deus. 
Para servir ao Reino você precisa saber muito mais sobre ele e como este reino se manifesta através de sua vida neste mundo. 

Como Um Grão de Mostarda – A Igreja Precisa Lembrar-se Que o         Poder é Deus e Não do Homem, Que Deus é Grande e o Homem Pequeno
Neste caso o melhor exemplo é justamente o de João Batista: IMPORTA QUE ELE CRESÇA E QUE EU DIMINUA. 
É como um grão de mostarda – para os ouvintes de Jesus fazia todo sentido essa frase, no contexto em que ele a propõe. Eles logo iriam pensar, um COISA DESPREZÍVEL. Esse é o desejo de Jesus, que eles considerem exatamente essa pequenez do grão de mostarda. 
A menor das sementes quando semeado – o ruim para o lavrador na hora de lançar aquela semente é que ela era tão pequena que não conseguia simplesmente selecionar uma para lançar na terra, ele, muitas vezes, lançava mais de uma na mesma cova para o plantio. 
Os discípulos deveriam construir de si mesmos uma visão não depreciativa, mas uma perspectiva realmente equilibrada sobre suas possibilidades pessoais. Eles deveriam aprender que sua força estava em Cristo e na mensagem que eles pregavam e não neles mesmos. 
Um dos motivos que mais causam problemas à vida cristã é quando começamos a pensar sobre nós mesmos de uma maneira que começamos a pensar que existe alguma força em nós. Jesus havia dito aos seus discípulos: SEM MIM NADA PODEIS FAZER. 
Você precisa manter o seu coração pequeno em seu peito e não se permitir pensar além do que convém de si mesmo. Sua vida precisa ser guardada na humildade, porque a soberba nos leva a cometer grandes pecados e andar por estradas de destruição que não fazem bem à nossa alma.
A Igreja não pode nunca se esquecer de que ela é como um grão de mostarda. Mesmo que ela for uma igreja enorme, com muitas almas congregando, congregações plantadas, ela sempre será muito menor do que a glória do Senhor. 

Como Um Grão de Mostarda – A Igreja Precisa Lembrar-se Que se o Senhor Quiser Ela Poderá Ser Um Lugar de Grande Benção Para Todos
Uma vez semeada, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças – para o tamanho da semente que a produz, a planta da mostarda se torna uma enormidade de planta. Precisamos lembrar que Deus é quem dá esse crescimento. O Reino de Deus pode ser assim uma força que não se pode parar, mas não porque o poder está em nós, mas é o Reino de Deus, sua natureza é a sua força.
Deitam grandes ramos, a ponto de as aves do céu poderem aninhar-se à sua sombra -  Ela pode alcançar altura considerável e encher a terra, espalhando suas folhas em tons verdes e flores amarelas num colorido que recobre toda a lavoura. Suas ramagens praticamente fecham o solo e muitas aves vêm se abrigar na sombra que faz. 
Marcos estava falando para crentes que já começavam a perceber a força do Império Romano contra o Cristianismo. Eles estavam vendo que eram apenas poucos e o Império um poder colossal. Contudo, eles deveriam confiar que aquela pequena semente, traria à realidade uma árvore que se espalharia pelo mundo inteiro e foi o que aconteceu. 



Conclusão

Hoje comemoramos o 9º aniversário da nossa Igreja, começamos agora a contagem regressiva para a comemoração da nossa primeira década como igreja organizada. Somos o que podemos chamar de “UM GRÃO DE MOSTARDA” nesta grande cidade, neste grande bairro. Mas, meus irmãos, precisamos nos lembrar todos os dias dessas grandes lições de Jesus. 
Ele chamou doze discípulos e com eles transformou o mundo. O Império Romano rendeu-se ao poder do Evangelho, que sem nenhuma arma se espalhou por todo o Império e em menos de 1 século, no mundo antigo, a crença cristã já estava presente até na cidade de Roma, onde Marcos, possivelmente, escreveu este Evangelho, tanto quanto, já havia chegado na Ásia Menor, no Norte da África (lembre-se do Etíope da Rainha Candace), e Paulo já queria levar a semente até a Espanha. A planta se espalhou e muitos se abrigaram à sua sombra. 
Somos os herdeiros dessa fé e por isso, nosso compromisso é com estas três características: 
Convicção do que é o Reino que estamos espalhando
Humildade, sem pensar de nós mesmos além do que convém; 
Confiança absoluta no poder de Deus que nos dá a visão que podemos ir e conquistar o mundo se o Senhor quiser.
Que Deus conceda no ano de 2020 essa perspectiva! Nosso tema geral deste ano será exatamente este: COMO UM GRÃO DE MOSTARDA. 
QUE ISSO MOVA NOSSA IGREJA NA DIREÇÃO CERTA, PARA A GLÓRIA DO SENHOR E O RESGATE DE MUITAS VIDAS PARA CRISTO JESUS.


Oração
Usa esta Igreja para a levar o Conhecimento do Reino a muitas e muitas almas, neste bairro, nesta cidade, neste país. Oferecemos nossas vidas, como vasos de barro, para que o Senhor leve este tesouro aos homens. 

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Toda mensagem escrita é apenas um registro. O sermão bíblico de fato é único, como um rio que passa e muda a cada instante. Um sermão só pode ser pregado uma única vez. Caso seja repetido em outro púlpito, ainda que use os mesmos registros, será outro, por várias razões: a) o pregador nunca é o mesmo, pois está sendo transformado a cada mensagem que prega; b) os ouvintes são outros; c) o Espírito é o mesmo, mas é dinâmico e aplica o que quer aos corações.
Obrigado por ler estes pequenos e falhos esboços!