29 de outubro de 2010

O Homem Reformado

Passados 493 anos daquele dia 31 de outubro de 1517, quando o monge Martinho Lutero afixou suas 95 teses na porta da Catedral de Wittenberg, ainda é pouco conhecido dos brasileiros o que realmente é o movimento reformado, que se espalhou e transformou a Europa no século XVI.
O pouco conhecimento do que foi e como se desenvolveu a Reforma Protestante do séc. XVI, faz com que os cristãos evangélicos brasileiros, até mesmos os presbiterianos, mais diretamente ligados à tradição reformada, se distanciem do que realmente é ser um reformado e esse é um conceito especial que precisamos descobrir como legado da Reforma.  
A Reforma Protestante teve repercussões fundamentais nos conceitos políticos, educacionais e filosóficos de seu tempo, mas uma das principais mudanças ocorridas nesse período, não estava ligada aos reis e suas políticas nacionais, nem às mudanças significativas na religião cristã onde ela chegou. A principal transformação que podemos considerar como influência da Reforma Protestante foi o surgimento do “homem reformado” (conforme definiu o Rev. Dr. Hermisten MP da Costa).
O “homem reformado” é aquele que se volta para a Bíblia como sendo a Palavra de Deus e a considera como a única lente, pela qual a realidade pode ser discernida sem as falhas da interpretação humana. Esse “homem reformado” é Cristão, por excelência, pois, discerne que Cristo é o Senhor da vida e se dispõe viver para Ele, por isso, se levanta em profunda ética e comprometimento com a moralidade cristã, acima de todos os outros valores.
Como princípio fundamental de vida, o “homem reformado” elegeu o “viver para a glória de Deus”. Para ele, todas as ações humanas, bem como a própria existência de todas as coisas, só encontram significado real quando relacionadas com Deus e sua glória. 
Para o "homem reformado"todos os seres humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus, isso faz com que se esforce ao máximo para a promoção qualitativa do ser humano, evitando as mazelas da cultura destruidora. Por isso, ele discerniu com precisão a relevância dos processos educacionais, políticos, desenvolvimento da ciência e outros aspectos que fizeram e continuam a fazer parte integrante da sociedade moderna equilibrada.

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