27 de janeiro de 2019

1 Tessalonicenses 1.2-10

Fé, Amor e Esperança em Cristo – Os Pilares Que Firmam Uma Igreja Modelo
(IP Tatuapé – Janeiro 2019)
1 Tessalonicenses 1.2-10

Foco da Nossa Condição Decaída
O texto nos relata a visão positiva de Paulo sobre como a vida cristã dos tessalonicenses se desenvolveu,  a ponto deles servirem de modelos para outras igrejas de seu relacionamento mais direto. Desta forma, precisamos almejar e atentar para o fato de que Deus levanta igrejas para cumprir a missão de viver o evangelho de forma tão singular, que Ele as use para estimular outras. Nós precisamos atentar para como essa vida cristã modelar é construída e seguir no caminho de nos colocar à serviço de Deus para que, se Ele assim o desejar, sermos usados com a mesma força, a força do Evangelho que moveu os tessalonicenses.

Introdução
Pilares são essenciais para manter erguida uma construção. Os pilares suportam a carga que incide de todas a partes do edifício e a descarregam diretamente para a sua fundação e por fim ao solo. Da mesma forma, essa analogia deveria ser considerada em relação à nossa fé, que deve repousar sobre pilares que nos ajudem a lançar sobre Cristo, a nossa fundação, toda a nossa carga, para que a construção deste grande edifício, que é a nossa vida, possa manter-se erguida.
Neste texto, que já estudamos em nossa Escola Dominical, já vimos como a Fé Operosa, o amor abnegado e firme esperança em Cristo, foram os pilares que deram à Igreja de Tessalônica a visibilidade e a condição para ser uma Igreja Modelar: 
De sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia (1Ts 1.7). 
Muitos crentes perderam a perspectiva de que suas vidas com Deus são a mais especial ferramenta para que outras vidas também experimentem a graça. De alguma maneira, nos deixamos levar por um excesso de confiança na Palavra e deturpamos o que isso significa. Deixe-me explicar... Passamos a confiar no “poder do Evangelho” e imaginamos que o texto do Evangelho em si é poderoso, mas a verdade registrada na Palavra revela o seu maior potencial quando é demonstrada a partir de nossa própria vida. Em outras Palavras, o que perdemos foi a noção de que o Evangelho quando é pregado é primordialmente ilustrado por nós. Lembre-se que foi mais ou menos isso o que Paulo disse a Timóteo sobre cuidar de si mesmo e da doutrina: 
Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes (1Tm 4.16). 
O Evangelho repercutiu pela Acaia e Macedônia por meio da vida dos tessalonicenses, por tudo o que Evangelho produziu de mudanças estruturais sobre a vida deles e o modo como decidiram que viveriam e viveram de fato para Deus. Foi isso que os outros viram, o que o Evangelho produziu como seres humanos e isso os fez modelos e encorajamento para outras igrejas. 
Isso é o que pais precisam fazer para a vida de seus filhos, isso é o que esposo deve viver no lar para estimular a vida cristã da esposa e vice-versa, isso é o que vizinhos crentes fazem para estimular os que o vêem vivendo na vizinhança, isso é o que um trabalhador cristão faz na repartição para com os colegas de labor, isso é o que uma igreja deve fazer para ajudar outros a seguirem no rumo. Isso é o que o Evangelho propõe que você faça e queira que Deus faça, usando a sua vida para outros crerem. 
Nessa manhã, tomaremos este texto sobre os pilares da fé dos tessalonicenses e veremos de que maneira eles podem e devem ser construídos na nossa vida, para que também eu e você e a nossa Igreja, alcancemos a condição de sermos usados por Deus para modelar vidas, que irão se unir a nós e aprender o Evangelho pela nossa VIDA E PALAVRA, isto é, pelo que VIVEMOS E PREGAMOS. 

Precisamos Desenvolver Os Pilares da Fé, do Amor e da Esperança Porque Eles Revelam Quem Nós Somos em Cristo Jesus

Começamos, irmãos, esclarecendo que não vamos discutir nesta mensagem o que são estes pilares. Não vamos explicar o que é “fé operosa”, “amor abnegado” ou “firme esperança”. Infelizmente, não há muito tempo para isto e já o fizemos por dois domingos, na Escola Dominical. Apenas vou citar em resumo estes três pilares para que os que não puderam vir se situem: 
Fé Operosa – Os tessalonicenses creram e o Evangelho produziu neles frutos evidentes, que se revelou nas obras que praticaram para com Paulo e a sua disposição de viver e servir uns aos outros. A fé, não se tornou em mero conceito, mas em vida prática do Evangelho.
Amor abnegado – Em especial, o texto nos fala de que eles foram ousados em mudar toda  a confiança e o seu depósito de fé para viver e decidiram que amar a Deus sobre todas as coisas era o mais correto a fazer e o fizeram. Eles deixaram os ídolos e toda a falsa segurança que tinham para confiar e amar a Deus, o Deus vivo e verdadeiro. 
Firme esperança – Eles colocaram como alvo, o que chamamos de fé escatológica, isto é, Cristo e a sua volta era o seu ponto de chegada para a vida. Tudo para eles girou em torno do fato de que Cristo, voltaria e com ele estaria toda a recompensa que lhes estimulava à vida prática. Fizeram de Cristo e da sua volta o ponto central de tudo o que decidiram viver. 
Vamos ao texto agora:
Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição (1Ts 1.2-4). 
Damos sempre graças a Deus por todos vós– O apóstolo Paulo se mostra agradecido a Deus pelos “crentes de Tessalônica”. Ele não aponta genericamente a Igreja, mas aqueles crentes em específico e fala deles como uma coletividade. Ele tem em mente, gente específica, de carne e osso e não somente pessoas conceituais, mas pessoas reais, que viviam o Evangelho.
Sem cessar recordando-nos– Quando ele cita os pilares da vida cristã dos tessalonicenses (Fé, Amor e Esperança), ele carrega na mente histórias claras, reais, que ele diz que o marcaram a ponto dele sempre recordar a ação destes fundamentos, na vida prática dos crentes. Irmãos, aqueles crentes de tessalônica não eram pessoas que falavam do Evangelho, mas eles o exemplificavam com suas ações e isso marca o coração, a mente de Paulo, que ele se recorda destas coisas e quando pensa neles e ora por eles, logo pensa e ora agradecendo a Deus pelo que eles são e vivem. 
Reconhecendo a vossa eleição– esse é o ponto que precisamos considerar. Quando Paulo traz na mente os fatos que marcaram a sua memória sobre os tessalonicenses, ele tem bem claro que o que eles viveram tivera a força de realmente mostrar quem eles verdadeiramente eram em Cristo Jesus, por isso, ele diz, que tudo que ele viu se realizar neles e por meio deles (Fé, amor e esperança), em resumo para Paulo, apontavam para o fato de que, em Cristo, eles eram eleitos de Deus. Deus os havia escolhido de entre os homens para serem conforme a Imagem de Cristo Jesus. 
Pedro tem essa mesma percepção da relação entre a nossa eleição e o que fazemos neste mundo. Ele escreveu sobre isso: 
Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai co a vossa fé a virtude, com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (...) por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum (2Pe 1.5-10).
Eu e você precisamos considerar com muito cuidado isso que Paulo e Pedro estão nos ensinando e estimulando a viver. Aqui, devemos lembrar que nossa vida com Deus não faz sentido algum se tudo o que ela significa e faz em nós é construir um ego inflado de conhecimento, de auto satisfação, mas que em tempo algum se manifesta de forma prática. Infelizmente, tem sido muito comum ver crentes que o máximo que a sua vida produz é uma ida à igreja, algumas vezes durante o mês, alguns, durante o ano e uma identificação religiosa: eu sou crente, eu sou evangélico. 
Crentes que não vivem a sua fé, ou revelam o seu amor, ou ainda, que não revelam ao mundo que esperam que Cristo volte, isto é, que vivem de forma tão displicente que em nada diferem dos ímpios, como as noivas tolas, que não se preparam para a chegada do noivo, estes crentes, para Paulo, não revelam a quem pertence a sua vida. 
Aqui, fica nosso primeiro ponto: PRECISAMOS REVELAR QUEM SOMOS EM CRISTO, PELO QUE VIVEMOS, PELOS PILARES QUE SUSTENTAM A NOSSA VIDA COM DEUS. 


Precisamos Desenvolver Os Pilares da Fé, do Amor e da Esperança Porque Eles Revelam o Poder do Evangelho

Nos versos seguintes, claramente o apóstolo Paulo está falando que a vida dos crentes de Tessalônica era a melhor prova de tudo o que o Evangelho pode fazer, quando realmente atinge o profundo do nosso coração e muda quem nós somos.
De uma certa maneira, aqui podemos nos recordar que no centro da teologia paulina estava a “Palavra do Evangelho”. Na carta aos Romanos ele registra: O EVANGELHO É O PODER DE DEUS PARA A SALVAÇÃO. A palavra salvação aqui não é apenas uma referência ao fato de não ir ao inferno, mas a salvação em relação ao pecado, que compreendo que é o ato de viver no mundo de Deus e não encontrar Deus. Já tenho explicado em alguns momentos e pedido aos irmãos, que na medida do possível frequentem o Estudo Bíblico para podermos nos familiarizar com estes temas. Existimos para desfrutar de Deus e Deus se revela a nós por meio da realidade que nos cerca, daquilo que vivenciamos. Mas se vivemos e não nos encontramos com Deus, vivemos em densas trevas e não sabemos aonde vamos, estamos perdidos. Isso é o que o Evangelho tem o poder de fazer: mudar a nossa percepção da realidade. 
Os crentes de Tessalônica mostravam a sua eleição pelo fato de que o Evangelho chegou até eles em poder do Espírito. Neste poder restaurador, que nos faz, até de forma absolutamente incompreensível, viver de um modo totalmente diferente. 
Por que o nosso Evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós. Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia (1Ts 1.5-7). 
O Evangelho não chegou até vós somente em palavra mas em poder no Espirito Santo e em plena convicção– o contraste que Paulo faz entre palavra e poder, nos mostra a necessidade de que o Evangelho revele em nós por meio do que ele “faz” em nós e nos leva a viver. A fé operosa, o amor abnegado e a firme esperança deles revelavam o que o Evangelho havia mudado no coração mais profundo deles. No fundo, eles estavam seguros da mensagem que ouviram e isso transformou a sua visão de mundo, ao que Paulo  afirma ter lhes sido dada uma “plena convicção”.
Os crentes de TEssalônica passaram a ser outras pessoas, com uma convicção do que é a vida muito clara e isto estava ligado ao seu compromisso com a realidade de Deus, a quem Paulo define como “vivo e verdadeiro”. Eles não existiam mais para ganhar dinheiro, ou vencer as guerras contra os inimigos, viviam para aguardar a Cristo. Sabiam, agora, que o mundo pertencia a Cristo e a ele dariam contas.
Vos tornastes imitadores (MIMETAI) nossos e do Senhor– aqui percebemos que o apóstolo Paulo sabe muito bem o preço que ele próprio pagou para se tornar o pregador que chegou a Tessalônica. Lemos aqui na Escola Dominical como foi que Paulo plantou essa igreja, em meio a tantas perseguições, em Filipos, Beréia, Atenas e depois em Tessalônica. Eles viram e souberam que o Evangelho havia mudado a percepção de mundo daquele homem, que abandou toda a falsa segurança que tinha, reputou tudo como perda e fez de Cristo o seu alvo de vida. Desta forma, ao também tomar a mesma decisão de viver para Deus, os tessalonicenses se tornaram imitadores de Paulo, mas no fundo, todos os que fazem isso, se tornam imitadores de Cristo, que viveu incondicionalmente para agradar a Deus e fazer a sua vontade, não o importando o preço que isso exigir. Isso é fundamental: QUE EXISTAM PESSOAS QUE SE DISPONHAM A PAGAR O PREÇO PARA VIVEREM PARA DEUS. 
Recebida a palavra em meio à tribulação com alegria– o diferencial deles é que os pilares da sua fé foram construídos pelo poder do Evangelho que nos faz viver em mundo caído, sempre superando os espinhos da queda e encontrando significado verdadeiro para a vida. Estranho muito o crente que faz dos espinhos a sua vitória. Como se o sofrimento que passam fosse a sua verdadeira vitória. Esse tipo de busca de heroísmo: vejam como eu vivo uma vida difícil, não é o que Paulo está advogando aqui para os tessalonicenses. Ele está dizendo que o poder do Evangelho os fez ver e viver os sofrimentos como ocasiões para encontrar a Deus e isto é o fundamento da alegria deles. Que em tudo, foram capazes de encontrar a vida, não importando as dificuldades em meio as quais, o Evangelho os alcançara.  
Aqui está o mais poderoso sinal de maturidade. O que nos faz ser bons crentes não é que sabemos ser crentes, mesmo que não estejamos felizes neste mundo. Mas, o que nos faz bons crentes é que as condições em que vivemos não determinam quem nós somos, mas o Cristo para quem vivemos é a nossa vida. 

Precisamos Desenvolver Os Pilares da Fé, do Amor e da Esperança Porque Eles Revelam ao Mundo Aquele Para Quem Vivemos e a Quem Esperamos

Quem são os melhores evangelistas? Os que conhecem os versículos bíblicos sobre o Evangelho? O que têm boa oratória e convencem pessoas sobre qualquer assunto? Todos sabemos que não. 
Para Paulo, os melhores evangelistas são o que pregam por meio da sua própria vida com Deus. Aqueles que estão dispostos a fazer tudo para que a sua vida esteja absolutamente de acordo com o que Cristo espera encontrar neles, quando regressar. 
Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda a parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma, pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes ao Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura (1Ts 8-10). 
De vós repercutiu a palavra– (APO+HIMON - ekzontai) Paulo começa dizendo que o Evangelho que ele havia pregado para eles tinha mudado tanto a vida deles que fizera deles uma caixa de ressonância para o seu ministério. Ele diz que, a partir deles, se espalhou a notícias do que Paulo havia conseguido fazer com o seu evangelho. Eles, alavancaram o ministério de Paulo em outras regiões, porque as pessoas falavam assim: Paulo pregou entre os tessalonicenses e olha o que foi que aconteceu, como eles se transformaram. 
De como deixando os ídolos vos convertestes para servir ao Deus vivo e verdadeiro– Meu Deus, tudo o que um pastor quer é que as ovelhas de Cristo que convivem com ele e dele recebem o Evangelho no ensino completo da fé tomem a decisão e que vão viver para Deus, não importa o que isso irá lhes custar. Por outro lado, aproveito para revelar, nos entristece muito, que até para fazer a feira de domingo os crentes preferem dar prioridade e vocês sabem que não estou falando só da feira e da necessidade de comprar coisas. Claro que é uma vergonha para o evangelho e isso afasta outros de crerem no evangelho, especialmente seus filhos, que você encontre na limpeza da casa ou na arrumação do escritório, uma motivo para que Deus fique em segundo plano.
Podemos exalar teologia, se não tivermos vida entregue, seremos péssimos modelos e evangelistas infrutuosos. Mas, quando o Evangelho realmente com poder nos toma, nossa atitude é que Deus será a nossa prioridade. Foi isso que Paulo descreveu sobre os crentes de Tessalônica: eles deixaram os ídolos, os deuses falsos que controlavam suas ações e que eram as suas prioridades e foram servir a Deus.  
Deus vivo e verdadeiro– claro contraste com a palavra ídolos. Paulo toma o conceito do salmista sobre os ídolos: tem olhos mas não vêem, não possuem fôlego de vida. Ao passo que eles tiveram uma percepção diferente de Deus, ele é vivo e verdadeiro. Esses conceitos, são postos para apontar para nós, quem era Deus para os tessalonicenses e o que o seu conceito sobre Deus mudou no seu coração. Esse é um ponto que muitos crentes precisam mudar: quem realmente Deus é para eles. 
Se Deus é vivo e verdadeiro, isso implica, entre outras coisas, em que ele é relacional e isso significa que deve haver coerência sobre o que eu sei dele e o que eu faço. Ora, se ele é um ser vivo e verdadeiro, que se relaciona comigo e diz para mim: perdoe, se necessário, até setenta vezes sete e eu ouço isso dele, mas não perdoo nem uma vez, o que você acha que um ser vivo e relacional faria em resposta? Se desagradaria de mim, claramente! 
Vamos a outro exemplo: se um ser vivo e verdadeiro, se relaciona comigo e me diz que espera que meu namoro seja santo, sem inadequados contatos antes do casamento e eu vejo meus filhos vivendo isso dissolutamente e não os corrijo, o que este ser relacional irá pensar de mim? 
Pense sobre o que Deus vivo e verdadeiro, que se relaciona com você diz sobre: trabalho, oração etc, etc. 
SERvir ao Deus vivo e verdadeiro– vai muito além de vir à igreja e todos nós sabemos. Fazer dele o único objeto de amor e fator motivador da nossa vida. Para ele vivemos, para ele existimos a Ele pertencemos. 
Para aguardar dos céus o Filho que nos livra da ira vindoura– neste último verso, alguns pontos importantes que nos ajudam a perceber que Paulo põe Cristo como o nosso ponto de chegada, para viver para Deus. O filho foi ressucitado pelo Pai, para que eu e você pudéssemos ter uma relação de paz com Ele: a ira vindoura é sustada sobre nós, porque Cristo morreu e ressuscitou. 
Aguardar Jesus é o ponto focal da vida cristã, estar pronto e em conformidade com isso. A carta terá uma grande parte final com esse tema. Mas aqui, Paulo está dizendo que os crentes de tessalonica viviam com responsabilidade, aquela que Salomão aconselhou: 
De tudo o que se tem visto e de tudo oque se tem ouvido, a suma é: teme a Deus que este é o dever de todo homem, porque Deus trará à luz toda a obra, quer seja boa, quer seja má. 
Os pilares da fé, quando vividos claramente e vistos em nossa vida, revela aos outros o poder transformador do Evangelho e este é o mais primordial para que alcancemos outros e sejamos modelos para outros: ESCOLHEMOS VIVER SERIAMENTE PARA ELE SOMENTE. SOLI DEO GLORIA 

Conclusão

Agora você precisa se perguntar: sua fé é operosa assim, a ponto de mostrar o Deus para quem você vive e o quanto Ele é importante para você? Baseados no que você faz do seu dia a dia, as pessoas são capazes de dizer de você que você vive para Deus? 
Outro ponto, o seu amor é abnegado, a ponto de outros olharem para você e afirmarem categoricamente que você ama a Deus acima de todas as coisas? OU existem apegos e amores que estão dominando e comandando o seu coração mais que o seu amor a Deus. Quando pensam sobre o seu amor a Deus, as pessoas, ou melhor, os seus filhos, ou os seus pais, podem dizer sem nenhuma dúvida que você ama a Deus? 
Última reflexão: você está pronto para Cristo voltar hoje e requerer de você a quem você foi fiel nesta sua jornada de vida? 
Irmãos, precisamos urgentemente, decidir sobre o que é a nossa vida com Cristo! Precisamos rever quem temos sido e voltar o nosso coração na direção certa. Eu não posso mudar corações. Paulo não podia mudar corações. Mas, assim como Paulo podia se alegrar e sempre lembrar daqueles crentes e de como viveram, eu quero poder, como pastor da IPT, me alegrar e tenho que lhes dizer que já tenho bênçãos na minha vida pastoral, que muito me alegram, mas ainda vejo muita coisa que me entristece.
Estou começando uma caminhada com vocês, meus amados irmãos. Orem para que Deus me dê graça e santidade, saúde e paz, para ser fiel em tudo, na vida e na Palavra. E eu vou orar sempre para que Deus mude e use essa igreja para sua glória. Vamos pedir a Deus que nos ajude a viver como modelos, para que ele nos use, se assim desejar, como usou a Igreja de Tessalônica.  

Oração
Pai, estamos aqui para lhe pedir que nos molde, nos use e promova na nossa vida uma fé que nos leve a agir, um amor que nos leve a deixar tudo e uma esperança que nos sustente a vida toda, até que Cristo venha nos buscar. 

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Toda mensagem escrita é apenas um registro. O sermão bíblico de fato é único, como um rio que passa e muda a cada instante. Um sermão só pode ser pregado uma única vez. Caso seja repetido em outro púlpito, ainda que use os mesmos registros, será outro, por várias razões: a) o pregador nunca é o mesmo, pois está sendo transformado a cada mensagem que prega; b) os ouvintes são outros; c) o Espírito é o mesmo, mas é dinâmico e aplica o que quer aos corações.
Obrigado por ler estes pequenos e falhos esboços!