Os Efeitos da Ressurreição na
Vida do Crente
Mateus 28. 1 a 10
INTRODUÇÃO
O
cristão bíblico, que foi quebrantado pelo Espírito de Deus e conduzido a Cristo
para o receber como o seu único e suficiente Salvador, é uma pessoa que foi
transportado do Reino das Trevas para o Reina da Luz, ou, como disse Paulo, o
Reino do Filho do seu Amor.
Embora
esta pessoa possa se parecer com todas as demais do mundo, tendo necessidades
semelhantes como roupa, comida, cuidados médicos, limitações etc, deve-se saber
que tal pessoa foi crucificada com Cristo, mas ressurgiu.
Quando
Deus olha dos céus para os homens aqui na Terra, seus olhos passam por todos os
homens, mas o cheiro de vida, que ganhamos de Cristo emana de nossas vidas
direto para as narinas do Pai Celestial. Ele sabe distinguir quem somos.
Portanto, ainda que pareçamos muito semelhantes a todos os demais somos,
estamos vivos! Porque se morremos com Ele, com Ele também nós ressuscitamos!
Aleluia!!!
Um
modelo de vida baseado nessa nossa condição é a única resposta que devemos dar
a Deus. Um cristão que recebe a vida de Cristo em sua vida, tem um compromisso implícito
com Ele de que sua vida será a serviço dEle. Quando, alguém assim
compromissado, se permite ainda manter seu coração apegado ao reino deste mundo
e suas paixões, mostra que algo está em desequilíbrio em sua vida.
A
mensagem que encontraremos nesta noite de ressurreição, ao olharmos para este
texto, é uma mensagem que aponta sobre efeitos necessários da ressurreição na
nossa vida, a fim de que sejamos nutridos pela vida de Cristo e sirvamos a Ele
de todo o coração.
Se
você precisa aprender a desenvolver sua nova vida em Cristo eu clamo que
reflita bastante sobre estes sinais e implicações e peça a Deus a sua ajuda
para que sua vida desenvolva esse aroma de vida que agrada a Deus.
A
Consciência da Ressurreição Rompe a Prisão do Medo de Viver Para Cristo
Para
Mateus, uma visão ampla do Reino de Deus inclui um envolvimento claro com um
modelo ressurreto de vida. O último capítulo do livro é dedicado a unir o
momento da ressurreição com a gloriosa chamada da Igreja para anunciar as
boas-novas.
Diferentemente
de outros evangelistas, parece-me que Mateus une rapidamente, morte,
ressurreição e ascensão como sendo eventos únicos da glorificação de Jesus,
propondo que a entrega dos crentes a um modelo ressurreto de vida deve ser um
reflexo direto da nossa ligação com Cristo, o Senhor de todas as coisas.
Mesmo
com a trama maligna para incriminar a Igreja do Senhor e tentar desmerecer o
Cristo, Mateus ressalta a autoridade de Jesus, como Senhor sobre todas as
coisas: Toda autoridade me foi dada no
céu e na terra.
Quando
as mulheres aproximam-se do sepulcro e se deparam com a pedra removida pelo
poder divino, através de um anjo e este lhes dirige a palavra, ele tem uma
mensagem de paz: NÃO TEMAS!
A
afirmação do anjo é completada pela frase: porque
sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou,
como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia.
Pensemos
sobre estas palavras. O temor seria afastado quando a consciência da
ressurreição tomasse conta do coração daquelas mulheres.
Primeiro,
o anjo pontua sobre o fato de Cristo ter sido verdadeiramente crucificado: buscais Jesus, que foi crucificado. A
crucificação de Jesus foi um evento histórico. Ele realmente, foi sepultado
naquele túmulo. Foi doloroso, foi real, foi fruto do pecado real dos judeus, de
Pilatos etc, mas foi um pagamento oferecido pelos nossos pecados.
Agora
o anjo as convida a receberem a convicção de sua ressurreição. Ele afirma: ele não está aqui. É necessário que uma
consciência da ressurreição tome conta da nossa alma. Precisamos não somente
repetir isto como uma história antiga, que aprendemos com os nosso pais, mas,
crentes maduros na fé, precisam considerar o valor cósmico-espiritual e o
significado redencional deste fato: Ele ressuscitou!!! Aleluia!!!
A
ressurreição era fruto do plano redencional de Deus e isto não falhou: como havia dito!!! Não precisamos temer
mais, se decidirmos que iremos entregar toda a nossa vida a Cristo.
Caso
qualquer um de nós decidir que irá viver o plano de vida que Deus tem,
colocando o Reino como prioridade, conforme disse o próprio Jesus: buscai em primeiro lugar o reino dos
céus... , se decidirmos hoje abandonar tudo para servir a Cristo, ainda que
pareça loucura para os homens, até mesmo para nós, não o será! Se você decidir
que deixará gostos pessoais para agradar a Cristo ou se decidir mudar de vida
agora para agradar a Cristo, quero garantir para você, esta é uma decisão
baseada na realidade da crucificação e ressurreição de Jesus.
A
consciência do significado da ressurreição te livrará do temor de viver para
Deus!!! Romperá essa prisão que impede de que você mergulhe de cabeça em servir
ao Senhor.
A
Consciência da Ressurreição Será Motivação Eficaz Para Uma Vida Missionária
Particularmente,
já disse isto em outras ocasiões de pregação em Mateus, penso que Mateus
estruturou o seu evangelho para alcançar o clímax dos versos 18 a 20 do
capítulo 28.
A
questão de todo este Evangelho é fortalecer o sendo missionário dos crentes que
estavam simplesmente atemorizados diante das grandes realidades daquele tempo:
perseguição, o mundo inteiro diante de si para ser conquistado e o tamanho
pequeno da Igreja para fazer esta obra. Acho que você consegue imaginar o que
passaria pela cabeça de um crente naqueles dias, diante de todas essas
circunstâncias.
Pois
bem, aquelas mulheres que chegam ao sepulcro são tomadas por uma consciência
clara, abundante, profunda, concreta da ressurreição. Acho maravilhoso que
elas, apesar do medo, foram perpassadas por grande alegria e se dispuseram,
primeiro para crer, isto é, foram alimentadas pela consciência da realidade da
ressurreição.
Agora,
recebem do anjo, o IDE! Ele diz: ide,
pois, depressa e dizei aos seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos e vai
adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. É como vos digo! E,, retirando-se
elas, apressadamente do sepulcro, tomadas de medo e grande alegria, correram a
anunciá-lo aos discípulos.
Louvo
a Deus por esta cena registrada por Mateus. As mulheres, conscientes da
ressurreição assumem com todas as suas forças a tarefa de espalhar
primeiramente a notícia mais gloriosa da ressurreição.
A
consciência da ressurreição nos tornará mais obedientes ao IDE e PREGAI. Nos dará
mais pressa para o anúncio das boas-novas. Veja se o que temos diante de nós,
não é uma medida menor de toda a missão da Igreja: Vá, anuncie que Cristo vive e que quem crer nisto o verá!
A
vida missionária deve ser alimentada pela consciência da ressurreição para adquirir
esta consistência, sendo de urgência e fidelidade na pregação. Elas não foram
enviadas para contar que viram um anjo, chamar pessoas para peregrinação ao
Santo Sepulcro, contar sobre o terremoto... elas foram enviadas para anunciar o
CRISTO VIVO!!
A
profunda consciência da ressurreição é a base da vocação missionária da Igreja.
É disto que Paulo fala quando afirma: “E,
se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação e vá a nossa fé” (1 Coríntios
15.14)
A
Consciência da Ressurreição Nos Conduzirá à Realidade da Comunhão Com Cristo
Acredito
que crentes verdadeiros são desejosos de ter comunhão com Cristo. A nossa
comunhão pessoal e até a coletiva experiência com a presença de Cristo é um
alvo de todos nós. O verso final do Evangelho é um das mais reconfortantes e
preciosas mensagens do Novo Testamente e de toda a Escritura. Quem nunca se
consolou com estas palavras: E eis que
estarei convosco todos os dias, até à consumação dos séculos (Mateus 28.20b).
Confesso
aos irmãos, tais palavras me conduzem ao choro, proveniente de uma alegria que
não posso medir. Cristo é meu melhor amigo, companheiro no Caminho. Aleluia!!!
João,
quando escreveu sua primeira carta nos conduziu inicialmente à convicção
profunda da realidade da ressurreição. Ele diz:
O que era desde o princípio, o
que temos ouvido, o que temos visto com os nosso próprios olhos, o que
contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (...) o
que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós,
igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora a nossa comunhão é com o Pai e com
seu Filho, Jesus Cristo (1 João 1.1 a 4).
O
anjo disse às mulheres: “vai adiante de
vós para a Galiléia, ali o vereis... Não temais! Ide avisar a meus irmãos que
se dirijam à Galiléia e lá me verão”. Jesus convoca os homens para uma vida
de comunhão com Ele. Esse é o grande chamado do discipulado: andar, conviver, comungar com Cristo.
Acho
interessante que Mateus tenha terminado o seu Evangelho com estas palavras.
Acho interessante que o capítulo 28 esteja tão impregnado desta decisão de
Cristo de estar perto de nós. Acho maravilhoso que eu e você, se desenvolvermos
uma consciência profunda da ressurreição, haveremos de lembrar que o Cristo
Vivo está aqui, Cristo vive em nós! Aleluia!!!
Conclusão
Não
há outra decisão mais sábia diante da ressurreição, temos de viver como
ressurretos. Homens, mulheres, jovens, crianças que caminham neste mundo na
perspectiva da presença de Cristo, assumindo a responsabilidade missionária de
nossas vidas.
Caso
sua vida ainda reflita um modelo de vida baseado na morte e no pecado é tempo
de se dispor a olhar para a Cruz e o Túmulo Vazio e clamar por mudanças. Você
pode lançar fora o medo, você pode se impregnar missionariamente da ambição de
servir ao Reino Glorioso! Trata-se de uma mudança de atitude em relação ao modo
como você considera a realidade ao seu redor e, por mais que possa te parecer
difícil, é a melhor saída, pois é a saída que combina com a realidade do Reino
de Cristo.
Aplicação para a Igreja
Presbiteriana de Vila Formosa
As
nós, filhos da Igreja Presbiteriana de Vila Formosa, uma palavra como esta
deixada pelo Senhor deve nos motivar ao serviço. Nossa Igreja é rica em muito
talentos e recursos.
Não
precisamos temer o fato de não sermos a maior igreja do Brasil, nem precisamos
nos sentir pequenos diante da missão que podemos assumir. Eu clamo que a
consciência da ressurreição, o seu significado prático para a vida de cada
crente, desenvolva o desprendimento necessário para que haja um grande
avivamento do envolvimento dos membros da nossa Igreja com a Missão.
Permita-se
crer e agir. Queremos uma igreja cheia da comunhão do Senhor, mas que conclame
para que outros venham para ter o mesmo encontro.
Você
poderá passar a ser um dizimista fiel, afinal, esta será uma decisão baseada no
fato de que o Cristo que Vive, cuidará de você em toda a sua necessidade. Tome
esta decisão... permita a nossa igreja ter condições de crescer e melhorar as
condições do trabalho.
Você
pode também decidir servir mais na sociedade interna. Ajudar na distribuição de
cestas básicas... pode começar a ser aluno da Escola Dominical... Você poderá
trazer pessoas para conhecerem a Cristo, ou ainda poderá discipular alguém.
Começar um trabalho de pregação no seu lar. Enfim... ajude-nos a crescer...
envolva-se com isto.
Uma
igreja consciente de que deve agir como igreja ressurreta, será uma igreja
obediente ao IDE. O tamanho, a força, a qualidade particular é de menos, pois
Cristo é quem estará conosco todos os dias!
CRISTO
VIVE? SIM! Ele vive em meu coração! Aleluia!!!
Em
Cristo
Rev.
José Mauricio Passos Nepomuceno
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Toda mensagem escrita é apenas um registro. O sermão bíblico de fato é único, como um rio que passa e muda a cada instante. Um sermão só pode ser pregado uma única vez. Caso seja repetido em outro púlpito, ainda que use os mesmos registros, será outro, por várias razões: a) o pregador nunca é o mesmo, pois está sendo transformado a cada mensagem que prega; b) os ouvintes são outros; c) o Espírito é o mesmo, mas é dinâmico e aplica o que quer aos corações.
Obrigado por ler estes pequenos e falhos esboços!