31 de março de 2013

Mateus 28. 1 a 10


Os Efeitos da Ressurreição na Vida do Crente

Mateus 28. 1 a 10
INTRODUÇÃO

O cristão bíblico, que foi quebrantado pelo Espírito de Deus e conduzido a Cristo para o receber como o seu único e suficiente Salvador, é uma pessoa que foi transportado do Reino das Trevas para o Reina da Luz, ou, como disse Paulo, o Reino do Filho do seu Amor.
Embora esta pessoa possa se parecer com todas as demais do mundo, tendo necessidades semelhantes como roupa, comida, cuidados médicos, limitações etc, deve-se saber que tal pessoa foi crucificada com Cristo, mas ressurgiu.
Quando Deus olha dos céus para os homens aqui na Terra, seus olhos passam por todos os homens, mas o cheiro de vida, que ganhamos de Cristo emana de nossas vidas direto para as narinas do Pai Celestial. Ele sabe distinguir quem somos. Portanto, ainda que pareçamos muito semelhantes a todos os demais somos, estamos vivos! Porque se morremos com Ele, com Ele também nós ressuscitamos! Aleluia!!!
Um modelo de vida baseado nessa nossa condição é a única resposta que devemos dar a Deus. Um cristão que recebe a vida de Cristo em sua vida, tem um compromisso implícito com Ele de que sua vida será a serviço dEle. Quando, alguém assim compromissado, se permite ainda manter seu coração apegado ao reino deste mundo e suas paixões, mostra que algo está em desequilíbrio em sua vida.
A mensagem que encontraremos nesta noite de ressurreição, ao olharmos para este texto, é uma mensagem que aponta sobre efeitos necessários da ressurreição na nossa vida, a fim de que sejamos nutridos pela vida de Cristo e sirvamos a Ele de todo o coração.
Se você precisa aprender a desenvolver sua nova vida em Cristo eu clamo que reflita bastante sobre estes sinais e implicações e peça a Deus a sua ajuda para que sua vida desenvolva esse aroma de vida que agrada a Deus.



A Consciência da Ressurreição Rompe a Prisão do Medo de Viver Para Cristo

Para Mateus, uma visão ampla do Reino de Deus inclui um envolvimento claro com um modelo ressurreto de vida. O último capítulo do livro é dedicado a unir o momento da ressurreição com a gloriosa chamada da Igreja para anunciar as boas-novas.
Diferentemente de outros evangelistas, parece-me que Mateus une rapidamente, morte, ressurreição e ascensão como sendo eventos únicos da glorificação de Jesus, propondo que a entrega dos crentes a um modelo ressurreto de vida deve ser um reflexo direto da nossa ligação com Cristo, o Senhor de todas as coisas.
Mesmo com a trama maligna para incriminar a Igreja do Senhor e tentar desmerecer o Cristo, Mateus ressalta a autoridade de Jesus, como Senhor sobre todas as coisas: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra.
Quando as mulheres aproximam-se do sepulcro e se deparam com a pedra removida pelo poder divino, através de um anjo e este lhes dirige a palavra, ele tem uma mensagem de paz: NÃO TEMAS!
A afirmação do anjo é completada pela frase: porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia.
Pensemos sobre estas palavras. O temor seria afastado quando a consciência da ressurreição tomasse conta do coração daquelas mulheres.
Primeiro, o anjo pontua sobre o fato de Cristo ter sido verdadeiramente crucificado: buscais Jesus, que foi crucificado. A crucificação de Jesus foi um evento histórico. Ele realmente, foi sepultado naquele túmulo. Foi doloroso, foi real, foi fruto do pecado real dos judeus, de Pilatos etc, mas foi um pagamento oferecido pelos nossos pecados.
Agora o anjo as convida a receberem a convicção de sua ressurreição. Ele afirma: ele não está aqui. É necessário que uma consciência da ressurreição tome conta da nossa alma. Precisamos não somente repetir isto como uma história antiga, que aprendemos com os nosso pais, mas, crentes maduros na fé, precisam considerar o valor cósmico-espiritual e o significado redencional deste fato: Ele ressuscitou!!! Aleluia!!!
A ressurreição era fruto do plano redencional de Deus e isto não falhou: como havia dito!!! Não precisamos temer mais, se decidirmos que iremos entregar toda a nossa vida a Cristo.
Caso qualquer um de nós decidir que irá viver o plano de vida que Deus tem, colocando o Reino como prioridade, conforme disse o próprio Jesus: buscai em primeiro lugar o reino dos céus... , se decidirmos hoje abandonar tudo para servir a Cristo, ainda que pareça loucura para os homens, até mesmo para nós, não o será! Se você decidir que deixará gostos pessoais para agradar a Cristo ou se decidir mudar de vida agora para agradar a Cristo, quero garantir para você, esta é uma decisão baseada na realidade da crucificação e ressurreição de Jesus.
A consciência do significado da ressurreição te livrará do temor de viver para Deus!!! Romperá essa prisão que impede de que você mergulhe de cabeça em servir ao Senhor.


A Consciência da Ressurreição Será Motivação Eficaz Para Uma Vida Missionária

Particularmente, já disse isto em outras ocasiões de pregação em Mateus, penso que Mateus estruturou o seu evangelho para alcançar o clímax dos versos 18 a 20 do capítulo 28.
A questão de todo este Evangelho é fortalecer o sendo missionário dos crentes que estavam simplesmente atemorizados diante das grandes realidades daquele tempo: perseguição, o mundo inteiro diante de si para ser conquistado e o tamanho pequeno da Igreja para fazer esta obra. Acho que você consegue imaginar o que passaria pela cabeça de um crente naqueles dias, diante de todas essas circunstâncias.
Pois bem, aquelas mulheres que chegam ao sepulcro são tomadas por uma consciência clara, abundante, profunda, concreta da ressurreição. Acho maravilhoso que elas, apesar do medo, foram perpassadas por grande alegria e se dispuseram, primeiro para crer, isto é, foram alimentadas pela consciência da realidade da ressurreição.
Agora, recebem do anjo, o IDE! Ele diz: ide, pois, depressa e dizei aos seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. É como vos digo! E,, retirando-se elas, apressadamente do sepulcro, tomadas de medo e grande alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos.
Louvo a Deus por esta cena registrada por Mateus. As mulheres, conscientes da ressurreição assumem com todas as suas forças a tarefa de espalhar primeiramente a notícia mais gloriosa da ressurreição.
A consciência da ressurreição nos tornará mais obedientes ao IDE e PREGAI. Nos dará mais pressa para o anúncio das boas-novas. Veja se o que temos diante de nós, não é uma medida menor de toda a missão da Igreja: Vá, anuncie que Cristo vive e que quem crer nisto o verá!
A vida missionária deve ser alimentada pela consciência da ressurreição para adquirir esta consistência, sendo de urgência e fidelidade na pregação. Elas não foram enviadas para contar que viram um anjo, chamar pessoas para peregrinação ao Santo Sepulcro, contar sobre o terremoto... elas foram enviadas para anunciar o CRISTO VIVO!!
A profunda consciência da ressurreição é a base da vocação missionária da Igreja. É disto que Paulo fala quando afirma: “E, se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação e vá a nossa fé” (1 Coríntios 15.14)


A Consciência da Ressurreição Nos Conduzirá à Realidade da Comunhão Com Cristo

Acredito que crentes verdadeiros são desejosos de ter comunhão com Cristo. A nossa comunhão pessoal e até a coletiva experiência com a presença de Cristo é um alvo de todos nós. O verso final do Evangelho é um das mais reconfortantes e preciosas mensagens do Novo Testamente e de toda a Escritura. Quem nunca se consolou com estas palavras: E eis que estarei convosco todos os dias, até à consumação dos séculos (Mateus 28.20b).
Confesso aos irmãos, tais palavras me conduzem ao choro, proveniente de uma alegria que não posso medir. Cristo é meu melhor amigo, companheiro no Caminho. Aleluia!!!
João, quando escreveu sua primeira carta nos conduziu inicialmente à convicção profunda da realidade da ressurreição. Ele diz:
O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nosso próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (...) o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo (1 João 1.1 a 4).
O anjo disse às mulheres: “vai adiante de vós para a Galiléia, ali o vereis... Não temais! Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia e lá me verão”. Jesus convoca os homens para uma vida de comunhão com Ele. Esse é o grande chamado do discipulado: andar, conviver, comungar com Cristo.
Acho interessante que Mateus tenha terminado o seu Evangelho com estas palavras. Acho interessante que o capítulo 28 esteja tão impregnado desta decisão de Cristo de estar perto de nós. Acho maravilhoso que eu e você, se desenvolvermos uma consciência profunda da ressurreição, haveremos de lembrar que o Cristo Vivo está aqui, Cristo vive em nós! Aleluia!!!


Conclusão

Não há outra decisão mais sábia diante da ressurreição, temos de viver como ressurretos. Homens, mulheres, jovens, crianças que caminham neste mundo na perspectiva da presença de Cristo, assumindo a responsabilidade missionária de nossas vidas.
Caso sua vida ainda reflita um modelo de vida baseado na morte e no pecado é tempo de se dispor a olhar para a Cruz e o Túmulo Vazio e clamar por mudanças. Você pode lançar fora o medo, você pode se impregnar missionariamente da ambição de servir ao Reino Glorioso! Trata-se de uma mudança de atitude em relação ao modo como você considera a realidade ao seu redor e, por mais que possa te parecer difícil, é a melhor saída, pois é a saída que combina com a realidade do Reino de Cristo.


Aplicação para a Igreja Presbiteriana de Vila Formosa

As nós, filhos da Igreja Presbiteriana de Vila Formosa, uma palavra como esta deixada pelo Senhor deve nos motivar ao serviço. Nossa Igreja é rica em muito talentos e recursos.
Não precisamos temer o fato de não sermos a maior igreja do Brasil, nem precisamos nos sentir pequenos diante da missão que podemos assumir. Eu clamo que a consciência da ressurreição, o seu significado prático para a vida de cada crente, desenvolva o desprendimento necessário para que haja um grande avivamento do envolvimento dos membros da nossa Igreja com a Missão.
Permita-se crer e agir. Queremos uma igreja cheia da comunhão do Senhor, mas que conclame para que outros venham para ter o mesmo encontro.
Você poderá passar a ser um dizimista fiel, afinal, esta será uma decisão baseada no fato de que o Cristo que Vive, cuidará de você em toda a sua necessidade. Tome esta decisão... permita a nossa igreja ter condições de crescer e melhorar as condições do trabalho.
Você pode também decidir servir mais na sociedade interna. Ajudar na distribuição de cestas básicas... pode começar a ser aluno da Escola Dominical... Você poderá trazer pessoas para conhecerem a Cristo, ou ainda poderá discipular alguém. Começar um trabalho de pregação no seu lar. Enfim... ajude-nos a crescer... envolva-se com isto.
Uma igreja consciente de que deve agir como igreja ressurreta, será uma igreja obediente ao IDE. O tamanho, a força, a qualidade particular é de menos, pois Cristo é quem estará conosco todos os dias!

CRISTO VIVE? SIM! Ele vive em meu coração! Aleluia!!!

Em Cristo

Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno

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